A alvorada a suscitar o amanhecer , posto que o florescer não obstante eclodia. O destino ao favor de um homem.

1/5.  Narre o seu amanhecer, depois o  que está almejando, que eu prossigo.

— O vento está sibilando. — uma brisa inconstante. Outrora vinha com força, na outra, paz. Se ergueu de uma posição donde observava frivolamente as baixas nuvens. A altura colocava-o no aconchego sob as colunas brancas. E assim como a brisa, eram inconstantes: uma hora via-se o que havia abaixo delas, outra não.

O caminho para o hospital era simples e curto. Não demorou mais que alguns minutos para encontrá-lo, mesmo que ainda estivesse se acostumando com a vila. Seu intuito: buscar conhecimentos não descobertos. Encontrou a vontade sem um motivo tão concreto, apenas queria escapar do ócio que nascia do desinteresse de interagir com os moradores da Pedra. Exibia um visual humilde, consistindo de uma camisa branca sem qualquer estampa, calças cargo e chinelos. Se perguntassem, diria que estava de folga, mas quem se atreveria a falar com um rapaz que esbanjava um semblante que gritava distância?

— B-bom dia. — Cumprimentou a moça da recepção com uma mistura de cortesia e vergonha. Explicou o que queria e se havia alguém disponível para ajudá-lo. Não obstante à resposta ele partiu para a biblioteca, quiçá teria muito trabalho pela frente.
Urie: 700/700 1065/1065 00/10
Saiken: 3500/3500

Considerações:

Itens e afins:

Outrora um foragido agora um cidadão respeitado, as coisas mudam. Seguiu para a biblioteca, fazia algum tempo que alguém visitava esse local, o homem por vez almejava conhecimento. Entre as grandes fileiras de livros só faltava achar o qual lhe agradava, ou quais.

2/5.

À um tempo atrás estava entusiasmado pelos longos corredores daquele hospital, guiando-o até a gigante biblioteca daquele hospital. Achar os materiais didáticos não foram sua maior complicação, aquela ala era designada justamente para isto, médicos e aspirantes a estes precisavam de qualquer fonte de informação possível para exercer aquele trabalho, imaginou. Com o grande acervo que tinha em mãos, restou apenas perguntar para a recepcionista recomendações para ter início.

Seguiu por entre os corredores, fitando as altas prateleiras que guardavam livros dos mais variados. Oftalmologia, citologia, farmacologia, fitoterapia. Ciências variadas que em suma tinham o propósito de, por mais banal que soasse, ajudar as pessoas. O mundo ninja era perigoso, um caminho que aqueles que o cruzavam encontrariam ou a morte, ou arrependimentos, sem exceções. Conclusões sem relação alguma com a situação, mas que esta fazia questão de questionar, assim, passou alguns minutos na escolha dos livros que precisaria.

Por fim, sentou-se em uma mesa na ala de leitura e começou a folhear as páginas, uma por uma, após decifrar o que cada letra formava e o que cada palavra dizia. Em suma, o simples ato de se ler algo. De títulos variados, iam de atlas, dicionários e enciclopédias, obras repletas dos mais complexos conceitos. O primeiro volume, que tratava de fundamentos básicos do corpo humano, já era entediante por si só, a arte de se aprender algo era um caminho árduo que muitos assumiam ser do mais tedioso, não era mentira. As páginas descreviam como o corpo funcionava e suas partes mais importantes: vasos sanguíneos, nervos, órgãos. Suas localidades e nomes eram posicionados e explicados de maneira que leigos pudessem compreender seu conteúdo sem maior dificuldade. Por exemplo, era dito que o coração bombardeava o sangue e que os pulmões oxigenavam este, as expressões utilizadas eram sucintas e fáceis de serem lidas. Entediante, no mínimo.

O ponteiro do relógio logo deu uma volta, e outra, e mais outra. O tempo ia passando e seu conhecimento ia mais e mais aumentando. Do básico o garoto passou para termos mais difíceis e conteúdos mais diversificados. Foi se aprofundando na ideia de utilizar o Ninjutsu como um meio de curar feridas e como o chakra podia ser usado para acelerar a regeneração das células. O Iryoninjutsu era uma arma mortal se usada de maneira correta, mas faltava a prática em Urie. Não tardaria o chegar do momento, quando precisaria treinar a habilidade em si. Ele continuou estudando, sem ter noção do tempo.

A espátula em sua mão ia até o pote de sorvete que comprara juntamente da grande montante de guloseimas e de lá, para sua boca. O açúcar era o principal ingrediente que mantinha-o ainda ativo, aliás, a maneira com que isso acontecia lhe era fascinante. A nomeação dos pontos específicos tirou-lhe a saúde mental e Urie logo se sentiu abalado, prestes a despencar no sono. Quantas horas haviam passado? Mal sabia, mas o tempo que havia chegado com elo há muito sumira, dando lugar à noite que perseguia o céu visto pela janela daquele salão.

Sem perceber, adormeceu. Sua recompensa era o bruto e puro conhecimento, o estresse e as longas horas noturnas que passou naquela biblioteca renderam-lhe um dicionário completo de nomes, locais, funções e muito mais coisas sobre o longínquo assunto que era a anatomia e a medicina. Bocejou, seus olhos lacrimejantes fitaram os arredores, ponderando no motivo de não ter sido expulso da biblioteca. Com as ideias esculpidas em sua cabeça, ele deixou o local em busca de um campo propício para praticar. Qualquer ser vivo bastaria, mas obviamente não poderia escolher um ser humano. Um peixe, talvez.

Urie: 700/700 1065/1065 00/10
Saiken: 3500/3500

Considerações:

Itens e afins:

Iryon ninjutsu, interessante. A habilidade de cura requer inteligência e controle de chakra excelente, assim como também um conhecimento extenso sobre coisas como ervas, medicamentos, o corpo humano e até venenos. Antes que o homem percebesse alguém chegava por suas costas, uma menina, cabelo longos brancos, olhos roxos , pele branca, sua voz  demostrando medo proferia. Meu jovem, precisamos da tua ajuda! Acabara de acontecer um acidente, minha mãe esta bastante ferida e quase entregue para a morte.

3/5.

Lila:

Lila, vinte e dois anos, nasceu em 12 de fevereiro.  Não se expressa muito bem, bastante tímida e tem grande dificuldades de se comunicar, é insegura e demora para poder confiar  nas pessoas em sua volta.  Sua gentileza e amor ao próximo a levaram a trabalhar no hospital da vila, apesar que não possui habilidades especias sua compaixão  é a sua maior especialidade.

A voz que ecoara ínfima tirou-lhe a concentração por um instante. Era doce, agradável aos ouvidos, mas ao mesmo tempo, insignificante. Virou-se, querendo a fonte das palavras. Palavras estas, que beiravam ao choro, uma súplica ao ex-foragido, cuja a alcunha nunca fora mencionada à ninguém daquele lugar. Cabelos brancos que adornavam a expressão amedrontada de uma garota ofegante. 

Por um instante, sentiu algo diferente da ansiedade corriqueira, um impacto em seu peito que lembrava uma doença. Teria seu coração parado? Um ataque em um momento tão diário como aquele? Nunca se imaginou tendo uma morte tão patética depois de tudo que passara na vida. Felizmente, a sensação permanecia, mas não assassinava. Seu corpo tremia, porém estava tão acostumado com o evento que não lhe incomodava mais.

Mais importante: a aparência da figura em sua frente. Os olhos de jacinto davam-na uma aura de mistério, mas ele não podia perceber. A pele branca como gelo, que parecia de uma maciez descomunal fez o jovem querer tocá-la, mas obviamente não o fazendo. Inerte como uma estátua, ponderou então; sentia uma pequena atração pela mulher?

Em transe, voltou ao mundo real graças as circunstâncias. Sentiu-se um idiota por esquecer-se do que lhe fora dito. A figura materna que se encontrara acidentada pedia por socorro médico, e a garota havia se dado ao trabalho de buscar ajuda profissional. Era uma boa oportunidade para praticar os conhecimentos que havia estudado na noite passada. Claro, também não podia deixar uma pessoa qualquer morrer por um infortúnio do destino, se pudesse impedir que algo assim ocorresse, o faria. Era alguém frio e calculista, mas conhecia o mínimo de compaixão por um companheiro de vila, mesmo que não vivesse ali mais que alguns dias. Personificou o semblante sério de sempre e juntou forças para dizer-lhe as palavras necessárias, a dificuldade que sentiu lhe causou curiosidade e também vergonha, mas pôde fazê-lo no final das contas.

— Leve-me até ela. Não sou um Iryō-nin de fato, mas sei o que fazer nestas situações! — Sua voz soava reconfortante, levava uma confiança proveniente de várias coisas que seriam importantes para mais tarde. Cabia à jovem mostrar-lhe o caminho até sua mãe, Urie então daria tudo que pudesse para ajudar.

Urie: 700/700 1065/1065 00/10
Saiken: 3500/3500

Considerações:

Itens e afins:

Seus olhos brilhavam ao ouvir a resposta do homem, sem tempo para agradecer apenas correu para a sua mãe, o local não era tão longe dali, alguns passos foram o suficiente.  O quadro, de fato, não estava favorável, o sangue estava espalhado pelo chão das ruas, a mulher deitada sob o solo gélido  da calçada, provavelmente desmaiada e havia algumas fraturas expostas.

4/5.

Lila:

Lila, vinte e dois anos. Calma, simpática, gentil, porém tímida, toma  as decisões e julga as pessoas sempre com base na lógica, em geral pesando os prós e contras da situação , é objetiva e justa.  

Com a chegada, percebeu-se a gravidade do problema. Uma senhora de idade repousava no chão frio, o corpo ensanguentado, vítima de algum acidente. Outras pessoas se encontravam ali, possivelmente seus familiares ou simplesmente observadores que sentiam compaixão para com a idosa. Urie detestou, não gostava de multidões, via-as como uma irritação que lhe tirava a concentração. Contudo, não tinha tempo para se sentir pressionado, precisava fazer o necessário.

Postou-se ao lado da paciente e analisou seu quadro. Fraturas expostas e perda de sangue, muito sangue. Era óbvio o que precisava fazer: se não estancasse o ferimento, não haveria transfusão sanguínea que a salvaria. Era a primeira vez que fazia o procedimento em uma outra pessoa, mas a experiência de vida que adquiriu no decorrer de suas batalhas provou-se útil. Quantas vezes o jovem se viu forçado a remendar as próprias feridas em tempos de adversidade? Vezes suficientes para se sentir confiante em fazê-lo na mãe da garota de cabelos brancos, certamente.

— Me arranjem panos limpos e água fria. Procurem também um médico. Agora! — Bradou, para qualquer um que ouvisse. Segurou o corpo mole e debilitado da madame de maneira cuidadosa e procurou um local mais adequado para tratá-la. Estavam na área comercial da vila, então não era de todo estranho encontrar mesas e outros móveis por ali, objetos que serviriam como uma maca improvisada. Com a chegada dos itens pedidos, juntou seus conhecimentos acumulados de livros e a experiência ninja.

Limparia as feridas com delicadeza, para evitar infecção no momento que tentasse bloquear a hemorragia. Os gemidos de dor que a idosa exalava vez ou outra serviam não para atrapalhar, mas avisar se estivesse sendo muito indelicado. Urie respirava fundo, tentando manter toda a concentração possível, mas sabia que não poderia evitar a morte se não colocasse em prática as artes medicinais que havia estudado. Em prol de enfaixar os ferimentos pelo menos até que a ajuda especializada chegasse, ele deveria usar seu chakra.

— Ok! — disse, enquanto suas mãos iam ao encontro à ferida. O chakra acumulou-se prontamente, focando-se nas células mortas da senhora, mas, infelizmente, não as fechando. Preocupou-se, pois sabia que se não controlasse a energia de maneira correta, poderia agravar os ferimentos ainda mais.

— O que será... — A pergunta permaneceu na cabeça do rapaz, mas, o controle de chakra não estava errado, afinal, era um hábil controlador do mesmo. Se viu repetindo o processo com cautela, praticamente usando um boneco de testes. O trabalho era como uma técnica simples: apenas precisava bloquear as passagens dos ferimentos com sua aura, mudar as propriedades desta para algo que fechasse os ferimentos. Cerrou os olhos, franziu a testa, alcançou uma calmaria profunda com um exercício de respiração. Não existia ninguém ali salvo Urie e a paciente. Seu chakra era vida, tornando-se uma calorosa chama esverdeada.

Ainda que pequena, era o suficiente para, no mínimo, estancar os ferimentos. Apesar de não sorrir, sentiu-se realizado ao perceber que podia conquistar a habilidade. Contudo, não era tempo de comemoração. Tornou a purificar os pontos, usando as gazes provisórias que eram os panos. Não havia muito mais que pudesse fazer senão esperar pelas forças médicas, afinal, não era um médico de certeza. Desviou o olhar, buscando a garota de outrora, se esta ainda estivesse por ali.

Urie: 700/700 1065/1065 00/10
Saiken: 3500/3500

Considerações:

Itens e afins:

Os médicos chegavam e socorriam a mulher, Lila agradecia o homem é seguia sua mãe.

5/5.

Lila:

Lila, vinte e dois anos. Calma, simpática, gentil, porém tímida, toma  as decisões e julga as pessoas sempre com base na lógica, em geral pesando os prós e contras da situação , é objetiva e justa.