Sequestros Suspeitos
Descrição: As mulheres da nossa vila estão sendo raptadas por um homem estranho. No depoimento de uma das seqüestradas, ela disse que nada aconteceu, que o homem só ficava com uma pose entranha. Temos suspeitas que seja, “Koru”. Ache ele e de um fim nesses seqüestros estranhos.

 
O sonho de Kento é ser um espião. Todo bom espião é, também, um bom detetive. Investigar ocorrências suspeitas e descobrir o que está por trás delas, unindo os pontos de forma que elas sejam esclarecidas é, sem dúvidas, o maior prazer que alguém que escolhe esse caminho pode ter. Esse trabalho é muito gratificante para quem o executa, mas ainda mais para quem se beneficia dele: as vítimas de crimes e tragédias reversíveis. Fazer justiça é a vontade de Yamanaka Kento, e hoje o menino terá sua primeira oportunidade. Ele foi convocado para sua primeira missão Rank C, que é também uma missão essencialmente de caça a um suspeito por estar raptando mulheres. Uma delas disse que ele não fazia nada, apenas ficava em posições estranhas, mas suspeitava-se de que aquilo pudesse ser algum tipo de ilusão à qual as moças pudessem ter sido submetidas. Kento precisaria descobrir, e ele sentia-se como a pessoa adequada para aquilo.
 
Aquela missão não seria feita da noite pro dia. Como uma missão de rank C, ela tinha sua dificuldade aumentada, o que justificava também o pagamento mais alto. O garoto precisaria começar sua primeira investigação de fatos, e era importante antes de tudo estudar os casos. Por isso, foi atrás da polícia de Konoha para saber a frequência e o lugar das ocorrências. Estudou a localização para saber a área de Konoha que estava sendo alvo daqueles incidentes, o horário de cada um deles e a situação na qual cada moça se encontrava. Ele precisava traçar um perfil, fazer um raio-X dos casos para poder entender o cenário no qual iria imergir. Foi então que começou suas anotações, às 10 da manhã, em um escritório do prédio da polícia:
 

Caso 1: mulher, 20 anos, desaparecida após sair pela tarde para casa. Costuma retornar às 21h, mas só apareceu às 01h do outro dia em casa. Disse que desviou seu caminho para comprar comida no retorno. É filha de um vendedor de materiais de escrita.
 
Caso 2: mulher, 32 anos, vendedora de flores, desapareceu por 4 horas quando estava em seu estabelecimento, que ficou fechado nesse período.
 
Caso 3: mulher, 25 anos, filha de um policial. Foi quem relatou pela primeira vez os ocorridos, capturada enquanto voltava para casa com uma amiga, filha de um comerciante da região.

 
Existiam outros casos, mas esses foram os que mais chamaram a atenção do garoto. As coisas não estavam muito claras diante da situação ainda, e ele também não era capaz de desenvolver suspeitos. Precisava ir a campo.
 
Pela noite, ele foi caminhar pela região onde as ocorrências estavam acontecendo mais. Talvez pudesse ver alguém suspeitos, algo que pudesse registrar ou mesmo capturar. Outros policiais já tinham feito aquilo, mas Kento desconfiava de que de alguma maneira ele fosse capaz de fazer aquilo melhor. Afinal, com seu Kanchi no Jutsu ele seria capaz de perceber chakras estranhos, maiores, ou técnicas que pudessem estar sendo executadas por alguém. Porém, isso não aconteceu. O menino ficou a noite toda, andando de um lado para o outro até que, às 2h da madrugada as ruas já estavam totalmente vazias. Se havia alguém para ser raptado ali, era o próprio Kento, então ele achou que insistir naquilo não seria uma atitude muito inteligente. Precisava alterar sua estratégia. Retornou para casa então, cabisbaixo e pensativo sobre o que decidiria para o dia seguinte.
 
 
Amanheceu. Kento passou o dia com seus pais, pensando no que poderia fazer para capturar aquele homem que estava fazendo aquilo com as mulheres e descobrir qual o real objetivo dele. Eles tinham algumas sugestões. Eram ninjas espiões aposentados, então tinham uma ampla experiência na resolução de casos semelhantes àquele. Kento tinha suas ideias formadas.
 
No final da tarde, foi caminhando até o lugar e procurou uma mulher que pudesse talvez ser uma vítima. Entrou em uma loja e percebeu que atrás do caixa havia uma uma moça de uns 20 anos de idade. Ela parecia ser filha do homem que estava no balcão atendendo as pessoas. Era uma livraria, semelhante à de seu pai. O menino Yamanaka aguardou a loja ficar menos cheia para poder falar com os dois.
 
“Oi, boa tarde. Meu nome é Yamanaka Kento e eu estou aqui para investigar aqueles sequestros que têm acontecido ultimamente. Só que preciso da ajuda de vocês pra conseguir isso, vocês poderiam me ajudar?”
 
O homem parecia desconfiado, mas perguntou como aquilo poderia ser feito. “Bem, eu, como disse, sou Yamanaka. Minha ideia é fazer a técnica de troca de mente em você”, falou olhando para a moça. “Seu pai então anunciaria uma grande promoção de alguns livros e manteria a livraria aberta, mas você ficaria aqui, e ele voltaria para casa. Eu iria com ele aguardar lá. Se tudo der certo, o homem pode vir aqui tentar te sequestrar também, então saberei quem foi. Daí eu desfaço a técnica e venho aqui te socorrer e prender o alvo!”
 
Eles acharam o plano bem complexo, mas concordaram que aquilo fosse feito. A loja tinha um empregado para limpar o estabelecimento, então eles deixaram o rapaz por lá enquanto voltaram para a casa do dono. Uma vez chegando, Kento realizou a técnica e entrou na mente da jovem, controlando seu corpo. Preferiu ir pra lá porque ele perdia a consciência de seu próprio corpo, e aquele era um lugar seguro para isso. Uma vez sob controle do corpo da menina, retornou à livraria e esperou. Por horas.
 
Quando eram 22h, entrou um garoto de 15 anos, mais ou menos. Kento o conhecia da academia. Era um rapaz problemático, com muitas dificuldades de aprendizado mas que sempre disse gostar de Genjutsus. Ele entrou na livraria fazendo muito barulho.
 
“Que livraria fica aberta até essa hora? Quem quer comprar livros às 22h?”
 
“Estamos em promoção, pra limpar nossos estoques, senhor”, respondeu Kento controlando a menina.
 
“Ah, é? Então imagino que estejam vendendo bem, hein?”
 
“Sim, estamos”
 
Diante daquela confirmação, o garoto mudou de comportamento. Ele pegou alguns livros e foi caminhando em direção ao caixa. Procurou em seu bolso por dinheiro, mas disse que não encontrou. Kento respondeu então que não haveria como ele levar a mercadoria. Ele não pareceu nervoso. Disse que “daria um jeito”, e puxou de seu bolso uma moeda presa a um fio de nylon. Começou a balança-la diante de Kento. Aquela era uma técnica de hipnose clássica. Foi então que o Yamanaka desfez seu Shintenshin no Jutsu.
 
“Então é ele? É ele que fica hipnotizando as pessoas por aí? E faz com mulheres porque elas prestam atenção nas bobagens que ele tem pra dizer”
 
O Yamanaka de prontidão saiu correndo para resolver aquilo. Não admitia que alguém se aproveitasse de cidadãos honestos, muito menos um estudante da academia. Chegando ao local, ele percebeu que a moça ainda estava lá conversando com ele. Realizando uns selos, fez o Henge no Jutsu e disfarçou-se como um gato. Entrou na loja e foi até o balcão, onde sentou-se para observar a situação.
 
“Oh, gatinho bonitinho!”, disse o menino que estava querendo praticar algo que ainda não se sabia o quê. Foi então que a menina pegou todo o dinheiro do caixa e passou para o rapaz, que o aceitou. Então era isso! Ele roubava as pessoas e as iludia para que tivessem memórias diferentes!
 
Rapidamente Kento desceu do balcão e foi até a porta do estabelecimento. Desfez seu Henge no Jutsu. Fechou a porta da livraria e anunciou: “VOCÊ ESTÁ PRESO!”
 
O garoto se assustou. “O que você... Quem é você??”
 
“Meu nome é Yamanaka Kento. Sou um genin da vila, e te conheço. Você é um estudante frustrado que não conseguiu se graduar e agora vive roubando as pessoas por aí. Ainda põe a culpa em outro homem inocente! Você está preso!”
 
“Estou mesmo?”, desafiou o outro rapaz, sacando uma kunai lançando duas shurikens em direção a Kento, que delas desviou rapidamente. Para resolver aquilo rapidamente e não destruir nada na livraria, ele realizou uns selos e fez a técnica Kanashibari no Jutsu, imobilizando o garoto. Correu em sua direção, vasculhou seu bolso e encontrou um fio, o qual passou ao redor de seus punhos e tornozelos, imobilizando-o.
 
“Chame a polícia”, disse à menina filha do dono da livraria. Enquanto isso vou cuidar dele.
 

Enquanto a menina foi ao posto policial, pôs a mão sobre a testa do rapaz criminoso e leu sua mente, através da técnica de seu clã, Mind Reading. Descobriu todas as pessoas que foram vítimas de sua fraude e relatou tudo ao policial, quando chegou. Caso resolvido.

Considerações:

Técnicas Utilizadas: