Os dias de um inuzuka da minha família sempre eram de muito treino, ou trabalho, e enquanto uns acreditam que o dia começa quando o sol ilumina o céu cresci aprendendo que a terra se prepara para a chegada dele e tudo se pode antecipar. Entre ser acordada no susto pelos trovões que meu pai acredita serem gritos ou apenas com dores no corpo causados pelos treinamentos ou missões do dia anterior, e enquanto o corpo não responde os comandos do cérebro você consegue mesmo que muito devagar assimilar que a primeira sempre virá acompanhada da segunda opção.

- Bom dia Aisha – Akino me cumprimentou com uma voz tremula e fraca deixando claro que também passou dos limites no dia anterior – Bom dia – Foi o que consegui responder enquanto meu pai abria a porta do quarto para conferir se algum inuzuka ainda dormia naquela casa.

Precisei-me por de pé rapidamente, mesmo que isso exigisse um esforço que eu não estava preparada teria de fazer, sendo acompanhada pelo meu companheiro que saltou em meu colo “Você é sempre muito inteligente” – Pensei comigo mesma enquanto saía do quarto para me alimentar.

Bolinhos de carne não salvaram o sabor das rações especiais, mas gradativamente me sentia renovada e retomava o desejo de me superar e alcançar meu pai. O líder do clã, quem eu muito admirava encheu sua enorme mão daquela ração preparada pela minha mãe que eu tanto hesitava comer e com o rosto próximo ao meu devorou tudo de uma vez – dez minutos filhotinhos – Seu sussurro ainda era tão grave e amedrontador quanto o grito.

Entre uma troca de olhares com o Akino e fechar os olhos para encher a boca com um bolinho de carne que amassei nas rações especiais. Não ouvi reclamações, mas estava disposta enquanto ainda não estava o suficiente para treinar, então durante dez minutos eu e aqui basicamente nos esforçamos para retomar totalmente nossas forças.

- É agora – Meu ninken anunciava.

Levantei pegando Akino no mesmo instante que meu pai entrou pela enorme passagem que dava na nossa cozinha – Já estamos indo – Impedi seu grito avisando que partiria para o nosso local de treino descoberto. Ainda na saída lateral da casa Rugi, o sábio ninken em um tom cinza mais escuro, e meu pai, Rugi pôs seu focinho entre minhas pernas me lançando em suas costas antes de dar partida de uma corrida muito veloz.

Permiti ao meu corpo se desprender das costas do enorme cão e ainda no ar levei meu chakra ao encontro do chakra de Akino, concedemos a nossa transformação canina um aspecto mais humano o que nos permitir usar o estilo de luta do clã para impulsionar nossa corrida alcançando os inuzukas mais velhos.

- Não precisam me esperar – Anunciavam nossas cabeças em uníssono.

Era indiferente se unidos ou separados, meu pai e seu ninken Rugi eram mais fortes do que rápidos, o ninken ainda nos alcançava e constatamos Akino e eu que chegaríamos a menos de um minuto. Desfizemos a transformação para retomar o folego enquanto meu pai e seus ninkens estavam inabaláveis. Demoramos mais descansando do que levamos de casa até ali, a fadiga não passava brevemente e eu nem esperava isso, quando finalmente me peguei disposta me pus de pé com o ninken preso entre meus seios.

Novamente como uma enorme loba mesmo enrijecida não conseguir conter o medo que me alcançou junto do cheiro da enorme transformação do meu pai com Rugi “Começou” – Pude ouvir meu companheiro pensar enquanto deixava nosso corpo mais leve usando nosso chakra.

Pretendia desviar usando nossa velocidade combinada, e o estilo, enquanto com o corpo leve. Mas mesmo conseguindo me mover não fora o suficiente para não ser acertada e empurrada contra o solo, salva pelo corpo enrijecido não senti mudança na respiração nos primeiros trinta minutos de treinamento, perdendo folego na medida em que falhava tentativas consecutivas de me distanciar o mínimo que fosse daqueles golpes.

De baixo para cima era lançada através do ar para o outro lado do campo – Ele não esta vindo com toda força nos golpes – Akino sentenciava enquanto eu não perdia o enorme rival dos meus sentidos. O cheiro empurrado contra nosso corpo entregou a direção que o estrondoso ataque físico viria, o jutsu de terra fora reposto para cair no solo, e sem precisar repor a defesa apenas impulsionei nosso enorme corpo ainda menor o suficiente para passar entre o braço e as pernas daquele poderoso oponente obtendo um primeiro êxito.

A mesma mão que eu lembrava ter passado por mim me acertava me obrigando a repor a defesa, proteger meu amigo estava acima de me fortalecer para fazer, sobreviveremos por mais algumas horas sem sucessos. Finalmente consegui acessar meu poder oculto que de alguma forma meu ninken conseguia me convencer de dentro que eu não deveria, o treinamento se estendeu e mesmo entre falhas não desanimamos, até que se mover ficou possível mesmo sem conseguir uma efetiva esquiva de qualquer golpe.

Não se tratava apenas de saber de onde viria, ou ser veloz o suficiente para desviar, energia puramente física era necessária para repetir ações evasivas e foi a partir desse entendimento que obtivemos um melhor progresso naquele treinamento. Com o limite alcançado a transformação foi desfeita, senti-me inconformada com isso e ainda tentava resistir ao cansaço até retomarmos o caminho para casa onde só eu protestava por ser carregada enquanto não conseguia fazer sozinha. Akino por outro lado descansava nas costas de um amigo com um semblante confiante.

Hp:
650/650(Base+Poder oculto)
Ch:
25/825(Base+Poder oculto)
St:
4/4 [o limite partindo do 0, 1 poder oculto]

Importante:

Jutsus Usados:

@Ap