Ao anoitecer, uma névoa tênue envolvia os campos, criando uma atmosfera misteriosa. Eu estava sentada em uma carroça, ladeada por dois homens que exibiam um forte odor de álcool e vestiam mantos rasgados com insígnias ilegíveis — o que me deixou enojada. Na parte traseira da carruagem, nossa visão do mundo exterior era obstruída por uma pequenina janela empoeirada, enquanto viajávamos por uma estrada sinuosa localizada entre uma cadeia de montanhas. As condições da estrada eram precárias, como evidenciado pelo balanço incessante da carroça e pelos solavancos causados por buracos aparentemente infinitos. Por isso prefiro barcos. Embora eu não soubesse muitos detalhes sobre a missão, estava ciente de que se tratava de uma escolta.
Naquela mesma data, pouco antes, fui abordada por dois supervisores e, com urgência, despachada para o portão leste da aldeia. Naquele local, me reuni com dois indivíduos aparentemente embriagados, o que restringiu consideravelmente a quantidade de informações trocadas. Não obstante os outros propósitos, um objetivo único não poderia ser negligenciado: conduzi-los em segurança até a cidade de Honwana, situada na fronteira do país da água.
— Por que a demora? E o "suco" já acabou? — indagou, pronunciando cada palavra com dificuldade.
— Está em suas mãos, seu velho cego. — respondeu o companheiro de copo, cada palavra acompanhada por uma pequena gota de saliva.
Será que eles genuinamente acreditam estar ocultando algo? Não consegui omitir minha avaliação crítica de suas ações desajeitadas, deixando escapar uma risada quase imperceptível.
Inesperadamente, ocorreu um tremor poderoso. Senti a carruagem ser agarrada por uma força desequilibrada, fazendo com que fôssemos abruptamente derrubados pelo impacto repentino. O interior da carruagem foi tomado por uma confusão, com gritos e gemidos ressoando em meio aos objetos que rolavam pelo piso. Fiz uma observação irônica sobre a situação, comparando-a exageradamente com os solavancos anteriores, embora não pudesse imaginar estar tão distante da realidade.
Com o desconforto constante, percebi que não era nada comum. Olhei então para fora da janela e testemunhei uma criatura gigantesca se elevando acima de nós. Era um falcão selvagem, com aproximadamente quinze metros de envergadura. Suas penas eram negras como a noite e seus olhos brilhavam com uma ferocidade primitiva.
O arcaico material que constituía a carruagem dava sinais de enfraquecimento, incapaz de suportar a pressão exercida pelas garras daquela ave colossal. Os instantes que antecederam a destruição total do veículo foram marcados por uma preocupação e ansiedade palpáveis, na tentativa de encontrar uma solução. Os beberrões, ainda em estado de embriaguez, balbuciavam sem compreender a gravidade da situação, enquanto eu me questionava sobre o curso dos acontecimentos que me levaram àquele momento crítico.
Logo, o material cedeu e fomos precipitados a uma altura de aproximadamente vinte metros do solo. A pressão do ar contra nossos corpos era imensa e a descarga de adrenalina que percorria minhas veias foi o único motivo para me despertar daquele estado de inércia. Durante a queda livre — pois o falcão seguiu, carregando apenas o restante da carruagem — busquei em minha bolsa de equipamentos um pergaminho e pincel. Rapidamente, abri o pergaminho e ainda durante a queda utilizei o pincel com as cerdas banhadas em tinta preta, para esboçar um falcão que ganhou vida após eu realizar o selo de confronto, ativando o chakra necessário para que isso acontecesse. Sob minhas ordens, a ave ofereceu suas costas para me salvar da queda livre e em seguida agarrou os beberrões, um com cada garra, evitando ferí-los.
— Ufa! — comentei aliviada, enquanto os outros dois apenas continuavam agarrados às garrafas de bebida, como se dependessem delas para sobreviver. Mas esse alívio durou pouco, pois logo em seguida o animal selvagem se desvencilhou dos restos da carruagem e os lançou em nossa direção. Habilmente, manipulei o construto de tinta para que, numa manobra audaciosa, conseguisse desviar dos destroços que nos ameaçavam.
Em meio a uma demonstração de destreza aérea, o falcão selvagem iniciou uma contenda de velocidade e força contra o meu construto de tinta. Durante o confronto, voltei minha atenção para o pergaminho banhando outra vez as cerdas do pincel em tinta preta. Desse modo, pude desenhar pequenos pardais que também ganharam vida após o selo de confronto ser realizado, com o objetivo de manter uma distância segura daquele predador — o que acabou não demonstrando sucesso. Logo, manipulei meu construto de tinta para perdermos a altitude gradualmente. Quando atingimos cerca de três metros do chão fomos alvejados por uma investida poderosa que nos lançou contra o solo.
Manobrei meu corpo para rolar durante a queda, evitando ferimentos graves. No entanto, a dupla de bêbados não teve a mesma sorte e impacto foi suficiente para destruir meu construto de tinta e deixar a dupla vulnerável.
Ainda sob a ameaça da ave monstruosa, ainda atordoada por conta da queda, arrastei a dupla o mais depressa que consegui até as árvores próximas, buscando proteção contra futuros ataques do predador aéreo. A ave insistiu em mais algumas investidas, mas sem sucesso, pois os galhos das árvores impediam que um animal daquele porte adentrasse na floresta nos concedendo um momento de alívio merecido.
Com respiração entrecortada, eu tentava recuperar o fôlego que havia perdido após aquela sequência de ações assustadoras, mal acreditando que ainda estava viva. No entanto, o grito agudo de um dos beberrões capturou minha atenção. Caído a menos de um metro de mim, percebi uma fratura exposta em sua perna direita. Não apenas ele havia se machucado, mas também o seu companheiro de aventuras, que anunciava sua dor para todos os cantos daquela floresta.
Corri em direção ao ferimento mais grave, deitando-o corretamente sob a grama úmida. Então, realizei os selos necessários, concentrando meu chakra curativo na palma da minha mão e o enviando para acelerar a regeneração a nível celular. No então, o processo era doloroso e nada imediato. Isso não vai sarar tão facilmente… que problema!
O outro indivíduo persistia em gritar, mas não pude ajudá-lo até concluir o atendimento do seu amigo. — Mantenha a calma, por favor! Já irei examiná-lo, mas necessito de um pouco mais de tempo. — tentei esclarecer. Quando finalmente tive a oportunidade de atendê-lo, constatei que ele havia sofrido apenas uma luxação no ombro, o que facilitou a intervenção. Corrigi o problema e preparei uma tipoia utilizando pedaços da minha calça que havia sido rasgada durante a queda.
A lua já estava alta no céu, derramando sua luz prateada sobre a floresta. A bruma havia se tornado mais densa com o avanço do horário, tornando o ar frio e úmido. Cansada e levando em consideração o estado físico da dupla, fomos forçados a acampar naquele local por pelo menos mais uma noite.
Antes de me permitir descansar, utilizei uma manipulação da minha arte ninja numa pequena ronda, conhecendo mais sobre o ambiente em que estávamos e tomando precauções necessárias contra possíveis animais ferozes como o de mais cedo.
Foi uma aventura e tanta, não? — quando estava prestes a adormecer, Isobu fez um pequeno comentário, ajudando a me manter acordada.
— Você acompanhou? Pensei que íamos de arrasta para cima. — suspirei em alívio. — Sempre que acabo sozinha em alguma missão do tipo, acontecem coisas inimagináveis. Preciso falar com o Naritoshi depois, fazê-lo prometer que sairá sempre em missão comigo. — brinquei, lembrando da imagem do meu irmão e sentindo um aperto no peito em sinal de saudade.
Conversamos por um bom tempo, mas o cansaço foi maior e me venceu durante alguns minutos — o suficiente para que parte da minha energia fosse recuperada.
Pela manhã, voltei a utilizar o pergaminho da super besta para dar vida a dois ursos com pelo menos dois metros de altura. Eles serviram para me ajudar a carregar a dupla até um pequeno rio que notei estar próximo de onde acampamos. Fui forçada a aprender a pescar, pois era responsável pela recuperação e segurança daquela dupla de beberrões até chegarmos ao destino daquela missão — além de que eu também precisava me alimentar.
Meus esforços iniciais não produziram nenhum resultado, principalmente porque tentei usar o pergaminho da super besta para capturar alguns peixes. No entanto, essa habilidade não é muito útil na água e a tinta apenas serviu para assustá-los. Quão difícil isso pode ser? me perguntei, entediada. Foi então que ouvi algumas risadas ao fundo. Virei meu rosto e decifrei que elas pertenciam aos dois que estavam deitados a alguns metros atrás de mim. "Estão achando graça de quê, por favor?" perguntei, já irritada.
— Vê-la tentar pescar é uma cena hilária. — respondeu ele, rindo novamente.
— Ei, quando vamos começar a beber? — questionou o outro.
— Não estão lembrados? Aquele falcão idiota destruiu toda nossa bagagem. — arqueei a sobrancelha, olhando para eles de cima a baixo. — O que significa, que também deu fim à bebida de vocês. — eles começaram a se debater em negação e corri para impedi-los. — Parem de se comportar como babuínos bobocas balbuciando em bando! — os repreendi, mesmo sendo mais jovem, claramente era a única sã entre o trio. — Seus ferimentos vão demorar para sarar, não dificultem meu trabalho. — suspirei, pois acreditava que minhas palavras iriam entrar por um ouvido e sair em seguida pelo outro. Dito e feito! Me aproximei de ambos e dei um puxão de orelha em cada, o que me permiti fazer apenas para recuperar o controle da situação que já estava mais do que irritante.
Em minhas subsequentes tentativas, não consegui a precisão desejada e, apesar de ficar encharcada e com os cabelos emaranhados, obtive alguns peixes para preparar um café da manhã simples — o suficiente para manter nossas forças durante o restante do trajeto.
Uma noite adicional de descanso nos permitiu retornar à nossa rota, mas nos deparamos com um novo desafio: nossa localização. Durante o confronto com o falcão, perdi o senso de direção. Contudo, acredito que não nos desviamos muito da rota original. Por isso, decidi confiar em meus instintos e prosseguir floresta adentro.
— Como está a perna? — perguntei, curiosa.
— Ainda dói um pouco, mas só de conseguir andar já é um bom sinal. — respondeu, com sua careca refletindo os raios solares que conseguiam invadir a floresta. Mas nenhum obrigado?! Humpf.
À medida que avançávamos pela floresta, comecei a perceber certos indícios de que a paisagem havia sido alterada por algo não natural. Galhos quebrados, grama destruída e o chão indicando que algo havia sido arrastado compunham o cenário. — Mas o quê? — foi então que fiquei mais atenta e estendi meu braço esquerdo para impedir que a dupla continuasse seguindo. — … algo não está certo. Vamos fazer a volta por ali. — virei na direção oposta e apontei precisamente o novo caminho que iríamos seguir. Eles ficaram confusos, mas não pude ignorar aquela sensação.
No entanto, alguém já estava me esperando quando alterei minha trajetória. — Olá, olá. Que jovem senhora mais encantadora. — exclamou. Era uma voz aguda e estridente, que não parecia muito distante. E de fato não estava. A aproximadamente três metros, pude vislumbrar uma silhueta esguia, trajando uma vestimenta de cor púrpura e bastante chamativa. Gradualmente, com o auxílio da iluminação natural, pude perceber os detalhes da aparência daquele indivíduo peculiar: seus olhos aparentavam ser maiores do que o habitual, havia uma cicatriz no canto da boca e seus cabelos estavam desgrenhados.
Experimentei um sutil arrepio no momento em que percebi sua voz, mas tomei o cuidado de não evidenciar surpresa ou temor. E antes que a dupla de indivíduos inebriados pudesse articular qualquer palavra, manifestei-me proativamente. — Posso ajudar?
— Olá, olá! É claro que sim! Essa dupla aí é minha propriedade! Pois somos da mesma família, lindinha! — ele respondeu com uma rima irritante e nada criativa. Por um momento, voltei minha atenção para a dupla mencionada por ele, e ambos negaram silenciosamente. Onde com surpresa e confusão, aquela missão revelou-se apenas uma forma dos meus familiares me conhecerem e tentarem obter algum contato comigo.
1.450/1.450 | 7.610/7.610 | 00/14| 06/50 3.000/3.000 | 50/100
Informações Adicionais- considerações:
Turno(s): 01/ --
Palavras: 2000+/---
Vício: 01/03
Objetivo(s): Mudança de Clã.Redutor: --
Legendas:— Falas Nobara e SanbiPensamentos NobaraResumo:- Jutsus Utilizados:
Ofensivos (00/02)
Defensivos (00/03)
Manipulações (00/02)
Passivos (00/02)
Curinga (00/01)
Invocações (00/01)
Em Preparo (00/01)
Nagashi
Básicos
- Estilos de Luta:
- Jutsus Ativos:
- Cálculos:
- itens:
BOLSA DE ARMAS BÁSICA [18/45]
Tinta —
2LDescrição: Liquido opaco, viscoso, utilizado para pinturas, escrituras e afins, geralmente feitos em pergaminhos. Na série Naruto, é largamente utilizada para criar as bases de técnicas e manipulações do Ninpō: Chōjū Giga de Sai.
Pincel —
2un.Descrição: Um simples pincel de não mais que 5cm feito de bambu com pelos de cabra em sua ponta que permite um deslizar suave, embora preciso. Para ser funciona demanda de tinta e/ou outros líquidos onde possa mergulhá-lo.
Makimono — M, 02un.
Descrição: Pergaminhos (巻 物, makimono) continuam a ser uma das peças mais importantes do equipamento no arsenal de um ninja. O rolo de tamanho médio é pequeno o suficiente para que vários podem ser realizadas ao mesmo tempo, seja em uma jaqueta ou em uma bolsa. pergaminhos maiores geralmente são realizados nas costas do ninja. Além de escrever em pergaminhos, ninja usá-los para invocar criaturas, pessoas e itens, tornando o transporte mais fácil e proporcionando mais opções quando em uma missão. Algumas técnicas também podem ser armazenadas em rolos.
NARRATIVOS
BANDANADescrição: Um símbolo de fidelidade à Kirigakure no Sato. O tecido que a envolve é personalizado na cor violeta.
Obtida em: Formação da AcademiaCOLAR DO TIME 2Descrição: Acessório metálico e redondo que, ao abrir, revela uma foto do Time 2 tirada pouco depois de sua formação. Foi um presente de Hakari.
Obtido em: ReuniãoBARRA DE CHOCOLATEDescrição: Uma barra de chocolate.
- particularidades:
DATABOOK PRIMÁRIO [33/31]
[06]* Ninjutsu —
36m/s[04] Taijutsu —
03 golpes máximos
[03] Genjutsu — Estudado
[04] Inteligência —
2 armadilhas a cada
3 turnos
[02] Força —
12m e
12m/s |
+20HP/
-10HP adicional/reduzido |
20 de peso
[05] Velocidade —
22m/s[05*] Stamina —
14 turnos com Bijuu e Especialidade |
8 golpes básicos
[04] Selos —
8s/sDATABOOK SECUNDÁRIO [45/60]
[05] Regeneração —
+05%HP por turno
[10] Recuperação —
+10%CH por turno
[00] Sensoriamento
[00] Shurikenjutsu
[10] Cura — +75%HP
[00] Absorção
[10] Ninshū —
+200 de força |
+6m/s[10] Combate —
+200 de força |
+5 golpes máximos
[00] Ilusão
[00] SelamentoQUALIDADES INATAS [04/04][00] Grandes Reservas de Chakra —
Clã Uzumaki[00] Perícia em Fuinjutsu —
Clã Uzumaki[02] Grande Controle de Chakra[02] Habilidade em NinjutsuQUALIDADES TREINADAS [03/13][01] Conhecimento Anatômico[02] Grande DurabilidadeQUALIDADES CONQUISTADAS [00/--]
[00] Trabalho em Equipe — com
Hakari Ōtsutsuki e
Nobara Uzumaki[00] Conhecimento Toxicológico —
Iryō - Han[00] Chakra Monstruoso —
Isobu
[00] Habilidade em Genjutsu —
Isobu DEFEITOS INATOS [02/02]
[02] Vício: Chocolate —
SuperávelDEFEITOS ADQUIRIDOS [--/--]
[00] —
DEFEITOS SUPERADOS [--/--][02] Código de Honra - Derrota
[00] Possessão
[00] Dificuldade no Controle de Chakra
[00] Síndrome do PânicoHABILIDADES SECUNDÁRIASIryō-Ninjutsu — é uma habilidade focada no suporte a si mesmo ou a outros personagens, visto que permite a cura de ferimentos dos mais variados tipos e graus.
ESPECIALIDADEIncansável— + 4 turnos de cansaço.
- personagem:
FAMA
43 Geral |
43 Positiva |
— Negativa
ARQUÉTIPO
Ajudante — É constituído pelo desejo de ajudar pessoas ou coisas importantes para eles, a fim de ajudá-los a manter seus sonhos. Os personagens com tal arquétipo se diferem dos devotos porque eles não estão dispostos a se entregarem totalmente em prol do bem-estar e objetivos de outros, eles apenas estão dispostos a auxiliarem com conselhos, dicas e ajudas em combate, mas não ultrapassando os próprios desejos ou perdendo a identidade para tal.
VESTIMENTAS E EQUIPAMENTOS
Cabeça: —
Troncos: Camisa de manga comprida de cor azul e colete ninja.
Pernas:Calça padrão de cor azul e bolsa de armas atrás da cintura.
Pés: Sandália padrão na cor preta.
DETALHES NARRATIVOS
Cabeça: Bandana amarrada como um laço no cabelo.
Pescoço: Colar do Time 2.
Tronco: —
Braço direito: —
Braço esquerdo: —
Perna direita: —
Perna esquerda: —