Atane Rena

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Segundo após segundo, Rena sentia-se cada vez mais pressionada pelo seu oponente. Não o era no mal sentido, mas sim naquele que lhe direcionava no caminho de crescer e acentuar suas habilidades shinobi. Os enigmas do jovem eram diversos e intrigavam bastante a pequena e intrépida Atane. Curiosa acerca de sua situação, resolveu levar a luta a um novo patamar, finalmente atacaria de forma séria. Antes disso, no entanto, deveria resolver-se com sua defesa, Hyakuya não era um qualquer e preparou um ataque assim que passada a conversa entre os dois ninjas. Vendo o garoto arremessar um artefato na sua direção, Atane moveu-se. Direcionada ao contrário, vingou toda a sua agilidade em uma locomoção abrupta para longe. Ansiava retirar-se daquela fumaça, lutar às cegas não era, nem de longe, uma opção viável. Oportunamente, parecia sair da trajetória com armas por parte do jovem. Atenta a tudo aquilo, lembrou-se do assobio há pouco lançado e olhou fixamente naquela direção.

Procurava pelo garoto nas árvores. Pela primeira vez em toda a sua vida, Atane manteve-se longe do perigo. — Hyakuya-kun! — gritou de longe daquela fumaceira. — É só isso que os seus olhos podem fazer? — provocou. Pelo pouco que sabia do jeito de Hyakuya, pensava que aquela provocação fosse o suficiente para retirá-lo de onde quer que estivesse escondido.

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Atane Rena

325/325 325/325 01/03

O passar do tempo intensificou a vontade de vencer. Passada toda a provação inicial de se conhecerem, se enfrentarem e desenvolverem uma grande dinâmica juntos, parecia que aquele entrave finalmente dava indícios de chegar ao seu final. Dada a provocação que ecoara pelo ar em direção aos ouvidos adversárias, eis que surgira o impetuoso garoto. Atane não sabia que aquele se tratava de um clone, sequer teria como fazê-lo. Avançou frontalmente. "Um erro, Hyakuya-kun. Ambos sabemos que em matéria de velocidade eu posso derrotá-lo facilmente." imaginou consigo mesmo observando a silhueta do garoto ao fundo. Moveu-se de encontro à movimentação dele, diminuindo o tempo existente até encontrarem com seus golpes. Desta vez aplicaria força, muito embora esperasse que ele fosse capaz de suportá-la. Viu-o bailar o corpo e fez o mesmo, executando esquivas para esquerda e direita contra os golpes lançados. Fazia uso da mesma velocidade de antes, procurando identificar a trajetória dos golpes e evitá-los.

Enquanto bailando, pôde observar, ao fundo, a presença de outra pessoa. O perfil denunciava: tratava-se de Hyakuya. Observava-o com visão periférica, mantendo a concentração em desviar dos ataques. "Um clone?!" perguntou-se rapidamente enquanto fintando. Viu-o arremessar armas, porém desta vez moveu-se com toda a velocidade possível para longe daquele que estava enfrentando e das armas arremessadas. Procurou aquele que aparecera repentinamente, lançando uma kunai em contrapartida.

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Atane Rena

325/325 325/325 02/03

Não havia nada neste mundo que conversasse melhor do que o encontro entre os punhos de duas pessoas distintas. Ofegante, Rena observou o seu adversário do mesmo jeito que ela. Seu corpo sofrera modificações diversas durante aquele treinamento intenso realizado em um total de três etapas diferentes, sendo elas: reconhecimento, análise e aprendizagem, uso da força e da esquiva. Dali, entendeu o que o garoto quis dizer, ainda sim relutou em simplesmente terminar aquele combate por ali. Ele também não o desejava, ao vê-lo avançar contra ela, percebeu que sua movimentação era, de muito, lenta. Resolveu realizar uma amostragem, novamente, de toda a sua força. Performou uma locomoção de absurda velocidade, de modo a tentar assumir às costas adversárias e dela não sair até que os seus ataques cessassem, desta forma procurava livrar-se do alvejamento provocado. Uma vez que as ações se sucedessem dentro do premeditado, atacaria-o.

O fez agachando-se e realizando um movimento circular rasteiro com a perna direita, direcionando a trajetória do movimento contra os membros inferiores do oponente, mais precisamente à região da tíbia. Dali, executaria uma série de acrobacias para trás e, uma vez distante, repensaria todo o treinamento. Foi cansativo, mas pensava que aquele era o seu fim. — É isso, Hyakuya-kun. Vamos treinar de novo outro dia! — convidou deixando o lugar cansada, muito embora tivesse aprendido uma penca de coisas novas.

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Atane Rena

575/575 575/575 00/04

Dois eventos fatídicos mudaram a vida de Atane por toda a eternidade. A morte do seu professor e o despertar dos genes maternos foram muito além de qualquer causalidade decorrida em toda a sua estória. Encarava os arbustos daquele campo de treinamento. A sede sucumbira há tempo. Lembrou-se daqueles que muitas vezes buscavam abrigo em sua vila pátria, mas também recordou dos avisos de sua mãe. Neste contraponto, sobre o castigo solar, vagava. Acabou parando em meio ao nada. O solo rachado, o calor excessivo e a seca eram características marcantes daquele lugar. — Este é o marco zero da minha vida. A partir daqui, eu mudarei minha própria história e alcancerei meu sonho de tornar-me uma grande kunoichi. — declarou erguendo a lâmina rubra aos céus com a destra.

O orgulho, que não deveria ser confundido com vaidade, alarmou contra sua consciência. Alertou-a de que deveria treinar, uma prática com a qual pudesse realmente herdar aquele título. Sua ganância era pura, livre de qualquer traço mundano. Pairando o bafo, decidiu finalmente agir. Uma pequena corrida de cinquenta quilômetros, cerca de quinze voltas ao redor da vila e finalmente poderia estar pronta a dar mais de si.  Os pés se puseram contra o solo e o atrito resultante dos movimentos a deslocou através do espaço. Percorreu uma grande distância em apenas algumas horas, utilizando-se de uma velocidade com a qual não se cansasse com tanta facilidade. O corpo esguio certamente cooperava com a forma física. Apesar de sua força, não existiam muitos músculos aparentes aos olhares mais externos.

Gastou pouco menos de uma hora até concluir a fase de aquecimento. Ainda sim, mesmo tendo corrido tão pouco, sentia um certo cansaço. "Mas que diabos?!" perguntava-se com um rosto surpreso pela consequência do que deveria ser um aquecimento. Foi nesse instante em que deu-se conta de uma competência a qual há muito não havia dado a devida importância: stamina. Diante do problema apresentado pela natureza do seu corpo, combateu-o. O fez sem encontrar escusas, forçando-o ao máximo com novas rotinas de treinamento repassadas pela progenitora a qual tinha tanto amor. Tratavam-se de séries, corridas à mais alta velocidade seguidas com pequenos intervalos afim de trabalhar a parte cardiorespiratória e, desse modo, criar uma melhor condição com a qual se portar.

Iniciou a primeira delas e percebeu tratar-se de algo realmente complicado. A matriarca não tinha pena de sua cria, por mais que a amasse de todo o coração. Seguiu intrépida, fulgaz, realizando uma sequência seguida da outra. Forçava o corpo a sempre alcançar patamares superiores, ultrapassar barreiras criadas pelo seu enganoso subconsciente. Uma semana se passara àquele modo, uma semana de pura dedicação ao treinamento e todas as suas peculiaridades circunscritas. Ao final daquele, finalmente deleitou-se sobre novos parâmetros. Percebeu, em exatidão, o quão boa havia se tornado nos quesitos de resistência física. Isto é, a prática da corrida de aquecimento não mais alvejava seu vigor. Não pode evitar, lembrou-se, passadas as séries, do seu mestre assassinado cruelmente assasinado: Ao. O fez por imaginar-se mais forte. "Será que desta vez eu poderia salvá-lo?" martelava a consciência, trazendo uma certa melancolia à cena.

Ela não poderia prender-se ao passado eternamente, muito embora fosse importante ter uma história com a qual possamos guiar o nosso futuro. Cerrou o punho, voltou a observar o ambiente. Serenidade era uma condição presente àquela altura. "Não se lamente para sempre, Atane. Lembre-se das palavras que Ao lhe disse ao fim de toda a tormenta. Você deve ser forte e proteger o vilarejo!" afirmou contra si, rebatendo todo o negativismo permeado durante um momento de baixa concentração. Agindo como uma guerreira, ansiou por mais potência de agir; e do melhor tipo naquela condição: ativa. Sozinha em meio ao deserto de rochas, resolveu praticar de uma maneira diferente. Ser poderosa, na sua cabeça, era uma circunstância estreitamente conectada à ideia de punhos desastrosos, em outras palavras, força física exacerbada.

Seguindo na leitura do documento, encontrou exatamente o que buscava para uma segunda parte: exercícios que visavam o engradecimento da força física. Entendia, desde aquele momento, que aquela não seria uma experiência de fácil obtenção, tendo em vista a sua baixa quantidade de músculos. Todavia, entraves mentais não mais se oporiam à vontade inegável. A eudaimonia se faria novamente presente, felicidade necessariamente significaria a busca pela excelência. Incorporando um espírito combatente, pôs-se contra uma montanha. Não sabia ao certo como, mas deveria alcançar, a partir de golpes físicos simples, o outro lado dela. Teria de escavar com punhos e chutes, em resumo. Iniciou as tentativas à tarde de um dia comum de semana. Assentou o punho contra a rocha.

Dentro do esperado, a estrutura cristalina daqueles minerais ali presentes eram duras o suficiente para resistir mesmo ao ataque de alguém dotada de uma força dita 'colossal'. Persistiu, afinal não fazia nada tão bem quanto aquilo. Além de tudo, treinar estava entre os seus hobbies favoritos dentre todos os outros. Muito possivelmente preferia aquilo à comer, outra prática bastante recorrente e prazerosa ao seu modo de levar a vida. No primeiro dia, não avançou muito mais do que alguns centímetros. Criou uma pequena entrada, algo semelhante ao que daria uma porta. Gargalhou, jamais esperava que toda a mudança sofrida de nada adiantasse ali.

Obstinada, concentrou cada vez mais poderio em seus ataques. Ainda que fosse de maneira inconsciente, pequenos progressos podiam ser notados a partir de qualquer observador externo. Por estar habituada e ser aquele um progresso lento, a menina nada presenciou. O treino de semanas também haveria de colaborar, uma vez que suportava uma maior fatia de horas socando e chutando sem qualquer descanso.    


Um pequeno intervalo de tempo atravessou desde os últimos treinos realizados pela garota. Infelizmente, teve de ocupar seu tempo cuidando da parte administrativa do dojô pertecente à Naoko, sua mãe, Jonin afastada dos assuntos militares do vilarejo. Não se deixava ao trabalho intelectual tão somente. Quando encontrava algum tempo, utilizava as inúmeras Bokkens do recinto e praticava mais suas habilidades com a espada. Sem dúvidas a matriarca lhe era uma inspiração. Um desses pequenos treinos era assistido pela senhora. Intrometeu-se em meio a ele, consertando pequenos pontos com os quais sua filha poderia acentuar as habilidades. Dentre eles estava a postura. — Joelhos mais flexionados, Atane! — recomendou com requintes de ordem. — Aplique mais força nos seus golpes. Não esqueça, agora você tem os genes de guerreira da sua mãe avivados, aproveite-os! — orientou acertando, com um objeto cilíndrico, todos os pequenos pontos onde enxergava erro e os queria ver consertados.

Presenciando uma garra de querer sempre aprender mais da espada por parte de Atane, a mãe julgou ser oportuno ensinar-lhe uma nova técnica. — Atane-san. Nunca pensei que esta hora chegaria, mas finalmente vejo que está pronta para aprender uma das maiores técnicas de espada existentes: Iaidō. — dialogou com postura sisuda. — Iaido? — rebateu a cria em dúvidas. — Sim, trata-se de uma movimentação em altíssima velocidade onde a espada é sacada em meio a este. Com ele, conseguimos contrariar alguns usuários de ninjutsus. — intruiu com paciência. — Esqueça as explicações, vamos para a prática. — desembuchou impaciente. Fez como prometido, iniciando a pequenina na prática do estilo de kenjutsu há anos dominados por um pequeno povo denominados de "samurais". Pernas flexionadas, canhota portando a bainha e destra posicionada ao cabo. Uma pequena corrida em altíssima velocidade e um saque poderosíssimo enviando a espada contra aqueles que teciam selos de mãos. Era esta a essência daquela forma brutal de combate baseada em lâminas.

A menina praticou incessantemente, dia e noite, não parando nem mesmo para descansar ou beber água. A instrutora impressionava-se com a determinação da sua descendente, tutorando-a sempre da melhor maneira possível. O passar de algumas semanas foram mais que suficiente, uma vez que a menina dominara aquele combate com katanas. O caminho da guerreira apenas tinha início...


Retornou à rotina exaustiva de treinos tão logo a funcionária doente retornara às atribuições administrativas do dojô de sua senhora. Precisava tomar um tempo de tudo e todos, resolveu, daquela forma, endereçar-se à barraca de lulas fritas no fim da rua de sua casa. Aquele era um lugar bastante frequentado pela garota, afinal tratava-se ela de uma fã incondicional de comida. — Boa tarde, senhor! — apresentou-se, sentando no pequeno banco de madeira. Estava vazio, por sorte. — Boa tarde, Rena-chan. Fritei algumas lulas ainda agora. Estão quentinhas, veja. — ofereceu uma das inúmeras existentes. — Err... Senhor, você sabe que eu como bem mais do que isso. Pode colocar todas essas lulas no meu prato agora mesmo. — brincou com um grande sorriso. — É pra já, Rena-chan. — riu o homem. Devidamente servida, postou-se a comer mais rápido que o som. Ao fim, a barriga nem mais coube no pequeno batente onde se colocava a comida. — Agora sim estou satisfeita! — informou com uma pequena gargalhada.

Quando saía do lugar, eis que o homem chamava sua atenção. — Rena-chan! Aqui, tome. Esta é uma bebida nova que acabou de chegar no mercado. Não sei bem o que é, mas o homem deixou ela por aqui e disse que em breve fará muito sucesso. — ofereceu uma pequena garrafa. A menina agarrou em mãos e sequer pestanejou, engoliu todo o conteúdo de uma única vez. — Yaaaaay! — comemorou. Não demorou. Na lata estava escrito: "consumo proíbido por menores de dezoito anos". Era uma bebida de conteúdo alcoolico. De repente, a feição de Atane mudou. As bochechas se ruborizaram, a sua fala começou a ficar atropelada, embotando-se e com pequenos soluços entre as frases. Não somente isso, a própria coordenação motora não era mais a mesma. — O que você está olhando *hic*, seu maldito????? — perguntou encarando o dono da barraca. — Rena-chan? — assustou-se. — Rena-chan? *hic* Eu não fui com a sua cara. Vem cá, vou encher você de porrada!!! — disse, perdendo o controle de si e atacando tudo no alcance com socos e chutes.

Causou uma verdadeira destruição não só na barraca, como também em todos os arredores. Depois de tudo aquilo, dormiu atirada no chão. Ninguém conseguia entender o que estava acontecendo, nem mesmo a garota que acordou no outro dia sem saber de nada. O dono da barraca, todavia, explicou a situação. Rena era, na verdade, uma "frênesi bêbada". Os boatos se espalharam, chegando inclusive aos ouvidos dela. Perguntava-se o que de fato havia acontecido. A dor de cabeça era o único sinal.
 

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Atane Rena

675/675 675/675 00/05

Dormia pela madrugada, esperava não ser acordada. A mãe não o faria, no entanto, adentrando ao quarto timidamente para ver a filha e como estava, deparou-se com um artefato ao qual não via há um bom tempo. Apressou seu passo, batendo ao ombro da menina até que acordasse. — Mãe?! — surpreendeu-se Atane, ainda assustada por ser acordada em meio à noite. — Rena-chan... Diga-me, desde quando você anda por aí com esta espada? — questionou com os olhos arregalados. — Ah. Fala da Iwato?! Sim, eu já a tenho há um bom tempo. Mas afinal, qual é o problema dela para acordar-me agora em meio à madrugada? — interrogou amedrontada pela mãe, confortando-se sobre a cama. — Desça imediatamente. A senhorita só poderá sair desta casa quando conseguir dominar a próxima técnica que ensinarei a você. — ordenou. — Mas, mãe... — tentou postergar. — Desça! — continuou, intransigente.

Vestiu-se, não havia chance de argumentar contra a mãe naqueles momentos de grande intensidade. — A técnica é muito importante, jamais esqueça. — esboçou primariamente, antes de fatidicamente ensiná-la. — Segure Iwato em mãos. — solicitou com requintes de ordem. A menina obedeceu fielmente, segurando a lâmina rubra com a destra à meia altura. — Muito bem, agora ensinarei-a um estilo de luta antigo dentro do mundo shinobi, somente com ele sua lâmina jamais ruirá contra qualquer que seja a espada enfrentada. Repito, Rena-chan, somente com ela você estará segura. — explicitou. — Certo, mãe. Que técnica é essa, no fim das contas? — perguntou curiosa. — Simples, passe seu chakra à Iwato, concentre-o e condense-o através de todo o corpo. — orientou. Efetuou assim como orientado, levando o chakra do braço ao instrumento sagrado de Iwagakure.

Por ser dignificada com um controle de chakra excepcional, não fora difícil fazê-lo. A energia espiritual espalhou-se através do item, tornando-o em uma tonalidade do mais belo azul. — Isso. Não perca a concentração, continue assim e amplie o alcance do fio. — instruiu atenta a todos os seus movimentos. A partir dali, mãe e filha iniciaram uma rotina exaustiva, até finalmente a jovem e ávida Genin alcançasse, em sua plenitude, o domínio do estilo de luta tão importante quanto aquele. Ainda não sabia mas aquele era um aprendizado que, de fato, levaria por toda a sua vida.  


Após ter aprendido tal estilo de luta, Rena decidiu que não mais dormiria. Despertou-se, nela, o instinto por continuar praticando. Dirigiu-se ao campo de treinamento, mesmo estando de madrugada, muniu-se com sua espada e dela realizaria o mais alto poder. Buscava aprender novos jutsus, ou então criá-los. Sendo ela uma usuária de taijutsu, pensava sobre como poderia aumentar os alcances do seu jutsu. Sua força era brusca, portanto imaginou que pudesse fazê-la simplesmente utilizando-a. Balançou a espada na vertical, buscando ampliar o corte a partir do ar. Inefetivo. Pensou bem e imaginou que talvez o primeiro dos portões, Kaimon, talvez pudesse servir neste propósito. Conseguiu. Ao primeiro balançar cortou uma árvore não tão distante dali, partindo em duas bandas que caíram para cada um dos lados. "Insano..." pensou consigo depois de ter realizado o feito. Atribuiu ao jutsu o nome de "Kiryū", ampliando o arsenal de kenjutsus.

Seguindo a prática, resolvera desenvolver alguma forma de taijutsu que fosse simples de ser utilizada à distância e pudesse ser feito com apenas uma das mãos. Pensou em utilizar os dedos, no entanto ainda lhe era inconclusivo como faria. Estalou-os e os observou por um período de tempo. De repente, decidiu prender o indicador contra o polegar. Utilizou toda a força possível, liberando-o de uma só vez. Mirou contra a árvore que não estava muito distante, porém uma diferente daquela que há pouco havia sido cortada. Não causou qualquer pequeno dano que fosse, ainda sim conseguiu provocar o ar a frente do seu pequenino membro a deslocar-se com uma violência contida. "Este é o caminho!" determinou com um olhar em chamas. Pairou por alguns segundos, simplesmente organizando as ideias que saltitavam contra a mente.

Apontou a canhota em direção do tronco fime a frente, colocou o indicador sobre um regime de estresse físico colossal, por sorte tinha sorte o suficiente para suportá-lo. Amontoou a força em toda a sua perspectiva, liberando-a em um intervalo curtíssimo de tempo. Reproduziu, com insucesso, um pequeno efeito de uma lufada de ar que avançou até próximo da árvore e nada causou senão um pequeno balançar de sua copa. Era necessário um poder de destruição amplificado. Recorreu ao primeiro portão, Kaimon, arraigando as articulações com um poder incontrolável. Incorporou uma pujância sem precedentes, arremessando a potência armazenada em um só movimento. Sucedeu perfeitamente, arrancando não somente aquela, mas várias plantas em uma boa distância de suas raízes firmes. "Este é o Delaware Smash... Sim, é perfeito." avaliou com um grande e belo sorriso.

A última foi um jutsu que sua mãe houvera um dia apresentado-a. Tratava-se de "Doryūsen", uma técnica com a qual pudesse se virar quando enfrentasse vários adversários de uma só vez. Pelo que se lembrava, haveria de atacar o chão com a espada em um movimento de saque rotativo tendo como eixo o próprio corpo. Depois de dada uma volta completa, uma quantidade considerável de terra e detritos contidos nela deveriam avançar por uma distância ao redor de seu utilizador. Embainhou Iwato na cintura, flanco esquerdo. Semi-flexionou os joelhos, aproximando os membros superiores ao solo. Conhecendo os princípios do Iai em toda a sua extensão, efetuou o tal saque rotativo acertando aquilo que deveria durante o processo. Diferente do previsto, encontrou um entrave no meio do caminho, tendo a sua lâmina entravado neste.  

"Droga, minha mãe fez parecer tão fácil, não acredito que ela tenha sido tão forte quanto tentei ser agora." matutou, sentindo o cansaço de ter praticado dois jutsus anteriormente. Persistiu, afinal não seria reconhecida como uma grande kunoichi se decidisse desistir com apenas a primeira falha. Depois de avaliar a situação com mais tranqulidade, entendeu o motivo de sua matriarca tê-lo conseguido. Estava claro: os portôes. Abriu o primeiro destes, uma atitude que passou a ser tão natural quanto o ato de respirar. Realizou a mesma instância de momentos atrás. Uma rotação completa e arremessou, em perfeição, uma porção grotesca de pedregulhos contra o terreno, criando algo semelhante a uma trincheira nos seus arredores. "Impressionante..." comentou consigo, imaginando que tipo de treinamento Naoko não teria passado até alcançar aquele nível.

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❝ Brisa fresca de verão ❞

CH: 675/675 HP: 675/675 ST: 00/06

Sentava-se no campo de treinamento do vilarejo sobre uma grande rocha. Dali, conseguia enxergar toda a vila de maneira panorâmica, bem como os seus arredores recheados de uma série infindável de cadeias montanhosas. Dali, teve uma vista privilegiada, sem sombra de dúvidas. No entanto, não havia aportado ao campo de treinamento com intenções de somente assistir à paisagem. O diametral contrário, desejava se tornar uma lâmina afiada, ampliar a gama de possibilidades de seus ataques. Depois de novamente ter acesso a um elemento primário, optou por aprimorá-lo e, dessa forma, praticar. Nesse sentido, buscava uma espécie de perícia com os ventos, a afinidade natural que corria por seus vasos sanguíneos. De início, teve problemas em conceber a ideia de como faria aquilo que almejava, uma vez que desconhecia todo e qualquer jutsu da dita natureza. Preocupada, muito embora mantivesse uma certa determinação, iniciou a prática sem qualquer plano.

Tentou, por alguns minutos, gerar uma esfera de vento em suas mãos. Não tinha qualquer utilidade, nem mesmo seria uma tentativa de gerar, dali, algum jutsu criativo. Longe disso, simplesmente tentava controlar os ares ao seu redor com um membro que não fosse a boca. Ou, quiçá, gerá-lo a partir das palmas de suas mãos. Sendo uma membro definitiva do clã Hyuga, não seria difícil controlar o chakra através dos seus tenketsus, ação adotada afim de emanar, a partir deles, vento. Falhou, repetiu e falhou de novo. Ainda que uma prodigiosa kunoichi, não seria tão simples dominar o vento a um ponto pericial. Introduziu-se num mundo próprio, afogando-se no fluido aéreo. A mente adentrou um estado catártico, desenvolvendo, lenta e progressivamente, uma amigabilidade com a natureza. Continuou uma prática incessante, cansando não só o corpo como a alma. De repente, depois de absover vasto conhecimento com as falhas sucessivas, finalmente atingiu o patamar de perita. O sabia por poder manipular o ar ao seu bel prazer, desde que dedicasse uma quantidade mínima para este fim.

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