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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 27 DG
Inverno
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
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Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
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Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
Akeido
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Havilliard
Havilliard#3423
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Urameshi banido
Genin
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udr ta de volta todos shora
Urameshi banido
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Urameshi banido
Genin
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Inteligência é uma qualidade rara para os humanos. Aqueles que a têm, não costumam compartilhá-la. Aqueles que não, costumam buscá-la. Por sorte, existem diversos tipos de conhecimento a serem explorados, não se retendo apenas a lógica ou a capacidade de realizar equações matemáticas. E o talento, apesar de importante, não é fator decisivo. Como demonstrado pelos exemplos históricos, o esforço é a qualidade que realmente faz a diferença. Desse modo via o mundo o jovem Urameshi.

Era impossível medir seu apego pela aprendizagem. Fazia uma viagem, desta vez. Iria às terras mais longínquas, nos confins do mundo ninja. Engraxou suas botas, ensacou uma trouxa com lanchinhos e separou um pequeno espaço para fazer preces aos deuses, pediu-lhes uma viagem tranquila. Apesar de fraco fisicamente, era esguio o suficiente para escapar de situações problema. Era um ser evoluído, afinal. Tinha de demonstrar sua capacidade de sobreviver em meio ao mundo. Se retirou de casa com um ar inspirador e dirigiu-se às fronteiras norte de seu vilarejo. Não teve problema algum em sair, foi rápido em apagar sua presença, demonstrando uma certa perspicácia.

As árvores formaram o visual boa parte do caminho. O clima era ameno, para não dizer agradável. Com um mapa em mãos, anotava características de cada região que percorria, não se retendo a detalhes básicos, mas sim o padrão das árvores, vegetação e como seria possível sobreviver em cada lugar sem que fosse necessário nada além do básico. Foram dias curtos e noites longas. À noite, espíritos malignos atentavam e o rapaz não conseguia paz de nenhuma forma.

Ainda sim, contra todo tipo de determinismo, o rapaz seguiu. Amou todas as paisagens que observava durante a viagem, tendo, em alguns momentos raros, saudades de sua terra natal. Catalogou por semanas tudo que encontrava de interessante. Podia não parecer, mas esta era uma tarefa desgastante. Muitas vezes existiam zonas montanhosas ou animais perigoso, obstáculos que cansariam até o atleta mais bem preparado. Descansos logo se tornariam frequentes, mas ainda sim continuava com seu bom ritmo de caminhada.

A caminhada já o levava bem longe, havia saído inclusive do País do Fogo. A partir daí, desistia de catalogar e resolveu apenas “curtir” a viagem. Ventos gélidos agora eram soprados contra seu corpo, e, para sua desgraça, não havia levado roupas de frio. Estava se adaptando ao clima frio, um verdadeiro teste de ferro para qualquer explorador. Fogueiras não eram suficientes a noite,     o frio simplesmente decidira residir em seu corpo. Tomou-lhe algumas horas de sono, mas ainda sim era o preço a ser pago pelas suas escolhas. Aos poucos, conseguiu adquirir uma certa resistência a tamanho frio. Parecia que sua mente ajudava-o a esquecer daquelas condições, ainda sim os seus dedos continuavam roxos e seu corpo trêmulo.

Mesmo que estivesse entrando na puberdade, os pelos da sua face já eram bem desenvolvidos. Logo se alongariam como nunca antes. Explicando-lhe, então, uma característica interessante: os pelos ajudavam a manter a temperatura corporal agradável. As situações climática não eram animadoras, as tempestades pareciam se alongar e intensificar. Teve de tomar uma decisão abrupta e montar um abrigo. Não podia se esquecer, porém, de preservar sua energia pois tempos ainda piores pareciam vir. O abrigo lhe deu um conhecimento nunca antes obtido, aprendeu a construir com maestria elevada. Ter aquelas experiências eram engrandecedoras, podia avaliar. No outro dia, pela manhã, foi à caça de animais peludos. Munido de algumas armas ninja fez um progresso interessante e conseguiu, com sucesso, adquirir a lã de uma ovelha. Aquilo não poderia existir em melhor hora. Com fio de sua bolsa ninja costurou uma roupa para poder continuar sua caminhada.

Agora os desafios se misturavam, o que antes era apenas frio misturou-se de uma forma bizarra e espantosa com uma região montanhosa. O chakra em suas mãos e pés ajudavam a escalada, mas existiam fatores que não podiam ser superados apenas pela energia provinda de seu corpo. A medida que se afastava do chão, o ar se tornava mais rarefeito (a concentração de oxigênio diminuía). Seus pulmões, muito embora inflados, não traziam a sensação de respiração totalmente normalizada. O cansaço, por consequência, aumentava. A única coisa que o fazia continuar era sua mente, inabalável. Mesmo com um corpo não propício para a situação, continuou a escalar a montanha. Existiam algumas árvores no caminho, pinheiros magistrais.

Era incrível ainda haver vida em um lugar tão inóspito. Quando sentou-se sentiu uma fraqueza extrema. Desmaiou. Se por muito tempo assim continuasse, tinha grande chance morrer ali naquele local. Quando seus olhos novamente abriram, sentiu um calor gostoso e forte cheiro de café. Perplexo, se levantou da cama e viu uma refeição ao lado da cama que estava deitado. Comeu aquilo com tamanha vontade como se nunca tivesse comido há vários dias. A dieta de pequenos animais fez com que o jovem emagrecesse mais de dez quilos. A porta abriu-se e um homem alto, forte e de voz rouca surgiu.

O homem foi um bom anfitrião, deu comida, abrigo e água para o jovem. Tinha uma linda esposa e morava naquela zona montanhosa há vinte anos. Ele beirava os quarenta e três, tinha dois filhos e era lenhador. A madeira daquela zona era usada por todo o mundo ninja, principalmente em artefatos de grande resistência. Os dias se passavam e Urameshi aprendeu todo tipo de coisa. Cortou diversas árvores e aprendeu a resistir melhor ao clima. Já era quase um homem da montanha.

Já tinha se passado um mês desde a saída de Konoha, passara da hora de retorno. Apesar da relutância dos anfitriões, que não tinham ninguém em sua casa há muito, muito tempo, ele tinha de retornar às atividades como um ninja. Recolheu novamente roupas e trocou sua bota surrada por uma mais nova. Adquiriu um mapa com atalhos e seguiu sua caminhada de volta.

A volta foi simples, não houveram grandes riscos. Seu corpo, agora acostumado a situações extremas, lhe serviu bem e ele chegara rapidamente em Konoha. Na chegada, percebeu o quanto gostava de seu vilarejo. E viveu, para assim repetir suas aventuras.
Urameshi banido
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- Abra o Cartão Ninja no seu Perfil e também bote sua ficha na assinatura, tive que ir pegar nas Aprovadas. (normalmente ninguém faz isso)

Originalidade: 7/10
Gramática: 10/10
Fluidez: 8/10
Interpretação: 8/10
Treinamento: 8/10
Total: 40/50 (arredondando)

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Urameshi banido
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Intro

— Vamos, pai! Já estamos atrasados! — Disse Urameshi enquanto trambicava dentro de um carrossel. 
Estavam ali todos os filhos de Gajiro. Urameshi, o mais novo, era um dos mais talentosos para a arte. Característica a qual fazia com seu pai tivesse um apego especial por seu filho. Não, ainda existia amor suficiente para banhar todos os seus filhos, acontecia na verdade uma espécie de identificação especial. 
— Tudo bem, Urameshi! Não há o que se preocupar. Tenho certeza de que você vai conseguir passar neste teste. 
Em meio ao mundo ninja, eram poucos aqueles que demonstravam talento para às artes. Tudo que importava era a força, filosofia não adotada pelo pai das crianças. Este preferia acreditar que a arte transcendia a própria existência e superava as habilidades ninjas. Por isso, nada era mais importante para aquele homem do que a arte. E quando aqui escreve-se arte, lê-se a real arte, e não apenas a insanidade de algumas pessoas que se consideram artistas. O jovem Urameshi já suava e a tensão aumentava com a medida em que o tempo passava. 
— Não sei se vou conseguir, pai. Não me sinto preparado. — Susurrou enquanto suas mãos soavam. 
— Acalme-se, meu filho. Você é um talento nato, vai conseguir sim. — Respondeu à criança inquieta.
Engoliu o seco de sua garganta e finalmente o fez. Apresentou-se diante de uma platéia composta por grandes músicos de todas as regiões do mundo ninja. Ali estavam apenas os aptos. Aqueles que realizavam grandes sinfonias durante festivais importantes no mundo ninja. A Lira de Urameshi tocou uma melodia tão linda quanto o nascimento de uma criança, alegrando de modo geral todos os presentes. Seus três irmãos comemoravam a aprensentação, ao mesmo tempo em que seu pai chorava. O menino de apenas seis anos se levantou e agradeceu todos os aplausos evocados pelos grandes artistas da antiga geração. Na saída, encontrou novamente com seu pai emocionado. 
— Eu... Não acredito... — Disse enquanto em prantos. 
— Eu fiz bem, pai? — Perguntou aliviado. 
— Se fez? Você foi simplesmente fenomenal. Nunca ouvi uma melodia tão bela em toda minha vida. 
A emoção contagiou sua família. Voltaram todos ao pequeno vilarejo vizinho a Kiri. Sua mãe, no reencontro, chorou como uma pequena criança que acabava de receber o brinquedo mais desejado. O almoço foi mais que especial. Apesar de não poder sentir nenhum gosto, aquela comida tinha temperos especialmente adaptados para o paladar inexistente do jovem. Este era o amor. Em pouco tempo as notícias cruzaram todo o vilarejo de Kirigakure e a Lira de Urameshi passou, com algum tempo depois, a ser requisitada em todos os festivais. Mas, assim como uma tempestade, tudo o que veio com a calmaria foi destruído pela força intensa do vento. 
Sentimentos mundanos acometiam aos irmãos. Joe, o mais  velho, era um Chunin de certo prestígio no vilarejo de Kirigakure. Ele não tinha relação qualquer com seu pai, se é que algo tão desgastado possa assim ser dito. O prodígio Joe tornava ao lugar que um dia chamou de casa. Seus olhos, cheios de lágrimas, representavam bem os sentimentos que ainda existiam por aquele lugar. Em movimentos simples, driblou tudo aquilo que pudesse denunciar sua presença e adentrou o lugar como assim faz um ninja de elite. Viu ali todos tendo um almoço e resolveu anunciar sua chegada. 
— Voltei! — Disse com sua voz rouca que ecoou por todos os espaços. 
Todos que estavam à mesa viravam a cabeça, não acreditando no que estavam vendo. A mãe e o mais novo dos irmãos se levantaram e correram desesperados para o braço do mais velho. Convidou-lhe, então, para sentar e servir-se da comida que achasse necessária para matar qualquer fome que ainda pudesse existir. Ele aceitou a proposta e almoçou a comida caseira de sua mãe como quem não comia há meses. Não poderia haver mais felicidade. O mais velho estava em casa e o mais novo ganhou todo o tipo de prestígio músical possível para alguém de sua dia. Ainda assim havia aquele clima de tensão sobre todos. Eles não esqueceram da última visita do capacitado ninja, onde eles todos passaram maus bocados devido às brigas constantes entre o chefe da família e o mais velho. 
— Veio para ficar muito tempo? — Perguntou Gajiro enquanto cruzou seus braços. 
— Vou levar apenas o necessário. — Respondeu enquanto cutucou os restos de comida com um palito. 
— Que seja! — Disse e levantou-se indo de encontro ao seu quarto. 
As coisas não estavam boas, todos sabiam. Contudo, cobriram-se de um véu capaz de dissolver qualquer tipo de atrito antes existente, o qual chamava-se: felicidade. Para entendermos onde surgiu todo aquele conflito, precisamos voltar um pouco no tempo e lembrarmo-nos de um tempo onde não existia qualquer noção pedagógica. Gajiro, como considerado um chefe da família, era um homem bem exigente. Sempre cobrou o máximo de seus filhos, utilizando-se, muitas vezes, de métodos controvérsio para com seus filhos. Apesar da finalidade ser honrável, os meios eram condenáveis. Tratou cada um de seus quatro filhos com o máximo de rigor possível. Espancou-lhes, física e verbalmente, tentando extrair alguma coisa de positiva. E tudo isso eram lembranças recorrentes na cabeça de seus filhos. Por sorte, Urameshi nasceu em uma época em que não precisou passar por nada disso, afinal tinha um talento considerável para a música desde que ainda era muito pequeno. 
— Sabe, mãe, minhas feridas ainda dõem. E elas dõem bem aqui. — Contou Joe enquanto apontava para o seu coração. — A dor provavelmente me ensinou a ser forte, não é à toa que agora sou um Chunin de Kirigakure. — Continuou. 
— Não se preocupe, meu filho querido. Ele agora é um novo homem, o Gajiro. — Postergou a mãe que ainda acreditava numa reconciliação. 
— Não é comigo que me preocupo. É com a vida e educação de meus irmãos. — Falou em bom tom. — Por isso penso que seria mais adequado levar-lhes a cidade grande... Onde nada poderia ameaçá-los.
— Não, não ouse... — Colocou sua faca ao lado. 
Em meio a tudo isso, Urameshi continuou a tocar sua Lira. 

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Mortals have made up their minds to name two forms, one of which they should not name, and that is where they go astray from the truth. They have distinguished them as opposite in form, and have assigned to them marks distinct from one another. To the one they allot the fire of heaven, gentle, very light, in every direction the same as itself, but not the same as the other. The other is just the opposite to it, dark night, a compact and heavy body. Of these I tell thee the whole arrangement as it seems likely; for so no thought of mortals will ever outstrip thee.
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Originalidade: 10/10
Gramática: 6/10 (tem muitas palavras que se você jogar o texto no fórum, ele dirá uma sugestão para você consertar)
Fluidez: 7/10
Interpretação: 7/10
Treinamento: 8/10
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Cruzada 
A jornada mágica de Wolfgang - 1ª parte

Muito tempo se passou de quando deixou seu templo até então. Um de seus objetivos, tornar-se um ninja, já havia sido riscado para fora da lista de metas. Agora, buscava justamente disseminar a palavra e a ordem de Abdah. Iniciou-se, portanto, uma jornada. 
Enquanto isso, do outro lado do mundo, um jovem inescrupuloso iniciou experimentos brutais com humanos. Seu nome era Wolgang, Wolfgang Amadeus. Filho de pais médicos, desde quando vivo teve intenso contato com a ciência anatômica. Como o vento as fofocas se espalham. E elas logo chegaram aos ouvidos do crente Urameshi. Enquanto numa casa de chá, escutou de dois senhores velhos informações sobre a brutalidade do insano cientista de Iwagakure. Se quisesse fazer com que Abdah fosse reconhecido por todo o mundo, aí estaria uma coisa a se fazer: destruir tudo que existisse em relação às insanidades daquele homem. Talvez assim, dessa forma, todos encontrassem salvação reconhecendo o milagre proporcionado pela entidade maior.
A viagem para a vila da pedra durou um longo tempo. As informações cada vez mais convergiam para lá. A relação entre os dois vilarejos era complicada, havendo uma hostilidade brutal entre as duas. Deste modo, descrição e agir de fato como um ninja eram mais que necessárias. Sua timidez talvez ajudasse dessa vez. Manteve-se calado durante toda a viagem, suas únicas palavras para um estivador que vendeu-lhe uma bandana e vestes características de Konoha, uma vila aliada à rocha. Aquele tipo de homem venderia a própria mãe por alguns trocados, foi o que pensou. De qualquer jeito, contentou-se com o que havia conseguido e prosseguiu com a missão. Estranhamente, quando chegou ao País da Terra deixou de escutar o boato sobre o médico maníaco. Ninguém suspeitou de um ninja da folha por essas bandas, ainda mais alguém que usasse um colete de ninja de elite como ele. Para as mentes comuns, era óbvio que ele estaria ali para serviços burocráticos. Resolveu continuar mantendo a descrição, escondendo-se de ninjas. 
Sua presença foi apagada por muito tempo. Em dado momento, não pôde mais continuar com aquilo. Estava, finalmente, na entrada da Vila da Pedra. Com uso de um Genjutsu simples, tornou, na mente daqueles homens que protegiam o portão, as mentiras que falava verdade. Foi simples, até então. Por sorte, não pareciam haver grandes usuários de Genjutsu, ainda mais naquele lugar tão remoto. Hospedou-se, com sucesso, em uma pequena pousada no norte daquela grande vila. Resolveu mudar o disfarce, passou a ser uma simples pessoa comum, um comerciante de arroz. Comprou, com o pouco dinheiro que sobrara, um carrinho de mão e um mulambo que o comerciante chamou de roupa. Em mais um dia naquele ambiente, ele passou agora a procurar por pistas nas periferias. Se tem uma coisa que sabia bem, é que ninguém sente falta quando um pobre some. E foi isso mesmo que descobriu, quando encontrou uma família desolada. Eles tinham perdido seu filho há dias, quando, numa madrugada quente de verão, ele foi raptado por um homem alto de vestes brancas. 
Curioso, pensou. Por aquele dia estava bom. Fez algumas preces, esperou ser ouvido e receber ajuda na resolução de um caso tão complicado quanto aquele. Procurou, dentro de seus pensamentos, alguma coisa que confortasse. Patrulhou, durante toda a caída da noite, aquele bairro. Nada aconteceu. Uma noite de sono perdida não era nada comparada a perda de um ente querido. Quanto a pobre família, resolveram acolher aquele homem que acabavam de conhecer. O motivo era simples: ele parecia ser alguém humano. 
— Não sei como agradecer, senhores! — Disse. 
— Não se preocupe com isso, rapaz. Você me parece uma boa pessoa. Há tempos não vemos alguém como você. Agora você precisa ir dormir, olhe o tamanho dessas olheiras. — Conversou em tom amigável. 
Aquilo viria a calhar, já que não restava dinheiro algum, quase. Dormiu durante todo o dia, esquecendo de enotoar o Al shue, inclusive. Acordou com fogo no olhar. Era fim de tarde, nada sabia...

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Histórias de um investigador espiritual
Parte I

— Como seria bom ver Jaspion novamente. A saudade atinge meu coração com força. A vontade de fumar surge bem como a de voltar no tempo. Se pudesse, teria matado aquela mulher há tempos. Infelizmente, assim como o poeta, vou morrer na depressão profunda. Só. Neste mundo onde há apenas desgraça, nada resta aqueles que ainda o habita. Seria eu totalmente sincero ao pensar nisso?! Ou será que quero apenas encobrir a minha incapacidade?! A minha falta de força... No fim, não se preocupe, meu querido Jaspion. O seu sonho ainda está bem vivo aqui: encravado no fundo da minha alma. Pego um copo de água, minha garganta está seca. E, novamente, quero que tudo passe. Bem como a calmaria que vem depois da tempestade, espero que ela me atinja com força. Me livre da tormenta eterna que é essa vida sem meu amigo. Eu sei, umas vêm, outras vão. Mas não é nada comparado a ele, aquele que me mostrou o quão bom estar. Meu deus, por que você fez isso a mim? Estaria eu pagando pelos meus pecados? Não, você não tiraria a vida de alguém tão puro quanto ele, ele era único. Deve existir um plano. Eu sei que sim. Estou cansado de me sentir assim. Já chega de ter esses pensamentos. Meu querido nunca me perdoaria se me escutasse. Vou ser forte por ele. Forte. É isso. — Desabafei para a parede do quarto enquanto tragava uma grande quantidade de tabaco. 
Saí do quarto e fui ao restaurante. Sentei ali, no chão, sentindo o cheiro de enguia frita. Era um cheiro bom. A pessoa que me acolheu resolveu me dar uma enguia. Aceitei. Depois de tanto tragar, foi até difícil engolir aquilo com facilidade. Mas o fiz. O gosto era interessante. Mas, por mais gostoso que fosse, nunca se compararia a uma refeição compartilhada com ele. Me levantei e andei de um lado para o outro. Estava fechado, por sorte. Os anfitriões ficavam um pouco perturbados. 
— O que foi, Urameshi? — Perguntaram. 
— Nada, senhor! — Respondi com firmeza. 
Eu era reservado, não iria me expor ali, daquele modo. Já se passava três anos desde que havia assumido como garçom daquele restaurante. Eles me deram lar e comida. Eu, em troca, ofereci meus serviços. Não era um dos mais ajustados para a profissão. Em compensação, era, sem dúvidas, o que eles precisavam. Eu trazia jovialidade para aquele lugar.  Eu realmente me sentia bem ali. Não era a mesma coisa sem meu companheiro, mas ainda sim era algo. Eles sequer se incomodavam com o fato de alguém tão jovem estar fumando, ainda por cima em sua propriedade. É claro que não faria aquilo na frente dos clientes, poderia atrair uma reputação negativa. Decidi sair, talvez fumar um pouco ao ar. Eu sabia que um dia o cigarro me mataria, mas eu morreria tão tranquilo quanto um bicho preguiça.
— Estou saindo. — Avisei enquanto vestia minha jaqueta. — Bye bye!
— Tudo bem, mas volte cedo. Precisamos preparar os condimentos para o dia de amanhã. Amanhã é o grande festival, você vai ter que trabalhar em dobro. — Disse a senhora em um tom gentil. 
— Tudo bem! Trabalho em dobro amanhã então! — Condescendentemente respondi.
As ruas de Kumo por qual andava eram largas. O suficiente para que ninguém se incomodasse enquanto fumava e expirava aquela fumaça nociva. Andei a loja de doces do Joe. Ele tinha algumas revistas legal. Nada pornográfico. Eram revistas sobre a história de um herói. Um ninja. Elas me lembravam de Jaspion, era por isso que gostava delas. 
— Você parece gostar mesmo dessas revistas, Ura. Se você quiser, pode levar alguma delas pra casa. — Incitou Joe suavemente. 
— Não vai ser necessário. Essas revistas me trazem algo bom, mas se as levasse para casa provavelmente passaria a noite toda em prantos. — Confessei em um certo tom irônico. — Além do mais, já pararam de publicá-la a meses. Seria uma pena se algo estragassem-nas. 
— Chorar, é? E um homem tão grande quanto você chora? — Falou em tom cômico. — Coé, cara, vamos lá. 
— Você é um palhaço. Eu vou indo nessa. — Disse enquanto deixei aquele lugar.
A noite estava realmente tranquila. Já era por volta das dez quando finalmente decidi voltar para meu quarto. A essa hora, provavelmente eles já estariam dormindo. Ainda bem que tinha uma cópia da chave em meu bolso, seria desnecessário incomodá-los àquela hora da noite. Minha volta foi pacífica. Encontrei alguns bons vizinhos que me ofereceram muita comida graças à minha promoção agora como Genin. Não entendia o que tinha feito para ser tão querido por eles. Presumi que fossem meus trejeitos simples que os encantassem. Na verdade era meu carisma, coisa que nem sabia que tinha. Estava a colocar a chave na fechadura quando um som ensurdecedor rondeou a vila. Para minha surpresa, não havia pânico. Pude perceber que o único a escutá-lo teria sido eu. Ele continuou, ecoando, por onde quer que eu corresse. Quando finalmente cessou uma voz mais que suave surgiu. 
— Você é um jovem e tanto. — Falou a voz. — Para ter me escutado, você provavelmente tem poderes em si que nem mesmo reconhece. 
— Com quem estou tento essa conversa? E por que você fala como se eu fosse a único a escutá-la? Perguntei assustado. 
O meu olho esquerdo morto começou a dar sinal de vida. Senti, por algum tempo, um frio na espinha. Que situação amedrontadora era aquela? Por mais molenga que fosse, sentimentos terríveis permeavam minha mente. O globo ocular que havia perdido a visão não parava de doer a qualquer custo. Doía demais, nem quando sofri o acidente tive que suportar tanta dor quanto agora. 
— Quanta perspicácia. Não é à toa estar me escutando em som tão audível. Você pode estar apto. Venha. Me siga. — Disse a voz que podia fazer até o maior dos homens se derreter só de escutá-la. 
Engraçado. Depois daquilo o meu corpo se moveu como se eu não mais o controlasse. Ou talvez o fizesse, mas inconscientemente. Era como se um imã me puxasse, e ele parecia estar longe. Algumas pessoas se assustaram de ver alguém correndo nas ruas tão tarde. Pensaram, por um instante, estar acontecendo acontecendo alguma coisa à Kumo. Por sorte, perceberam logo que eu era um louco por estar correndo ali nas entranhas da vila. Corri até finalmente chegar a um prédio abandonado. O clima tenso fez o meu olho cego pulsar. Engoli minha própria saliva, como faz-se quando está nervoso. Prendi minha respiração e bati calmamente na porta. Esperei alguns segundos e fui atendido. Um homem alto, musculoso e careca estava ali. 
— O que você quer? — Questionou de forma rude. 
— Bem, nem eu mesmo sei o que eu quero, maluco. — Respondi imitando o mesmo tom usado. 
— Calma! Papa, não faça nada! Ele é meu convidado! — Gritou uma voz que parecia vir dos andares superiores. 
Lentamente uma garota desceu as escadas. Para minha surpresa, era uma criança. As dúvidas brotaram a minha mente. Não podia ser que uma criança como aquela tivesse causado todo esse terror. 
— Pela sua cara, você deve estar surpreso, não é? Não é pra menos... — Falou quando mais parecia um canto de um anjo. — Não fique surpreso, minha voz angelical é especial. Ela consegue chegar às pessoas que são "aptas"... 
— Você só pode estar de sacanagem com a minha cara... É sério que eu quase tive um troço por sua causa? — Expressou sua insatisfação. 
— Não fale. Siga. — Cantarolou. 
Depois de sua última palavra, novamente aquela força me puxou. Fui guiado até o último andar. O prédio era uma espécie de palacete na limítrofe de Kumo. Seu espaço interno era enorme, nunca cheguei a entrar em um lugar como aquele em toda a minha vida. E, ainda mais incrível: não haviam móveis. Era um espaço totalmente vazio. Somente o piso de madeiras e as paredes brancas de cimento. Enquanto observava o espaço, alguma espécie de chakra se espalhava e formava o que parecia ser uma bolha dentro dali. 
— Time Warp! — Entoou a menina que subiu logo após. — Agora você está em uma dimensão onde o tempo passa mais rápido do que o lado de fora. Dez dias aqui equivalem a trinta minutos lá fora. Vamos andando logo, sei que você tem que voltar para casa antes da meia-noite. 
Quem era ela? Por que ela sabia tanto sobre mim? O que ele queria de mim? E que situação toda era aquela? Aquilo serviu para assustar ainda mais. Ela parecia querer me tranquilizar, mas tudo o que fazia era piorar ainda mais a situação. Meu coração palpitava. Tinha medo até de ter um ataque cardíaco. Retomei a respiração e me acalmei. Aliviado, finalmente pude processar tudo que meu único olho receptava como informação visual. 
— O que você pretende? — Perguntei calmamente. 
— Ainda não ficou claro depois do que eu disse no que se tornou esta área? Pois bem, deixe-me explicá-lo... A partir de hoje você é meu investigador espiritual privado. E se assim o for, vou treinar suas habilidades ao máximo para que você represente bem o nome da Mama. Agora, vamos, não temos o dia todo. Você vai enfrentar esses pequeninhos aqui. — Contou enquanto fez alguns selos de mão e pôs a mão no chão. — Summon: Devilings. 
Cinco pequenas criaturas foram criadas. Elas não passavam dos sessenta centímetros, pensei. Ainda que confuso com aquilo tudo acontecendo, logo cheguei a conclusão de que não havia nada a ser feito. Aquele seria meu fardo: minha terceira profissão agora era ser um investigador espiritual. No entanto, não consegui atacá-las, era molenga demais para aquilo. Elas então fizeram o favor de iniciar a batalha. Rápidas e esguias eram aquelas pequenas criaturas. Recebi alguns golpes para finalmente acordar para a batalha. Rapidamente tomei a dianteira e avancei contra aqueles diabretes surgidos do nada. Meus punhos somados a minha velocidade eram um fiasco, sabia bem disso. Fiz aquilo para medir quais eram as capacidades física daqueles seres. Para minha surpresa, eles me superavam em muito na questão física. 
Agora era hora da malandragem. Sim, faria uso de estratégias sujas para ganhar aquela luta. Aquele era seu estilo. Aquela era sua marca registrada. Segurou, nas mãos, dois selos explosivos. Correu pela sala enquanto evitava os ataques, não todos, muitos acertaram e causaram-lhe certo dano. Como um covarde, fugi do alcance daqueles pequeninos. Depois de tanto correr, finalmente estava esgotando-se minhas energias. Eis então que estava pronto todo meu esquema. Posicionados a uma distância segura de mim, eles perceberam que ganhariam facilmente uma luta mano-a-mano comigo. Criaturinhas ardilosas, elas sabiam que também tinham de atacar somente quando necessário, então mantiveram uma certa distância. Felizmente, para minha sorte, elas não captaram minha estratégia. Eis então que arremessei contra elas cinco shurikens, mirava nelas de forma que todas elas tentassem escapar do meu ataque. Elas desviaram e foram à esquerda. Tudo correu como planejei. Enquanto pulavam para desviar, elas não perceberam que iam de encontro a um selo estrategicamente posicionado no chão. Este sendo enquanto corria pela sala lutando fisicamente contra elas. Boom! O selo explodiu e destruiu aquelas pequenas criaturas. Parece que, ao fim, elas não eram tão resistentes assim. 
Se passou um dia desde que minha vida como investigador espiritual havia começado. Não entendia ainda como aquilo funcionava, mas estava gostando de lutar daquela forma.   

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Mortals have made up their minds to name two forms, one of which they should not name, and that is where they go astray from the truth. They have distinguished them as opposite in form, and have assigned to them marks distinct from one another. To the one they allot the fire of heaven, gentle, very light, in every direction the same as itself, but not the same as the other. The other is just the opposite to it, dark night, a compact and heavy body. Of these I tell thee the whole arrangement as it seems likely; for so no thought of mortals will ever outstrip thee.
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Originalidade: 10/10
Gramática: 5/10 (Você errou palavras simples, e até mesmo o nome do Wolgang )
Fluidez: 6/10
Interpretação: 9/10
Treinamento: 5/10 (Não vi "luta" ou até algo que você precisa-se se esforçar muito)
Total: 35/50

Esse é do primeiro. Avalio o segundo assim que possível.

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Originalidade: 09/10
Gramática: 6/10 (Está melhor que o outro, mas tem bastante erros de pontuação. )
Fluidez: 7/10
Interpretação: 9/10
Treinamento: 8/10
Total: 40/50 (arredondado)

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Histórias de um investigador espiritual
Parte II



As horas se passaram dentro do campo de batalha com tempo distorcido. Lá fora, apenas alguns segundos teriam corrido. Pensar nisso me deixou perplexo. Lembrei inclusive das aulas de física enquanto estava aprendendo acerca da ciência. O tempo é uma quarta dimensão, pode ser estendido ou comprimido. Era justamente isso que fazia a menina, comprimia o tempo dentro daquele espaço controlado. Impressionado, cheguei a me perguntar o que alguém como eu estaria fazendo ali dentro. Digo, se alguém tem poder suficiente para fazer algo como aquilo por que precisaria de um Genin como eu?! Resolvi não me questionar mais sobre aquilo. Entretanto, como cientista que era, desconfiei a todo tempo das reais intenções das pessoas que estavam naquela casa.
— Você é estranha… Quero dizer, você me trás aqui para enfrentar pequenas criaturinhas fracas como esta para que, afinal?! Isso pra mim não faz sentido algum.  — Falei confuso.
— Você é muito apressado, Urameshi. Vamos, você ainda tem muito a treinar ainda. — Disse com voz anjelical.

Depois daquilo, surge do chão uma série de criaturas. Elas tinham aspectos rochosos, pareciam bem resistentes. Algo semelhante a um Jutsu de Doton. Bem, tratei de seguir o treinamento a risca, ainda mais porque eu já tinha ganhado bastante lutando contra os diabretes. Apesar dos pesares, aquele método parecia ser realmente efetivo. Orgulhoso de minhas habilidades, não recuaria ante qualquer pretexto. Desafiei as novas criaturas e fui com tudo que podia. Inicei tentando atacá-las com Taijutsu, queria entender melhor a extensão de suas habilidades. Tomei a pior das decisões. No primeiro chute dado, senti como se estivesse chutando o chão. Machuquei o pé completamente. Mancando, não estava nada bem para aquela luta.

Lembrei-me da técnica que há pouco teria aprendido: voo. Naquele momento não pensei, meus pés simplesmente descolaram do chão e eu iniciei um voo baixo pela sala. Rapidamente tentei atacar os monstros com tudo o que fosse possível. Lancei kunais, shurikens e diversos selos explosivos. Tudo foi inútil. No meu pior momento, resolvi manipular o Doton e criar estacas para perfurá-los. Besteira, eles acabaram por não tomar qualquer dano. Para piorar, ainda sugaram o chakra que eu teria usado para manipular minha afinidade elemental.

Nunca me senti tão desesperado em toda a minha vida. As criaturas estavam maiores, mais rápidas e mais fortes graças ao chakra que fora sugado de minhas técnicas. Tentei me manter calmo naquela situação, perder a cabeça não era o ideal em meio a um combate. Pensei em todos os tipos de estratégia, mas nada me veio a mente. Voando e evitando-os surge, então, uma luz na minha mente. As ideias começam a fluir e finalmente tomo uma estratégia como certa. Estávamos no segundo dia e meu chakra estava, aos poucos, sendo fortalecido. Ainda sim, não tinha o suficiente para batalhar por muito mais tempo. Bem, como eu não aceitaria perder de forma alguma, resolvi iniciar uma estratégia desesperada.

Finalmente lançaria minha ira contra aquelas criaturas intrépidas. Com meu chakra, moldei diversos pedregulhos e os enviei contra as pedras. A invocadora ficou desesperada, pensou, por um momento, que eu estava ficando louco. Mantive-me calmo e com o olhar cerrado, mesmo diante de tudo aquilo. As criaturas absorveram meu chakra e ficaram ainda mais forte. Nada tinha saído do meu plano, na verdade.
— Sabe, treinadora, existe um ditado muito antigo que diz o seguinte: quanto maior a altura, maior o tombo. — Pausa. — E é isso mesmo. Veja isto com os seus próprios olhos. — Afirmei com propriedade.

Com o pouco chakra que me restava, usei outra técnica há pouco aprendida. Tratava-se de uma técnica capaz de aumentar o peso de tudo o que tocasse. E foi justamente o que fiz, toquei todas aquelas estruturas e fiz com que o peso delas aumentasse progressivamente. Com aquilo, elas ficaram pesadas o suficiente para não poderem se mover. Tombaram, depois de tudo.
— Viu, foi exatamente como eu disse. — Completei.

Depois daquilo fui ao chão. Estava exausto e não me restava mais chakra algum. Jaspion estava ao meu lado, olhando por mim. Mesmo uma miragem, ele enchia-me de força e determinação para continuar seu sonho vivo.

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Gramática: 09/10
Fluidez: 08/10
Interpretação: 08/10
Treinamento: 10/10
Total: 45/50 (arredondado)

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Simplicidade e realidade me encantam. Busco trazer isso no que escrevo. (plágio '-')
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Aimi e seu equino indômito.


Na academia ninja todos os pirralhos brigavam por uma bela garota conhecida como Aimi. Sinceramente, nunca fora de meu feitio brigar por garotas, mas ver toda aquela briga e não me enfiar nela era, simplesmente, inaceitável. Brigar, para mim, era um estilo de vida. Espancar, fazer sangrar, humilhar e desenhar pintos no rosto dos derrotados era divertido. Prazeroso. As brigas diversas vezes me levavam à uma reunião pessoal com os superiores. Nestas, sempre gostava de tirar dejetos do nariz e arremessá-los contra aqueles seres irritantes. Pelas minhas contas, havia tido mais reuniões com o professor da academia pós-aula do que com a minha própria família. Eu até entendia os meus professores, aquelas atitudes não eram corretas, não seguiam uma boa linha. Entretanto, os professores não podiam negar, eu batia tão bem quanto um shinobi já formado.

O tempo assim passou, plenamente. Apesar de ter certa aversão à coisas como amor, amizade e sentimentos fofinhos, eu reconhecia bem quando existia alguém tão forte quanto eu. E, para minha surpresa, esta pessoa era Aimi. Na verdade, Aimi era uma filha do renomado clã Sarutobi, um clã de elite dentro dos territórios de Konoha. A menina tinha longos cabelos negros e olhos grandes como as nuvens. Aquelas esferas guardavam o intenso brilho de centenas de milhares de estrelas. Sua postura era sempre correta. Ela não ligava para sua beleza, amor ou qualquer coisa do gênero. Ela era completamente ligada à disciplina como um carrapato é à um cachorro sarnento. Talvez fosse esse o motivo de seu olhar desdenhoso sempre direcionado à minha imagem.

Fomos todos em uma aula de campo, quando saímos além dos limites do vilarejo, Aimi demonstrou técnicas para além do nível dela. Uma força monstruosa e agilidade invejável. Minha maior vontade era a de lutar contra aquela garota, mas sempre me comedi no que tange a bater em mulheres. Mesmo não seguindo a ética normal, meu código era bem claro: não se deve bater em uma mulher. E como uma mulher só duelava com outra mulher, nunca haveria uma oportunidade de batalhar. Fora dos limites do vilarejo, a noite chegou mais cedo, estávamos no solstício, pegando todos os professores de surpresa. Era arriscado voltar naquele breu, então fomos obrigados à acampar naquele lugar, em meio à floresta, escondendo-nos onde apenas os membros de Konoha conheceriam.

Aquilo foi uma péssima decisão dos professores, ainda mais tendo como base a minha personalidade. Encrenqueiro como era, resolvi testar meus limites contra os animais selvagens daquele lugar. Peguei uma lamparina acesa na minha barraca e saí, indo de cabeça à dentro na densa floresta. Os sons e a escuridão extrema não me preocupavam, muito embora o fizesse com qualquer outro estudante. Segui aqueles sons de forma intensa, buscando de um lado à outro algum animal selvagem para batalhar. Ouvi um urro muito distante dali, um animal parecia ter sido assassinado. Corri em direção àquele som na máxima velocidade possível. Depois de andar um pouco, deparei-me com um ninja de outro vilarejo.

O medo da cabeça aos pés. Não era para ele estar ali, ninguém de outro vilarejo deveria conhecer aquela floresta, quem dirá acessá-la. Aquilo era um problema, deveria voltar rápido para reportar a situação aos meus superiores. Nada disso, disse o destino. O ninja percebeu e se aproximou rapidamente. Assoprei a lamparina e corri, tentando assim ganhar alguma vantagem. Guiei-me pelas luzes da estrelas, embora não fossem suficiente para iluminar meu caminho de volta. Enquanto corria, acertei minha cabeça fortemente contra uma árvore, levando-me ao chão. Estirado no solo gramoso, tinha medo de ser perseguido pelo inimigo. Eu já detinha um certo conhecimento de Doton, e apenas isso. Executei alguns selos e "puf!", criei uma cúpula à minha volta feita de rocha.

Meu estado atual era de próximo à morte. Poderia ser encontrado a qualquer hora. A pancada tinha sido forte, eu não tinha recuperado minhas forças para me levantar, ainda. Dentro dali, não podia escutar o lado exterior, mas os passos fortes daquele homem geravam uma certa "onda" capaz de sentir deitado naquele chão. Os passos se tornavam cada vez mais fortes, ele parecia estar se aproximando. Meu coração pulsou forte como nunca, era esse o momento de minha morte, provavelmente. Os passos paravam. Tum, tum, tum, tum! Batia forte o meu coração. Algo explodia e fazia descer alguns grãos. Pelo menos foi o que podia supor, pois sentia algo semelhante escorrendo por minhas pernas.

Uma segunda explosão e agora se abria um pedaço da cúpula. Eu estava morto, mas não me entregaria tão facilmente. Executei mais alguns selos e criei uma segunda cúpula.  Resistiria, não me entregaria facilmente, não era esse meu feitio. Mais explosões, mais uma cúpula e uma pausa. Era esta a pausa pré-morte?... A resposta estava na minha frente. Desfiz a cúpula, agora eu já era capaz de lutar, mas com dificuldades. De pé, pude ver uma forte luz e, ali longe, longos cabelos negros balançando. Aimi, ela lutava contra o intruso.

Gritei, tentando expulsá-la dali. Aquele não era um inimigo que ela fosse capaz de derrotar. Ela olhou para trás, deu um sorriso e simplesmente disse: "continue assim, Urameshi-kun". Ferido, não conseguia agir, além de já ter gastado um bocado de meu chakra. Em meus últimos esforços, concentrei chakra nas pernas. Shunshin. Corri em desespero aos responsáveis. Lá chegando, acordei a todos. Caí no chão, urrei, chorei, gritei, alertei sobre tudo. Eles não demoraram para entender a situação e agirem.

A vida não era como no conto de fadas. Não haveria dia de amanhã para Aimi. Ela foi brutalmente assassinada. Seu corpo, ainda um pouco quente, era capaz de proferir algumas poucas palavras: "a culpa não foi... cof! cof!... dele..." e então adormeceu.

O dia de amanhã trouxe uma ressaca moral e um intenso clima de luto entre todos. Aimi não era querida apenas pelos professores, mas também por todos, incluindo o Hokage, o líder da vila. O caso foi esclarecido, eu contei tudo que tinha a dizer. Em homenagem à adorável garota, engoli vários doces, assim como a bela garota fazia enquanto via os garotos brigarem. Lembrei-me de sua importante lição e guardei aquilo para mim para sempre: "seja sempre um cavalo indomável, Urameshi. Contudo, não esqueça que você vive neste vilarejo, ele e você são um só, um dia você entenderá..." algo que ela me disse quando eu havia batido e derrotado todos os meus "colegas" de classe.

Eu finalmente entendia a mensagem.
considerações:

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Urameshi banido
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Estranho como todos os desejos haviam, em pouco tempo, se tornado realidade. Neste momento, ele encontrava-se como o maior ninja de Kirigakure. Mas e agora, ele estava no topo, então o que este pobre ninja deveria almejar? Será que por sua cabeça nunca passara que ele podia em fato conseguir chegar ao patamar agora atingido? Ou apenas tinha conseguido um jeito de bloquear o pensar no futuro?.

Mesmo com uma extrema responsabilidade, agora que era o Mizukage, o líder, nunca havia se sentido tão no ócio até agora, em toda sua vida. A visão dos seus pais vinham à mente, repetidamente, talvez uma tormenta que nunca fosse parar.
— Ó, Kami-sama, você me deu tudo e ainda sim não me sinto satisfeito. Posso estar sendo egoísta, até, mas ainda sim, por que pareceu que foi tudo tão fácil? Não me sinto, em fato, merecedor de ter tantos títulos. Ilumine-me, por obséquio, nunca me senti tão desolado assim em toda minha vida...
Falava consigo enquanto arrumava alguns papeis de seu gabinete. Foi quando, de relance, viu a sua espada, Shibuki. Resolveu parar por ali a arrumação de toda aquela papelada. Pegou um pincel, um quadro e um cigarro. Pôs tudo em sua mesa, e iniciou uma pintura.

Por que pintar apenas com o preto? Talvez sua alma tivesse amargado tanto ao passar dos anos que nenhuma cor não fazia mais sentido do que a ausência delas. Deu uma tragada intensa, olhou para o quadro e não se satisfez. O quadro, em resumo, era a imagem da morte de seus pais que não saía de sua mente. Tossiu, ejetando uma grande quantidade de sangue. Não aguentava mais aquela vida, mas por que raios se sentira assim? Por que? Ele tinha tudo, amigos, poder e tudo o que alguém deseja. Por que se sentia tão atormentado pela morte dos pais nos últimos dias, já fazia tanto tempo que eles haviam passado deste plano para o outro.

Saiu daquele ambiente com uma forte dor no peito. Puxou mais um cigarro do maço, tragou, lentamente, enquanto a chuva caía sobre seu corpo.

Poderia até parecer loucura, mas nada soava tão bem para ele quanto o suicídio. Quem sabe todo aquele fumo tivesse esse propósito, matá-lo. Mas se fosse para morrer, por que treinara tanto para se tornar forte, poderoso? E por que se tornara o mais poderoso da vila?. E, mais importante, por que as perguntas não paravam de ecoar por sua mente?.

Naquela noite, chuvosa, resolveu ir até sua casa, esquecendo completamente o gabinete, por algum momento. No meio do caminho encontrou-se com seu antigo mestre, que hoje, aos seus olhos, não passava de um velho medíocre. O velho, tagarela, parou-o enquanto caminhava, afim de iniciar uma conversa. Ele não se mostrou muito feliz com aquilo, mas por educação atendeu o pedido, mesmo que não dito.

— Há quanto tempo, pirralho. — falou o velho enquanto sentava-se no banco no meio da rua. Se encharcando com a chuva.
— Olá... velho. — respondeu enquanto se mantinha de pé, ao lado do banco.
— Bela espada, esta sua. Uma pena que nunca tenha aprendido a utilizá-la. — continuou.
— Isto aqui? — apontou para a espada. — Isto não passa de um empecilho. — falou lentamente. E resolveu sentar-se no banco, demonstrando que aquela seria uma conversa demorada.
— Gyahaha, você é realmente um insolente, acho que o poder lhe tornou louco. Seus pais devem estar orgulhosos de você, agora que se tornou Mizukage. Não é, pirralho?!
— Não.
— Parece que não louco, mas amargo.
— Talvez.
— Vá, não quero tomar mais seu tempo. Embora eu tenha te treinado, tratado-o como um filho, parece que você não obteve felicidade.
— O que são títulos e força? Para que tudo isto serve, afinal? E felicidade, perseguem-na como se ela fosse resolver os problemas de todos. Eu acredito que já tive lampejos disso, mas não consigo expulsar os demônios que me atormentam.
— Quanta dramaticidade, fedelho.— acertou a cabeça do pupilo. Este quase revidou, mas respeitou a idade na qual se encontrava seu superior.
— Não se atreva a repetir isto nunca mais.
Após todo o falatório, ele se levantou e, antes que voltasse a caminhar, o velho acertou-o bem nos testículos. Este revidou, acertou um forte chute no velho, enviando-o para dentro de um bar e quebrando parte do balcão. O senhor, aparentemente triste, apontou para o lado e disse em um tom extremamente triste:
— Vá
A principio, o meia-idade não percebeu seu erro, mas depois que viu todos os olhares de dentro do bar contra ele, correu. No bar, algumas pessoas tentaram erguer o velho, que recusou e levantou-se sozinho. E, para todos que estavam ali, disse:
— Orem por ele, nem seu mestre pôde ajudá-lo.

Puxou um cigarro e chorou. Na sua cabeça, naquele momento, mil coisas se passavam. A vida com seus tios, a morte dos seus pais, o chute no mestre, a sua primeira mulher e o seu filho morto, tudo misturado. Chegando em casa, havia tomado uma decisão, acabar com a própria vida. Já não existia mais motivo para simplesmente ser. Se é que ser significasse alguma coisa para ele. Usou uma corda amarrada ao teto, fez um nó de forma a deixar o espaço exato onde sua cabeça encaixaria-se. Subiu num banco, amarrou a corda ao pescoço e deixou a gravidade fazer o resto.

Era o fim.

Ou talvez não. Enquanto debatia-se, atitude natural do corpo, ele viu seus pais, mais uma vez. Eles choravam, e cobriam o corpo dele. Conseguiu, por um breve momento, sentir o calor dos braços dos pais. A partir dali, já havia desmaiado, seu corpo começava a perder a vida. Quando acordou, viu uma parede branca. Seus olhos lacrimejavam.
— Este é o céu? Um prédio? Perguntou.
Foi quando uma porta se abriu.
— Não, seu idiota, esta é a minha área de relaxamento. Você vai me pagar lençóis novos, manchou todos os meus com sangue.
Não conseguia dizer palavra alguma. Apenas olhou pela janela, olhando o belo clima ensolarado.
— Eu te trouxe roupas, vista-se. Você vem comigo, vamos nos aventurar. Deixei seu assistente tomando contra da parte burocrática, enquanto isso.
considerações:

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Urameshi banido
Genin
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Podia parecer estranho, mas nunca havia sentido tanta vergonha na sua vida. Sentia-se um inútil, como pudera pensar em se matar com uma vila a proteger. Desta vez, obedeceu veemente as ordens. Retirou-se do quarto e foi, com o velho, aguardando o desconhecido. Não teria coragem de fazer qualquer pergunta sobre o que havia acontecido, até ali, preferiu ficar calado. A única coisa que se lembrava era o som de sua janela quebrando e do seu mestre chorando sobre seu corpo, lembrando o calor do abraço dos seus pais.

A viagem foi longa, pelo interior do País da Água. Chegaram até um lugar devastado, aparentemente a guerra passara ali. Sua cabeça doeu, foi quando lembrou-se, aquela era a casa onde ele e seus pais moravam. Ajoelhou-se no chão, chorando como um bebê. O mestre se aproximou, ficando ao lado, pondo a mãos nas costas do pupilo, tentando encontrar uma forma de consolá-lo.

Sem conversarem entre si, eles andaram juntamente até a casa, como se houvessem combinado aquilo antes. Adentraram em meio aos destroços. Por um instante, o idoso sumira. Voltara apenas com um retrato em mãos. O Mizukage não perdeu tempo, pegou o retrato das mãos do mestre, olhou bem a foto e não aguentou. Seu rosto formigara, não conseguiria descrever, por mais bom que fosse em palavras, o quão emocionante foi para ele ver aquela imagem. Seu pai, para sua surpresa era um Espadachim de Kiri, que carregara a Shibuki. Sua mãe parecia uma dona de casa, simplória, até. Seus pais seguravam-no juntos, o sorriso era transparente no rosto dos dois.

Agora não sentia mais tormenta. Limpou as lágrimas do seu rosto e puxou um cigarro. Desta vez, não o tragou, apenas acendeu-o. E deixou aceso, até que terminasse, sem tragar uma única vez. Pegou o maço, arremessou-o contra o chão e pisou. O seu superior observava de longe, enquanto um sorriso se formava em seu rosto. Aquilo serviria para recuperar o psicológico dele que há anos se encontrava destruído.

O idoso não disse nada, quando puxou a Shibuki de dentro de uma mochila gigante, que até aquele momento o pupilo não havia nem dado atenção. Chushin avançou com a Shibuki em mãos, mirando acertar o corpo do aprendiz. Este, não entendeu o porquê daquilo, mas conseguia exibir um sorriso enquanto pulava para defender-se do ataque. Não parou por ali, apesar de velho, o homem tinha o vigor de um jovem e continuou, atacando onde houvesse brechas, sem parar nem que por um momento. Ele aceitava o desafio, mesmo que informalmente. Lutaram até que seus corpos se esgotassem, ambos com um sorriso invejoso em seus rostos.

A noite se pronunciava quando os dois caíram, juntos ao chão. Eles apenas olharam um ao outro, gargalharam e choraram, sem qualquer motivo aparente. Aquilo, se visto por terceiros, poderia ser considerado loucuras, mas para eles era diferente. Mostrava a ligação entre mestre e pupilo e o quão bela esta poderia ser. Mesmo passando a noite em claro, os dois conseguiam se recuperar.

No prelúdio do dia, os dois se levantaram. Mesmo que um tivesse quase o dobro de altura do outro, nunca havia existido uma batalha tão igual quanto aquela. O mestre, segurava a Shibuki com as duas mãos e a entregava, ele recebia a espada sem nenhum tipo de objeção. O velho então dava as costas e iniciava uma viagem de volta à Kirigakure. Na sua saída, este declarou:
— Voe, minha andorinha

Naquele momento, decidiu-se, e, desta vez, não tinha nada a ver com suicídio. Mas sim continuar o seu legado e dever, defender os fracos e oprimidos. Para isso, teria de treinar em todas as qualidades que um ninja deve possuir, considerava a arte da espada como uma destas qualidades. Olhava a foto dos pais, como uma última inspiração. Segurou a Shibuki com as duas mãos e iniciou o treinamento.

A primeira coisa a se fazer seria se acostumar com o grande peso daquela espada, o peso era tamanho que mesmo segurando-a com as duas mãos, não conseguia manter o equilíbrio para utilizá-la corretamente.

Estranho como seu antigo vilarejo era, mesmo estando no País da Água, ele era quente e era bastante arborizado, totalmente contrário. Com espírito e forças revigorados, iniciou seu treinamento. Tentando, diversas vezes manter o equilíbrio enquanto manejava a espada. Muitas vezes não o conseguia e ia direto ao chão. Suas roupas já estavam um trapo, também há algum tempo não tinha crises relacionadas à tosse.

Semanas se passaram, até que finalmente havia se acostumado com o peso daquela espada. Resolveu então ir mais uma vez à sua casa, já que até aquele momento estava se hospedando no chão. Calmamente, retirou destroço a destroço, quando encontrou uma estranha comporta que levava a um porão. Apesar de não ser curioso, ele adentrou. Afinal, eram mistérios que envolviam seu lar. No porão, encontrou diversos pergaminhos relacionados ao caminho do espadachim. Leu-os, um a um, até perceber que todos eles tinham a assinatura de seu pai, e notar que todos eles tinham uma dedicatória a seu filho, Goro.

Voltou para o vilarejo, e iniciou um treinamento adequado. Utilizava-se agora de todas as informações anotadas por seu pai por anos. O primeiro pergaminho dizia que uma forma interessante de se iniciar o manejo da espada era cortando árvores com esta. Talvez a Shibuki fosse incapaz de fazer isso, mas poderia explodir graças à habilidade especial da espada. Então foi, até um lugar um tanto afastado daquele vilarejo, cercado por árvores.

Selecionou cerca de vinte árvores, que pareciam, para ele, bastante resistente. Apoiou a Shibuki com ambas as mãos e iniciou uma série de ataques contra a primeira árvore, o coice da explosão, misturado ao peso e o tamanho eram coisas difíceis de se controlar, a princípio. Apesar das dificuldades, lembrava-se que ninguém nasceu conseguindo dominar uma espada como aquela tão facilmente. Treinamento se fazia necessário. Então insistiu, utilizando a postura ensinada nos pergaminhos e atacando com precisão, uma a uma, destruindo-as até sobrar apenas as raízes que estariam soterradas.

Cerca de dois meses haviam se passado de um treinamento puro e incessante, e já se sentia ótimo utilizando aquela espada. Para terminar, invocou dezenas e dezenas de seus animais, a partir do Choju Giga. Passou dias, até conseguir derrotá-los apenas utilizando sua espada. Por último, criou Agyō e Ungyō os dois deuses que dariam continuidade. Apesar da força deles, a Shibuki era tão forte que foi capaz de facilmente destruí-los.

O treinamento havia chegado ao fim. Era noite e haviam se passado três meses desde que chegou de viagem. Suas roupas, trapo. Seu rosto, completamente barbado. Seu cabelo, gigante. Mas nada disso importara, já que finalmente dominara uma técnica tão forte quanto aquela. Naquela noite, preparou uma fogueira, e, antes de dormir, viu seus pais sobre o fogo com uma feição feliz em seus rostos. Aquilo amolecera seu coração de um jeito inimaginável, chorou como uma criança, mais uma vez.

— Continue voando, filho
Disseram os espíritos enquanto sumiam.
— Vou voar até que alcance o sol, isso é uma promessa.


Dormira como um bebê naquela noite. Agora se sentia um homem renovado. De volta à vila, sentiu como se não precisasse de mais nada, além daquela sensação de que seus pais o amaram.
considerações:

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Mortals have made up their minds to name two forms, one of which they should not name, and that is where they go astray from the truth. They have distinguished them as opposite in form, and have assigned to them marks distinct from one another. To the one they allot the fire of heaven, gentle, very light, in every direction the same as itself, but not the same as the other. The other is just the opposite to it, dark night, a compact and heavy body. Of these I tell thee the whole arrangement as it seems likely; for so no thought of mortals will ever outstrip thee.
Urameshi banido
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