Era numa noite de puro clamor, todos aqueles que adoravam o nome de Jashin, reuniam-se numa única adoração. Acreditavam, assim, que quando mais de um se reunia convocando sua presença ele estaria presente, da criança ao adulto os mais diversos sacríficos era realizado. Banhada em sangue, Giltine se divertia observando os sacríficos — Esse país é farto para meu senhor, vamos rapazes, desfrutem do meu corpo — esbanjava a mulher desprovida de roupas, sendo possuída, aos poucos, pelos homens ali presente.

Os relatos de morte chegavam demasiadamente a Konoha, uns eram apenas relatos, outras missões, mas a maioria era uma suplica por ajuda, implorando, que, a vila da folha intervisse imediatamente no caos que se alastrava pelo país do fogo.

— Possuam-me, e juntos, traremos força a Jashin-sama — gritava a mulher, animadamente.

Considerações:

Estalos com a língua contra o céu da boca, tamboriladas dos dedos do único braço que o Hokage possuía, o tique do relógio que jazia acima da porta de entrada e o vento noturno soprando pela pequenina fresta da janela preenchiam o escritório do símbolo supremo de força militar do vilarejo. Konohagakure não estava em sua máxima, assim como o Hokage, que com tantos relatos horripilantes, não queria ficar parado resolvendo burocracias, mas como um homem justo, decidiu por dar um descanso a sua assistente após um longo período trabalhando em seu lugar.

Albus socou a mesa em meio a frustração inserida. A força tremenda aplicada no golpe deixou a marca de seu punho, bem como fez os objetos saltarem e algumas garrafas de saquê vazias caírem no chão, evitando de se estilhaçarem graças ao carpete que rodeava a mesa da sombra do fogo. —— O que Mako faria? —— Falou em tom de voz baixo, encarando o vazio contra a porta de seu gabinete. —— Que situação... —— Balbuciou jogando-se contra o encosto da cadeira, apoiando os braços nos apoios laterais disponíveis. Em sua mente vieram os acontecimentos recentes que presenciara na cordilheira dos deuses, assim como o escape de Hinka e o vislumbre momentâneo de Shaka, o inimigo da humanidade. Acontecimentos estes que só serviram para enfurecer ainda mais o já aborrecido Senju.

Um suspiro profundo, retirado do âmago de sua alma saiu pela boca, exalando um forte cheiro de álcool, vindo de sua constante bebedeira desde que retornara de viagem. De sua gaveta retirou uma garrafa menor, com pouco mais de uma dose de saquê envasilhada em uma pequena garrafa de mármore selada com uma tira de couro envolta em borracha. Albus deslacrou o vasilhame, virou de uma vez o produto de arroz fermentado que já nem mesmo incomodava sua garganta pelo alto teor alcoólico e sua alma se ativou mais uma vez. —— Eu não admito ficar aqui enquanto os outros dão sua vida. —— Queixou-se levantando seu corpo da cadeira em um movimento brusco.

Determinado, ele vasculhou em certa pilha de papel localizações onde os acontecimentos teriam sido avistado ou mesmo denunciados pelas testemunhas. Seguiria sem discriminação as pistas que conseguisse angariar, transcrevendo coordenadas, pontos de referência e endereços em um papel.

O Hokage tateou seu cinto até encontrar seu sabre de luz. Por um momento encarou o armamento que ligava o atual Albus Sexto Hokage determinado e maduro a um Albus Tokujo inseguro e imaturo, juntamente das lembranças na ilha, lembrou-se da morte de seus mestres Yoda e Ben, da amputação de seu braço esquerdo e
dos acontecimentos que viriam à tona. Trancou o item em uma das gavetas que a mesa dispunha e pretendia não tocá-lo até que fosse tempo. Como seu armamento, tomaria a lâmina que carregava a alma de Toph. Levaria a Hiramekarei, cruzando a janela de seu escritório rumo ao primeiro objetivo traçado.

Considerações:

Equipamentos:

Como um rato, caiu na ratoeira armada contra ele. Traçou os caminhos necessário, e assim seguiu, tomando um novo rumo para o principal ponto de ação, o templo do fogo, as mortes e confrontos no templo ocorriam de maneira mais intensa do que o comum, visto que, era de grande utilidade para os adoradores tomarem contam para si. No entanto, era de se esperado que o Hokage fizesse aquilo, era de esperado que mais uma vez Konoha estivesse sem um líder.

Enquanto caminha pela rua, barroaria numa pessoa qualquer, seus olhos eram esverdeados naturalmente, mas o simples trocar de visão traria à tona uma ilusão que o Hokage não poderia perceber tão cedo, de resto, poderia seguir normalmente em direção ao templo do país do fogo.

— Senhorita, os preparativos já estão quase prontos — dizia, de joelhos, a garota.
— Ótimo, e como anda a conquista do templo do fogo? — perguntou Giltine.
— Tomaremos tudo essa noite senhora, um ataque surpresa, destruidor —  respondeu.

A mulher apenas sorriu levantando a taça cheia pelo reluzente sangue, com um sinal de mão ordenou a retirada de sua informante, sozinha, pela sala, ria freneticamente.

Considerações:

Como ninjas completamente experientes, suficientemente fortes para que o próprio Daimyo do Fogo os selecionasse a dedo para sua guarda pessoal, os Shugonin Jūnishi teriam sido facilmente subjugados pelos inimigos que faziam seus movimentos. Só de pensar no nível dos inimigos, os pelos do corpo do Hokage se eriçavam, tanto de excitação para o combate quanto de medo. Até mesmo o maior símbolo da folha sentia medo.

Cruzava a vila pelo andar superior, os telhados, como de costume à noite. Não queria causar alarde caso alguém visse o Hokage mais uma vez deixando o vilarejo para seus assuntos pessoais, uma vez que não revelava o motivo de suas saídas. —— Fique bem, Konoha —— No entanto, uma vez que retornasse e houvessem inimigos, estes seriam destruídos por sua raiva como o líder supremo. Além do mais, o Templo do Fogo era de responsabilidade diretamente dele, não era uma escolha deixar seu assento, mas seu dever como pontífice.

Cruzou a floresta de galho em galho em direção ao templo, esperando que os ninjas monges estivessem ainda em vida, lutando pelo templo. As esperanças não eram as que melhor refletiam as possibilidades, sabia que tinha de ter um pensamento realista. No meio do percurso, o Byakugan se fez presente no olho esquerdo, dando-lhe a visão absoluta dos Hyuga, manteria isso até o caminho do templo, atendo-se aos detalhes a seu redor.

Quando desse o último passo rumo ao templo, desceria das árvores com a espada enfaixada em sua mão, encarando o templo a fim de encontrar quaisquer fontes que pudessem ser consideradas ameaças. "Apareçam, malditos."

Considerações:

Equipamentos:

Usados:

Ainda na noite o homem avançou, atravessando a floresta e encontrando o verdadeiro palácio que chamavam de templo do fogo. No entanto, mesmo que aguardasse por uma guerra ou rebelião nada ali lhe esperava, pois, a destruição já teria acontecido horas antes. Um massacre, que indiciava zero sobrevivências. Não existias corpos ali, apenas sangue e mais sangue. Com sorte, dos dozes guardiões, três conseguiram sobreviver e salvar o senhor feudal. O Hokage conseguiria encontra-los dentro do templo, no fundo, em uma espécie de barreira especial que parecia se está se esvaziando cada vez mais, no entanto, a frente da barreira, sobre uma espécie de trono de pedra estava uma seduzente mulher, caso o Hokage colocasse o pé adentro do templo, ela sorriria e com um tom afrontoso diria — Está atrasado, Albus-sama — brincaria a mulher.

Considerações:

Massacre, sangue, morte. Traduzindo a expressão de surpresa que o Hokage teve ao ver a entrada do templo do fogo. O carmesim do sangue dos combatentes tingia a escadaria até o grande portão, guardado pelas duas figuras enormes esculpidas em rocha, cujos olhares passariam medo a qualquer um que não conhecesse a mitologia por trás das imagens. Albus passou os olhos pela região, em busca de quaisquer fontes de vida e somente através das paredes, poderia ver um fluxo de chakra a frente de outros quatro. —— O que vocês presenciaram... Tengu... Yamabushi? —— Indagou em voz baixa para as estatuas, soltando um suspiro.

A porta, descerrada, dava lugar a mais tinta rubra humana pintando a paisagem. Os únicos fluxos de chakra se mantinham imóveis em suas posições, traçado então a localização como objetivo final do líder, transpondo o caminho com cautela, sem deixar de olhar para todos os cantos em busca de armadilhas ou novos pontos de chakra desconhecidos. — Prepare-se para o pior, Kokuou. — Recomendou através da dimensão das bijuus, ao mesmo tempo que transferiu seu chakra para que ficasse armazenado na espada. "Vamos ver como funciona seu coração, Toph."

Mulher esbelta, símbolo da lascividade e sedução, jazia no trono pedregoso destinado ao símbolo de maior poder daquele templo, assento este que provavelmente havia sido fabricado há séculos antes daquela ocasião. Os detalhes da mulher chamavam a atenção do Senju, especialmente suas curvas que o fazia despertar sentimentos incomuns, uma vez que nem mesmo se lembrava da última vez que estivera com alguém do sexo oposto em uma situação íntima. No entanto, a afecção se esvaía por completo ao notar o círculo de metal preso em seu pescoço por uma corrente, uma miniatura, uma efígie do símbolo que sujou a neve da cordilheira dos deuses: Jashin.

Albus foi recebido com deboche, mas já havia estabelecido a bela mulher como sua inimiga, mediante o uso de um acessório que a ligaria aos eventos recentes que assolariam o mundo. —— Quem é você, maldita? —— Indagou com os dentes cerrados, evitando, no entanto, de entrar em um acesso de fúria. — Eu não me segurarei, Albus. Use meu chakra o quanto for necessário. — Recomendou o colosso de cinco caudas. No entanto, o Hokage não se moveria de imediato, apesar de estar a postos para o combate. —— Saia deste templo imediatamente e você será poupada.

Considerações:

Equipamentos:

Usados:

Indelicada era a forma como Albus se dirigia a donzela, tirando a expressão de sedução a mulher se pôs de pé, ficando perante o homem com uma roupa bastante colada e chamativa, curta até demais — Sua família não lhe ensinou a tratar uma dama garoto? Foi como me disseram, é apenas um mimado — indagou firmemente, desfilando com seus saltos em direção a barreira, dando de costa ao Hokage. — Sabe Albus-sama, sua presença aqui hoje é de longe meu plano mais elaborado, cada passo seu foi observado, cada passo seu lhe trouxe aqui hoje, os irmãos que destruíram grande parte de seu vilarejo, as fugas de Konoha, os pedidos de clamor, tudo lhe guiou aqui, consequências de uma pequena chama que você nunca apagou, e vejo Albus-sama... — parou a mulher, dando um giro com as mãos numa forma de representar todas as direções indicadas — A chama se tornou um incêndio, e logo, queimará também suas madeiras — completaria a mulher, levando apenas um dedo na direção do Hokage, caso encarasse, nem mesmo a besta conseguiria se segurar e cairia num profundo sono.

Considerações:

Presenciando a situação, o Hokage não estremeceu diante da figura, mesmo com seus insultos, havia tido experiências suficientes para que meras palavras jamais afetassem seu psicológico, o que ajudou a ficar resoluto naquela situação. —— Cale-se. Vá embora! —— Gritou como um segundo aviso, mas sua determinação não funcionaria perante uma técnica desconhecida. O corpo começou a pesar, assim como as pálpebras, que pareciam carregar o peso do mundo. —— Maldita... —— Murmurou com as forças que lhe restavam. A Hiramekarei escorreu de suas mãos e a visão turvou ao mesmo tempo que sentia seu corpo cair de joelhos, então seus pesadelos vieram atacar, desencadeando um grito e resistência de Albus no processo.

Considerações:

Equipamentos:

Usados:

— Não será eu a me calar Albus-sama — debochou a mulher, enquanto o homem perdia total controle de seu corpo, adentrando no mundo dos sonhos e desvanecendo na realidade. Quando acordasse de seus pesadelos, o Hokage apenas poderia se ver através de uma pequena brecha de uma porta de ferro bastante reforçada, qualquer que fosse a comunicação com a besta seria inútil, sem um motivo totalmente aparente, a presença e chakra dela teria sumido de dentro do homem. Algumas horas se passariam até que o primeiro dos guardas trouxesse um lanche para o homem, suas vestes também estariam diferentes, trajando apenas uma espécie de manto sujo para encobrir o corpo nu, sem nenhuma das armas ou equipamentos a seu favor, não sendo o suficiente, o seu chakra estaria mais fraco, sendo impossível de utilizar seu máximo. As refeições básicas, junto a água seriam trazidas a cada quatro e quatro hora, sendo liberado uma brecha maior na porta nesse momento, o suficiente para passar uma bandeja de refeição de tamanho grande. Gritos de socorro eram constantemente escutado pelos corredores.

Considerações:

Jogado às traças, Albus acordou sem saber seu rumo nem sua localização. A cabeça doía como se tivesse sido pisoteado por uma manada de touros e não obstante, seu corpo latejava de forma semelhante a quando se esforçava demais, mesmo tendo certeza de que não ocorrera.

Ele tentou se apoiar em qualquer coisa, fosse na parede ou qualquer mobília do lugar para se levantar, ato que o fez perceber a ausência de suas roupas, bem como seus equipamentos. —— Mas que merda é... —— Começou a praguejar, mas de súbito, parou ao perceber a ausência em sua mente, um vazio que nem mesmo ele poderia explicar. — Kokuou...? — Indagou, esperou alguns segundos, retornou a chamar seu hóspede, mas não obteve respostas. Estaria ainda sonhando ou imerso em uma ilusão? Albus buscou uma aposta e tentou o Kai, mas não sabia se teria sucesso. Ainda assim, sabia que seu companheiro estava em algum lugar ali, do contrário estaria morto.

—— Que situação... —— Balbuciou recolhendo-se em um canto. Sentia-se fraco, apesar da vontade de seguir em frente. O que estaria acontecendo em Konoha?

Os gritos que ecoavam faziam um calafrio subir pela espinha, gritos de desespero que o lembravam do mais profundo sentimento de morte que sentira na expedição à Cordilheira dos Deuses. No tempo que se recolheu, não ficou parado. Contava mentalmente o tempo de entrada da comida, sem tocar nesta, e também procuraria ver através da parede os inimigos através do Byakugan, de modo que tomasse uma decisão definitiva quando houvesse a menor quantia destes.

Albus investiu contra o portão. Seu corpo exalava vapor, mas não se tratava de uma transformação proveniente do cinco caudas, apesar de ter sido uma técnica desenvolvida graças ao colosso. O vapor aparecia da resistência do contato da lava no ar, seu corpo estava revestido no material brilhante e alaranjado. Foi com tal técnica que jogou seu corpo inteiro contra o portão.

Considerações:

Usados:

Desespero, para Glitine a única palavra teria um vasto significado, e que de pessoa para pessoa, ela poderia trazer uma série de sentimentos conturbado. No inicio de seu plano, Albus era realmente uma barreira a ser quebrada, e o temor pela determinação do fogo. Mas como uma estrategista natural, ela pensou, e percebeu que sua maior barreira poderia se tornar seu maior aliado, para isso, só precisava destruir qualquer que fosse seu espirito.

A tentativa de quebrar uma ilusão, falhou. O olho albino não penetrou entre o tenso metal, se mostrando reforçado por um chakra bastante intenso. Consequentemente, a tentativa de penetrar a porta também foi em vão — Sua hora se aproxima garoto, não precisa adianta-la — diria o guarda, já acostumado com cenas ainda piores. O tempo continuaria a passar, Albus não notaria, mas a noite já se aproximava quando a pequena canção ecoou por todo o corredor — La la la, sou uma menininha muito má — brincava Glitine, com uma voz sensual, de fácil atração.

As trancas foram giradas, a chave rodada e o ferro de bloqueio removido, a tensa porta se abriu aos poucos para a mulher entrar, acompanhada de dois ninjas carregados de afiadas foices em suas mãos — Olá Albus-sama, creio que temos muito a conversar, né? — diria, com uma voz extremamente sonsa.

Considerações:

O corpo do Hokage ricocheteou contra a porta e foi jogado de volta para o lugar de onde partiu, ao mesmo tempo que uma advertência lhe fora dada da parte externa. —— Merda... —— Reclamou com o corpo dolorido, sem ter mais reação alguma. O chakra era limitado, o que significava que ele não era capaz de acessar seu poder em sua totalidade, além da falta de comunicação com seu hospedeiro, que provavelmente não conseguiria trocar chakra com ele. Desta forma, aguardou a morte, cessando a existência da armadura fumegante.

Teria sido a morte que abriu a porta? A mesma figura feminina apareceu após o ranger da porta de metal, junta de dois outros capangas. O Senju fixou o olhar nos inimigos, certo de que morreria ali, mas não o faria sem lutar. —— Diga de uma vez o que você quer, desgraçada. Quem é você?

Considerações:

Usados:

— Fique calmo Albus-sama, já perdeu a muita coisa, mas ainda pode tentar manter a lucidez né? — falou a mulher, acompanhada de um baixo, e curto, riso debochado dela e de seus acompanhantes. A mulher fez o som do sapato alto ecoar por toda a sala, se aproximando do Hokage para meros centímetros de distância, agachou-se e olhou fixamente para os olhos do Hokage — Sabe Albus-sama ou melhor, creio que já temos intimidade para Albus-kun, até mesmo já vi o que tem entre as pernas, estamos bem próximos né? — brincava, parando suas palavras para buscar um cigarro em meio a seus pares de seio. Pegou dois, acendeu ambos e ofereceu um para o Hokage — Bom.. — levantou-se novamente, dando de costa enquanto andava pela sala — Minha proposta é bem simples, juro que as mortes no templo foram baixas e o senhor feudal também continua vivo com quase todo seu grupinho, no entanto, prendi a todos eles nessas celas ao lado, caso aceite colaborar comigo, ou melhor, servi-me em total submissão, liberarei a todos eles, e enquanto for meu escravo, deixarei Konoha em paz — prometia a mulher, esperando qualquer sinal de resposta.

Considerações:

Os batimentos cardíacos do Hokage aumentavam conforme a mulher se aproximava. Ora batia em função de sua fúria, ora batia em função da figura feminina esbelta que se desenhava contra a luz e aumentava de tamanho conforme a distância se encurtava. A aproximação foi suficiente para que o auto-controle do líder da Folha sobre suas funções corporais se esvaíssem; sentia o pênis começar a pulsar aos poucos, até findar em uma inevitável ereção não-compulsória.

Apesar da situação desconfortável, decidiu que entraria na brincadeira da mulher. Era aquilo que se tratava a situação atual. Uma brincadeira.

Albus aceitou o cigarro e o levou até a boca. Assim como o corpo feminino, não se lembrava da última vez que tragara um cigarro. O primeiro consumo daquela droga após tanto tempo parecia acalmar os nervos do Hokage, que mesmo na situação delicada, mantinha o olhar fixo nos olhos de sua captora e rosto inexpressivo, mesmo após ouvir a notícia que o abalaria sobre as baixas em campo de batalha.

—— Isso... —— Ele hesitou e levantou-se. Albus se aproximou da mulher com cautela, mas vagarosamente, enquanto esta estava de costas. Com a lascividade da mulher aflorada, o disparo excessivo de hormônios que lhe fora forçado colaboraram para a atitude impensada. O Senju levou sua boca contra o pescoço da inimiga, enquanto sua mão procurou pela genitália feminina. —— Se esta é sua demanda, serei seu. —— Terminou.

Considerações:

Usados:

A mão que procurava logo encontrou, no entanto, Glitine não era uma moça tão livre para se dirigir de seu templo para uma prisão de tão baixo nível assim. Ela utilizava de uma técnica onde sua imagem, cheiro, e todas características eram copiada para um portador, sendo esse portador qualquer um que aceitasse ser usado pela moça, quando a aparência fosse completada, o usuário poderia ser usado como uma marionete pela mulher, através das artimanhas de uma ilusão, consequentemente a esse fato, a genitália que Albus tocava não era bem feminina — Perdão Albus-sama, mas meu corpo verdadeiro se encontra em outras ocupações muito mais prazerosas — diria a mulher, chutando o homem com o corpo falso no meio de suas partes.

Glitine já conhecia bastante os desejos humanos, principalmente quando esses se tratavam dos homens — Você é como todos, eu já esperava — dizia a mulher, em deboche. Retirou de seu bolso uma espécie de bola redonda reluzente, transferiu seu chakra e a bola brilhou, naquele momento os quatros ninjas ali sumiram, sendo transportados para um novo lugar, uma espécie de caverna molhada, úmida e um pouco quente, no fundo apenas uma forte luz vermelha sendo tampada pela sombra da verdadeira mulher — Bem-vindo Albus-sama, está pronto para me servir? — diria a suave voz feminina.

Considerações:

Assim que notou a adversidade devido a proximidade, recuou. Não era um ninja inexperiente suficientemente para cair em uma artimanha de nível tão baixo, mas aconteceu. Teve apenas em seu sistema o relance do perfume viciante da mulher, que foi suficiente para que ele se convencesse de que se morresse ali, não encontraria um perfume tão saboroso novamente. Unido a vontade de proteger seu povo, ele também havia estabelecido a busca pelo cheiro apetitoso.

A figura que simulava a aparência da captora do Hokage era, sem dúvidas, atraente, mas o golpe em regiões baixas não pôde ser evitado em função de seu estado atordoado misturado a sua fraqueza momentânea. Apenas caiu no chão, impotente e calado, sendo lançado a uma breve tortura, talvez sofrimento, para poder ao menos poupar a Folha.

Com a explosão do objeto indistinguível, Albus cintilou junto das figuras que o acompanhavam até ser transportado para um lugar cavernoso e úmido. A voz da mulher ecoou pelo espaço coralino até chegar aos ouvidos do líder da Folha. Ele não respondeu, mantendo-se de cabeça baixa, buscando contato com seu companheiro de caudas. — Kokuou. Merda, Kokuou, responda! — Falou em voz alta no sub-consciente, na esperança de contatar seu inquilino.

Considerações:

Usados:

Era inútil qualquer que fosse a tentativa de comunicação para com a besta, ela parecia nem ali está mais. No entanto, os gritos acordaram algo diferente do que deveria, Glitine. Apareceu por entre as sombras na dimensão das bijuus —  Então é aqui que ela costumava ficar? Uma pena você não conseguir mais falar com ela, né, Albus-kun? — brincava a mulher, fingindo não entender também muito do que se passava. Mesmo que não fosse real, ela desfilou em direção a Albus o puxando pelo pano até ficar a poucos centímetros do seu corpo — Sabe Albus-kun, estou feliz que esteja aqui pronta para me satisfazer, no entanto, você não tem muito tempo para ficar apegado a materiais passados, preciso que venha comigo, e esteja pronto para o ritual de iniciação, certo? — terminava a mulher, dando apenas um estalo em seus dedos e trazendo de volta ambos para a verdadeira realidade. A distância entre o Hokage e ela não tinha aumentado ou diminuído, mas parecia que ela sempre estava na sombra do Hokage, pronta para qualquer que fosse o movimento do líder.

Considerações:

Um sorriso cínico brotou no rosto do Hokage ao testemunhar o surgimento inesperado da mulher na dimensão de seu sub-consciente, onde anteriormente era o lugar ocupado pelo colosso de cinco caudas e seu melhor amigo, Kokuou. "Isso é...", Gaguejou mentalmente, ainda que incerto do que estava se passando em sua cabeça. A experiência como um shinobi apontaria fuinjutsu, alguma técnica de selamento extremamente poderosa, suficiente para bloquear até mesmo uma besta de caudas. —— Sim, é aqui que ele fica. —— Afirmou em reposta à indagação.

Giltine se aproximou, tomou os farrapos cinzentos em mãos, que por ora ousariam ser chamados de vestimenta do Sexto e cortou a distância para algo muito mais próximo. Desta vez o corpo não reagiu da forma como anteriormente o fez, manteve-se firme e sem respostas a investida, que em um sibilar das palavras da mulher, tornou o mundo novamente vermelho.

—— Vamos começar isso de uma vez. —— Apressou sem nenhuma autoridade em sua voz pela primeira vez em um longo período de tempo. O Hokage lançou-se ao fogo para se queimar, entrou na dança e nesta dançaria conforme o ritmo que a mulher ditasse.

Considerações:

Usados:

Duas esbeltas moças surgiram, mas nenhuma realmente era tão bonita como Glitine. Ambas as mulheres não estavam totalmente cobertas de roupas, apenas suas partes estavam realmente tampadas — Retire sua roupa, o povo já o aguarda para o ritual — diria uma das moças. Quando já não estivesse provido de roupa, com sangue tatuagens seriam feitas por todo seu corpo, até mesmo em seus glúteos e pen**. Um circulo e triangulo seria fixado em seu peito — Vamos — diria a outra mulher após terminar as pinturas.

Quanto mais se aproximasse da luz, poderia ouvir o som das batidas no tambor, e os clamores de todos a um só deus: Jashin-sama. Mas a cena verdadeira seria quando encontrasse no meio a todos, divididos em dois grupos um em cada extremo da sala e apenas ele sendo jogado para o centro. Bem em sua frente estava Glitine, sentada em seu trono ela encarou o Hokage — Começaremos — dizia a mulher, levantando uma taça cheia de sangue para cima.

Antes que bebesse, trouxeram em uma bandeja uma taça própria para o Albus — Beba, para que assim podemos finalmente iniciar os rituais — diria a mulher na frente de Albus.

Considerações:

Beldades surgiam conforme a situação se tornava cada vez mais grotesca para os padrões que o Hokage estava acostumado a viver. Mesmo seu auto-controle seria insuficiente para se conter numa situação como aquela, mas o nervosismo tomou partido de impedir uma nova ereção. Deste modo, retirou os trapos e ainda que atento aos eventos que o circundavam, entregou-se para o ritual de simbolismo que se formava naquele salão, tomando seu corpo de símbolos irreconhecíveis, além do círculo com um triângulo no meio, o símbolo do deus Jashin. "Então todos devem ser imortais aqui...", Refletiu sem perder a compostura externamente.

Se colocou a andar no primeiro ordenar de uma voz feminina. O rufar dos tambores ao seu redor e os gritos em uníssono que clamavam pela divindade que os garantia o dom da imortalidade, cada vez mais confirmavam o fanatismo religioso e a loucura que se instaurava por uma divindade que sequer Albus acreditava. No fim, encontrou a ironia do destino; um líder ateu, sem crença alguma, renegando todas as divindades que lhe ofereceram ao longo dos vinte anos de existência, sendo subjugado pela seita de um deus. "Se você está aí em cima, Deus, eu sinto seu rancor", Reclamou olhando para o teto do recinto, antes de ser jogado no meio da multidão.

Assim como para a captora, uma taça havia sido levada para o Hokage. Diferentemente das bebidas alcoólicas que estava completamente acostumado a consumir, o conteúdo daquele cálice não era nada mais, nada menos que sangue, fonte de vida. Ele hesitou por um momento, um rosto de ódio tomou sua feição facial, então tomou a taça em sua mão e consumiu o líquido espesso e carmim, que lhe prendia um gosto ferroso na garganta e certo nojo. —— Vamos! —— Gritou jogando o cálice para o lado, limpando o sangue com o braço e olhando para Giltine com firmeza.

Considerações:

Usados:

Uma série de preparação divinas deveria ser feita com a sombra da folha, o ninja que acatava respeitosamente as ordens de sua nova general, Glitine. Com palavras sendo pronunciadas numa espécie de oração que o ninja não reconhecia, seu corpo era totalmente banhado em sangue fresco e quente, enquanto as mulheres e homens lambiam e desfrutavam de toda parte do seu corpo.

A segunda parte do ritual era a mais cruel para os humanos, o corpo do Hokage seria elevado a um estado máximo de dor, onde seria torturado e perfurado em diversas partes de seu corpo — Não irei lhe obrigar nada, mas caso não renuncie em nome de nosso deus Jashin, jamais poderá sobreviver ao final desse ritual — diria Glitine, desfrutando de seu cálice de sangue, observando a todo ritual atentamente.

— Minha senhora, ele já está pronto para a parte final — diria uma das serviçais depois de horas e horas de tortura, caso o ninja sobrevivesse, Glitine sorriria naquele momento, levantando de seus aposentos e carregando uma espécie de estaca negra com uma ponta bastante afiada — Para o inicio da ultima fase do ritual, perfurará seu próprio coração enquanto entrega sua alma a Jashin — explicaria a sádica mulher.

Considerações:

Albus se mantinha imóvel, permitindo que os fanáticos maculassem sua pele alva com o mesmo líquido rubro, quente e espesso que consumira há pouco. Os religiosos mostravam-se insaciáveis conforme suas línguas e bocas dançavam pelo corpo nu do Hokage, mas este continuava imóvel, sem nenhum tipo de reação negativa perante o que era imposto pelo ritual maníaco a não ser olhar fixamente para a mulher que parecia conduzir aquela loucura sentada em seu trono.

Nem mesmo as diversas perfurações que vieram a percorrer seu corpo foram suficientes para a postura do líder da Folha ser mudada. Embora estivesse ardendo em dor por todo o corpo e por todo milímetro que lhe era perfurado, mantinha-se de pé e firme com o olhar fixo em Giltine, enquanto as veias do pescoço se dilatavam tamanho o esforço que despendia para não perder a postura, além do suor que escorria por todos os poros e se misturava ao sangue, junto dos dentes cerrados e do cabelo ensopado. "Isto é por Konoha...", repetia mentalmente incontáveis vezes conforme tinha o corpo machucado pelos cultistas.

Mesmo na situação implicada a ele, Albus se concentrava em um único ponto em sua mente conforme repetia o mantra que o mantinha preso à terra. Era neste ponto que tentava se conectar com a natureza, reunindo energia natural de maneira modesta e aos poucos. Ao mesmo tempo, o Byakugan rasgava as veias ao redor do olho implantado, de modo que sua visão periférica, por trás da mecha de cabelo que o ocultava, buscasse por uma saída daquele manicômio através do grande alcance que este tinha.

O Modo Sennin parecia estar a postos, Giltine avançava e a mente do Hokage estava funcionando em seu 110%, então veio a sua mente o combate na Cordilheira dos Deuses. Com isso, a explicação de Kojiro. "Ela já possui meu sangue. Se realizar o ritual, será o fim.", ponderou consigo mesmo, observando a mulher se aproximar aos poucos, ao passo que ainda buscasse sua saída através do Byakugan. Deste modo, interrompeu a reunião de chakra natural. Já nem sabia mais como se mantinha de pé, mas controlou sua energia excedente de modo que esta se dissipasse com a natureza ao seu redor e com o olhar mais sádico que conseguia interpretar naquele momento, atividade não muito difícil dada sua situação emocional e física, se esgoelou. —— Vamos, caralho!!

Considerações:

Usados:

A tortura caiu sobre o homem, lhe arrasando em dor, mas não se permitiu abater e permaneceu firme e forte perante o mal que tragava sua alma. Horripilante foi a forma como se procedeu todo o ocorrido, deixando seu aposento a mulher dotada de beleza se pôs de frente a Albus, lhe oferecendo uma estaca — Enfie ela em seu peito, e assim seu povo estará livre — completava a mulher. Enquanto Albus tentava ver através das paredes, nada encontrava, apenas mais e mais quartos e locais, para cima percebia que nem sua visão chegava a alcançar a terra firme, provando o quão longe estava, no entanto, a visão não chegava também a muito longe, sendo outra de suas limitações antes imposta. O chakra natural era basicamente nulo, sendo impossível reunir o suficiente de maneira eficaz.

Considerações:

Albus respirou profundamente de modo a recompor-se do grito que performara. Pelo jeito, era sua tarefa enfiar a estaca em seu peito, mas ele sabia que aquilo causaria sua morte. Mesmo o toque em suas regiões mais baixas por parte da mulher não foi suficiente para que ele tomasse uma decisão tão indelicada. —— Isto não faz sentido algum. —— Balbuciou olhando para a mulher, segurando a lança em sua mão. —— A conclusão deste ritual é minha morte. Se eu morrer em decorrência da perfuração de meu coração, jamais poderei servi-la, tampouco a seu deus. —— Disse com toda a retórica que aprendera na vida aplicada à entonação de sua fala, de modo que ganhasse tempo para pensar em algo, enquanto continuava a analisar os arredores com seu olho albino.

Considerações:

Usados:

Glitine deu uma pequena risada com a forma desajeitada que o Hokage reagia — Que boca suja, Hokage-sama — brincaria a mulher. Se aproximando ainda mais do corpo do líder, e envolvendo sua boca por entre o pescoço do homem, e sua mão com leve amassos nas intimidades do líder ela diria — Hokage-sama, minhas tropas começarão a recuar amanhã de Konoha, e o povo do país do fogo será liberto ainda cedo, mas isso só depende desses rituais, só dependem de sua fé — completaria a mulher, recuando um pouco enquanto entregava a estaca na mão de Albus — Isso é uma decisão sua, meu deus não é um ditador — terminava Glitine.

Considerações:

Não viu outro fim a sua decisão. Konoha ficaria em paz com sua morte, ao menos teria liberdade enfim em sua trajetória e daria sua vida ao vilarejo, como havia prometido para Mako no momento em que se tornou o Sexto. Assim, direcionou a estaca contra o próprio peito, na esperança de que suas habilidades de regeneração funcionassem à tona.

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A indução funcionou de maneira única, ao pegar a espada de sua mão e levantar rumo a seu coração o usuário admitia ali a derrota, transformada através de um puro trauma. No entanto, a líder de todo aquele ritual percebia em seus olhos que não estava pronto — Pare, você morrerá... profanador — completou Glitine, dando de costa a tudo aquilo — Você realmente conseguiu tirar minha tesão, mas amanhã compenso isso com a morte de milhares e milhares, espero que tenha se divertido com o próprio fracasso — terminaria a mulher, avançando lentamente rumo a uma saída. O Hokage tinha uma decisão firme a fazer, aceitar ou não a morte.

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Albus parou mediante a palavra final da mulher. Talvez sua excessiva determinação em dar sua vida pelo vilarejo a havia convencido de que valeria a pena mantê-lo vivo. A verdade é que o Hokage estava disposto a dar sua vida pelo vilarejo, era aquela sua vontade e assim o faria se achasse necessário. Maior ainda era seu desejo de revidar e assassinar cada vida que estava ali, mas sua experiência junto de seu consciente o diziam que a melhor decisão era aguardar, tendo em vista seu estado enfraquecido.

—— Espere! —— Gritou de longe, na esperança que a mulher virasse, mas mesmo não atingindo seu objetivo, continuaria. —— Minha morte significaria a completa falência de seu plano. —— Falou de forma astuta. —— Eu sou muito mais útil a você estando vivo do que morto, não é mesmo? Depois de Hokage, ainda sou um ninja de alto nível a seu serviço, não acha? —— Indagou pretensiosamente, de forma que pudesse acalmar a chama que ele mesmo havia acendido. O Byakugan já não estava mais presente, havia desistido da ideia de escapar com a inteligência; se fosse fazê-lo, havia de executar na base da força.

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