A residência de Freyja é uma grande casa alugada no centro do vilarejo, em uma área um pouco mais reservada para poucos moradores, mas que seu salário pode pagar. É construído na arquitetura japonesa, feito essencialmente de tatames, madeira e telhas, com uma elevação do solo característica desta escola arquitetônica. Internamente, a divisão da casa consiste em dois quartos, uma sala conjugada com cozinha, um banheiro, uma sala externa e uma grande varanda.

A luz forte lhe penetrou os olhos. Freyja despertava de seu sono compulsório de desonra com o sol lhe provocando as pálpebras, somado ao calor que fazia o corpo suar em quantidades acima do comum. Se levantou e olhou os arredores, estava em casa e se sentia mais tranquila quanto a isso; mais do que isso, sentia o sabor amargo da derrota lhe tomar a garganta por completo. Os olhos inchados de tanto dormir se dirigiram à pia e tomou um café puro para despertar, iniciando seus afazeres matutinos, como lavar a louça deixada outrora, limpar os móveis empoeirados e afins.

Trocou as roupas, optou por algo mais leve. Em nenhum momento deixou de pensar no frio que passou no campo de treinamentos, onde teve sua amarga derrota. Mal sabia como olhar novamente nos olhos da Hokage sem se sentir um completo lixo, mas ao mesmo tempo tinha a sensação de que poderia fazê-lo e por algum milagre divino receber o perdão da sombra do fogo. Além disso, continuaria a servir a própria bandana e a nação do fogo enquanto houvesse ar em seus pulmões.

Enquanto se distraía com a limpeza de casa, encontrou o bilhete de saída de Makoto. Ao menos sabia que podia confiar na menina; talvez pudesse sair mais tarde para procurar a pequenina e saírem de noite para alguma programação de amigas, afinal, a garotinha parecia ter uma falta de socialização tamanha que mal podia conversar normalmente sem soar uma psicopata. A própria condição de não comer também preocupava Freyja, de modo que se pegou refletindo no assunto enquanto varria a sala, empurrando a poeira para uma pá de lixo. No fim, levou a curiosidade para longe, prometendo a si mesma que sanaria a dúvida em breve, quando novamente se encontrasse com a protegida.

Finalmente terminando de limpar os afazeres domésticos, jogou-se no sofá para descansar com uma garrafa de cerveja na mão, com o único objetivo de se embebedar e esquecer dos próprios problemas. Um som ecoou através do vidro cerrado da janela, era sutil e seco, suficiente para tomar a atenção da dona de casa que olhou diretamente para a fonte do barulho, logo acima de sua cabeça.

Utilizando a parte de madeira que sustentava a janela como um poleiro, uma ave oficial da Folha bicava o vidro da janela com certa urgência, uma excelente capacidade que elas possuíam graças ao treinamento especial que tinham. "Uma missão?", indagou-se abrindo imediatamente o vitral. Freyja colocou o braço para fora a fim da ave se posicionar em seu braço; posicionou a cerveja na mesa de centro e da braçadeira fixada à pata direita, o enrolo de papel com um selo de urgência era tirado. Quando notou o símbolo vermelho, a subordinada desenrolou instantaneamente para ler o conteúdo: invasões ao País do Fogo, provavelmente este seria um trabalho feito diretamente ao Daimyo.

De imediato liberou a ave para o céu e correu para o próprio quarto. Colocou roupas de combate diferentes das demais, posicionou o leque nas costas e ambas as presas gêmeas ao lado esquerdo da cintura, uma acima da outra, para facilitar o saque. Uma capa negra de gola alta cobriu as vestes; checou a bolsa de armas, notando a falta de itens e da janela partiu.

Freyja
HP: 1325
CH: 2275
ST: 0
CN: 0

Considerações:

Equipamentos:

—— Makoto-chan, estou em casa! —— falou Freyja em alto e bom som para que sua protegida ouvisse sua chegada. A surpresa era a de que a menina não estava em casa mais uma vez, provavelmente havia saído em uma missão, já que era uma ninja igualmente. Era de se pensar que Makoto era quase uma filha para a Jonin, às vezes ela podia pensar que o destino as uniu de modo que a conexão fosse forte o suficiente para acreditarem que são mãe e filha. —— Bom... ao menos farei café para quando ela voltar.

Quando o aroma do café invadiu até mesmo o segundo andar, onde a ninja tomava banho, Freyja pensou em tomar uma xícara e sentar para pensar na vida. Seu vício por cerveja falou mais alto e quando desceu, vestida em roupas totalmente pretas, ela tomou uma garrafa para si, cujo sabor foi degustado deitada no sofá, olhando para o teto. A vida parecia andar para a frente desde sua falha no teste anbu: sucedera em uma missão, agradara a Hokage, Makoto parecia estar indo bem e, principalmente, sua mestra havia retornado para sua vida. As coisas pareciam andar para a frente, finalmente. A única lacuna no momento era a espada que recebera como recompensa por salvar os arredores do País do Fogo. Nenhuma ideia tinha de como utilizá-la, já que era portadora de poderes de fogo e só havia uma pessoa que poderia confiar para ajudar. Pessoa...?

A espada, colocada em repouso na sala de estar, foi pega e amarrada na cintura fazendo tremular suas faixas roxas. Freyja estava preparada para se mover até seu local destino, quando a porta soou um som combinado que só poderia simbolizar a presença de uma pessoa especial. —— Sensei! —— exclamou ao escancarar a porta. Aquela era uma ótima oportunidade para apresentar à mestra os amigos que fez durante sua jornada; Freyja puxou Aphrodite para dentro de sua casa e bateu a porta. Um segundo de concentração foi necessário para localizar a marcação e o Deus do Trovão as levou em um flash para o Lar do Dragão.

Freyja 1325/1325; 1245/2275; 0/6; 0/400;

Considerações:

Usados:

Equipamentos:

Realizada com sua mestra, Freyja retornou para casa. Estava exausta de tanto treinamento e esperava que Makoto estivesse bem. Procuraria sua protegida se não estivesse completamente cansada para isso. Simplesmente caiu de bruços na cama e adormeceu.

Freyja 1325/1325; 1245/2275; 0/6; 0/400;

Considerações:

Usados:

Equipamentos:

Acordou em meio a um susto que a pegou desprevenida. Imersa em um pesadelo, sonhava com a destruição de seu vilarejo. As pessoas importantes para Freyja; Makoto, Hipátia e até mesmo Kurona apareciam mortas em aspectos cadavéricos que remetiam somente ao caos. Em uníssono, as vozes das falecidas entoava um cântico macabro e ininteligível ao passo de que uma voz desconhecida demonstrava sua empáfia ao, repetidamente, soar uma única palavra indefinidamente. "Vergonha". Freyja pulou da cama e caiu do lado. —— Ai... —— resmungou massageando a cabeça, afetada no impacto. Ainda estava com sua roupa chamuscada em chamas e notou a necessidade de trocá-la, mas primeiro quis comer algo para encher a barriga. Não se lembrava da última vez que comera qualquer coisa desde que foi para Ryujukyo.

Já no andar de baixo, a residente checou sua caixa de correios a fim de ver se algum imposto já havia chego. Algumas cartas acumuladas e publicidade falha atrapalhavam a visualização de algo que realmente fosse útil. Ela folheou a maioria dos papeis e os descartou em grande parte. O que lhe chamou a atenção foi uma correspondência mais delicada, carregando o símbolo da Sétima. O grande dia havia chego. O coração palpitava fortemente quando deslacrou o papel e notou que havia sido convocada para uma segunda chance ao teste anbu. Diferentemente da primeira vez, estava completamente apreensiva com o embate, porém jamais negaria um convite desta magnitude.

Freneticamente, correu ao banheiro para tomar um banho. Finalmente vestira uma roupa, optando pelo macacão padrão da Folha pela falta de poder escolher livremente, mas por cima levou uma capa negra com capuz unida por um fecho na região do pescoço. O rosto, por sua vez, era oculto atrás de uma máscara que remetia um rosto humano, enquanto a espada draconiana repousava ao lado esquerdo da cintura. Desta forma, ela partiu pela janela do quarto rumando ao objetivo principal: a vitória.

Freyja 1325/1325; 2275/2275; 500/500; 0/6; 0/400;

Considerações:

Usados:

Equipamentos:

Enquanto a derrota possuía um gosto amargo - e como Freyja o conhecia -, a vitória adocicava mesmo o café mais forte que a cafeteira em sua casa poderia produzir. Lembrava na hora de Makoto e da saudade que sentia da protegida, cujo paradeiro era desconhecido devido a uma missão. Apesar de tudo, agora como membro e líder da Anbu Ne, deveria zelar não só pela proteção da garotinha, como também, finalmente de forma oficial, de todo o vilarejo. "Será necessário um esquadrão para isso...", pensava enquanto se despia das roupas suadas do combate.

A máscara que a garantia uma nova identidade era colocada no ponto mais alto acima de sua cama. —— Andrômeda —— falou com convicção ao olhar para a cobertura facial, batizando-se com o codinome que usaria dali em diante enquanto estivesse de face oculta a serviço das sombras. Um sorriso bobo brotava na boca da garota, cuja direção foi a banheira.


Freyja se arrumou decentemente com uma roupa incomum a seu vestuário. A noite era de comemorações para ela e beber em casa sozinha não teria nenhum apreço quanto prestigiar as pessoas a seu redor. Não visava encontrar ninguém em especial, tampouco sair com uma nova companhia do local onde pretendia ir; seu amor já estava completamente traçado por uma - ou duas - pessoas. A Ryujin Jakka foi deixada em cima do sofá, nenhuma arma foi levada à noite de bebedeiras a não ser seu próprio corpo e consciência.

Freyja 1325/1325; 2275/2275; 500/500; 0/6; 0/400;

Considerações:

O álcool subindo à cabeça, Freyja entrou em casa sem saber muito o que fazer. Não tomou banho. Afastou a Ryujin Jakka para que caísse do sofá ao chão e deitou em seu móvel de qualquer modo, adormecendo segundos depois.

Freyja 1325/1325; 2275/2275; 500/500; 0/6; 0/400;

Considerações:

Usados:

Equipamentos: