Atane Rena

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Aqueles eram os primeiros passos dados pela jovem kunoichi Rena. Preocupada com a vida ninja e como esta se daria, resolveu, antes de iniciar o processo de missões, treinar o seu corpo e espírito afim de preparar-se para a nova rotina estafante. Direcionou os passos ao campo de treinamento de Iwagakure. Apesar de uma prodígio, tinha um longo caminho a ser traçado caso quisesse, algum dia, angariar posições altas dentro do vilarejo. Quando finalmente chegou a este, encontrou uma pessoa conhecida dos tempos de academia. Seu nome era Takahashi e ele, como ela, era um expoente da academia ninja. — Bom dia, Takahashi-kun. — saudou com um sorriso. — Oh! Rena-chan. Como é bom vê-la por aqui. Diga-me, também viestes para treinar? — respondeu e questionou em seguida. — Sim, eu quero treinar antes de começar a fazer algumas missões. — explicou com a mão por trás do cabelo, mantendo o belo sorriso caloroso.

Se encararam por um segundo, uma situação desconfortante. Se estavam ali, por que não treinarem juntos? — Takahashi-kun! — atentou em um tom mais agudo. — Vo-você gostaria de treinar comigo? — perguntou um pouco envergonhada, avermelhando sua bochecha. — Sim! — respondeu prontamente o garoto, também desconfortável. Passada as formalidades e conversas, ambos resolveram dedicar o seu tempo em treinar juntos. Posicionaram seus corpos a uma média distância. Se encararam por um curto espaço de tempo e o menino avançou. — Taka... — esboçou a fala, Rena, sendo interrompida por um chute repentido do garoto. Mirava o rosto da companheira com a sua destra. Hábil em esquivas, a menina reduziu o comprimento do seu tronco, agaixando-se e procurando aplicar um contragolpe, uma rasteira de esquerda na perna naquele único ponto de apoio que restara por parte do adversário. Apercebido da situação, saltou com aquela única, dando uma acrobacia para trás e desviando do golpe contrário.

Retornaram a distância estabelecida anteriormente. — Você está mais forte, Rena-chan. Os anos de academia lhe fizeram muito bem. — reconheceu o garoto alto de cabelos negros. — Obrigado, Takahashi-kun. Você também está mais forte. — rebateu com um sorriso, muito embora já respirasse de maneira ofegante. Seguiram os movimentos agressivos de anteriormente. Uma sequência de socos por parte do garoto e a kunoichi procurava segurá-los cruzando os braços a frente do corpo, mantendo uma postura defensiva completamente fechada. Quando cessados, procurou voltar a ataque, porém sem sucesso. Já era final de tarde e o sol dava sinais de seu crepúsculo. Continuavam, ninguém rendia-se naquele combate. Em questões físicas estavam ambos empatados. Todavia, Rena procurava sempre aplicar o melhor de si a todo instante, tentando sobrepujar à velocidade do amigo combatente. — Hyaaaah! — gritava enquanto executando uma série de golpes contra o companheiro de treino.

Chegavam ao fim do primeiro dia de treinos. Ambos permaneciam exaustos, mantendo uma distância de cinquenta passos entre eles. — Isso é suficiente, Takahashi-kun. — confessou enquanto arfando. — Eu discordo... — negligenciou. Apesar das suas palavras, aquele era apenas uma vaidade boba, o jovem sequer conseguia andar direito. — Você é engraçado, Takahashi-kun. Continua exatamente como nos tempos de academia. — gargalhou. — Deixemos esta peleja para amanhã, com certeza teremos tempo para definir quem de nós superará o outro. — decidiu. — Certo, Rena-chan. Mas não se preocupe que eu certamente vencerei você da próxima vez. — determinou com um sorriso estampado na cara. Retiraram-se um ao lado da outra, permanecendo de ombros agrupados e conduzindo seus passos à velocidade comum entre os dois. Aquela era uma rivalidade velada pela menina de personalidade neutra, no entanto Takahashi sempre a encarava daquela forma ainda quando no tempo de academia ninja.

Risadas frouxas e finalmente chegou o tempo de descanso. A primeira noite de sono correu bem. Ambos sonharam com as novas batalhas que viriam pela frente. Um novo dia raiou e ao nascer do sol acordaram. Realizaram os afazeres matinais de sempre, chegando ao campo de treinamento ao mesmo tempo, embora vivessem em extremos opostos do vilarejo. — Você chegou cedo, Rena-chan. — salientou o rapaz em um tom repletode sarcasmo. — Creio que posso dizer o mesmo de você, Takahashi-kun. — retrucou a menina com o sorriso característico estampado no rosto. — Vejamos... Devemos repetir o treinamento de ontem? — interrogou com certa pressa. — Claro. Comecemos... — declarou mantendo uma postura fechada para o combate. A competição física começou mais uma vez. Recém saídos da academia, não havia nenhum jutsu que ambos soubessem e pudessem utilizar naquela batalha. Por esse motivo mantiveram-se lutando dentro de uma só vertente das capacidades ninja.

Os dias se passaram um a um, e a dupla combatia sempre com a fervorosidade de sempre. A força dos golpes continuava a mesma com o passar do tempo, mas a velocidade era justamente o contrário. Mover-se sempre à velocidade máxima acentuou a capacidade máxima de locomoção deles. Observadores externos passavam a se deleitar com a prática exercida ali naquele campo. Motivados, continuaram a performar um grande espetáculo em questão de exercícios. O fizeram durante um todo de um mês, percorrido com a celeridade de uma semana. Ao final do primeiro mês, finalmente alguém conseguiu acertar o primeiro dos golpes. No entanto, este também foi acertado. Acertaram-se, ao mesmo tempo, com socos nos rostos. Viajaram em direções contrárias. Caídos no chão, pairaram e olharam um ao rosto do outro. Sentados sobre o plano gargalharam.

— Você é incrível, Rena-chan. Não importa o quanto eu tente, você sempre consegue manter-se no mesmo nível que eu... — disparou o rapaz. Olhou de um lado a outro e viu a garota encará-lo com seriedade. Riu. — A quem estou tentando enganar... — observou para o seu punho cerrado. — Você, é, na verdade, mais forte do que eu. Eu percebi, você me ultrapassou, já faz um tempo que você não tem utilizado toda a sua velocidade. — reconheceu em um tom de decepção. — ... — esboçou a fala a jovem kunoichi, no entanto parecia não haver nada que pudesse consolar o rapaz, sabendo que ele estava mesmo certo. — Bom... Que seja! — ergueu-se limpando a roupa suja depois de um novo dia. — Continue treinando, Rena-chan. Da próxima vez eu certamente derrotarei você. — queixou-se, deixando o lugar sobriamente. A garota, por outro lado, passou a ver o céu azul enquanto aguardava as cenas de um próximo capítulo.


As palavras de Takahashi acompanharam Rena e seus sonhos daquele dia. Não poderia deixar o seu rival distanciar dela. O sono, apesar de profundo, aconteceu o que já previa. As palavras ecoavam durante o repouso noturno. De manhã, sua mãe resolvera lhe acordar. — Bom dia, filha... — falou sentada ao lado de sua filha na cama, acariciando os seus cabelos. — Mãe? — perguntou-se despertando carregando os combates ainda na cabeça. — Você estava falando sozinha... — relatou com um sorriso. Levou a mão contra os olhos, espreguiçou-se. — Hahaha! — respondeu em uma risada. — É... Tem um rapaz da academia... Nós treinamos bastante e isso tem mexido comigo... — declarou levantando-se da cama. — Um garoto, hein?! — brincou a mãe, tentando supor que ali havia alguma coisa. — Não, mãe! Não é nada disso! — gritou embaraçada. — Kikikiki! Não se preocupe, querida. Eu sou sua mãe. Se quer tanto ficar forte, você poderia treinar um pouco comigo. — ofereceu, por fim.

Resolveram-se por ali. A mãe entregou-lhe uma espada de madeira. — Kenjutsu? — perguntou a menina devidamente trajada e preparada pro que viesse a seguir. — Sim. Exatamente! Kenjutsu é uma arte de grande importância na vida ninja. — explicou. — Mas mãe... — relutou. — Você sabe que jamais conseguiria matar outra pessoa, certo?! — contornou. — E quem falou em homícidios? Se não quer matar, utilize o lado cego da espada. Simples! — elucidou, por fim. A menina levou o indicador ao lábio inferior. Sua progenitora detinha razão dos termos ali ditos. — Certo! — proferiu revigorada. A mais velha segurou os braços e tratou de ensinar uma postura simples de kendo. Movimentos verticais, executados múltiplas vezes. — Muito bem, Atane. Continue assim. — elogiou. A menina pegava o jeito com facilidade, afinal era isso que tratava ser uma prodígio.

— Muito bem! Agora você enfrentará sua senhora. Copie meus passos. — pontificou, agarrando uma segunda espada e iniciando movimentos brutais. Não os executava à velocidade máxima cabível, afinal aquilo poderia ferir sua filha gravemente, ainda sim mantinha um bom ritmo. A garota logo entendeu a diferença entre suas habilidades. Praticaram durante toda uma semana. Chegaram ao final empatadas em questão de habilidade. — Arf! Você é ótima, Atane. Jamais esperaria que você pudesse chegar a sua velha tão rápido. — resmungou a mãe. — Não somente te alcancei, como agora vou te ultrapassar!! — expressou em empolgação. Ao fim, ambas haviam exaurido as forças por completo. Atane recolheu suas forças dirigiu-se para dentro de casa. Exausta, dormiu por dois dias seguidos. Chegava a hora de realizar a primeira missão.

2 pontos em velocidade & perito armamentista: kenjutsu (1)

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— Takahashi-kun é um idiota. — resmungava com um sorriso estampado no rosto. O reencontro dos dois certamente seria marcante. Ainda mais passada toda aquela tensão envolvendo-os em seu último treinamento. Pensando nas suas novas habilidades que deveriam ser treinadas a seguir, Atane Rena moveu-se em direção ao lugar preferido da garota para praticar. Uma vez estando lá, sentaria-se próxima de uma sombra e, caso não houvesse, sentaria no chão próxima de algum encosto qualquer. Sentava ali não porquê estava esperando algo ou alguém, mas sim para tomar um tempo para si e pensar noutras formas de melhorar suas habilidades ninja adiante.

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Sentou-se um jovem ao seu lado, levantou-se e passou a encará-lo. "Huh? Este não é Takahashi-kun. Quem é este rapaz?" perguntava-se mentalmente, postulando quem seria aquele que ali posicionava e meditava. "Eu nunca vi esta pessoa em toda minha vida. E nem me recordo dele durante meus anos de academia..." analisava enquanto observando-o. "Será que ele quer alguma coisa comigo?" questionou consigo mesma, um tanto quanto assustada pelo rapaz surgir de maneira tão abrupta. — Err... Quem é você? E por que está aqui? — interrogou seriamente, sentia-se pressionada pela presença dele por ali. Pensou bem, e supôs ser ele uma ameaça a sua integridade física. Saltou para trás de pronto, mantendo uma distância média entre os dois.

— Você! — exclamou. — Eu te desafio! — complementou, indignada com a presença do garoto no campo reservado ao seu campo de treinamento. Poderia não ser um invasor, poderia simplesmente se tratar de um outro ninja do seu vilarejo. De um jeito ou de outro, manteve-se distante, astuta, estudando a condição do rapaz e tentando prever os seus movimentos a partir dali de uma maneira estratégica. Isso também seria válido como um treinamento, afinal era a primeira vez que encontrava alguém que não fosse Takahashi-kun por ali. Quem sabe o tipo de habilidades as quais o garoto poderiam demonstrar, quem sabe não poderiam crescer juntos.

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O rapaz retrucou as indagações de Atane Rena, no entanto ela ainda parecia não confiar nele. Parecia ser alguém presunçoso, considerando-se hábil e tratando de considerar o desafio válido. Tomou a dianteira das ações, executando um ataque de kunais contra a kunoichi. Procurou responder defensivamente à altura. Ao momento em que o menino acessou sua bolsa ninja, a moça fez o mesmo. Segurou uma lâmina com a destra, embainhando-a semelhante o modo de fazê-lo com uma espada. Era versada na arte do kenjutsu, sendo esse o motivo de portá-la daquele modo. Enxergou claramente a direção que tomavam os artefatos arremessados pelo oponente, ser ágil tinha lá suas vantagens. Em um simples movimento de arco horizontal em sentido horário procurou atingi-las com o corpo metálico do item em mãos, rebatendo-os.

"Droga, eu preciso de uma espada o mais rápido possível." imaginou entre as dinâmicas exercidas afim de proteger-se. Viu o desafiante correr na sua direção. "Tolo." pensou. Fez o mesmo, buscando um combate físico. Primeiramente, utilizaria-se de sua proficiência em taijutsu e elaboraria uma manobra defensiva para a esquerda, procurando esquivar da trajetória da kunai adversária. Em seguida, aproveitaria a proximidade para tentar aplicar um direto contra a linha do estômago dele, buscando atingir uma área que dificultaria o seu fôlego, caso fosse acertado. Evitaria utilizar a kunai em mãos para feri-lo seriamente.

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Apesar da tentativa de ataque, tudo não passou de uma falha. "Não seria legal se não fosse assim" imaginou, enquanto realizando outra dinâmica de maneira simultânea. Ele continuava a ofensiva com um contragolpe, aproveitando-se do momento oportuno de seu agachar para produzir, com a destra, uma rasteira afim de reduzi-la ao chão. "Astuto..." pensou consigo mesma enquanto saltando, ansiando evitar ser derrubada pela tática executada com tamanha maestria pelo oponente. Um salto e estabeleceu-se uma nova distância, deu um sorriso caloroso, acreditava que ele não era alguém ruim, no fim das contas. Apesar disso, não desistiria daquela luta tão facilmente. Se havia alguma coisa da qual realmente amava, esta coisa era treinar. Somente nos momentos de prática sentia o desejo de querer que aquilo jamais chegasse ao fim, traduzindo-se, àqueles momentos, em felicidade.

As informações cedidas pelo combatente surpreenderam a garota. As habilidades especiais demonstradas por ele eram simplesmente abissais. Arregalou bem os olhos e levou o indicador da mão direita à boca. — Ler movimentos?! Copiar jutsus?! Isso é incrível, Hyakuya-kun. Jamais pensaria que alguém poderia ter algo como isso. "Sharingan", certo? Não vou me esquecer disso. — falou mantendo uma postura desleixada. — Obrigado pelos elogios e, à propósito, eu sou Atane Rena, uma ninja sem grandes habilidades, mas que um dia chegará à alçada de grande kunoichi! — afirmou categoricamente, certa de que realmente o faria. — Ah, vou ser sincera. — retomou a fala. — Eu tenho uma alta velocidade, hihihi! — brincou. — Acho que isso é tudo, infelizmente. Agora diga-me, podemos continuar nossa batalha? — questionou com um quê de provocação.

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Aquela era uma disputa acirrada. Ambos os ninjas tinham habilidades acentuadas e o resultado era plenamente imprevisível. Toda a movimentação da garota era animosa, dotada de uma euforia fora do comum. Pensava que poderia tornar-se, a partir daquele treino, muito mais forte. Sim, este era o caminho correto a ser trilhado antes de iniciar com as missões. Tinha receio de destruir as grandes expectativas criadas por Iwa na garota. O combate acirrado tinha nova movimentação ofensiva, desta vez por parte do garoto. Talvez assentisse à provocação, talvez não. Independentemente dos motivos utilizados, ela notou a utilização de selos por parte do rapaz. Ao enxergar ele realizando as tais posições, tratou de imediatamente saltar para trás à boa velocidade. Assim continuou, saltitando em cada uma das pernas o máximo que pode, distanciando-se.

Aquela dinâmina só teria fim uma vez que se visse distante do jutsu de chamas impiedosa produzidas pelo jovem. Ao fim dali, possivelmente livre de toda ação ofensiva por parte do antagonista, resolveu desta vez tomar a dianteira dos ataques. Aproximou-se, realizando uma manobra ao redor do rapaz. Nas suas costas, quando finalmente a alcançasse, arremessaria uma kunai mirando as suas costas. Arremessaria-a com potência suficiente apenas para alcançar o alvo, mas sem possibilidades de efetivamente feri-lo.

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Nunca alguém, em sua vida, havia sido tão competitivo quanto este garoto. Na verdade, em questão de habilidades, ele era, muito provavelmente, mais forte que Takahashi. "Takahashi-kun, finalmente encontrei alguém além de você com quem posso realmente treinar e me tornar mais forte, seria este garoto alguma forma de prodígio?!" divagava em sua mente enquanto observando as ações repentinas do rapaz. Desviou-se milimetricamente do artefato metálico por ela arremessado. Não parou por ali, tomou a frente do combate e começou a disparar, em sucessão, diversas shurikens. À primeira delas Rena agiu, sacou uma kunai e a empunhou como se estivesse fazendo com uma espada. "Isso, isso, isso!" imaginou colocando o corpo à prova, buscando rebater a primeira das shurikens acertando uma lâmina contra outra, movendo o braço à uma velocidade plenamente capaz de fazê-lo.

Não cessou, muito pelo contrário, baseou-se na primeiro impacto para reproduzi-lo incessantemente. Continuou dançando com a kunai, rodopiando em torno de seu próprio eixo, de modo a tentar desviar, com movimentação precisa, de algumas das shurikens e rebater as demais para distante dela. Quando finalmente estivesse livre daquele enxame de estrelas ninjas avançaria. Tentaria reduzir a distância entre eles, almejando acertá-lo com um chute nas costelas, mais precisamente um chute de direita no lado esquerdo do corpo adversário.

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Não deixaria que aquele combate fosse vencido pelo garoto. Não se tratava Atane, apesar disso, de uma garota egocêntrica. Ela era competitiva no melhor sentido da palavra. Neutra em todos os aspectos, vivia uma vida regada a mais alta normalidade possível. Encontrar com aquele companheiro de vila possivelmente poderia ser atribuído ao destino, mas ela decidia o que fazer com ele: vencer. O faria com classe, sem menosprezar o adversário ou mesmo feri-lo seriamente, afinal pensava ser ele uma pessoa boa. Apresentando um sorriso caloroso em direção ao rapaz, seguiu. Os elogios proferidos não lhe enxeram de soberba, muito pelo contrário, serviram-lhe de determinação.

Durante a tentativa de ataque com a destra, percebeu que o jovem executou um salto para sair do range de seu ataque, naquele momento, sabia que algo viria dali. Manteve a cabeça acompnhando a todos os seus passos, vendo-o retornar ao solo e tentando utilizar-se de uma nova manobra ofensiva afim de atingi-la na cabeça. Com o pé esquerdo jogou-se para trás, flexionando o tronco para mesma direção e procurando sair do alcance das mãos oponentes. Sorria enquanto agraciava as técnicas adversárias. Alguém de preparo, sem dúvidas. — Você também é forte, Hyakuya-kun. Uma pena que não nos tenhamos conhecido na academia, com certeza disputaríamos bastante entre nós! — afirmou com um belo sorriso. Procurava medir a distância em cerca de dez passos, analisando mais das técnicas do rapaz antes de tomar uma ação decisiva.

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Seguindo o vento com fugacidade. A jovem não temia nada ou ninguém, ainda sim deveria ser cautelosa contra aquele tipo de oponente. Seus olhos dotados de um vermelho escarlate único e de esferas negras como vírgulas circulando a retina certamente eram perigosos. "Ele parece ser alguém especial. Esses olhos definitivamente me trarão problemas se eu não encontrar um jeito de lidar com ele de uma vez por todas. Droga! Nessas horas parecia oportuno conhecer um ninjutsu ou dois." resmungou consigo mesma, postulando todas as situações possíveis e analisando o combate de maneira fria com o pouco de inteligência que le fora concebida durante sua curta experiência como uma kunoichi.

As palavras proferidas pelo garoto possivelmente denotavam traços de sua personlidade. Dizeres como: "meu tempo de escuridão" e "não quero terminar isso tão cedo", ensinavam um pouco mais sobre o adversário que enfrentava com tamanho empenho. Continuou conversando, desta vez garantindo que não mais dependeria dos seus olhos para vencê-la. "Essa é uma aposta arriscada, Hyakuya-kun. Bem, se o seu forte são os olhos, por que ele não os utiliza? Será que simplesmente quer mostrar sua força sem depender deles diretamente?" arriscava consigo mesma. De uma forma ou de outra, avançou. Reduziria a distância, desta vez utilizando uma velocidade inferior à normalmente utilizada. Jamais atacaria em prol de feri-lo. Procurou utilizar um chute direto no seu peito.

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A luta estava cada vez mais animada. Não somente isso, ela também parecia envolver o sentimento dos presentes. De um lado, o garoto parecia ser claramente alguém presunçoso, que confiava bastante em suas habilidades e não temia qualquer que fosse o inimigo. Do outro, a menina mantia uma postura séria, sempre procurando ler todas as situações possíveis e buscando agir com o máximo de cautela aplicável. Contra aquele ego inflado do rapaz, nada fez a respeito. Aquele era, sem sombra de dúvidas, uma questão que deveria enfrentar, muito embora ela pudesse servir de um ombro no futuro, quem sabe. Durante o ataque a condição tornava-se aina mais evidente pelo seu modo de falar.

Não deixou-se levar por aquilo, prosseguindo com o ataque e sendo, por conseguinte, invariavelmente defendida. Preocupada, angustiou-se com possíveis investidas contrárias, procurando obter um panorama geral da sua situação. Notou que a perna do garoto mexia-se e, pelo que entendeu daquele ataque devido a leitura de seus olhos e habilidade com taijutsu, viu que se dirigia ao lado direito do corpo. Ergueu o braço e procurou bloquear o golpe. A dinâmica inimiga não encontraria seu fim por ali. Aproveitando-se do embate, o garoto procurou alvejá-la com a outra perna. Rápida e decisiva, interpretou o movimento com as variáveis antes utilizadas, fazendo uso do antebraço esquerdo para bloquear o chute. Em ambas as defesas forçava os músculos das áreas, tentando defendê-los sem que se ferisse no processo.

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Uma gota de suor escorria pela testa. Estava muito longe de estar cansada. Ainda sim, executar tantos movimentos por tanto tempo certamente tornavam aquele entrave em algo brutal. Algumas vezes perdia-se em pensamentos enquanto lutando. Apesar disso, mantinha-se disposta entre os devaneios, adaptando-se às novas variáveis e dificuldades apresentadas, esmiuçando-os afim de achar as melhores respostas possíveis. Produzente, acreditava que o garoto já haveria esgotado todas as suas manobras físicas. Ledo engano. Avançou na direção de Rena, desta vez com três kunais arremessadas em sucessão. Ao ver a primeira delas ter-lhe como alvo, sacou a mesma lâmina de antes. Novamente mostrou a proficiência no manuseio de uma espada através dela, vencendo o fato da sua miudez com uma dose de improviso e perícia com espadas. A destra se moveu à velocidade alta, atacando, com aquela kunai, as outras lançadas pelo seu oponente no intuito de prostrá-las em definitivo.

Apesar de acompanhar o movimento das armas, também notou a aproximação um tanto quanto lenta dele. Apercebeu-se que Hyyakuya mirava a perna direita dela. Calcou o membro a ser atingido um pouco no chão, criando um ponto firme de apoio contra o golpe lançado. Tentava, desse modo, defender-se da investida meticulosa do rapaz. "Este foi um bom plano." imaginou. Aproveitando a curta distância estabelecida pelo garoto, arremessou a kunai em mãos contra o corpo dele logo depois de ministrado o golpe.

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A complexidade da batalha travada pelos dois não poderia ser mensurada em palavras. Não se tratava dizer, entretanto, de um alto nível pelas habilidades apresentadas até então. Longe disso. Tratavam-se de Genins, no fim das contas, sendo aquela a patente mais baixa de toda a hierarquia ninja. A complexidade se devia ao envolvimento de ambos no entrave. Diante disso, Atane não tinha qualquer perspectiva senão a de dar o máximo de si. Sua ofensiva fora esquivada com sucesso por parte de Hyakuya, que utilizara-se de uma manobra simples para fugir do lançamento. Seguindo a investida, o garoto tomou o ritmo da batalha e passou a ser o mandante da ofensiva, dominando o fluxo daquela peleja. Evocou, mais uma vez, seus olhos escarlates ao mundo. Não somente isso, como também demonstrou uma grande proficiência em ninjutsu quando gradou-se com um clone de si. "Este clone não pode ser um clone comum, ele não seria louco a este ponto." deduziu logicamente a garota.

Sacou nova kunai, empunhando-a da mesma forma espadachim de sempre. Ao avanço do clone, saltou para trás afim de ter tempo de sacar a arma. Como esperava, sua velocidade era virtualmente maior, possivelmente atribuindo-lhe tempo o suficiente de concretizar sua manobra. Ao fim desta, aceitaria o embate e utilizaria duma velocidade ainda maior, procurando sobrepor à dele e de sua cópia. Fintas nas mais variadas direções, inclinando o tronco quando necessário e correndo para lados contrários aos do ataques também. Tendo uma alta velocidade ao seu lado, esperava obter sucesso na sua defesa.

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Atane Rena

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A garota não queria ser ofensiva contra o rapaz, afinal de contas aquilo não passava de um treinamento amigável onde eles deveriam treinar e aumentarem suas competências shinobis de modo aliado. Se atacasse com toda sua força, tinha medo da repercussão que suas ações poderiam tomar sobre a integridade física do novo conhecido. Por esse motivo simplesmente ignorou sua provocação, encarando-o com um belo sorriso estampado no rosto. Passada a provocação, observou que o garoto preparava algo grande ao utilizar aquelas posições de mãos de maneira tão repentina. Prevenida, saltou para trás de pronto, não esperando que utilizasse o jutsu antes que pudesse tomar uma reação. Da sua boca, viu-o atirar, da boca, chamas que tomaram a forma de cabeças de dragão. Leu a trajetória daqueles ataques, não somente distanciando-se deles, como também procurando evitá-las fugindo ao lado contrário pelo qual se pusessem a percorrer.

Quando finalmente estivesse livre daquele ataque, tornaria à ofensiva. Desta vez aumentou a velocidade com o ataque, procurou cercá-lo com uma série de socos executados contra o garoto em sucessão. Almejava acertá-lo na cara, no torso e nos braços. Ainda que tentasse desviar, voltaria a segui-lo até que conseguisse acertar um golpe. Depois de vinte golpes, pularia para trás, acentuando a distância entre eles.

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A luta era frenética e não havia qualquer momento para deleitar-se em uma estratégia muito elaborada. Se quisesse vencer de fato, deveria fazê-lo utilizando-se das suas competências kunoichi provocando-as ao máximo. Apesar de querer vencer, não queria fazê-lo machucando-o. Durante a sequência de punhos, percebeu que houve um contato visual entre os dois e, logo após isso, enxergou o garoto cair no chão, aparentemente desmaiado. Assustou-se, afinal não havia aplicado toda sua força física nos golpes por ela utilizados. — Hyakuya-kun!! — exclamou preocupada. Quando resolveu aproximar-se do corpo, uma revoada de pássaros desfizeram-o. "Mas o que diabos é isso?!" perguntou-se olhando às costas, procurando onde estaria Hyakuya depois daquela ação ousada. Uma ação de puro reflexo, revelando o rapaz às suas costas. Percebeu que a perna dele se direcionava às suas, executando um pequeno salto para evitar o golpe em contrapartida. Não somente para cima, como também impulsionou-se para trás.

Aquela era uma luta da qual não poderia perder o foco nem por um segundo. Surpresa com a tática dele, perguntava-se como poderia ter mexido com suas percepções de mundo tão repentinamente. — O que foi isso, Hyakuya-kun? — interrogou curiosa. — Não me diga que esta é outra das inúmeras habilidades desses seus perigosos olhos... — divagou.

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