A morte nunca foi o melhor cenário para viver. A imortalidade obrigava certas limitações àquele rapaz, uma destas era não ver a morte em si nunca, porém, obviamente, essa maldição jamais o esquivou da morte alheia. Tudo ao seu redor, naquele momento, era um aglomerado de morte e dor. Ele não estava tão acostumado quanto deveria, apesar de tudo. Em meio ao combate em que todos davam seus máximos, o garoto gritou até a garganta falhar e seus pulmões latejarem pelos danos anteriores.
— Quantas mortes já foram, hein? Você é fraco, Mako, fraco demais para seguir vivo — a maldita voz que o atormentava pareceu ganhar uma forma ainda mais intensa em sua mente e quando ele abriu novamente os olhos, ali estava sobre seu corpo caído, uma figura idêntica a sua, mas obscura. Acelerou-lhe o coração, o medo invadiu-o ainda mais profundamente e logo estava balançando a cabeça em negação enquanto aquela alucinação aproximava-se cada vez mais de seu rosto, inclinando-se quase deitado sobre ele, deixando a respiração gélida como a morte beijar-lhe o rosto.
— Todos irão morrer, mesmo os que você se importa, mais uma vez, a menos que me deixe voltar... A menos que me dê sangue. — Aquelas palavras fizeram-no abrir os olhos e notar um corpo caído ao seu lado, alguns metros de distância apenas, o sangue estava distribuído por todo o seu corpo e pela areia, emitindo um forte odor de morte.
Eu preciso ajudar eles, pressionou-se dentro da própria mente, seus dedos se abriram soltando a espada na areia e com dificuldades virou o corpo, forçando a mão pela areia para se arrastar até o corpo mais próximo, porém vê-lo caído trouxe-lhe mais dor e medo; pois era o corpo de Senju Inazuma.
— Um amiguinho morto pela sua fraqueza — argumentou a voz, a escuridão do coração dele. Seus punhos cerraram e bateram contra a reia ensopada de sangue, estava espessa e grudenta, lágrimas brotaram e escorreram até o queixo, gotejando sobre o corpo; para a surpresa até mesmo de sua consciência, ele abaixou o rosto e lambeu o sangue ingerindo-o rapidamente.
Desperte
Jogando a cabeça para o alto e rugindo como um trovão, ao mesmo tempo em que uma enorme esfera de ar era disparada contra o gigantesco sapo invocado, o corpo do garoto começou a mudar subitamente. A pele escureceu, seu rosto tornou-se assolado por uma máscara e dois tentáculos de energia surgiram como centopeias escavando para fora de seu corpo. Seu corpo logo moveu-se, pois os tentáculos agora serviam como pernas, as feridas estavam melhores, ainda que dolorosas, mas ele não sentia mais nada. Dentro de sua mente, apenas frases desconexas passavam:
morte, morte, morte, mamãe, por que morreu? — Ah, estamos todos tão fodidos — resmungou olhando a enorme criatura de areia enquanto se aproximava dela e saltava usando os apêndices para se jogar ao alto, a força deles era capaz disso, sua velocidade estava maior e seus instintos de preservação da própria vida, inexistentes. O alvo que tinha era o queixo empapado da criatura, um sorriso tenebroso surgiu-lhe à face e os apêndices de centopeia moveram-se com toda a força e velocidade tentando atingir o monstro, dando-lhe um golpe suficientemente forte para desequilibrá-lo.
— Ahh, papai, por que você fodeu tudo? — perguntou e a figura de seu pai respondeu-lhe, encostado ao estômago do monstro
— Não importa mais, importa? Se ele cairia? Não se importava, talvez até preferisse naquele momento, afinal nada realmente passava-lhe pela cabeça.
— Uma cicatriz na testa, um corpo caído sobre si, a vida é injusta, mamãe, cadê você? — disse e com o braço direito trêmulo em constante dor, tirou uma kunai amarrada a papel bomba, jogando na direção de seu
pai; a explosão provavelmente o jogaria longe ou cairia antes disso, mas as centopeias o apoiariam para não quebrar as pernas ou qualquer outra parte mais do corpo.
- Considerações & Status.:
Não creio que tenha ficado um dos melhores posts, mas tentei algo. Considerei o corpo do Inazuma, já que ele não postou nada e tudo mais. Eu estava todo fodido como interpretei, arrastando-me até o corpo, chegando lá eu ingeri o sangue e ativei uma técnica criada e usei os tentáculos do Jutsu para me mover, já que meu corpo não está sendo capaz ainda; tecnicamente eu fiquei parado (limitei-me a arrastar-me), mas ainda assim ataquei psicoticamente.
Não foi muito incrível, mas metade da narração é sobre como o personagem está se sentindo diante de todo o acontecimento, a outra metade é a insanidade invadindo ele por meio da técnica, espero que aceite, pois isso terá importância para meu reset.
MAKO: ---/--- 110/200 14M/s
GINKUI: 050/350
BOLSA (16/20): Kunai: 02/10 Shurikens: 05/10
BOLSA (20/20): Kunai: 0/07 Shurikens: 06/10 Kibaku Fuda: 13/14
BOLSA (08/20): Hyōrōgan: 16/16 Fios: 10m/20m.
GinkuiRank: S
Descrição: A Ginkui é uma espada tradicional japonesa, uma katana, de lâmina negra com traços brancos como ossos em tamanho próximo de noventa e cinco centímetros, sua tsuba é redonda e feita em fios de ouro, seu punho é amarrado por fitas de cor vermelha como o sangue e possui espaço suficiente para duas mãos manusearem, sempre escondida em uma bainha negra com o símbolo jashinista desenhado em seu corpo, dizem ter um corte superior a uma arma comum.
Esta é uma espada considerada amaldiçoada, a menor presença de sangue nela, seja do portador ou de seus inimigos, desperta nela uma porção de chakra que evapora como sangue gasoso que custa vinte pontos do portador por turno, este mesmo chakra pode ser manipulado até duas vezes por turno, sem custos, avançando num espaço de até trinta metros na forma de rajadas que possuem a mesma força de corte alta que a espada produz.
Jujutsu: MukadeDescrição: Uma maldição autoimposta, mas que, assim como a maldição original, depende inteiramente da ingestão de sangue de outrem. Assim que o sangue de uma pessoa é digerido pelo usuário, seu corpo sofre drásticas alterações, sua pele inteira torna-se negra como no ritual original, mas seu rosto recebe uma máscara alongada como o bico de um corvo com três olhos, todos em branco ósseo, criando uma aparência assustadora.
Esse poder recebe o nome de centopeia pela sua habilidade especial, misturado ao enorme controle de chakra necessário, a energia pode se libertar como dois apêndices púrpuras com semelhança ao torso de uma centopeia, estes possuem um metro de grossura e podem se alongar por até dez metros facilmente, possuindo uma força comparada a nível três e uma velocidade idêntica ao seu usuário; que, por conta da maldição, aumenta-se em um ponto.
Há, contudo, um grande defeito neste poder. Inicialmente é muito viável para situações de risco, porém a exposição do corpo à esta maldição causa insanidade, além da intensificação de psicopatologias. Ainda assim, os primeiros dois turnos em efeito, o usuário consegue controlar-se totalmente, mas, a partir daí, ele pode apresentar sintomas de Transtorno de Múltiplas Personalidades, Esquizofrenia, Paranoia e até mesmo impulsos suicidas - e, caso ele já possua um destes, a doença é totalmente intensificada a reduzida a danos por turno; não somente isto, mas, a partir deste ponto, é completamente impossível ao usuário distinguir aliados de inimigos.