Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.
O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.
E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
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Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
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Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
Akeido
Akeido#1291
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Havilliard
Havilliard#3423
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O sol da tarde banha as ruas de Iwagakure enquanto me dirijo à casa dos meus pais. É uma visita rara; as minhas responsabilidades como Tsuchikage deixam pouco tempo para assuntos pessoais. Sinto uma mistura de ansiedade e relutância ao aproximar-me da porta familiar. O peso parece aumentar a cada passo.
Ao entrar, sou recebido pelo aroma familiar de chá verde e pelo silêncio que sempre pairou sobre esta casa. É um silêncio diferente do meu escritório no edifício do Tsuchikage; ali, o silêncio é de respeito e poder. Aqui, é um silêncio quase opressivo, carregado de expectativas não ditas.
— Mãe? Pai? — chamo, a minha voz ecoando pelos corredores vazios. O som parece estranho, quase assustador neste espaço que já foi o meu lar.
Não há resposta. Aparentemente, saíram. Sinto um misto de alívio e desapontamento. Parte de mim queria enfrentá-los, discutir as pressões e expectativas que sempre colocaram sobre mim. Outra parte está grata por adiar esse confronto.
Decido aproveitar a oportunidade para revisitar o meu antigo quarto, um espaço que não vejo há anos. Cada passo pelos corredores traz memórias: aqui, a marca na parede de quando tentei o meu primeiro jutsu; ali, o local onde costumava esconder-me quando as exigências dos meus pais se tornavam demasiado.
O quarto permanece praticamente inalterado, como se o tempo tivesse parado. É uma cápsula do tempo, preservando o Ishi que fui, antes das responsabilidades, antes do título de Tsuchikage. Percorro com os dedos as estantes empoeiradas, repletas de livros e pergaminhos antigos. Cada toque levanta uma nuvem de pó e memórias.
Os meus olhos pousam numa caixa escondida num canto, parcialmente coberta por um pano velho. Não me lembro dela, o que desperta a minha curiosidade. Como Tsuchikage, aprendi que os segredos mais importantes são frequentemente encontrados nos lugares mais improváveis.
Intrigado, abro-a. No interior, encontro várias peças de roupa da minha infância. O tecido, outrora macio, agora está áspero com a idade. Enquanto as examino, algo chama a minha atenção: um símbolo peculiar bordado num dos casacos.
— Que estranho — murmuro, franzindo o sobrolho. — Não me lembro disto.
O símbolo é uma representação estilizada de um inseto, algo que não se encaixa com as tradições do clã Kamizuru. Os Kamizuru são conhecidos pelo seu controlo sobre as abelhas, mas este símbolo é diferente. Mais complexo, mais... invulgar.
Guardo o casaco, determinado a investigar mais sobre aquele símbolo misterioso. A minha mente começa de imediato a trabalhar, analisando as implicações, as possibilidades. Poderia ser apenas um brinquedo de criança esquecido? Ou algo mais significativo?
Nos dias seguintes, divido o meu tempo entre os deveres de Tsuchikage e a pesquisa sobre o símbolo. Não é fácil. As responsabilidades da vila são implacáveis, uma corrente constante de decisões, reuniões e outra burocracias. Mas encontro tempo, frequentemente sacrificando o sono, para mergulhar nos arquivos da vila.
Passo horas nos arquivos, folheando velhos registos e pergaminhos. O cheiro de papel velho e tinta desvanecida torna-se tão familiar quanto o aroma do meu chá favorito. A frustração cresce a cada dia que passa sem resultados. Como Tsuchikage, estou habituado a ter respostas, a estar no controlo. Esta busca sem fim testa a minha paciência.
Finalmente, numa noite tardia, quando os meus olhos já ardem do esforço e considero desistir, encontro a resposta. O símbolo pertence ao clã Aburame, famoso pelo seu controlo de insetos. Fico perplexo, o cansaço momentaneamente esquecido face a esta revelação.
— Como é que um símbolo Aburame acabou nas minhas roupas de criança? — murmuro para a sala vazia.
A descoberta levanta mais perguntas do que respostas. Sinto-me como se estivesse a puxar um fio solto num tecido, apenas para descobrir que todo o pano está a desfazer-se. A minha identidade, que sempre considerei sólida e inabalável, de repente parece frágil e incerta.
Decido procurar respostas junto de um ancião do meu clã, alguém que possa esclarecer este mistério. A escolha recai sobre o velho Hiroshi, um homem que sempre pareceu saber mais do que dizia. Lembro-me dele da minha infância, sempre a observar, sempre com um ar de quem guardava um grande segredo.
Encontro Hiroshi no seu pequeno jardim, a cuidar das suas preciosas abelhas. A cena é tão familiar que por um momento sinto-me novamente criança, fascinado pelo zumbido das abelhas e pela sabedoria calma do velho.
— Hiroshi-san — digo, após as saudações formais. — Preciso da sua sabedoria.
O ancião olha-me, os seus olhos enrugados avaliando-me com uma intensidade que me faz sentir exposto, vulnerável. — O que o traz aqui, Tsuchikage-sama? — pergunta ele, a sua voz rouca com a idade.
Mostro-lhe o casaco com o símbolo Aburame. — Encontrei isto entre as minhas coisas de criança. O que significa?
Hiroshi suspira profundamente, os seus olhos cansados fixando-se nos meus. Há tristeza naquele olhar, e algo mais... culpa?
— Ishi-sama — diz ele lentamente, cada palavra parecendo pesar-lhe na língua. — Há muito que temia este dia. A verdade é que... não nasceste no clã Kamizuru.
As suas palavras atingem-me como um golpe físico. Sinto o chão a fugir-me debaixo dos pés. Todo o meu mundo, tudo o que acreditava sobre mim mesmo, parece desmoronar-se num instante.
— O quê? — consigo balbuciar, a minha voz mal passando de um sussurro.
— Foste adotado quando eras apenas um bebé — continua Hiroshi, a sua voz gentil mas firme. — Os teus pais... os teus pais adotivos, invejavam a habilidade dos Aburame de controlar vários insetos. Decidiram criar-te como herdeiro do clã, sem nunca te contar a verdade.
A revelação deixa-me atordoado. Sinto-me traído, enganado. Toda a minha vida, todas as expectativas que carreguei, todos os sacrifícios que fiz... tudo baseado numa mentira?
— Porquê? — pergunto, a minha voz embargada com emoções que mal consigo conter. — Porque é que nunca me contaram?
Hiroshi abana a cabeça tristemente. — Temiam perder-te. Temiam que, se soubesses a verdade, os rejeitasses. E mais tarde... bem, mais tarde tornou-se complicado demais para contar a verdade.
Fico em silêncio por longos momentos, tentando processar tudo. A raiva, a confusão, a sensação de perda... tudo se mistura num turbilhão de emoções.
Mas ao mesmo tempo, uma curiosidade ardente começa a crescer dentro de mim. Sou um Aburame? Tenho o potencial para controlar insetos como eles? Esta revelação, por mais perturbadora que seja, também abre um mundo de novas possibilidades.
Nos dias que se seguem, mergulho numa busca obsessiva por conhecimento sobre os Aburame e as suas técnicas. As minhas responsabilidades como Tsuchikage não desaparecem, é claro. Continuo a liderar a vila, a tomar decisões cruciais, a tentar manter a paz e a prosperidade de Iwagakure. Mas cada momento livre é dedicado a esta nova busca.
Procuro todos os registos disponíveis, estudo cada fragmento de informação que consigo encontrar. Leio sobre as técnicas Aburame, sobre a sua simbiose única com os insetos, sobre o seu papel no mundo ninja. Cada nova informação é como uma peça de um puzzle que não sabia que estava a tentar completar.
A minha busca leva-me a Tofune, um velho ninja reformado que já viveu em Konoha e conheceu membros do clã Aburame. Encontro-o numa pequena cabana nos arredores de Iwagakure, rodeado por um jardim exuberante cheio de insetos de todas as espécies. A ironia não me escapou - de um clã que comandava abelhas para outro que vivia em simbiose com insetos parasitas.
— Os Aburame não são meros controladores de insetos — explicou-me Tofune, o seu olhar penetrante fixo em mim. — Nós somos hospedeiros. Os insetos vivem dentro de nós, alimentam-se do nosso chakra, e em troca, obedecem à nossa vontade.
A ideia de ter insetos a viver dentro do meu corpo provocou-me uma onda de repulsa. Como Tsuchikage, estava habituado a controlar, a comandar. A ideia de partilhar o meu próprio corpo com outras criaturas parecia-me... desconfortável.
— Como é que isso funciona exatamente? — perguntei, lutando para manter a minha voz firme.
Tofune estendeu a mão, e vi pequenos insetos negros a emergirem dos seus poros. — Estes são os kikaichu, os insetos parasitas destruidores. São a base do poder dos Aburame.
Observei, fascinado e horrorizado, enquanto os insetos lhe dançavam sobre a mão antes de desaparecerem novamente sob a sua pele.
— Para dominar esta técnica — continuou ele — terás de permitir que os kikaichu façam do teu corpo o seu lar.
Nos dias que se seguiram, lutei com a ideia. Como Tsuchikage, já tinha enfrentado inúmeros desafios, mas nenhum tão íntimo, tão visceralmente perturbador como este.
O primeiro passo foi simplesmente habituar-me à presença dos kikaichu. Tofune trouxe uma pequena colónia e instruiu-me a deixá-los rastejar sobre a minha pele. Cada toque das suas minúsculas patas enviava arrepios pela minha espinha.
— Respira fundo — instruía Torune. — Sente-os não como invasores, mas como aliados.
Gradualmente, ao longo de semanas de prática diária, comecei a habituar-me à sensação. Mas permitir que entrassem no meu corpo era um desafio completamente diferente.
A primeira tentativa foi... desastrosa. Assim que senti os kikaichu a tentar entrar pelos meus poros, entrei em pânico. O meu chakra explodiu involuntariamente, repelindo os insetos e deixando-me exausto e envergonhado.
— Não te preocupes — disse Torune, a sua voz surpreendentemente gentil. — É uma reação natural. O teu corpo vê-os como invasores. Tens de treinar a tua mente e o teu chakra para os aceitar.
As semanas transformaram-se em meses. Cada dia era uma batalha não só contra os insetos, mas contra os meus próprios instintos e preconceitos. Como líder de Iwagakure, estava habituado a projetar força e controlo. Aceitar esta vulnerabilidade, esta dependência de outras criaturas, ia contra tudo o que me tinham ensinado.
Lentamente, dolorosamente, comecei a fazer progressos. Aprendi a acalmar a minha mente, a abrir os meus canais de chakra de uma forma que nunca tinha experimentado antes. Os kikaichu começaram a entrar no meu corpo, primeiro apenas alguns, depois em números cada vez maiores.
A sensação era indescritível. Sentia-os a moverem-se sob a minha pele, a alimentarem-se do meu chakra. Inicialmente, era desconfortável, quase doloroso. Mas com o tempo, comecei a sentir uma estranha ligação com eles.
— Eles são uma extensão de ti agora — explicou Tofune. — Não são ferramentas, mas parceiros.
Aprendi a comunicar com os kikaichu através de impulsos de chakra, a dirigi-los para realizar tarefas simples. A primeira vez que consegui fazê-los formar uma nuvem densa à minha volta, senti uma mistura de orgulho e admiração.
No entanto, o verdadeiro desafio veio quando tentei usá-los em combate. Numa sessão de treino, o velho atacou-me de surpresa. Instintivamente, tentei recorrer às minhas técnicas habituais. Foi um erro.
Os kikaichu, sentindo a minha agitação, emergiram em massa, cobrindo-me numa nuvem protetora mas descontrolada. Fiquei momentaneamente cego e desorientado, uma presa fácil para o ataque.
— Tens de confiar neles — disse-me ele, ajudando-me a levantar. — Eles querem proteger-te tanto quanto tu queres usar o poder deles.
Nos meses seguintes, trabalhei incansavelmente para integrar os kikaichu nas minhas técnicas de combate. Aprendi a usá-los para drenar o chakra dos oponentes, até mesmo a criar clones de insetos.
Cada nova habilidade trazia consigo novos desafios.
À medida que as minhas habilidades cresciam, também crescia o desafio de as manter em segredo. Como Tsuchikage, não podia simplesmente revelar que agora abrigava uma colónia de insetos no meu corpo. As implicações políticas seriam... complicadas, para dizer o mínimo.
Desenvolvi técnicas para ocultar os kikaichu, usando o meu chakra para os manter dormentes quando não eram necessários. Mas sempre que os usava, sentia uma mistura de poder e vulnerabilidade que era simultaneamente emocionante e perturbadora.
Uma noite, enquanto meditava no meu escritório, senti os kikaichu a moverem-se inquietamente sob a minha pele. Percebi que eles estavam a reagir à minha própria agitação interior. A dualidade da minha existência, Tsuchikage de Iwagakure e hospedeiro secreto de insetos Aburame, pesava-me cada vez mais.
Olhei para as minhas mãos, vendo pequenos insetos a emergirem dos meus poros. Já não sentia repulsa, apenas uma estranha sensação de completude. Estes pequenos seres tinham-se tornado parte de mim, tão essenciais como o meu próprio sangue.
Percebi então que a verdadeira força não estava em controlar ou dominar, mas em aceitar e integrar. Os kikaichu não eram uma fraqueza a ser escondida, mas uma força única a ser abraçada.
Tomei uma decisão naquele momento. Era hora de revelar a verdade, não só sobre as minhas origens, mas sobre quem eu me tinha tornado. Seria um desafio, sem dúvida, mas eu era o Tsuchikage. Enfrentar desafios era o meu dever.
Enquanto me preparava para a revelação que mudaria tudo, senti os kikaichu zumbirem suavemente dentro de mim, como se me encorajassem. Sorri, sentindo-me mais completo do que nunca.
A descoberta da minha verdadeira origem e o domínio das técnicas Aburame transformam-me profundamente. Sinto-me dividido entre dois mundos: o clã Kamizuru que me criou e o legado Aburame que corre no meu sangue. Esta dualidade reflete-se nas minhas decisões como líder, trazendo uma nova profundidade à minha compreensão das complexidades da vila e das relações entre os clãs.
Decido manter as minhas novas habilidades em segredo, pelo menos por enquanto. Não posso arriscar criar instabilidade na vila revelando a verdade sobre as minhas origens. Imagino as reações: choque, desconfiança, talvez até traição. A estabilidade de Iwagakure é demasiado importante para ser posta em risco por causa da minha busca pessoal.
Penso nos meus pais adotivos, nos segredos que guardaram durante tanto tempo. Há ressentimento, sim, mas também gratidão. Afinal, foram eles que me deram a oportunidade de me tornar quem sou hoje. Criaram-me, educaram-me, prepararam-me para liderar Iwagakure. A mentira sobre as minhas origens, por mais dolorosa que seja, não apaga anos de cuidado e dedicação.
Decido confrontá-los, não com raiva, mas com uma necessidade de compreensão. Numa noite calma, visito-os novamente. O ar está carregado de tensão quando revelo que descobri a verdade.
— Porque é que nunca me contaram? — pergunto, a minha voz calma, mas firme.
Os meus pais adotivos trocam olhares carregados de culpa e apreensão. A minha mãe é a primeira a falar, a sua voz trémula.
— Tínhamos medo, Ishi. Medo de te perder, medo de que nos rejeitasses se soubesses a verdade.
O meu pai acrescenta, a sua voz mais firme, mas com uma nota de súplica: — Queríamos dar-te o melhor, preparar-te para liderar o clã e a vila. Pensámos que saber a verdade poderia... complicar as coisas.
Escuto as suas explicações, as suas justificações. Parte de mim quer gritar, acusá-los de egoísmo, de manipulação. Mas outra parte compreende o medo, o desejo de proteger aquilo que amamos.
— Entendo — digo finalmente, após um longo silêncio. — Não aprovo, mas entendo.
Vejo alívio nos seus rostos, misturado com uma tristeza profunda. Percebo que este segredo os tem corroído por dentro tanto quanto me afetou a mim.
— O que aconteceu aos meus pais biológicos? — pergunto, uma pergunta que tem estado a queimar-me por dentro desde que descobri a verdade.
O meu pai adotivo suspira pesadamente. — Não sabemos muito. Eram membros do clã Aburame que morreram numa missão. Eras apenas um bebé quando te trouxeram para Iwagakure.
Esta informação abre um novo capítulo na minha busca. Nos meses seguintes, além de continuar o meu treino com Torune e cumprir os meus deveres como Tsuchikage, começo uma investigação discreta sobre os meus pais biológicos.
É um processo lento e frustrante. Os registos são escassos, muitas informações perdidas no tempo ou deliberadamente ocultadas. Mas cada pequeno detalhe que descubro é como uma peça de um puzzle complexo da minha identidade.
Descubro que o meu pai biológico era um shinobi talentoso, conhecido pelo seu controlo excecional sobre insetos venenosos. A minha mãe era uma especialista em jutsu de rastreamento, usando pequenos insetos para localizar alvos a grandes distâncias.
À medida que as minhas habilidades crescem, também cresce o desafio de as manter em segredo. Em reuniões do conselho, por vezes tenho de resistir ao impulso de mencionar o assunto. Em batalhas de treino, tenho de conter-me para não revelar a extensão total das minhas novas capacidades.
Esta dualidade começa a pesar-me. Sou o Tsuchikage, o líder que deve ser um exemplo de força e integridade para a vila. Mas estou a viver uma mentira, escondendo uma parte crucial de quem sou.
Uma noite, enquanto medito no meu escritório, rodeado por um suave zumbido, tomo uma decisão. É hora de revelar a verdade, não só sobre as minhas origens, mas também sobre as minhas novas habilidades.
Convoco uma reunião do conselho e dos líderes dos principais clãs de Iwagakure. O ar está tenso quando começo a falar, revelando a história da minha adoção e das minhas origens Aburame.
As reações são mistas. Vejo choque, confusão, até mesmo raiva em alguns rostos. Outros parecem mais curiosos do que perturbados. O líder do clã Kamizuru, em particular, parece profundamente abalado.
— Como pode o nosso Tsuchikage não ser verdadeiramente um Kamizuru? — exclama ele, a sua voz tremendo de indignação.
Mantenho-me calmo, deixando que a tempestade de emoções se acalme antes de continuar. Então, demonstro as minhas novas habilidades, manipulando um enxame complexo de insetos variados que dançam ao meu comando.
O silêncio que se segue é ensurdecedor. Então, lentamente, vejo a compreensão a surgir nos olhos dos presentes. Não estão apenas a ver um truque ou uma habilidade nova.
— Não sou menos dedicado a Iwagakure por causa das minhas origens — declaro, a minha voz firme e resoluta. — Pelo contrário, esta descoberta apenas fortaleceu o meu compromisso com a nossa vila. Trago comigo não só o a força dos Kamizuru, mas também o legado dos Aburame. E usarei ambos para proteger e fortalecer Iwagakure.
As palavras parecem ter um efeito profundo. Vejo cabeças a acenar em concordância, expressões de ceticismo a dar lugar a curiosidade e até mesmo entusiasmo.
O líder do clã Kamizuru, após um longo momento de reflexão, levanta-se. — Tsuchikage-sama, as suas ações provam que é verdadeiramente digno de liderar Iwagakure. O sangue pode ser Aburame, mas o seu coração é Kamizuru... não, é de Iwagakure.
A revelação das minhas origens, em vez de me enfraquecer, acaba por fortalecer a minha posição como Tsuchikage. Sou visto não apenas como um líder forte, mas como um símbolo de união e adaptabilidade.
À medida que me adapto a esta nova realidade, percebo que a minha jornada de autodescoberta está longe de terminar. Cada dia traz novos desafios, novas oportunidades para crescer e aprender.
Olho para o futuro com uma nova perspectiva. A minha identidade, antes uma fonte de conflito interno, tornou-se a minha maior força.
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Considerações
Objetivo Roleplay: • Troca de Clã: Kamizuru > Aburame.
Regeneração; Recuperação & Qualidades • 10%HP P/Turno: 200. • 10%CH P/Turno: 480. • Absorção: 255ch bónus; valor base limitado 70%. • Audição Aguçada: 500m alcance. • Grande Controle: Redução de todos os consumos de Chakra em 25%. • Pericia Doton: Redução de custos de Doton em 50%.
Olá, Convidado, eu sou o Kaguya. Vim te trazer alguns conselhos que facilitarão a sua narração no Naruto RPG Akatsuki:
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