❝ My existence is nothing  ❞

CH: 450/450 HP: 200/200 ST: 00/02

O trabalho de um ninja nem sempre é o mais difícil. O meu por exemplo, pelo menos nessa manhã, era cuidar de uma floricultura. A propósito, estava de frente para o estabelecimento fechado, a kunoichi que deveria me encontrar e abrir o local ainda não havia chegado. Bocejava demonstrando que estava com sono, olhei para os lados e então visualizei a mulher vindo pela a esquerda.

—— Desculpe o atraso, Kenji-kun! Esse é o seu primeiro trabalho como um genin, não é? Dizia animada enquanto abria o local, o sol inclusive já estava aparecendo, entrei no estabelecimento com ela para ouvir as explicações —— você só precisa regar as plantas daqui duas horas e atender os clientes que vierem, nada complicado. Agora vou ir, desculpe-me e obrigado! E então ela se fora na mesma velocidade que havia chegado.

Coloquei um avental com as iniciais da kunoichi, nele também havia uma estampa escrito "seja bem-vindo", era fofo. Fiquei atrás do balção, olhei o relógio e apenas um minuto se passou. Iria morrer de tédio olhando para todas aquelas plantas, por mais bonitas que fossem. Percebi que o lugar era bem iluminado, digo, o sol atravessava o telhado de vidro mirando de forma certeira nas plantas, sem exageros.

Aproveitei o momento para fazer uma limpeza, não uma faxina, apenas uma limpeza convencional. Com a ajudava de uma vassoura e um esfregão, deixava o chão limpo, e as prateleiras brilhando. Parte do meu trabalho ali já estava concluída. Um cliente entrara na loja, dizendo apenas estar olhando algumas orquídeas, sabia que era orquídeas porque todas tinham seu nome indicado por pequenas plaquinhas. Aquela mulher era realmente atenciosa com as plantas.

[...]

Meio dia em ponto. Havia atendido dois clientes apenas, vendido para os dois. Por incrível que pareça a registradora estava cheia, talvez o fluxo de clientes não fosse pela manhã. A kunoichi voltara com um enorme sorriso, dizendo que iria dizer coisas boas de mim para meus superiores, sorri - a ironia era que: ela é uma dessas "superiores" - saí do lugar satisfeito com o meu trabalho. O problema foi o tremor que senti depois.

 
—— Tsc

Não sabia o motivo, mas me movi em direção ao local do tremor. Temi pela primeira vez pelas vidas que poderiam ser perdidas em um acidente. Pessoas passavam por mim, atordoadas, por um segundo também pensei em voltar  mas senti que pessoas precisavam da minha ajuda e eu não iria negar. Enquanto corri pensei "não posso morrer" era a primeira vez que algo assim passava na minha cabeça.

Quando cheguei lá, vi todo o estrago, ou o resultado dele. Uma mina estava desabando, parte dela já estava no chão. Mas sabia que ainda tinha sobreviventes no local, graças à um treinamento feito dias atrás pude chegar à tal conclusão. Aos poucos alguns trabalhadores iam saindo, evitei entrar até ser mesmo necessário.

Um homem com uma picareta queria entrar no local, era impedido por dois outros que o seguravam. Sua expressão facial denunciava sua preocupação; seu irmão mais novo ainda estava lá. Ele gritava coisas do tipo "me deixem, desgraçados, eu vou salvar o Uke! Eu vou salvar meu irmão!" sentimental até demais, entretanto resolvi me aproximar.

—— Eu consigo sentir seu irmão vi como minha fala poderia soar confusa então reformulei a mesma na hora —— consigo sentir o chakra dele, sou um shinobi do tipo sensor, mas não tenho força suficiente para quebrar pedras gigantes, você tem músculos... vai entrar comigo? Minha indagação era idiota, os dois homens que o seguravam já não hesitavam mais, ele tinha um sorriso de esperança no rosto —— claro que vai.

Estava na dianteira. O lugar era escura e iluminado por uma pequena lampada no capacete do trabalhador, ele ainda tinha em suas mãos a picareta, tomou cuidado para que nada acontecesse comigo também. Nós precisávamos ser rápidos, agora não mais uma e sim três vidas corriam perigo. Me arrependia de certa forma de estar ali, sequer conhecia os caras.

—— Obrigado garoto, você é corajoso e eu admiro isso disse o homem ainda com o sorriso bobo no rosto.

—— Ou idiota demais para me meter numa furada dessas respondi sem poupar palavras, ele riu achando que fosse uma piada... não era. Seguimos o caminho até encontrar o tal do Uke e saímos do lugar ilesos. Segundos depois a mina desmoronou por completo. Já não havia mais ninguém lá, minha tarefa estava completa. Ele me agarrou e abraçou e depois fez o mesmo com seu irmão, o sentimento de trabalho feito era incrível mas era hora de ir embora.

Usar a habilidade para rastrear o paradeiro do irmão do brutamontes me deixou cansado, era hora de ir para casa descansar o corpo e a cabeça que doía um pouco.

Considerações:

Equipamentos:

Jutsus Usados: