Aquela tarde tenebrosa marcou profundamente a mente do jovem Edgard.
11:00 am.
O sol era maior que a neblina e o dia todo estava claro. Fazia tempo que aquela viagem ocorria e naquele dia sua fome estava critica. Kakugan de Edgard não se estabilizava por nada e ele não sabia as vezes se estava dormindo ou acordado. A mente louca corrompe as mais puras almas e o coração mais generoso foi obstruído pelos malês implantados nele. Edgard poderia jurar que aquele lago onde os peixes pulavam era real e correu até e se banhou. Mas ficou encabulando-o horas depois se era realmente real aquilo. Edgard pesquisava os locais e escrevia sobre todos ali, até ver uma linha vermelha que se estendia a centenas de metros levando-o para uma área mais nebulosa e à seguiu se divertindo com seu belo sorriso.
- Leve isso mais a sério! Tomará que apareça a bosta de algum foragido e te meta-lhe a porrada. - Edgard ignorava sua outra personalidade e seguiu a linha vermelha que o levou até um tipo de hotel. Era feito de madeira e tinha um belo acabamento, mas era vazio. Edgard, inocente, ficou desprevenido e de uma poça d'água em que pisava um ninja prendeu seus pés e outro lançou um dardo que o atordoou.
O que antes estava sob controle, já não estava mais. Como costume Edgard se afugentou e Rhaegar se levantou. A morte era apenas mais um detalhe para Rhaegar, Edgard vive apenas o que quer. Imaturidade? Certamente, mas ele ainda tinha muito o que crescer e com traumas como os dele, foi sua saída da triste realidade.
Edgard encontrava-se na caverna de Cerulan. As pedras daquele local tinham desenhos e pareciam fracas, mas era o local onde seu pai e avô treinavam. O lago atrás dele o chamava a atenção, mas o calor e o vento gelado que congelava seus ossos e em seguida o fazia soar lhe incomodava. Edgard ajeitou seu diadema e retirou o manto de pelos de suas costas e enquanto se preparava para mergulhar no lago, um enorme peixe saiu e o engoliu.
Edgard se via em apuros, mas não conseguia desligar e não sabia se estava tento um surto ou se era real. Ele não estava morto, não ainda, mas dentro daquele ser parecia que não demoraria muito. Como a alvorada para aqueles que esperaram a longa noite, Edgard estava extasiado quando a barriga da fera se rompeu ao meio e ele caiu para fora, caiu dos céus entre enormes arranhas céus.
"Merda! Eu surtei!" - não parava o jovem de pensar. Ele sentia enjoo e por mais que soubesse da alucinação ela não acabava e parecia mais real a cada metro mais perto do chão.
"Será que realmente é real?" - O chão já não estava longe, e ele parecia estar preste a desmaiar. Sua mente sempre funcionou a mil, mas estava complicado e sua percepção do mundo não era assim.
"Eu vou morrer! Socorro!" - Edgard finalmente caiu na realidade e sentiu que morreria, ele tinha asas, mas não lembrava. Aquilo que parecia alucinação o levou a desmaiar mas sua mente não parava de funcionar. Ao olhar o chão novamente, ele parecia estar sendo sugado para o alto só que muito mais rápido e dessa vez seu corpo pesava e ele não tinha mais força alguma. Edgard tentava acordar da alucinação, ele sabia que não podia ser real, mas estava muito difícil. Edgard começou a mexer em seu fluxo de chakra e conseguiu controlar sua mente de volta, algo a prendia e ele nada bobo percebeu que algo o controlava, alguém muito poderoso. Edgard na metade do caminho conseguiu ativar suas asas e gritava - O dragão voa novamente seu maldito! -. Vidros se quebravam e aquela alucinação se rompia como um espelho ao quebra-se.
Edgard estava novamente olhando para aquele lago e percebeu que estava realmente sob efeito de um genjutsu e sua mente já estava penetrada e ele tinha de recolocar uma barreira. O jovem incessantemente a protegia mas via ela se romper e na sua última medida desesperada, antes mesmo de tê-la feito sentiu, ou melhor, deixou de sentir seu corpo. Ele ainda tinha controle sob o mesmo, mas não sentia e nem se levantar sem exagerar na força conseguia, em sua mente milhares de vozes sussurravam e ao silenciar ele já não ouvia, enxergava, sentia, cheirava, ou tinha algum paladar. Foi a coisa mais agonizante de sua vida, ele estava estendido no chão como um vegetal e nem conseguia acessar sua mente.
16:00 pm.
Rhaegar estava escondido em uma parte oculta do teto do terceiro andar do prédio, os ninjas procuravam por ele e o mesmo havia feito inúmeras armadilhas, no momento exato ele caiu com sua kunai na cabeça de um, mas ao retirá-la pôde vê que era um compatriota inocente que havia fugido também. Trist, Edgard voltou a consciência mais confuso do que nunca.
" Puta merda! Não podia ter acontecido algo melhor! Aquilo não era real! Minha nossa... e agora? Quem é esse homem? Cadê aqueles ninjas?" - Edgard não encontrou respostas com Rhaegar mas não ligou, ele correu para descer e no caminho ativou uma armadilha que Rhaegar havia feito, levando uma enorme explosão destruir metade do terceiro andar e ele cair no segundo desacordado novamente. Ao levantar-se viu que um ninja estava pronto para matá-lo e outro aguardando, Edgard abriu suas asas e levantou vôo para trás em alta velocidade. Aquele homem não ficou para trás e saltou para cima de Edgard com sua espada, mas o jovem ao tocar no chão deu um mortal por cima dele e o chutou ao chão sacou uma kunai e combateu o outro ninja foragido velozmente em rápidos movimentos encurralando-o. Edgard esperava que o outro viesse logo por trás e assim que chegou ele levantou vôo com asas maiores e as desfez em cima deles. Ambos ficaram feridos, mas se protegeram entrando dentro da poça d'água e ao reaparecer, Edgard teve uma brilhante ideia. Era naquela hora ou nunca.
- Eu não lamento profundamente, mas me desculpem por isso, vocês morrem aqui e a última coisa que ouvirão será o canto mais belo! - Os homens debocharam dele e começaram a o insultar enquanto o mesmo respirava fundo e fazia o selo da cabra andando para frente com sua boca aberta. Para Edgard não havia som algum, mas para aqueles homens, um som que só eles ouviam e os aterrorizava tão profundamente que seus ouvidos sangravam. Eles logo perderam seus devidos equilíbrios e caíram no chão enquanto Edgard os matou com sua asa ao desfaze-la novamente. Aquele foi um bom lanche da tarde, mas ele sabia que aquilo que ele tinha vivenciado antes, não era alucinações, eram um forte genjutsu imposto por alguém que estava por perto.

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