— New Force! Selos I —

Mais um dia para treinar. Mais um dia para se esforçar e assim, evoluir.

Mas de um jeito bem cômico, no quintal de casa. Livros espalhados ao redor, pernas cruzadas e leitura intensa sobre os selos. Todos os existentes. Todos os possíveis meios de fazer um selo sendo com uma mão, com a mão do oponente, ou até mesmo em meio a troca de golpes, algo que havia provado útil quando lutou contra Lauts, um amigo que havia feito estes dias.

— Yosh..! Parece que vai ser mais fácil agilizar isso.

As narinas puxaram o ar com profundidade e encheram os pulmões, fechou os olhos pra se concentrar no próprio fluxo de Chakra e então, começou. Tocou no cronometro que deixou a seu lado, costumava demorar 3 segundos para conseguir fazer este jutsu. Iria fazer um clone. Eram três selos. Coisa simples. Carneiro! As mãos começaram a se mover. Cobra, logo em seguida, apesar dele se atrapalhar levemente na troca dos dedos, e por fim Tigre.

— Bushin no Jutsu!

E lá estava. Surgiu o clone a sua frente, na mesma posição, um sorriso levemente confiante.

Mas Masamune não estava nada contente, pois quando olhou para o lado, lá estava. Já havia passado dos 3 segundos.

— Droga!

Resetou novamente o cronometro. Era hora de tentar mais uma vez. O cronometo apitou três vezes e... Começou a tocar!

Carneiro!

Cobra!

Tigre!

E novamente, 3.1. Chegou a piorar, se atrasou mais. A tensão estava piorando para o Namikaze e por sinal seu clone feito saiu um tanto estranho e mais baixo que ele. Com raiva, o gennin se levantou e estapeou brevemente a própria imagem, que se desfez em uma fumaça, e ele tombou, em uma cambalhota, em cima de livros. Foi ali, caído em ponta cabeça que ele conseguia encarar o cronometo cara a cara. Os livros. Aonde estava sentado momentos atrás. Uma formiga andando sobre a grama... E ele começou a se acalmar. Na minha do jovem Namikaze, ele percebeu que precisava de mais disciplina  e esforço poderia levar ao resultado, igual aquela pequena formiga que cruzaria um mar de livros e todo o quintal para guiar o grão até o formigueiro. . .

. . . Se colocou de pé. As pernas se afastaram. O cronometro? Apitou. Um, dois, três!

Carneiro, Cobra, Tigre!

— Bushin no Jutsu!

E então, o estouro da Chakra trouxe para fora um clone identico ao jovem rapaz. E quando olhou para o cronometro, havia acabado de bater 1,6 sec. O sorriso surgiu no rosto do rapaz, a adrenalina banhando o corpo, a sensação contente de conquista e então...

— HAHA! EU CONSEGUI!

Assim, subiu o punho destro no queixo do próprio clone, e ele se desfez mais uma vez. Pulou, rolou, saltou por aí, até se abaixar próximo da formiga que havia o inspirado e agradecer. De pé novamente, agora era hora de ir para a missão. Voltou para dentro de casa, se preparou, e saiu correndo.

— New Force! Inteligência I —

O dia havia sido longo. Um treino, depois, uma missão. Quando chegou em casa já era sete horas da noite, sem duvida alguma que sua mãe se preocupava. Depois de um looooooongo discurso de como não pode deixa-la preocupada - Mesmo com ele sendo um ninja. - conseguiu ir para seu quarto, onde se sentou sobre a cama pra estudar. Mas algo martelava sua mente: Como eu não consigo evoluir pra conseguir algum jutsu mais... Interessante, além do que aprendi na acadêmia?

A frustração reinava suavemente no peito do jovem ninja, que em um protesto silencioso da noite, pegou novamente seus livros. Falava sobre os Ninjutsu's capaz de se aprender, quais eram seus selos, como funcionava o fluxo de chakra pra formação de tal questão. Seu alvo? O famoso e renomado Kage Bushin no Jutsu. Era uma leitura relativamente densa, mas isso não era tão problemático para o jovem Namikaze. Era um rapaz esforçado, sua inexperiência dava a ele sede nas situações de aprendizado.

— Ho... Então fazer Clones demanda um gasto de chakra muito grande. Vou ter que me aperfeiçoar nisso...

Então, puxou o ar com as narinas, pegou um lápis e começou. Rabiscava passagens importantes, como o fato de " a cada divisão de Clone deve ter o cuidado e a atenção de aplicar o chakra necessário para ele ter uma boa consistência e até mesmo poder executar outros jutsu's em conjunto contigo. " Isso era algo que deixava a mente do jovem fervendo, pois entender a teoria era fácil, mas na hora de colocar em pratica aquilo parecia ser não só desgastante, mas também, complicado de manipular com velocidade e precisão.

Horas se passaram de leitura e mais leitura, até que acordou repentinamente com o livro batendo na própria cara. A vela que usava no quarto havia se apagado, o livro caído ao lado da cabeça. A mente fervia de certa forma, pela carga de informações absorvidas.

— Fluxo, controle, expansão...

Repetiu palavras chaves que agora estavam em sua mente. Se levantou, começou a ajustar os livros nas prateleiras que tinha no quarto. Sentou-se no chão. Posicionou as mãos no selo do Tigre, era o que se sentia mais confortável pra manipular o Chakra dentro de seu corpo. Então começou. Partindo de um ponto simples que era o do peito esquerdo, emanando pelo braço esquerdo, passando pelo direito, subindo pela nuca, passando por todos os pontos superiores, descendo... Fazendo o fluxo começar a surgir. Quando passou por todos os pontos já havia conseguido criar o Fluxo. Agora precisava manter o Controle, o mesmo ritmo, e isso não foi lá tão difícil graças ao foco. Então veio a ideia sonolenta de expandir. E o chakra expandiu, sim. Sem formato nem em jutsu, causando um pequeno vendaval no quarto pela expansão desorganizada, o que derrubou livro, pratilheira, foto, e até acordou o cachorro do vizinho que começou a latir.

— MASAMUNE NAMIKAZE!

— Droga! Foi mal mãe!

Latidos, latidos... Mais latidos. Talvez fosse melhor ir dormir.

E foi o que fez.

Evolução:

— New Force! Ninjutsu I —

E começamos mais uma vez! Um novo dia, um novo preparo! A manhã era bela e ele acordou por cerca das oito, nove horas da manhã. Animado como sempre, já levantou pulando da cama. Seu primeiro ato? Foi entrar no chuveiro. Debaixo d'água, enquanto cantarolava e se lavava, sua mente latejava sobre a questão do kage bushin. Se tratava da aplicação direta de chakra para formar a consistência do clone. Era mais do que simples, em teoria. Então, porque não tentar?

Debaixo d'água?

É, debaixo d'água.

. . .

BUM!

— MASAMUNE NAMIKAZE!

— Droga! Foi mal mãe!

E assim começava mais um dia.

[...]

Agora era hora do café da manhã. O banheiro de Masamune parecia um rio depois de uma falha tentativa de fazer um Kage Bushin. Saiu um Bushin energizado que explodiu e encheu o banheiro de fumaça de jutsu, além do fluxo de chakra espalhar água pra todo lado. A mãe do Namikaze estava lá em cima esfregando o chão e praguejando os céus a escolha de profissão do filho. Sentado na cozinha, o jovem ninja comia leite mergulhado com aveia. Estava com a boca cheia de aveia enquanto olhava para o livro de Ninjutsu's básicos. Olhava como funcionava a questão do ninjutsu Bushin padrão. Talvez ele não tivesse uma funcionalidade tão igual ao do Kage bushin para receber o Chakra, mas a diferença era pequena em relação de um jutsu pro outro. E isso o fez novamente tentar o Jutsu.

E . . .

BUM!

— MASAMUNE NAMIKAZE!

— . . .

Bem. Ele era um ninja. E usou de suas "técnicas ninjas" Corre-No-Jutsu, e saiu vazado da cozinha com o livro. Fugiu de casa aquela manhã, gargalhando enquanto a mão jogava o rodo pela janela atrás do pequeno ninja.

[. . .]

Agora, estava no mesmo local a qual havia treinado com Lauts pela primeira vez. O mesmo bosque. Encostado em uma árvore. Já havia feito cerca de oito clones padrões, nada de kage bushin. Agora, concentrado, tentava passar lentamente seu chakra para o outro clone. Mas sempre acabava por um explodir, outro explodir, e outro explodir... E assim foi indo. Destruia todos eles na tentativa. Fazia mais. Começou fazendo três. Depois quatro. Cinco. Seis. Sete. Oito.

E todos iam sendo destruídos conforme tentava passar o chakra. Frustrante, não? Mas lentamente você poderia começar a notar... O jovem Namikaze estava evoluindo sua capacidade de fazer clones gradativamente em seu esforço de fazer um clone mais avançado. Já estava começando a alcançar a metade da tarde quando estava em seu vigésimo Bushin sem perceber que estava lotando o bosque de cópias suas, mesmo no silêncio dado pelo farfalhar das folhas e do canto dos pássaros. Mas quando era metade da tarde, exatamente três horas, o Namikaze parou e contemplou um fato.

Tinha versões dele nas raízes das árvores. Nos galhos que ele subia com o fluxo de chakra pelos pés. Em cima dos bancos, deitados, pendurados... Sua capacidade com o Ninjutsu Bushin havia evoluido demais conforme ele buscava conseguir o Kage Bushin. E isso serviu como avanço para ele, pois o estomago já reclamava por sua comida.

— Será que a mamãe ainda tá brava...?

Pensou. Bem. Só um jeito de descobrir:

Voltando pra casa. E ele realmente voltou.

Evolução: