A missão começou ao amanhecer, quando um comerciante da Vila Oculta da Folha procurou o balcão de missões para solicitar ajuda. Ele estava visivelmente ansioso, carregando consigo um rolo de pergaminho com os detalhes da entrega. O objetivo era simples, mas crucial: proteger uma caravana que transportava artefatos históricos de valor incalculável para sua família. O destino era um pequeno vilarejo a dois dias de viagem da vila, e o trajeto incluía uma rota florestal conhecida por ataques frequentes de bandidos.

Devido à simplicidade aparente da missão, a missão me tinha sido atribuída como a única genin a escoltar o comerciante e sua carga. No mesmo dia, eu como uma jovem ninja em busca de experiência prática, fui chamada pelo responsável do balcão e recebi os detalhes completos da tarefa. Essa seria minha primeira missão solo, e principalmente, primeira missão fora da vila. Embora eu estivesse empolgada, também sabia que seria um grande teste para minhas habilidades e poder de julgamento.

Antes da partida, o comerciante explicou a importância da carga. "Esses artefatos não são apenas bens materiais," ele disse, segurando um pequeno baú ornamentado. "São a história da minha família, transmitidos por gerações. Se algo acontecer a eles, será como perder uma parte de quem somos."

Eu assenti em compreensão, sentindo o peso da responsabilidade. "Eu prometo que farei o meu melhor para garantir que esses itens cheguem em segurança."

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Com a caravana pronta – um único vagão puxado por um cavalo – partimos em direção ao destino da missão. O comerciante conduzia o cavalo, enquanto eu caminhava ao seu lado, vigilante e atenta aos possíveis perigos que qualquer viagem fora da vila estaria suscetível . Durante as primeiras horas de viagem, tudo parecia calmo. A estrada serpenteava entre árvores densas, o canto dos pássaros preenchendo o ar. Apesar do ambiente tranquilo, não baixei a guarda em nenhum momento. Cada estalo de galho ou som de passos na floresta fazia com que meus olhos se estreitassem, buscando qualquer sinal de perigo.

À medida que o dia avançava, minha kunai começou a marcar pontos de referência no caminho – rochas, árvores distintas e outros detalhes que poderiam ajudar-me a navegar caso algo desse errado. Quando o sol começou a se pôr, buscamos encontrar uma clareira adequada para montar acampamento. Eu ajudei o comerciante a preparar o local, usando minha kunai novamente para cortar alguns galhos e improvisar uma barreira ao redor da caravana, uma proteção natural seria ótimo para a situação.

"Você acha que haverá problemas?" perguntou o comerciante, sua voz revelando um misto de preocupação e cansaço.

"É sempre possível," respondeu com sinceridade, mas mantendo um tom calmo na voz. "Mas minha prioridade é garantir que você e a carga estejam seguros. Sugiro que descanse enquanto eu vigio., amanhã iremos percorrer um longo caminho"

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Quando a noite caiu, passei a assumir meu posto ao lado da caravana. A lua cheia iluminava o ambiente, mas as sombras das árvores criavam uma sensação de inquietação. Por volta da meia-noite, meus ouvidos começavam a ouvir sons na floresta – passos leves, galhos quebrando. Meu coração acelerando, mas mantive a calma, ajustando minha posição para observar melhor a área ao redor.

Subitamente, uma flecha disparou das sombras, atingindo o chão a poucos metros do vagão. Naquele momento eu imediatamente puxei uma kunai e me colocou em posição defensiva, com os dois braços cruzados a frente do peito como um x, as pernas espaçadas e firmes para uma base sólida e estável. Do meio da escuridão, três figuras surgiram. Eram bandidos, armados com espadas curtas e um arco, com sorrisos confiantes que transmitiam a impressão de já terem feito isso muitas vezes.

"Deixe a carga e pouparemos você," disse um deles, um homem alto com uma cicatriz na testa. "Não vale a pena arriscar sua vida por um monte de velharias."

Naquele momento tive respirar fundo, mantendo a calma e tentando não me deixar afobar. "Se querem a carga, terão que lutar por ela," respondi, ajustando minha postura de combate à espera do próximo ataque.

Os bandidos avançaram. O primeiro, armado com uma espada, tentou atacar-me diretamente com um corte em diagonal, que rasgaria meu corpo do ombro até a cintura. Com que desde cedo estava em minhas mãos, a uso para me opor ao fio de lâmina da espada e poder me movimentar no pequeno espaço que eu ainda tinha disponível para mim, que graças a idade, era muito mais do que os próprios bandidos tinham.


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Enquanto o combate acontecia, o terceiro bandido, o arqueiro, preparava uma outra flecha. Com minha mente ágil, eu percebi o movimento e rapidamente realizei uma série de selos de mão (Carneiro. javali, boi, cão, cobra.) "Técnica de Substituição!" murmurei, e no momento em que a flecha foi disparada, troquei de lugar com um tronco de árvore próximo, reaparecendo atrás do arqueiro. Antes que ele pudesse reagir, com minha kunai em mãos eu o perfurava na altura de sua coluna, deixando clara minha intenção assassina para todos ao redor, inclusive ao comerciante. A pobre Saito gentil tinha saído, agora eu estava no controle, podendo assim finalmente me divertir um pouco com a chacina que eu faria.

Os outros dois bandidos hesitaram ao ver seu companheiro derrotado. Com isso me aproveitei a oportunidade para lançar uma senbon em direção ao ouvido esquerdo de outro dos bandidos. A noite era bem escura as sombras e luzes da fogueira eram enganosa, juntando nessa equação o medo daqueles meros bandidos, a agulha perfurava o tímpano daquele homem com facilidade e precisão, retirando todo seu senso de equilíbrio e o deixando de joelhos sobre meus pés, como um mísero detento aguardando sua sentença de morte pelas mãos de uma shinobi mortal e silenciosa.

"Está bem, está bem! Já entendi!" gritou o último bandido, virando-se e fugindo pela floresta.

Fiquei imóvel por um momento após aquela fala, ele poderia espalhar sua derrota para os outros bandidos, e assim crescer minha fama para não se meterem comigo. E respirando fundo enquanto observava o ambiente, aguardei enquanto o outro bandido ainda vivo fugia. Quando tive certeza de que o perigo havia passado, voltei para a caravana, onde o comerciante esperava, tremendo de nervosismo.

"Está tudo bem agora, larga de corpo mole e vamos logo" minha voz era áspera, talvez até rude, mas contanto que ele estivesse vivo, já estava de bom tamanho "Os bandidos não voltarão."

Na manhã seguinte, após uma noite de descanso tenso, retomamos a viagem. Meus olhos estavam mais alertas do que nunca, mantendo a visão na estrada e nos arredores. Felizmente, o restante do trajeto foi tranquilo, e nos pudemos chegar ao vilarejo no final do segundo dia.

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