Depois de suas últimas missões, Kai retornou ao quadro de missões para encontrar uma terceira, no entanto, todas as missões que seu carregado lhe passava não eram do seu agrado, e, após muito baterem cabeças, o Iwanin resolveu seguir seu destino em busca de novas experiências. Caminhando pelas ruas de Iwagakure no Sato o que ele enxergava era um vilarejo evoluindo constantemente e em uma boa crescente, lembrando assim de seus objetivos de se fortalecer. Caminhou, até que se viu num pátio de grama verde enorme, com várias estátuas e no meio uma grande pedra, dela saia uma enorme quantidade de água, tratando-se de uma fonte.

-- Minha Kekkei Genkai é uma habilidade e tanto, mas para isso preciso melhorar no quesito selos, os jutsus provindos dessa habilidade necessitam de uma boa execução, acho que consigo realizar os selos em melhor tempo. -- Pensava em voz alta, alongando suas mãos e braços, já pensando em ter uma maior produtividade.

Sentando-se ao lado da fonte de água em formato de pedra, pegou ao seu redor uma quantidade de cinco pedras, para, sim, isso mesmo, jogar o jogo de pedras. Ele deixou as cinco pedrinhas no chão e tirou uma delas para ser jogada ao alto, enquanto jogava ao alto ele pegava as outras quatro, sem tocar na levantada. Então esperou a que estava no alto cair e pegou com a mesma mão. Repetiu com duas, três, quatro até que chegou a hora de jogar e recolher as cinco. O objetivo do treinamento era melhorar sua coordenação motora, já que tem jutsus que necessitaram de fazer três, quatro, cinco selos em uma batida só. Depois de ter iniciado a brincadeira, evoluiu-a um pouco.

Em sua próxima jogada, enquanto jogou a primeira pedra para o alto ele realizou um selo de mão, do macaco, um mais fácil para aquecer, e então tomava a pedra no ar quando ela estava prestes a cair. Em seguida, ele fez com duas pedras, igualmente, jogando as duas para o alto e então realizando o já mencionado selo do cavalo mas agora acrescentou o do coelho, seguiu para a quantidade de três pedras, então jogou elas para o alto mas na hora de realizar o terceiro selo do tigre todas as três pedras alcançaram o chão, fazendo com que ele saísse derrotado da brincadeira. -- Mais uma vez, eu preciso conseguir. -- Então, novamente lançou o trio de pedras para o alto e agora foi rápido o suficiente para pegar no tempo limite após realizar os três selos. -- Muito bem, isso está ficando difícil. -- Kai então acrescentou mais uma pedra a sua coleção e voltou a iniciar o processo, só que agora ao invés de fazer os quatro selos e seguir o padrão do treino que havia adotado no inicio, realizou os últimos três que teve dificuldade com sucesso. O treino se estendeu até que todas as cinco pedras fossem lançadas ao ar e ele conseguisse realizar uma quantidade máximo dos cinco selos.

Satisfeito com o treino, saiu novamente para aspirar novas experiências.  
 

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Retornando para o centro de missões, ainda indeciso se deveria ou não, pegar outra missão, Kai estava pronto para começar a discutir com seu encarregado como sempre acontecia quando se encontravam, mas para a sua felicidade, o homem não estava presente naquela sala. Notando sua mesa vazia e cansado pelas suas últimas missões Kai resolveu invadir a privacidade do homem e se sentar. Na mesa, diversos papéis, analises sobre genins, chunins, quantas missões eram feitas por dia, quais estavam em andamento, entre outros detalhes burocráticos chatos aos olhos de uma criança.

Mas nem só de burocracia parecia ser feita a mesa do homem, após dar uma melhor analisada checou uma carta que mostrava o seguinte conteúdo: De aorcdo com uma peqsiusa vinda do qarultel gnraeel, não ipomtra em qaul odrem a lteras de uma plravaa etsão, a uncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia lteras etejasm no lgaur crteo. ""Cara, quem foi o bêbado que escreveu isso, não da para ler nada..."" Pensou o garoto, mudando de página. Na folha seguinte um outro teste maluco, era um relógio invertido no plano horizontal, como se estivesse disposto na frente de um espelho. Ali, ele tomou conhecimento de que se tratava de exercícios cognitivos para o cérebro. O ponteiro pequeno estava entre o número 11 e 12 invertidos, pendendo mais para o lado do 12, e o grande no 7. -- Esse é mesmo o número 7? Ele fica muito estranho de ponta cabeça. -- Disse, tomando para si o horário de 11:35. Em seguida voltou para a primeira página e tentou decifrar o primeiro código visto.

Notava que as palavras intermediarias como "de", "com", "uma" "não", "em", e outras correlatas, estavam inteiras, tendo que decifrar as maiores e mais difíceis. Após ler uma primeira vez não encontrou sua solução, então leu uma terceira e quarta vez, encontrando um padrão e conseguindo ler as últimas palavras da frase, que passava a mensagem de que a primeira e ultima letras estariam no lugar correto. Então voltou a analisar o texto, chegando a um entendimento. "De acordo com uma pesquisa vinda do quartel general, não importa em qual ordem a letras de uma palavra estão, a única coisa importante é que a primeira e última letras estejam no lugar certo."

Com os exercícios resolvidos, resolveu bisbilhotar a gaveta do homem, nele, havia um livro de mão que tinha em seu titulo "Como ser um chefe!" -- Então é por isso que esse cara vive pegando no meu pé, ele só tem a função de passar as missões e já acha que manda. -- Apesar do comentário sarrista, o livro tratava de alguns assuntos interessantes como a arte de adaptar-se, onde passava a mensagem de que adaptar as missões às necessidades dos ninjas é algo importante para entender os pontos fortes e fracos de cada um e estabelecer claramente as expectativas para o futuro. ""Quem diria que esse mala sem alça só estava tentando ajudar, irei pegar mais leve com ele a partir de agora."" Pensou, terminando a leitura do livro e retirando-se da mesa do encarregado em seguida, concluindo seu treinamento.   
 

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Era um final de tarde em Iwagakure no Sato, o sol já estava se pondo e por isso os céus estavam na cor laranja e eram acompanhados por uma fraca e fina chuva. Kai retornou de sua última missão com a forte sensação de que poderia melhorar seus tempos e por isso havia decidido treinar sua velocidade. Tomando o local em que normalmente pegava as missões como ponto de referência até o quartel general do vilarejo e uma garrafa de água como companheira resolveu iniciar seu treinamento com uma caminhada só para aquecer. Mas não só caminhadas eram feitas, até por que era um trajeto longo e seria um problema apenas caminhar. Nas pistas retas ele dava pequenos trotes antes de começar a correr, quando dava de cara com trechos curvos como esquinas, ele voltava a caminhar. Fez esse ciclo duas vezes até demonstrar cansaço e resolver tomar um gole d’ água ao terminar sua sequência. Conforme fazia esse treino trabalhava também sua mente a correr mais rápido em curtos períodos de tempo. O que o ajudaria em combates por exemplo.

Partiu então para a segunda parte do seu treinamento, mais avançada, correu em seu ritmo confortável durante três minutos. Em seguida aumentou a dificuldade para uma mais mediana e sustentou sua condição por dois minutos. Depois, mudou para o acelerado durante um minuto. Novamente repetiu esse ciclo três vezes. Ao final, caminhou por cinco minutos para desaquecer. Sentia como se seu rendimento estivesse aumentando e suas calorias estivessem queimando, juntamente de dores em diferentes grupos musculares, o que era um bom sinal para tornar elas mais equilibradas e bem preparadas para as corridas. Logo após, realizou uma corrida intensa no trajeto que tomou como referência dando passadas de cada volta com o mesmo ritmo, sendo que o ciclo seguinte foi aumentado cinco segundos mais rápidos, sua segunda corrida foi tranquila e conseguiu manter o padrão, mas diminuiu o ritmo na terceira e última, chegando a marca de cinco segundos mais lento que a anterior.

Para encerrar seu treinamento, tomou a liberdade de controlar as variáveis à sua maneira. Ao longo do caminho de volta alternava em corridas nos trechos retos em alta velocidade, subidas eram realizadas em ritmo leves e curvos caminhadas. Em diversos momentos ele percebia que estava correndo em uma intensidade acima do que estava acostumado e então diminuía a intensidade com trotes. Quando veículos como bicicleta entravam em seu caminho, ele acelerava para fazer uma ultrapassagem e depois retomava o ritmo após desacelerar para beber água. Satisfeito com seu treinamento resolveu dar uma passada em sua última casa de abrigo onde tomaria um banho para tirar o suor do corpo e descansaria antes de seguir a fazer outras atividades.
    

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Estava deitado em uma das muitas camas daquele abrigo. A chuva já havia parado tinha um tempo e o barulho das gotas batendo nas janelas já não incomodavam mais, o problema agora era outro. As crianças estavam no horário da janta e a movimentação fazia-se grande no abrigo, pisadas fortes e barulhos de pratos e copos se batendo, tirando a alta conversação. Naquele cenário Kai não conseguiria descansar e por isso, tomou sua garrafa d' água e resolveu sair dar uma esvaziada na cabeça.

Na rua viu um homem forte, possuidor de grande vigor, medindo próximo aos dois metros de altura treinando arremessos de peso com uma pedra de tamanho expressivo em um campo de treinamento propicio, com pedras de tamanhos variados, desde aquelas de tamanho pequeno até as maiores. O homem tinha o objeto em entre o ombro e seu pescoço e após um período de tempo se preparando, lançou com as pontas dos dedos para longe. Ele então bateu palmas, não como se estivesse se aplaudindo, mas sim como se estivesse tirando resquícios de poeira de suas mãos. Aquele foi seu último arremesso e então ele foi embora deixando o campo livre.

O treino daquele homem foi o engatilho para Kai se mexer e resolver fazer seu segundo treinamento. Aproximou-se do campo e visou uma pedra para si, mas não a tirou ainda. Ficou de joelhos e apoiou as mãos abaixo do ombro levemente abertas e colocou os pés juntos para trás nas pontas dos dedos, esticou o corpo e deixou as costas retas. Contraindo o abdômen começou a descer com o tronco até o peitoral ficando próximo do chão e então voltava para a posição inicial. Fez esse exercício durante vinte vezes em quatro repetições para aquecer, até que cessou e bebeu uma boa quantidade de água, o verdadeiro treino estaria para começar.

Em seguida, retirou aquela pedra que tinha visado, não era nenhum especialista mas ela tinha por baixo cerca de três quilos e posicionou no meio de seus braços, ficando em pé e abrindo as pernas, afastou os pés à largura dos ombros e apoiou-os totalmente no chão. Dobrou os joelhos fletidos, jogando o quadril para baixo, ultrapassando ligeiramente a linha do joelho e, empurrava sua anca para trás, como se estivesse sentando em uma cadeira imaginária, mantendo as costas sempre eretas. Estendia as pernas, que se encontram dobradas, para voltar à posição inicial, ficando em pé. Fez esse exercício durante quatro séries com doze repetições, sempre com o peso em seus braços. Em seguida com a mesma pedra levantou até a altura do peito e depois acima da cabeça, e, voltou sobre o peito, e assim sucessivamente, fazendo o mesmo número de repetições. Por último, voltou a fazer flexões de braços e acrescentou uma leve sequência de treino para o abdômen antes de voltar para o abrigo.
    

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