Em paz interior com o que lhe era proposto pelo dragão branco, a natureza envolvia o corpo de Freyja. Acima disso, ela conseguia sentir; tal ato era perceptível pelas reações involuntárias que a cavaleira produzia externamente, de modo que o dragão que a treinava notasse facilmente as modificações e reações da conexão com a natureza.

— Tudo isso foi pra quê? — indagou. De suas ideias, não fazia muito sentido o que conjecturava, então esperava que obtivesse uma resposta concreta. — Eu posso saber quem são vocês e seus nomes agora?

Imediatamente, uma nova situação se criava perante o anúncio do dragão vermelho. A pequena e fofa criatura azulada, que havia descido a montanha, normalmente não demorava em suas descidas; tendo dito isso, a mobilização por parte de Freyja foi instantânea, pois de todos que haviam aparecido, somente a pequenina lhe recebeu de forma cordial e com um certo mimo, desencadeando uma grande empatia por parte da cavaleira.

— Então precisamos correr atrás de Pina! — agilizou-se. — Vermelho, me deixe lhe montar para que você possa nos levar até a superfície!

Ela fez menção de subir no dragão outrora hostil, de modo que caso ele se negasse a aceitar a proposição, recuaria de imediato. Do contrário, sua descida seria veloz em busca de sua nova amiga.

Leve em conta:

Equipamentos:

O dragão aceitou servir de montaria temporária para a cavaleira, em prol de buscar a indefesa e pequena Pina, que sumira. Domado o dragão carmesim, a jonin desceu o monte às pressas, cortando o ar em um flash vermelho que espalhava as nuvens e dava à visão novamente a possibilidade de encontrar o sopé congelado da montanha. Velocidade tremenda mandaria Freyja pelos ares, não fosse sua força que a auxiliava por segurar-se em escamas do grandalhão.

Uma vez próxima ao chão, ela saltou do pescoço do réptil voador, caindo de pé no chão para que pudesse analisar de uma melhor forma o solo. Provavelmente rastrear um dragão pequeno como Pina seria uma empreitada difícil, mas uma trilha desbravada daria o ponto de partida para o início da investigação.

— Por aqui, vamos! — alertou, tomando rumo pelo caminho aberto.

"Isso aqui não pode ser fruto da Pina... Tem merda por aí.", pensou analisando o modo como a trilha era criada. Caminhou mais algum tempo com o dragão vermelho a seu lado, mas eventualmente, não haveria espaço para este seguir. Ao menos agora sabia seu nome, ainda que agora deveria seguir a trilha solo.

— Eu sou Freyja. Deixe comigo. — revelou esbanjando sua confiança.

Leve em conta:

Equipamentos:

— Eu não consigo. — disse para o dragão vermelho, que não conseguia avançar na trilha. — Se eu lhe transportar, terei que fazer ida e volta, o que consumirá energia demais.

Freyja desbravou mais alguns centímetros da floresta e lançou um olhar para o dragão, exatamente em seus olhos, como quem fazia um pedido de perdão apenas com o próprio sentimento. "Eu resolverei isso sozinha", determinou consigo mesma, transpondo a região mais e mais com cautela para não dar um passo e falso e arruinar sua busca por Pina, uma vez que além de desconhecer o ambiente, era uma ninja cautelosa e inteligente.

"Onde está você, Pina?", indagava-se mentalmente por várias vezes em sequência. Logo a clareira foi atingida, tomando também à visão de Freyja o tormento de sua mais nova amiga.

— Filhos da puta!! — gritou enfurecida. O Ketsuryugan se manifestou em seu acesso de fúria, tingindo os olhos castanhos em um profundo vermelho.

Não precisou tecer selos para projetar esferas elétricas que tomaram seu fronte e colidiram com as facas explosivas antes que tomassem seu objetivo final. Pela fumaça, cortando a cortina com uma kunai na destra, a cavaleira emergiu como um dragão voador, lançando a faca ninja marcada contra o malfeitor. A mesma destra crepitou em eletricidade roxa, trazendo a morte, enquanto qualquer vislumbre aos olhos carmesim trariam seus demônios internos.

— Vocês vão pagar, filhos da puta!!! — gritou enfurecida. — Shiden!

Leve em conta:

Usados:

Equipamentos:

A lufada de vento era tão poderosa que liberada, impediu o avanço de Freyja, bem como dissipou por completo a eletricidade roxa, tornando-a estática e ínfima até ser reduzida a pura energia no ar; ao mesmo tempo, um movimento de uma prisioneira abriria uma brecha que declararia o fim do homem. Os olhos vermelhos verteram em sangue mediante sua habilidade. Freyja brecou seu recuo devido a rajada de vento por fixar seus pés no chão com chakra, então disparou contra o homem.

— Você vai morrer, seu desgraçado filho da puta! — gritou empunhando as presas gêmeas.

O movimento da cavaleira cruzou as lâminas da névoa em um único corte contra o homem. Seu sangue manchou a lâmina, a criança e talvez até pina, declarando sua derrocada. Desfalecido, a vitória sob o criminoso estava garantida.

— Pina, você está bem?! — indagou preocupada, correndo contra a gaiola que prendia sua amiga. Um golpe com as espadas seguido do embainhamento destas seria suficiente para quebrar o cadeado.

Freyja abraçou Pina como quem abraçava um parente perdido ou alguém que não via há muito tempo. A ligação inexplicável entre dragão e humana era realmente fantástica, de modo que o sentimento da cavaleira era o de grande amizade e esperança.

O cadáver do homem foi ao ombro, enquanto Pina pousava em sua cabeça.

— Volte para casa, criança. Viva sua liberdade e não deixe que alguém a tome. — falou desaparecendo em um flash vermelho rumo ao ponto marcado no lar dos dragões.

Leve em conta:

Usados:

Equipamentos:

No topo, à cabeça do dragão pedregoso, o olhar às outras criaturas aladas a dava certa tranquilidade de que não seria atacada ou que houvesse qualquer sinal de hostilidade mais além dos captores de Pina e da garota que era mantida cativa.

— Está tudo bem agora. — falou andando para a frente, jogando o cadáver do homem para o lado. — Pina está a salvo, apenas com alguns ferimentos.

Pina desceu para o braço de Freyja, que fez carinho em sua cabeça antes de a pequenina ser levada para ser tratada. "Fique bem, pequenininha", pensou enviando boas vibrações a sua amiga. Sem delongas, se dirigiu a um aposento destinado a ela, tratando-se de uma perfuração na montanha, apesar de nunca ter se importado com luxúria ou qualquer mimo, deitou-se e passou a refletir sobre as criaturas, uma vez que ainda não sabia quem eram.

Freyja não pregou os olhos, ficou ali presa em sua imaginação, conjecturando ora sobre a existência desconhecida daquela espécie, ora sobre o que havia acontecido nas últimas horas, ora sobre o estado de Konoha. Logo, uma sombra negra emergiu da entrada, solicitando que a seguisse. Normalmente, por não ser um superior, Freyja se colocaria contra, mas aquele tom imperativo e altivo mostrava que não era qualquer um.

Na cabeça do dragão de pedra, o dragão negro alçou vôo junto de afirmações disparatadas, mesmo que ela não soubesse do que se tratava. Ela olhou para o alto, buscando acompanhar a sombra com sua visão.

— Você vai me dizer quem são vocês?

Leve em conta:

Equipamentos:

Dragões. Era este o nome daquela raça misteriosa de criaturas que a acolheram e a fizeram sua hóspede. Freyja cresceu, ao menos desde quando lembra em sua infância, ouvindo histórias destas criaturas míticas que cortavam os céus com suas enormes garras e lutavam bravamente com seus sopros flamejantes. Inúmeras técnicas remontavam tal folclore, como uma técnica aquática, algumas flamejantes e mesmo a mais forte técnica de sua linhagem sanguínea traziam a forma draconiana para o mundo dos homens.

— Você só pode estar brincando... — falou baqueada com a informação. — Não pode ser, os dragões não eram apenas um folclore?!

Mais que incredulidade, era ânimo que tingia seu corpo, pois havia feito um achado magnífico. Koryu se aproximou, aclamado como um de dois pupilos; como não havia mais um, subentendeu-se que ela se tratava da segunda pupila.Sorriu para o dragão vermelho, com quem fez certa amizade durante o salvamento da pequenina azulada. Eventualmente, o treinamento que o dragão negro propusera teria início. Jorrando sangue de dragão de uma ferida que o próprio dragão abriu em si mesmo, Freyja fez uma concha com sua mão e deixou o sangue se acumular no centro. Fez menção de beber, com certo receio, mas deixou o líquido flamejante entrar.

Como fogo, o interior de seu corpo queimou. Era tão intensa a dor que mal conseguia gritar ou respirar. Freyja caiu de joelhos no chão, desabotoando a camisa em uma tentativa falha de tentar respirar, mas não conseguia. Então ela lembrou-se do controle da energia natural que aprendeu com o dragão branco, sentando de joelhos e com muito sacrifício, tentando meditar.

Leve em conta:

Equipamentos:

A mudança corporal foi instantânea sob o contato com tamanha fonte de energia natural. Freyja mal sabia o que fazer, qual decisão tomar ou o que seguir fazendo quando sua fisionomia tornou-se a de um dragão. Logo o sangue se esvairia de seu corpo, o domínio do poder deveria ser feito por parte da própria cavaleira.

Mutações percorriam todo o corpo de Freyja assim que começava a tentar dominar o modo. Mesmo com os olhos cerrados para se concentrar e não perder a capacidade de respirar novamente, ainda conseguia sentir sua pele rachando e se separando no que sentia como quadrados; sentia endurecer, bem como alguns apêndices surgirem em diversas partes de seu corpo, especialmente nas costas, no topo da cabeça e também na ponta dos dedos.

— O que diabos está acontecendo comigo? — indagou com a voz trêmula perante o poder que a invadia.

Uma baforada por parte do dragão negro, de mesma coloração, consumiu seu corpo por inteiro e por um segundo, sentiu a pele queimar, mas logo já não havia mais mutação alguma. Todas as modificações recuavam pelo poder do dragão negro, que expurgava a energia natural com simplicidade tamanha.

— Qual é o objetivo disso? — perguntou um pouco ofegante.

Leve em conta:

Equipamentos:

— Senjutsu...? — indagou sem saber ao certo se tratava-se de algo positivo ou negativo. — Mas o risco não é grande demais pra pouco benefício?

Tantos questionamentos deveriam ser deixados de lado. Freyja compreendia que dominar aquele tipo de habilidade poderia auxiliá-la no futuro; preocupava-se não com a beleza estética que seria levada embora com a transformação parcial em dragão, mas sim com o fato de poder proteger seu vilarejo com muito mais poder, já que, em teoria, teria muito mais poder do que em sua forma padrão.

Ao sinal do dragão negro, ela despiu-se da blusa branca que vestia, ficando completamente nua do torso para cima. Logo, foi perfurada na região do abdômen e sentiu a energia natural fluir depressa para dentro de seu corpo. A ardência não tardou a tomar conta da região tocada pelo mestre, mas agora ela sabia mais ou menos o que fazer para contornar o problema. Sentou-se na posição de lótus e buscou esquecer a dor da perfuração; objetivou o controle de seu chakra e balancear as quantias externas e internas.

A região da ferida iniciou a petrificação inicialmente, Freyja imaginou que perderia para sua falta de domínio, mas logo o balanço enérgico veio com seu próprio trunfo inicial.

Leve em conta:

Equipamentos:

Mesmo estabilizando-se com a energia natural, sua transformação em dragão e possivelmente em pedra seria interrompida por mais uma baforada de fogo negro do dragão colossal. O motivo não lhe era muito agradável, uma vez que Freyja não conseguia compreender o motivo de o domínio de algo teoricamente simples se mostrar tão difícil e persistente para ser dominado.

— Isso aqui não é nada fácil, viu? — comentou exausta de esforçar-se no controle da natureza.

O dragão negro precisou se ausentar, tão logo ela se sentiu insegura de manter as tentativas de entrar no modo de senjutsu, já que não teria o mestre ali para conter sua transformação compulsória por excesso de energia natural no corpo.

Por outro lado, o dragão vermelho parecia empenhado em dominar o modo de combate, talvez por ele estar isento da possibilidade de tornar-se pedra e bom... já era um dragão por completo. Todavia, ainda que não fosse o mais habilidoso dragão, também não apresentava o maior domínio de energia natural dado o esforço que era totalmente visível durante suas tentativas frustradas de se equilibrar com a natureza.

— Isso é difícil pra caralho né, Koryu-san? — comentou com a voz um pouco desanimada. — Não existe nenhuma técnica ou atalho pra isso?

Leve em conta:

Equipamentos:

— Eu estou vendo. — respondeu tentando não atingir o ego do dragão, em alusão a sua dificuldade em dominar o senjutsu tanto quanto a cavaleira. — Mas nós podemos superar isso.

Saber que ter ingerido o sangue do dragão negro poderia tê-la feito morrer dava certo arrepio na espinha. Que realmente pudesse se lembrar, somente na "missão" em que invadiu uma base inimiga por conta própria havia se aproximado tanto da morte, mas o que havia acabado de fazer era praticamente um suicídio. Freyja tremeu antes de recuperar a consciência aos arredores e notar que sua amiga vinha correndo para falar consigo.

— Pina! — gritou feliz, abrindo os braços e abraçando sua amiga azulada. — Você está melhor? Que ótimo!

A proposição de um atalho para a cavaleira soou como música para os ouvidos, Pina tinha tido uma grande ideia para facilitar o domínio do senjutsu por parte de Freyja, mas não gerava grande confiança. Se outro dragão tivesse sugerido, talvez não teria o feito, mas como partiu pela bolinha azul, ela decidiu segui-la.

Freyja colocou Pina em sua cabeça, de forma que ela andasse confortável e próxima de sua amiga. Então, partiu em direção de qualquer lugar que a pequenina indicasse.

— Então... o que vocês comem?

Leve em conta:

Equipamentos:

Tudo era passível de imaginação, exceto que os dragões fossem fazendeiros de cavalos. Freyja, com os olhos esbugalhados, fitou a criação de potros com certo desdém, pois comer cavalos não era parte de seu feitio ou de sua cultura. Em Konoha, normalmente come-se porco, boi e galinha, além dos inúmeros vegetais, mas cavalos são criaturas surreais no que se diz respeito a comida.

— Pina... — balbuciou incerta do que dizer para não ofender sua amiga. — Você tem certeza de que não fará mal?

Ela conhecia a importância de talvez ingerir comida que os dragões normalmente comiam, a presença dos animais quadrúpedes ali talvez fizesse algum tipo de absorção de energia natural que vetorizasse esta a quem ingerisse através da carne; talvez a sugestão de Pina nem mesmo funcionasse. Também jamais conseguiria saber se funcionaria e, por isso, conjurou esferas relâmpagos para assassinar um dos cavalos de forma rápida, atingindo pontos vitais simples, como pescoço, cabeça e peitoral.

Logo aproximou-se do cadáver do bicho. As presas gêmeas tiveram como objetivo o esfolamento da pele do animal, enquanto sua manipulação elétrica aquecia por dentro o coração do bicho para cozinhá-lo por dentro e provavelmente fritá-lo por fora. Quando percebeu que estava mais ou menos no ponto "ideal" para consumo, passou a morder com certo nojo o órgão.

Leve em conta:

Usados:

Equipamentos:

Freyja suspirou com pesar, porque ela sabia que Pina tinha razão. Dominar o modo do senjutsu a partir desse suposto "atalho" seria um meio simples, mas de certa forma nojento, cuja ingestão do coração do animal iria de encontro com sua cultura que cresceu vivenciando. Por outro lado, comer o coração de um animal em outras culturas poderia simbolizar entrar em comunhão com a alma do ser, não desperdiçando a caça.

— O gosto é estranho. — disse terminando de comer um bife do coração de cavalo. — Eu realmente não esperava que subir aqui me daria tantas experiências... ao menos consegui uma amiga.

Sem delongar muito sua estadia no monte dos dragões, Freyja retornou para a cabeça do dragão de pedra e começou a se concentrar novamente na energia ao seu redor. O objetivo, como sempre, era absorver toda a energia natural que pudesse e então balancear dentro de seu corpo, de modo a adquirir novos poderes com a benção da natureza. Não se tratava de uma tarefa fácil, também não era uma tarefa complicada para quem havia acabado de comer o coração de um cavalo.

Tendo parte dos nutrientes do órgão do equino no domínio da energia ou não, resultados apareciam. Uma forma semi-draconiana tomava conta do corpo de Freyja, cuja aparência perdia totalmente a atração, enquanto o aumento de poderes era considerável por ela mesma, que sentia seu corpo mais forte, tornada enfim em uma meio-dragão.

Leve em conta:

Equipamentos:

Movimentação impecável; olhos aguçados para o que viesse lhe afrontar; agilidade florescendo por toda a pele, agora escamosa; força explodindo por dentro dos músculos, como uma grande lutadora. A bela Freyja tornava-se uma mulher misturada com um dragão; a forma não era perfeita de uma humana, era completamente difícil distinguir sua raça, uma vez que distorcia-se entre um dragão e uma humana.

— Que poder incrível! — exclamou empolgada com a nova aquisição. — Vocês vivem com todo esse poder? É impressionante.

Pina cochichou algo no ouvido de Freyja, alertando-a da presença do dragão negro, que voltara e talvez satisfeito com o sucesso no domínio do senjutsu por parte da forasteira. Mais do que satisfeito, ele parecia querer testar suas capacidades, ao passo que ordenou que o dragão vermelho atacasse.

O movimento do soco se fez por parte de Koryu, seguido de um salto da meio-dragão, que subiu pelo braço do draconiano vermelho e utilizando chakra para se fixar às escamas carmesim e evitar que fosse lançada ao longe pela lufada de vento do dragão negro; logo se movendo pelo braço da criatura alada e buscando desferir um chute em seu rosto. Recuando, a labareda de fogo de Koryu vinha com intensidade, mas nada impossível de desviar com a velocidade conferida pela energia natural, correndo para o lado o máximo possível.

— Incrível, Koryu-san! — exclamou. — Isso é Katon, não é?

Leve em conta:

Equipamentos:

Como um dragão (ou uma híbrida dessa raça), Freyja almejou o fogo. A vontade do fogo, inerente aos ninjas que foram criados sob a égide da Folha, queimava dentro dela; agora, ela faria queimar externamente para proteger todos que amava, junto de seu vilarejo. Poder infinito lhe seria garantido, possibilidades infindas com o fogo dominado, como um real dragão faria; o dragão negro que lhe mestrou na arte da natureza e o jovem dragão vermelho a mostraram a real capacidade de um dragão. Cabia a ela dominar o fogo dentro de si.

— Aquecer o chakra no estômago... — murmurou um pouco incerta do que fazer. — Como eu posso fazer isso da melhor forma possível? A única coisa que eu realmente sei produzir é... relâmpago.

A alusão a única natureza de chakra que sabia dominar até o momento poderia lhe criar certa desmotivação; o problema é que além de não costumar desistir de seus atos, a tendência da cavaleira ao ninjutsu, aliada a sua grande inteligência se formariam em armas poderosas para o domínio de uma nova faculdade elemental. Freyja se motivou internamente, buscando não externar qualquer sentimento que pudesse ser percebido por ambos os dragões, de modo que eles sentissem apenas confiança vindo da forasteira e nenhum tipo de dúvida de sua capacidade.

Ainda transformada em um meio dragão graças ao poder da natureza que absorvera, a jonin passou a reunir chakra dentro do próprio corpo, desenvolvendo a dobra natural do mesmo modo como fazia para utilizar o relâmpago; o conceito nunca foi difícil para ela, na verdade, era realmente muito fácil converter qualquer chakra reunido por sua natureza em relâmpagos. Torná-lo em fogo sem confundir as dobras elementais é que se trataria de um desafio.

Como uma própria vida, assemelhando-se a uma grande fonte de vida, o fogo deveria ser dobrado, deveria ser cuidado como se tivesse vontade própria e deveria principalmente não ser descontrolado. "Como eu posso fazer isso da melhor forma?", indagou-se mentalmente durante a reunião de sua energia. Em uma situação menos delicada que a atual, ela tentaria ainda infundir o chakra natural que a permitia estar no modo de senjutsu, mas não ousaria fazê-lo e arriscar perder o respeito que demorou para arrancar dos seres alados que agora era aparentemente amiga.

Logo dentro do estômago, ela tentava torná-lo uma grande forja, tomando como princípio que para haver fogo deveria haver oxigênio e também espaço para a ocorrência da combustão, como sempre. Na transformação do chakra em eletricidade, ocorria a moldagem em ondas elétricas pela agitação da energia corporal; para o fogo, talvez uma grande movimentação ou... compressão. Esta era a palavra chave, comprimir o chakra poderia aquecê-lo; utilizando-se de uma parte do corpo como um recipiente, poderia fazer a atividade de forma mais segura.

A decisão estava feita e muito bem conceituada, não havia possibilidade nem janela para falha. Freyja comprimiu o chakra o máximo que podia, se utilizando da predisposição de seu corpo para o ninjutsu; logo, sentiu a queimação dentro de si e a intensificou até um ponto que não suportava mais e expeliu pela boca em uma forma flamejante.

— Vocês tem que fazer isso quando são pequenos? — disse um pouco arfante, ofegante pelo fogo ter consumido seu oxigênio. — Eu... eu domino isso completamente um dia, mas acho que está ótimo.

Ela sentou-se no chão e encarou suas mãos draconianas híbridas, como se encarasse um diamante.

— Esse poder... qual o nome dele? — indagou.

Leve em conta:

Equipamentos: