Após concluir mais um “treinamento da madrugada”, o garoto Senju retornou para sua casa. Para sua sorte os seus pais ainda estavam dormindo, logo não sentiram a sua falta. Naoki entrou sorrateiramente pela janela do seu quarto, tentando não fazer barulho enquanto colocava primeiramente a sua perna direita, seguida de seu tronco e então a perna esquerda. O garoto se viu por volta de cinco da manhã de pés em seu quarto. Ainda tinha alguns minutos antes de seus pais acordarem.

O garoto deitou-se à cama no intuito de descansar um pouco antes de ter que levantar para realizar algumas tarefas, afinal de contas agora era um chunin. Todavia, o garoto mal repousou sobre a cama e já pode ouvir algumas batidas à porta – Naoki, está na hora de se acordar – Era Himawari, sua mãe – Certo – Respondeu o garoto após um longo suspiro. Levantou-se de sua cama e acompanhou sua mãe até a cozinha, onde se pai já se encontrava tomando um pouco de chá quente.

- Bom dia – Disse Naoki enquanto que o pai apenas o observou e assentiu com a cabeça.  O garoto sentou se a mesa ao tempo que sua mãe o serviu com um pouco de chá. Nenhuma palavra se seguiu naquele recinto por bastante tempo. O clima não era dos melhores naquele lugar, isso desde a queda do herói. Aquilo só feria a todos naquele lugar, e não beneficiava ninguém, mas aparentemente nenhum deles iria ceder.

- Bom – Disse o chunin se levantando da mesa – Vou caçar nos arredores da vila esta manhã, volto para o jantar – O garoto dirigiu-se para o quarto, onde recolheu seus equipamentos e seguiu para a porta – Não se atrase para o jantar – Indagou o pai de Naoki em um tom sério e frio. O rapaz parou a porta por alguns instantes, e então saiu de vez. Aquele tipo de atitude de seu pai vinha o irritando cada vez mais. O garoto Senju se dirigiu para o portão leste, tinha a intenção de caçar nos arredores daquele lado.

Considerações:

Equipamentos:

O trajeto até o portão da aldeia foi deveras tranquilo. Pelo caminho o garoto pode observar que algumas pessoas já voltavam a sorrir e até mesmo as crianças começavam a brincar pelas ruas outra vez – será que só na casa do chunin as coisas iam de mal a pior? – não tinha como saber quando as coisas voltariam ao normal, e nem se sequer voltariam de fato. Existiam ainda as pessoas com expressões de puro pavor em suas faces, mas essas estavam se tornando a minoria.

Depois de algum tempo caminhando a passos curtos e tranquilos, Naoki se encontrou ao pé de uma das montanhas onde acreditou haver alguns animais os quais o garoto buscava. Há bastante tempo o rapaz não se deliciava com carne de porco selvagem, e por conta disso estava em busca de tal espécie, todavia não dispensaria uma boa carne de cervo. As arvores não eram tão grandes como as da floresta do lado da vila em que ficava sua casa, mas eram tão fartas em folhas quanto, o que vinha a tornar a floresta densa.

O garoto seguiu por subir a montanha. Caminhando pelo solo, enquanto bem atento ao que o estava cercando. Observava os galhos das arvores, esperando não encontrar com um predador a espreita, tentando não se aproximar de vários arbustos, para não ser surpreendido e também atento a qualquer rastro que pudesse ter sido deixado. O chunin se abaixou ao perceber alguns galhos quebrados no chão.

“Pela cor das folhas desse galho... Não faz muito tempo que algo passou por aqui”

Chegou à conclusão disso enquanto pode ouvir o som de água corrente – Provavelmente algum animal estava indo beber água – Disse para si mesmo juntando os fatos relacionados ao galho quebrado e ao córrego que havia ali por perto. O rapaz retirou o arco de envolta do seu tronco empunhando-o com a mão canhota, enquanto levava a mão direita à sua aljava a fim de recolher uma de suas flechas. Colocou a mesma sobre o punho do arco enquanto a ajustava à corda, preparando-se para efetuar um disparo caso encontrasse com algum animal. Em pouco tempo o garoto conseguiu contato visual com o riacho em questão, podendo também enxergar um filhote de cervo bebendo água.

Considerações:

Equipamentos:

Naoki já tinha comido a carne de cervos algumas vezes naquele mês, mas sempre de um adulto. Não sabia o quão boa seria a carne de um filhote, e por aquele estar sozinho, provavelmente tinha se perdido de sua mãe. Não teria chance naquela floresta. O genin puxou o cabo da flecha o máximo que conseguiu, esticando a corda até onde conseguiu. Começou a mirar no ombro esquerdo do animal, provavelmente o impediria de fugir e facilitaria a captura.

Todavia, no momento em que o garoto encontrou o ponto certo e começou a controlar melhor a sua respiração, algo surpreendente ocorreu – um pequeno filho de lobo se aproximou do riacho e também começou a beber água, cerca de dez metros de onde o cervo estava. Naoki começou a observar a cena, mas não se importou tanto. Voltou a se concentrar no cervo, até que sua atenção foi totalmente tirada com o barulho de algo se movendo de forma brutal por entre os arbustos cerca de dez metros da posição do garoto.

- O que? – Viu sair de entre as arvores um urso enorme e feroz. Ele seguiu na direção do filho de lobo como se aquele frágil animal fosse a sua refeição. Naoki percebeu que o cervo havia sumido quando ouviu o barulho enquanto o lobo tentou correr. Suas patas eram muito curtas e o mesmo acabou tropeçando em algumas pedras. Estava agora com as patas machucadas. O grande urso alcançou a sua presa e levantou a pata esquerda para desferir um golpe que para aquele animalzinho seria fatal.

Algo mais aconteceu, no momento em que a pata do urso desceu ao encontro do pequeno lobo, um vulto saiu de dentro dos arbustos. Naoki saltou e pegou o filhote do chão em uma cambalhota veloz, seguindo por saltar para o outro lado da margem, em seguida se embrenhando na mata, saindo do alcance daquele urso.

Depois de saltar por algumas arvores com o lobo em seus braços, o garoto começou a ficar com suas pálpebras pesadas, e com um ardor em seu ombro esquerdo. O garoto olhou para o mesmo e pode ver que havia sido atingindo pelo urso em meio ao seu movimento salvador – Mas que... – O garoto se desequilibrou do galho em que estava e acabou por cair de cerca de 3 metros de altura, preocupando-se primeiramente com a segurança do filhote em seus braços, colocando seu corpo contra o chão a fim de absorver o impacto. Naoki desmaiou.

Considerações:

Equipamentos:

A queda não resultou bem como o esperado. O garoto ao invés de se chocar contra o chão veio a repousar sobre algo um tanto quanto macio. Em meio aquilo tudo o chunin pode sentir como se estivesse sendo carregado – o que seria aquilo? – o garoto sentia como se estivesse com a bochecha na pelagem mais macia já vista por olhos humanos, mas não podia abrir os olhos e ver com clareza.

Os sentidos do garoto o traíam, ele só podia sentir com certeza o pequeno lobo em seus braços, tal como o ombro esquerdo doendo demais. Naoki apagava constantemente devido à dor, mas entre relances podia ver imagens em sua mente vindas quase como um flash. Não sabia descrever a maioria delas, mas dentre estas ele podia ver claramente o rosto de um lobo, algo como se estivesse o encarando.

“Mas que...”

O garoto se perdia em meio aos seus próprios pensamentos enquanto delirava de dor em meio a apagões constantes. Até que de um desses apagões o garoto não conseguiu retornar por sabe-se lá quanto tempo.

Depois de sabe-se lá quanto tempo Naoki despertava. O processo não era instantâneo e o garoto nem sequer sabia onde estava ou o que tinha acontecido de fato. O garoto levantou o seu tronco de onde estava. Aparentemente deitado sobre palhas em um gramado macio. O garoto primeiramente se preocupou com suas roupas, estava apenas com a parte inferior enquanto seu ferimento parecia tratado e enfaixado – O que é isso? – Perguntou-se o rapaz enquanto percebia em suas pernas o filhote que havia salvado há pouco, também com as patas enfaixadas e dormindo tranquilamente.

O garoto levou os olhos a passearem por aquele lugar. A gruta era muito maior do que parecia a principio, quase como um jardim escondido – um mundo inteiro no interior daquele lugar? – não sabia. Até então não havia notado uma presença naquele lugar, apesar de imaginar que alguma pessoa o teria ajudado. Todavia, seus olhos encontraram um lobo consideravelmente maior que o comum em repouso não muito longe de onde estava. Este possuía os pelos brancos como a neve, exceto por manchas de sangue em suas costas – seriam estas as do chunin? – sem entender o que estava acontecendo Naoki temeu a grande fera.

Considerações:

Equipamentos:

A fera se mantinha imóvel e não fazia absolutamente nada, parecia estar dormindo tranquilamente. Naoki observou o ambiente com mais precisão e encontrou suas armas repousando ao seu lado. Tendo em mente que aquele lobo podia vir a se mostrar hostil e consequentemente o atacar, o chunin esticou o seu braço para pegar a sua espada zangetsu, todavia, o mesmo ficou completamente estático ao ouvir um uivo quase ensurdecedor.

O garoto voltou os olhos para o grande lobo branco que agora se colocava de pé sobre as quatro patas, mostrando ter praticamente a altura de Naoki – Puta que pariu! – Exclamou o garoto em espanto, acordando até mesmo o pequeno lobo em seu colo, que por sua vez não parecer se importar tanto com a situação e começou a se esfregar entre as pernas do chunin.

De repente Naoki começa a ouvir algumas passadas como de uma criatura enorme vindo na sua direção pelas costas. O garoto se levantou e então se virou para descobrir o que estava vindo por atrás – Meeeee – Disse o garoto para si mesmo enquanto via o grande monstro de pouco mais de dez metros se aproximar calmamente. Um lobo extremamente grande se achegava e abaixava seu rosto.

Cerca de outros doze filhotinhos o acompanhavam enquanto brincavam, mas ao se depararem como o chunin todos correram ao seu encontro. Os filhotes aglomeraram-se em volta do rapaz que no momento estava muito preocupado quanto àquele enorme lobo à sua frente. O qual além de ser enorme também tinha a capacidade de falar. Uma voz grossa e amedrontadora – Agradeço pela ajuda de vocês – Agradeceu o rapaz parecendo um tanto inquieto – Me chamo Senju Naoki... E gostaria de saber o que está acontecendo aqui? Isso não se parece com Konoha... Onde exatamente esse lugar está localizado? – Questionou o rapaz um tanto quanto confuso.

Considerações:

Equipamentos:

A figura de um homem surrado pelo tempo surgia de dentro da mata. Ele andava se segurando em uma bengala e mostrava vestes um tanto quanto vergonhosas – Será que eu estou fadado a me relacionar com gente que não gosta de usar roupas? – Se perguntou Naoki enquanto via o homem que apenas vestia uma tanguinha se aproximar e indagar algumas palavras.

Segundo a fala do sujeito ele se chamava Akira, e era na verdade o guardião daquele lugar e daqueles animais – Como se um lobo de dez metros com presas enormes precisasse de um guardião – Murmurou o jovem rapaz em voz baixa, mas que pode ser ouvida por todos. O grande lobo sorriu, ato este que Naoki não imaginava algum dia testemunhar – Veja, velho! O garoto acha que você não é de nada! – Exclamou o grande lobo tirando sarro do coroa, aparentemente tinha um bom senso de humor.

O idoso dizia que Naoki estaria sendo testado para ser o novo guardião, talvez por ter salvo a vida do pequeno lobo. O garoto por sua vez não entendia qual o sentido em ter um dia de lobo – O que você disse, vovô? Tirar a roupa? – O indagou enquanto o lobo branco se aproximava por trás calmamente, abaixando a cabeça enquanto a esfregava na mão esquerda do garoto, que ao perceber começou a fazer carinho no animal.

- Este é Gõsuto, ou Ghost. Chame-o como preferir. Ele vai te acompanhar enquanto estiver realizando o seu teste – Disse o grande lobo cinza. Dessa vez o garoto levou as palavras mais a serio. Sentou-se na grama e começou a retirar suas botas, seguindo por retirar a calça que vestia estando então apenas utilizando de seu calção – Certo, vamos começar logo com isso então! – Disse o garoto enquanto movia o seu braço esquerdo com a mão no ombro, verificando se tudo estava em ordem.

Considerações:

Equipamentos:

O garoto esperava até que lhe fosse ordenado o que ele teria que fazer – A proposito, filho... Meu nome Sachiko  - Disse o grande lobo cinza enquanto empurrava de leve o garoto com sua pata direita – Ghost, mostre ao garoto o que é ser um lobo – Indagou enquanto o lobo branco saltava como se estivesse comemorando. Os lobos menores já estavam prontos para acompanhar os dois, todavia Akira os impediu – Vocês ainda são muito novos pra esse treinamento! – Gritou enquanto corria atrás de cada um dos filhotes.

Ghost guiou o garoto por entre a mata. O chunin podia ver varias estatuas enormes de lobos de varias cores, quase como se fossem reais. Algumas grandes cavernas com outros lobos também enormes descansando, comendo, e até mesmo conversando entre si. Naoki era alvo de alguns olhares desses lobos. O garoto seguia caminho com seu companheiro até que surgiu na sua frente um lobo negro maior do que Ghost, todavia menor que Sachiko – Então você é o escolhido? – Perguntou em voz grossa e um tom sério.

- Meu nome é Jukera, mas poderá me chamar de Jukes – Disse o lobo negro enquanto seguia adiante – Venha, eu vou acompanha-los nesse teste... Jovirone! – Bradou finalizando a sua fala. Então um outro lobo de pelagem cinza apareceu, saltando sobre o garoto e parando a sua frente – E ai, escolhido? Meu nome é Jovirone, mas me chame de Jovi, certo? – Disse o lobo enquanto seguia ombro a ombro com Jukera mais a frente.

Naoki e Ghost os seguiam de perto. O chunin ouviu em sua mente uma voz, uma bem calma quase como uma voz humana. O garoto olhou para o lado e viu que o lobo branco o olhava, aparentemente ele não falava como o restante, mas usava telepatia – Ce... Certo – Respondeu ao canino, um tanto apreensivo por conta da voz em sua mente.

Em algum tempo todos começaram a correr dentro da mata, em alguns momentos, devido as folhas das arvores, Naoki nem sequer sabia o que tinha a frente – Escute garoto! Nós trabalhamos em equipe na alcateia! Vamos distrair nosso alvo e você ataca quando tiver chance! – Disse o lobo negro mais a frente, enquanto corria. Em algum tempo o garoto sentiu o ritmo do pique diminuir – Veja, aquele será o seu jantar – Disse Jovi ao garoto, indicando a localização de um cervo.

A formação estava feita, os três lobos saltaram na frente cercando o cervo, enquanto Naoki se manteve na espreita. Ameaçado o cervo tentava fugir, mas estava completamente encurralado. Então, em um salto majestoso o garoto saltou sobre a cabeça do cervo, segurando-o pelos chifres no processo, jogando-o contra o chão na sequencia, em um movimento que quebrou o pescoço do animal – O garoto é feroz!! – Bradou em meio a um uivo o lobo negro.

Considerações:

Equipamentos:

O sucesso naquele desafio acarretara uma consequência um tanto quanto indesejada a muitos humanos. O garoto olhou para os lobos que falavam em sincronia o que o garoto devia fazer agora – Vocês estão zonzos? – Perguntou com um tom sério e com uma expressão repulsiva em seu rosto – Just do it! – Disse Jovi. O garoto balançou a cabeça em negação, mas aparentemente cumpriria com o desafio.

Abaixou-se ao lado do corpo do animal morto e tentou ferir o estomago do mesmo usando suas unhas. A pele era grossa o que fez com que algumas unhas se quebrassem, mas o garoto suportou a dor e continuou. O sangue começou a jorrar, havia conseguido fazer uma abertura. O garoto usou de sua força para abrir o restante, a ultima parte por sua vez foi fácil – Comer o coração de um cervo – Disse com um ar de sarcasmo enquanto retirou os órgãos do animal um por vez, colocando os no chão.

O garoto moveu sua mão por dentro do animal e encontrou o que acreditou ser o coração, finalizando por tira-lo para fora. O garoto encarou bem a figura e criando coragem, com os olhos fixos nos lobos deu grandes mordidas no órgão. Em poucos minutos o garoto teria comido todo aquele coração e então se levantava – O que preciso fazer agora? Lamber o rabo de algum de vocês? – Indagou enquanto o lobo negro mostrou se irritar e dar um passo a frente, todavia o lobo branco tomou a frente de Naoki e o “defendeu” – Sorte sua ser o escolhido! – Disse Jukes enquanto se viravam para retornar.

- Um momento! Preciso... Cagar... – Disse o garoto um pouco sem jeito e com raiva – HAHAH! Cague! Você é um lobo agora, aja como tal – Disse o lobo negro, aparentemente se divertindo com aquilo. O garoto abaixou seu calção e começou a fazer força para o tolete sair. Enquanto o excremento descia pelo seu canal, o garoto tentava pensar em algo que gostava para evacuar a sua mente daquele lugar. A primeira imagem que veio a sua mente enquanto a merda estava escorrendo foi o rosto de Yukino, companheira por quem nutria um forte sentimento. O garoto terminou de fazer as suas necessidades e vestiu o seu calção – Vamos? – Indagou o garoto tentando não se importar com os risos dos caninos.

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Em meio a uma cortina de fumaça o velho Akira foi invocado por meio de uma invocação reversa. O homem parabenizou o garoto com algumas palavras bonitas seguidas de uma advertência quanto à higiene, o que fez com que o jovem rapaz retirasse seu calção e saltasse nas aguar do córrego. Banhado e lavado, o garoto saiu e então vestiu seu calção. Sacudiu a cabeça como um lobo se enxugando e então caminhou até o pergaminho.

Abriu o grande pergaminho que Akira o entregara e então assinou o seu nome utilizando de um pincel que o velho deu – Senju... Naoki... Pronto vovô! – Disse enquanto terminava de assinar o seu nome e voltava a olhar para o velho, que estava deitado no chão agora. Naoki correu até o corpo do homem já inanimado – Ele se foi... – Disse Jukera ao chunin, que não entendia direito o eu acontecia.

O garoto pegou o corpo do homem no colo e o levou para de volta à gruta – Então ele se foi? – Disse Sachiko ao ver os guerreiros retornando – Ele era um bom amigo... Quanto a você garoto. Nós sempre fomos invocados por descendentes diretos de Indra. Todavia, você mostra a vontade do fogo, e por ser um Senju de certa forma descende de Hagoromo. Aceitaremos os seus chamados e iremos ao seu auxilio sempre que precisar – Finalizou o grande lobo. O garoto não entendia metade daqueles nomes, e nem iria perguntar para evitar uma grande história.

Os lobos cavaram uma cova para o homem e então Naoki o enterrou – Descanse em paz, velho amigo – Disse Sachiko. Centenas de lobos enormes estavam reunidos naquele funeral. Porem, Naoki avistou ao longe uma sombra se mover por entre a escuridão, sem saber que se tratava do irmão de Sachiko.

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Todos ali pareciam muito tristes e afetados pela morte do seu velho amigo, Naoki precisava ajuda-los a se reanimar – Bom... Eu queria me apresentar a vocês – Disse o garoto enquanto fazia um sinal com a mão para Sachiko abaixar sua cabeça. Ao que o mesmo o fez o garoto subiu sobre o animal e começou a falar para que todos ouvissem – Eu me chamo Senju Naoki! Foi-me confiado o dever de ser o novo guardião, e eu serei! Contem comigo para o que quer que precisem. Eu posso invoca-los, mas vocês também podem me invocar! Eu treinarei para ficar cada vez mais forte e me tornar digno de ser um companheiro de vocês!

Em meio ao seu brado, todos os lobos em volta começaram a uivar em comemoração. O garoto havia conseguido animar a todos e por suas cartas na mesa, restava agora mostrar que estas palavras valiam de verdade – Sojokoo! Venha conhecer o escolhido! - Indagou Sachiko. Em um piscar de olhos o garoto pode ver um lobo negro tão grande quanto o que o mesmo estava em cima. O grande lobo levantou seu corpo, ficando cerca de 10 metros mais grande, como se fosse atacar. Então colocou suas patas de novo no chão – Mostre-nos que você é um garotinho de palavra! E eu serei seu companheiro! – Disse Sojokoo numa voz extremamente assustadora e horripilante.

Naoki confraternizou com os lobos por algumas horas, comeu larvas, provou das iguarias da espécie e por fim disse que precisava ir. Vestiu suas roupas, pegou suas armas e o pergaminho. Pediu para que alguém o levasse de volta para a vila e então Sojokoo se ofereceu. O lobo era veloz e não demorou muito para que Naoki se encontrasse diante do portão da vila – Me chame se precisar garoto! – O lobo então desapareceu em fumaça branca como se uma invocarão fosse desfeita. O chunin retornou para sua casa, onde guardaria o pergaminho e o manteria em segurança.

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