Hakuna Matata

Post 1

Àquela hora da manhã, o corpo de Muga já estava em plena atividade. Como desde a graduação ainda não havia recebido missões, passava o tempo treinando corpo e mente e contemplando o universo. 

As gotas de suor escorrem da face ao chão. A visão de Muga observa-as e sua mente as vê como fossem o orvalho que se desprende da folha para molhar a terra. Aquelas gotas são-lhe a prova de que Muga existe além de seu corpo, que ele é o que entende por universo.

Soa-lhe o ruído de um papel que raspa contra o chão através da soleira. A mente de Muga processa-o como sendo algo de maior prioridade e então roga ao corpo que interrompa o exercício. O corpo, dessa vez, obedece de imediato e caminha em direção à porta de entrada, diante da qual jaz o pergaminho.

Algumas instruções mentais mais tarde, o pergaminho desenrolado e seguro nas mãos, lê-se em silêncio o conteúdo. 

"Insetos gigantes matadores de animais"
"Vilarejo ao norte de Konoha"
"Partida imediata"
"Investigar/acabar com os insetos"

Suspira. 

De fato. Aí está mais um desses problemas cuja causa, segundo a consciência de Muga, reside na incapacidade dos outros seres de perceber que eles também são o universo. De fato, só pode ser isso.

Enquanto observa-se pensar, intensifica-se a constante dor de cabeça, como se fosse um alerta para parar, aqui e agora.

Parte imediatamente, como instrui o pergaminho, carregando apenas suas vestes e bandana shinobi e os equipamentos básicos de sua bolsa.

...

O corpo caminha rumo ao Portão Norte. A mente observa o caminhar, as pessoas e o ar de Konoha. Na frente do portão, perguntam-lhe seu propósito, ao que as mãos de Muga erguem-se firmes nas extremidades do pergaminho aberto.

Muga sorri em direção ao porteiro, como quem vê no outro a si mesmo, mais uma estrela de uma única constelação.

O porteiro sorri, embora um tanto confuso, e abre o portão para o pequeno genin. 

— Vá com cuidado... — Aconselha-o o guarda.
— Uhum. — Responde, lacônico, Muga.

...

Inicia-se, então, a caminhada. O corpo de Muga, passo após passo. A mente de Muga, quase vazia, senão fosse o zumbidinho constante da enxaqueca. A consciência de Muga convicta de que lidaria com a situação lida na hora correta. 

No andar, observa os arredores. O pisar no chão terroso, o ar fresco da natureza, o distante odor de podridão. Este último aumenta a cada passo, como agouro ao que há por vir... 


Un Muga:
HP: 200
CH: 225
ST: 1

Bolsa de Armas:

Considerações:

Hakuna Matata

Post 02

No silêncio da floresta-cemitério, se ouviam apenas os passos solitários das pernas curtas de Muga. Os miasmas de animais mortos subiam pelo ar, sendo respirado pelos únicos dois mamíferos ainda viventes ali: Muga e um porco esquálido. Este, porém, pouco tempo depois, suspirava seu último sopro de vida... Em um grito agonizante, o animal fora abatido.

Os ouvidos de Muga e também os olhos, focados nesse momento, observam quando os insetos saem de seus esconderijos e encobrem o desventurado animal em uma funesta nuvem.

A princípio chocado, Muga respira profundamente e se acalma.

"Os insetos reagiram de imediato quando o porco se aproximou da caverna..."

Observa, contemplativo.

De fato, relembrando a nuvem de morte há pouco levantada, a mente de Muga sabia que, se ela fôsse na direção de seu corpo, nada dele sobraria além dos ossos, tal como o porco esquelético.

Refletindo assim, a mente alerta ao corpo a necessidade de manter cuidado. Seus passos tornam-se mais lentos e cuidadosos ao passo que se aproxima do local da morte.

Em caso do fortuito contato com os insetos, planejava o uso tanto de um Kawarimi, substituindo seu corpo com algum tronco da árvore imediatamente acima de seu corpo, quanto de um Bunshin, como distração enquanto se afastasse do perigo.

Tão logo pensa no plano, volta com uma pontada a dor de cabeça. Esvazia-se, assim, a mente do futuro e, a cada passo, os sentidos e a atenção de Muga se voltam ao presente, com a mirada do cadáver suíno a frente e o silêncio anormal de dentro das cavernas dos insetos.

Considerações:

Jutsus mencionados: