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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 27 DG
Inverno
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
Wolf#9564
Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
gogunnn#6051
Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
Akeido
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Havilliard
Havilliard#3423
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— I Want my Tears Back!
—  O vento quente do fim de tarde balança os galhos das árvores ao nosso redor, e eu posso ouvir as folhas dançando com ele, como uma melodia que não me incomoda mais. O ar parece menos denso do que antes, menos pesado. Eu olho para o horizonte e sinto algo diferente em mim: uma leveza que há muito eu não sentia.

O que foi? — Ryo pergunta, sem levantar os olhos da lâmina que está afiando sobre uma pedra. O brilho pálido do metal reflete o dourado do pôr do sol.

Nada. — Dou de ombros, mas ele percebe o sorriso que ameaça se formar no canto da minha boca. Eu sempre fui péssima em esconder as coisas dele.

Nos últimos meses, tudo mudou. Não como se algum milagre tivesse acontecido, mas de forma lenta, em pequenos momentos – como o silêncio confortável entre nós, como agora. Eu não consigo explicar quando começou, talvez entre uma missão e outra, talvez nas conversas que tivemos quando eu precisei me encontrar de novo. Ryo olha para mim por cima da pedra de afiar e arqueia uma sobrancelha, desconfiado, mas brincalhão.

Não vai me contar o que tá passando nessa cabeça?

Só estava pensando em como é bom... — hesito por um instante, mas acabo completando — como é bom estar aqui com você.

Ele solta um riso curto, quase envergonhado, mas sincero. Eu me acostumei a esse jeito dele – uma mistura estranha de seriedade e gentileza que parece sempre me puxar para o chão quando começo a flutuar longe demais.

Se eu soubesse que você ficaria assim, tinha sugerido essa missão antes... — ele comenta, com um sorriso no rosto.

Eu rio, e a sensação é leve como a brisa. Algo dentro de mim, que antes era turbulento e confuso, parece mais claro agora. Não é que os problemas tenham desaparecido, mas parece que eu finalmente aprendi a respirar por cima deles.

Acha que vai ser difícil encontrá-lo? — pergunto, voltando a falar da missão.

Ryo guarda a lâmina e se estica preguiçosamente, como se estivesse se preparando para uma longa caminhada.

Difícil não. Mas encontrar ele não é o problema. O problema é o que ele pode fazer quando a gente chegar lá.

Shinji foi localizado ao sul do País da Terra, vagando entre fronteiras e áreas isoladas. Desertor, conspirador, traidor – tudo isso misturado numa só pessoa. A missão é clara: capturá-lo ou eliminá-lo. Mas para mim, essa é mais do que apenas uma tarefa do vilarejo. Essa é uma história que precisa de um fim. Ryo se levanta e bate as mãos na calça, tirando o pó. Ele se aproxima e, por um segundo, seu olhar encontra o meu, mais próximo do que o necessário. Meu coração acelera um pouco, mas de um jeito bom. A versão antiga de mim teria sentido pânico, medo de me apegar a alguém. Agora, tudo parece diferente.

Ei, Lil... — ele começa, com a voz baixa e sincera. — Vai ficar tudo bem, sabe? Com a gente.

Eu não respondo, mas deixo que o silêncio carregue minha resposta. Sim, vai ficar tudo bem.

Ele sorri e toca meu ombro por um momento, curto, mas reconfortante. O tipo de toque que diz muito mais do que qualquer palavra.

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— I Want my Tears Back!
—  Estamos andando há algum tempo, e o silêncio entre nós é confortável, como uma música em pausa – a melodia ainda pairando no ar, sem necessidade de palavras. Nossas sombras alongam-se no chão conforme o sol afunda no horizonte, o calor do dia dando lugar à brisa fria do entardecer. De ombros encostados, seguimos lado a lado, e, de vez em quando, meus dedos roçam os dele, quase sem querer. Mas ele não se afasta. Nem eu. O toque é breve, mas faz meu coração dar pequenos saltos, como uma criança que acabou de descobrir algo novo. Ryo sempre foi assim, uma presença constante, segura – um porto onde minha mente turbulenta encontrou descanso. Mas agora há algo mais, algo que não sei exatamente como definir. Não é só alívio. É outra coisa.

Ele joga o peso do corpo para o lado, encostando mais o ombro no meu, quase imperceptível. Um gesto pequeno, mas que me faz sorrir. O tipo de sorriso que eu nunca soube dar, até ele aparecer na minha vida.

Você nunca falou muito sobre o seu pai... — ele comenta, quebrando o silêncio de repente. A pergunta vem devagar, sem pressão, como se ele estivesse tentando não invadir um espaço que talvez eu não queira abrir.

Por um instante, meu peito se aperta, mas o peso é menor do que costumava ser.

Não tem muito o que dizer. — murmuro. — Ele era... ausente. Sempre preso a algo maior, alguma ambição que eu nunca consegui entender.

Ryo permanece quieto, apenas ouvindo. Gosto disso nele – ele não pressiona, só deixa o espaço para eu continuar, se quiser. E, por algum motivo, eu quero.

Acho que sempre esperei que ele voltasse. Que ele olhasse pra mim e dissesse que estava orgulhoso. — Minha voz é baixa, quase um sussurro. — Mas tudo que eu recebi foi silêncio. E quando ele desapareceu de vez... era como se eu nunca tivesse existido pra ele.

O vento balança as árvores ao nosso redor, e, por um momento, me sinto estranhamente exposta. Mas não há julgamento nos olhos de Ryo – só compreensão.

Talvez ele não soubesse o que estava perdendo. — ele diz, simples, mas direto.

Eu viro o rosto para ele e percebo algo nos olhos dele – uma faísca de afeto que é mais quente do que qualquer chama que eu poderia conjurar. Meus dedos quase encontram os dele de novo, e dessa vez, é ele que toma a iniciativa. Os dedos dele entrelaçam nos meus, de forma lenta e natural, como se nossas mãos sempre soubessem o caminho uma para a outra.

Não dissemos nada. Não precisávamos.

A vila já não está longe. À nossa frente, vejo os portões de pedra desgastada de Iwagakure. Um homem de capuz nos aguarda à sombra dos muros, e, assim que nos aproximamos, ele dá um passo à frente, erguendo o olhar com uma expressão discreta. O espião do vilarejo.

Shinji foi visto a dois dias de viagem daqui, nas colinas do sul – ele começa sem rodeios. — Parece que ele está viajando sozinho, mas não se enganem. Ele é perigoso e sabe que vocês estão atrás dele.

Alguma resistência local? — Ryo pergunta, a voz mais firme agora, como quem veste a máscara do shinobi.

Nada confirmado, mas ele pode ter contatos na Resistência. — o espião responde. — Vocês têm que ser rápidos. Quanto mais tempo ele tiver para se movimentar, mais difícil será capturá-lo.

Eu aperto os dedos ao redor da mão de Ryo, sem perceber. Ele retribui o gesto, como se dissesse silenciosamente que está tudo bem.

Entendido. — digo, lançando um último olhar para o homem.

Ele nos dá um aceno curto e desaparece na noite que começa a cair. Agora não há mais volta.

Ryo e eu trocamos um olhar, e, pela primeira vez em muito tempo, sinto que estou exatamente onde deveria estar. Com ele. E pronta para enfrentar qualquer coisa que vier pela frente.

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— I Want my Tears Back!
— O caminho para fora dos portões de Iwagakure é silencioso, mas agora há uma tensão em cada passo, um lembrete constante de que estamos entrando num território onde uma emboscada pode estar à espreita. A brisa fria da noite carrega o cheiro úmido de terra e pedra, como se o mundo ao nosso redor estivesse segurando a respiração, aguardando o inevitável.

Ryo e eu caminhamos próximos, os dedos ainda entrelaçados, mas agora há uma urgência subjacente em nosso contato. Não é mais apenas conforto, mas uma promessa silenciosa: estamos nisso juntos, aconteça o que acontecer.

Ele realmente acredita que vai escapar de você? — Ryo murmura, com um tom ligeiramente divertido, como se a ideia fosse absurda.

Eu sorrio, e o peso da missão parece um pouco mais leve. Ele sempre sabe como tirar de mim esse sorriso novo, esse que ainda estou aprendendo a usar.

Shinji não é idiota. Ele sabe que eu sou a única que pode encontrá-lo antes que ele desapareça de novo. — respondo. — Mas ele gosta de brincar com as pessoas. Faz parte do que ele é...

Ryo ergue uma sobrancelha.

E o que ele é, exatamente?

Um fantasma. — A palavra sai amarga da minha boca. — Um fantasma que acredita que pode ditar as regras do jogo.

Ryo aperta levemente minha mão. A presença dele é um lembrete constante de que não estou sozinha nisso, de que posso enfrentar qualquer sombra, até mesmo aquelas que se estendem desde o meu passado.

A lua surge por entre as nuvens, lançando um brilho prateado sobre a trilha de pedras à nossa frente. Nossas botas fazem pouco ruído, e cada passo parece mais uma batida silenciosa do tempo correndo contra nós. Eu sei que Shinji está próximo – e mais do que isso, ele está nos esperando.

O que você acha que ele quer com você, de verdade? — Ryo pergunta depois de um tempo, a voz baixa, como se estivesse testando o peso da pergunta antes de jogá-la no ar.

Eu fico em silêncio por alguns segundos, observando a forma como nossas sombras se misturam sob a luz da lua.

Acho que ele quer me quebrar. — admito, finalmente. — Ele acredita que, se ele me arrastar pra escuridão, eu nunca mais vou sair.

Ryo balança a cabeça devagar, pensativo.

Então ele não conhece você tão bem quanto acha.

Eu rio, uma risada suave que quebra um pouco da melancolia ao nosso redor. Ele sempre consegue ver além da névoa que me cerca, como se soubesse exatamente onde procurar a luz.

Ryo diminui o passo por um instante e, de forma natural, se inclina levemente, encostando sua testa na minha por apenas um segundo. Não é um beijo, mas o gesto é tão íntimo que sinto meu coração acelerar do mesmo jeito.

Você não vai quebrar. — ele sussurra, quase como uma promessa.

Eu inspiro fundo, deixando as palavras dele afundarem na minha mente, uma âncora em meio à incerteza.

Quando voltamos à trilha, a vila já ficou para trás, e tudo que resta é a noite e a missão à frente. A trilha que seguimos leva ao sul, onde, segundo a inteligência, Shinji foi visto cruzando uma floresta antiga que faz fronteira com o território da Resistência.

A partir daqui, as coisas se complicam. Shinji é um desertor e, provavelmente, já alertou velhos aliados. Quanto mais fundo avançarmos, maior a chance de nos envolvermos com forças maiores do que ele.

Ryo solta minha mão devagar, apenas para checar sua bolsa de armas e reorganizar os itens. Ele está sempre preparado, atento. É esse lado dele que me mantém ancorada na missão – porque sei que, enquanto ele estiver ao meu lado, não haverá espaço para falhas.

Eu dou um último olhar para a lua, antes de mergulharmos na escuridão das árvores. Ela brilha solitária, mas há algo reconfortante nisso. Talvez a solidão não seja tão ruim assim, desde que a gente saiba com quem compartilhar o silêncio.

E, pela primeira vez em muito tempo, eu sei exatamente com quem quero compartilhá-lo.

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— I Want my Tears Back!
— A noite nos envolve como um manto silencioso enquanto seguimos em direção ao sul. A trilha de pedra que começamos a percorrer se transforma lentamente em um caminho de terra, e à medida que avançamos, a vegetação se torna mais densa, como se a floresta ao nosso redor estivesse tentando engolir a luz da lua. Há algo reconfortante na escuridão quando estou com ele.

A brisa fria sopra, trazendo o cheiro doce e úmido de folhas e terra molhada. A lua, alta e solitária, lança sombras quebradas sobre as árvores e ilumina o caminho diante de nós como um corredor fantasmal. A escuridão é mais profunda além da trilha, mas não me assusta como antes. Não quando os passos dele estão a poucos centímetros dos meus.

É estranho, não acha? — pergunto, quebrando o silêncio suave entre nós. — Como tudo parece... quieto demais.

Ryo caminha ao meu lado, ombros encostados aos meus em alguns momentos, como se fosse acidental, mas eu sei que não é. Ele é sempre cuidadoso, mas ultimamente, há uma proximidade deliberada nos pequenos gestos. Algo que ele não esconde mais – e algo que eu não quero que ele esconda.

Ele olha para mim de canto de olho, um sorriso suave nos lábios.

Talvez seja só a calma antes da tempestade.

Eu dou uma risadinha. É sempre ele quem encontra poesia no caos.

Ou talvez... — respondo, provocativa — você só esteja muito acostumado com tempestades.

Ele finge ponderar, e o sorriso dele cresce.

Talvez. Mas mesmo assim, eu prefiro a companhia de quem sabe navegar por elas.

Meu peito aquece, como se aquelas palavras tivessem sido feitas para mim. Há algo novo dentro de mim agora, algo que não sentia há muito tempo: leveza.

O caminho nos leva para uma área mais aberta, onde o terreno sobe levemente. Nosso ritmo diminui à medida que a lua se espalha pelo campo como um lago prateado. Estamos cercados por árvores antigas e carvalhos grossos, e as estrelas estão tão nítidas que parecem fragmentos de gelo suspensos no céu.

Você estava certa sobre uma coisa. — Ryo murmura, desviando o olhar para as estrelas. — A lua realmente é mais bonita quando não estamos sozinhos.

Fico em silêncio, saboreando o momento. Minha mão roça a dele outra vez, quase sem querer, e dessa vez ele não recua.

Ryo... — chamo, baixinho.

Ele vira o rosto para mim, e a luz suave da lua faz os olhos dele parecerem mais claros, quase como se estivessem sorrindo sozinhos. A proximidade entre nós é natural, como se o tempo todo estivéssemos apenas esperando por isso.

Eu estava pensando. — continuo, tentando não parecer muito hesitante. — Quando tudo isso acabar... talvez possamos sair daqui por um tempo. Só nós dois.

Ele levanta uma sobrancelha, como se eu tivesse sugerido algo absurdo, mas há uma centelha divertida no olhar dele.

Sair? Tipo... férias?

Eu rio, e a risada soa tão leve quanto o vento.

É, algo assim. O que acha?

Ryo finge pensar por um segundo antes de responder, mas vejo o sorriso lento tomando conta de seu rosto.

Desde que você esteja comigo, acho que não ligo para onde vamos.

O calor da resposta dele me invade por completo. Por um instante, o peso da missão desaparece, e tudo que resta é esse momento sob a lua – essa paz que encontramos um no outro.

Continuamos andando, agora mais devagar, como se tivéssemos todo o tempo do mundo. Nossas mãos permanecem juntas, e não há mais hesitação. É uma pequena vitória em meio ao caos da nossa realidade.

A jornada para o sul continua, mas com ele ao meu lado, não sinto mais a solidão que tanto me assombrava. Não importa o que aconteça a seguir – enquanto ele estiver aqui, não há sombra ou fantasma que eu não possa enfrentar.

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— I Want my Tears Back!
— O vento do sul começava a soprar mais forte, carregando o cheiro salgado do mar distante e folhas secas que dançavam no ar. O caminho se estreitava, serpenteando por entre pedras e arbustos baixos. Nossa jornada ganhava um novo tom: a leveza dos momentos anteriores aos poucos era substituída por uma tensão crescente.

Estamos quase lá. — murmuro, quebrando o silêncio. Meus olhos percorrem o horizonte à frente, onde as colinas começam a descer para um vale escuro, escondido entre as sombras da floresta.

Ryo aperta o passo ao meu lado, a expressão ficando mais séria.

Não podemos nos dar ao luxo de errar com Shinji. Ele conhece o território melhor que nós. E se ele realmente está envolvido com a Resistência...

...Ele vai tentar nos despistar ou nos emboscar antes que possamos chegar perto. — completo, mais para mim mesma do que para ele.

Sabíamos que encontrar Shinji não seria fácil. O relatório da inteligência dizia que ele havia sido visto há dois dias em uma vila abandonada ao sul de Ishigakure. Provavelmente, estava esperando reforços ou organizando uma rota de fuga antes que nossas forças pudessem alcançá-lo.

— Você acha que ele sabe que estamos atrás dele? — pergunto, enquanto desviamos de um tronco caído que bloqueia parte do caminho.

Ryo faz um som de quem pensa, mas não responde de imediato. Seus olhos percorrem o terreno, atento a qualquer sinal de movimento.

Ele sabe. — responde, enfim. — Se estava espionando o vilarejo, então a essa altura já deve ter ouvido alguma coisa. E se não ouviu, vai perceber assim que colocar os olhos em nós.

O nome de Shinji trazia mais peso do que eu gostaria. Ele não era apenas um desertor. Ele era alguém que poderia ter respostas sobre meu pai, um elo perdido que eu procurava há anos, escondido sob a poeira das mentiras e intrigas do passado. E agora, eu tinha a chance de finalmente encontrar a verdade.

Mas havia algo mais inquietante em tudo isso: a sombra das Muralhas Rashomon pairava sobre nós. A lenda falava de um poder antigo, uma força capaz de erguer defesas impenetráveis, e Shinji — de alguma forma — estava envolvido. Como? Não sabíamos ao certo, mas havia indícios de que ele possuía fragmentos do conhecimento necessário para despertar essa técnica lendária. E isso o tornava perigoso demais para ser ignorado.

E se ele estiver nos levando direto para uma armadilha? — pergunto, tentando soar calma, embora meu coração martelasse no peito com a ansiedade da possibilidade.

Ryo lança um olhar rápido na minha direção.

Então vamos virar o jogo antes que ele tenha a chance de fechar a armadilha.

Ele diz isso com uma confiança serena que, por algum motivo, me acalma.

A verdade era que nunca me senti tão à vontade como ao lado dele. Mesmo agora, cercados pela incerteza e pelo perigo iminente, havia um conforto silencioso na presença de Ryo. Como se, independentemente do que acontecesse, ele fosse minha âncora.

O espião já deve estar nos esperando nos portões da última vila. — ele continua, voltando sua atenção para o caminho. — É melhor aproveitarmos a oportunidade para pegar qualquer informação extra antes de seguir adiante.

Assinto, o foco agora voltado totalmente para a missão.

O vento sopra mais uma vez, e desta vez sinto um arrepio estranho na pele, como se algo nos observasse das sombras da floresta ao redor. Tento afastar a sensação, mas a ansiedade cresce um pouco mais.

Não acha estranho que Shinji tenha ficado por tanto tempo no mesmo lugar? — pergunto, puxando minha capa para me proteger da brisa gelada. — Se ele é tão esperto quanto dizem, já deveria ter sumido.

Ryo inclina a cabeça, pensativo.

Talvez ele esteja esperando por nós.

Fico em silêncio por um momento, digerindo a possibilidade. Um caçador esperando por seus perseguidores... ou uma última jogada antes de desaparecer para sempre? Seja como for, precisaríamos estar prontos.

Logo avistamos os portões da vila abandonada à frente, enegrecidos e gastos pelo tempo. Lá, uma figura encapuzada nos aguardava na penumbra, imóvel como uma estátua. O espião enviado pelo vilarejo.

Pronta? — Ryo pergunta, e nossos ombros se tocam levemente quando ele se inclina para mim.

Sorrio, um sorriso breve mas sincero.

Sempre.

Com passos firmes, seguimos em direção aos portões e ao espião, deixando para trás a leveza do começo da jornada. O peso da missão agora caía sobre nossos ombros.

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— I Want my Tears Back!
— O homem à nossa frente era uma sombra viva — olhos fundos e famintos, rosto sulcado por linhas de noites mal dormidas e segredos que nenhum sussurro devia carregar. Havia um cheiro de metal no ar, frio e cortante, misturado ao odor das folhas molhadas sob a lua. Ele nos observava como se estivéssemos todos condenados, e talvez estivesse certo.

Vocês demoraram demais. — ele murmurou, voz seca como areia na garganta.

Estávamos ocupados. — Ryo respondeu, sem se dar ao trabalho de disfarçar o desdém. A noite estava espessa ao nosso redor, tão densa que o mundo parecia diminuído àquele encontro de silhuetas quebradas.

O homem cuspiu no chão, tirando um pequeno pergaminho do manto. O papel estava amarelado nas bordas, como se cada palavra nele escrita carregasse um peso antigo. Ele estendeu para Ryo com mãos tremendo levemente — medo, ou talvez frio.

Shinji está no sul. — disse o espião, a voz tão baixa que mais parecia um segredo fugindo do túmulo. — Na orla da floresta perto da passagem costeira. Está sozinho... por enquanto.

Algo na maneira como ele falou aquilo fez o ar ao nosso redor parecer mais espesso. Como se “sozinho” não fosse um estado permanente. Como se algo ou alguém estivesse apenas esperando o momento certo para se juntar a ele.

Teve companhia? — perguntei.

O homem olhou para mim com olhos injetados, como se verificasse se eu era mais perigosa que a pergunta. Ele hesitou um instante, mas acabou cedendo.

Um estranho. Alto, encapuzado. Ninguém o reconheceu. Só... apareceu na calada da noite, como um mau presságio.

Aquelas palavras me perfuraram como um dardo de gelo. Minha respiração ficou presa na garganta. A presença do desconhecido transformava aquela caçada em algo muito mais complexo — Shinji não estava apenas fugindo; ele estava tramando, se preparando.

E ele quer o Rashomon. — Ryo completou, sem precisar ouvir a confirmação do espião.

O homem deu uma risada áspera, mais um lamento do que qualquer outra coisa. Havia resignação naquilo, um pressentimento do pior.

Sim. Quer a muralha. Acha que pode acordá-la... ou usá-la pra negociar. Se ele conseguir...

Ele não terminou. Não precisava. Nós dois sabíamos o que significava deixar Shinji à solta com algo tão ancestral quanto o Rashomon.

Ainda temos tempo? — perguntei, embora já soubesse a resposta.

Isso... depende. — O espião encolheu os ombros, como se a ideia de tempo fosse um luxo que ele nunca possuíra.

Ele se afastou devagar, sumindo na escuridão além dos portões da vila, como uma figura amaldiçoada destinada a vagar para sempre. Ficamos para trás, imóveis por um momento, mergulhados em silêncio.

Ele não vai parar até conseguir. sussurrei.

Ryo se aproximou, ombro contra ombro, e dessa vez, o toque dele não foi apenas um gesto para me acalmar. Foi um juramento mudo. Senti seus dedos roçarem os meus por um instante, e o mundo pareceu menos insuportável, mesmo que só por um momento.

Estamos sozinhos nisso, não é? — murmurei, sentindo o peso esmagador de uma responsabilidade que não pedi.

Ryo assentiu lentamente. Seus olhos carregavam a certeza amarga de quem sabe que não pode falhar — e que ainda assim falhará, cedo ou tarde.

Vamos acabar com isso. ele murmurou, quase para si mesmo.

Assenti em silêncio. A lua acima parecia vazia, uma órbita distante e indiferente ao que viria. Estávamos entrando na floresta, e não havia volta. Não para mim, nem para Ryo. Havia apenas a escuridão à nossa frente, e as sombras de um passado que nos esperava do outro lado.

O Rashomon não era apenas uma muralha. Era o fim ou o recomeço, e nós estávamos correndo direto para ele.

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— I Want my Tears Back!
— O vento sibilava entre as árvores retorcidas, carregando consigo o cheiro de sal e madeira úmida. As copas se balançavam como sombras agitadas pela lua, sussurrando segredos antigos que ninguém mais poderia ouvir. Estávamos a caminho do sul, e a floresta se adensava ao nosso redor, uma muralha invisível que parecia engolir tudo em silêncio absoluto.

Ryo seguia ao meu lado, seus passos suaves como um predador experiente. Era quase impossível não notar como ele se movia: meticuloso, atento a cada detalhe, sempre na defensiva. Aquilo me deixava mais tranquila e, ao mesmo tempo, me frustrava. Ele carregava tanto sobre os ombros que nem percebia o quanto isso pesava em mim. Eu queria aliviar aquela carga, mas parte de mim temia que ele jamais permitisse.

Ele é perigoso, sabe disso, não é? — Ryo finalmente quebrou o silêncio, sem desviar os olhos da trilha.

Eu respirei fundo, sentindo o ar gelado invadir meus pulmões. A sombra de Shinji estava em tudo agora — na brisa fria, nas árvores inclinadas, no próprio caminho que percorríamos.

Sei. Não é só por ele que estou aqui. É pelo que ele representa.

Ryo desviou o olhar por um momento, e naquele breve silêncio, parecia que ele entendia mais do que estava disposto a admitir. Ele sempre soube o que meu pai significava para mim, mesmo antes de eu encontrar coragem para dizer em voz alta.

Acha que ele vai falar? Sobre seu pai, quero dizer. — Ryo apertou os lábios, como se o próprio ato de perguntar fosse um peso. Ele nunca gostava de tocar nesse assunto, mas hoje era diferente. Havia uma sinceridade na pergunta, uma preocupação latente que me pegou de surpresa.

Eu dei de ombros, tentando não deixar o nó na garganta transparecer. O nome do meu pai sempre fora um peso que eu carregava em silêncio. Não sabia se queria respostas ou vingança — talvez uma mistura dos dois. E Shinji era a chave para ambas as coisas.

Não importa o que ele diga. Vou encerrar isso, uma forma ou outra.

Ryo parou por um instante, e antes que eu percebesse, nossas mãos se tocaram de leve. Foi quase imperceptível, mas aquele toque carregava mais significado do que qualquer palavra que ele pudesse dizer.

Não precisa fazer isso sozinha, Lil. — Sua voz era baixa, quase um murmúrio, mas havia algo de firme nela. Algo que me fez querer acreditar que ele estava certo.

O contato entre nós era sutil e constante agora — um toque de ombros, dedos que quase se entrelaçavam, uma proximidade que parecia crescer cada vez mais natural, como se estivéssemos nos movendo em sincronia sem esforço algum.

Seguimos pela floresta até finalmente emergir em uma clareira, onde o vento uivava mais alto, como se ali o mundo fosse um pouco mais exposto. À distância, ouvi o som de passos leves, como uma batida constante e furtiva.

Estamos perto. — Ryo estreitou os olhos, escutando além do vento.

Eu não precisei de confirmação para saber que ele estava certo. Shinji não estava longe — e a promessa de confronto se arrastava como um vulto sobre nossos ombros.

A trilha nos levou a um antigo cruzamento entre árvores mortas e pedras cobertas de musgo. E ali, entre a neblina que começava a se erguer do chão frio, uma figura encapuzada nos aguardava. Não era Shinji, mas alguém enviado para nos testar antes que pudéssemos chegar até ele.

Acho que este é o aviso dele. — Ryo tirou a lâmina da bainha com um leve estalo, seus olhos fixos na figura adiante.

Eu senti meu coração bater mais rápido, não de medo, mas de antecipação. A presença do inimigo não era um obstáculo, mas um sinal de que estávamos perto. Perto de Shinji. Perto da verdade.

Sorri de leve, algo frio e sombrio que mal reconheci em mim mesma. O vento soprou contra nós, gelado e impiedoso, como se o próprio destino estivesse nos empurrando para frente.

Então vamos ver se ele realmente está preparado.

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— I Want my Tears Back!
— A trilha se dissolveu sob nossos pés, dando lugar a um caminho tortuoso de terra dura e raízes expostas que serpenteavam pelo solo como veias secas. O ar ficou mais pesado, quase viscoso, como se o próprio ambiente respirasse com dificuldade. O vento que antes uivava entre as árvores agora era um sussurro distante, abafado pelo silêncio sufocante que engolia tudo à nossa volta.

Quando finalmente vislumbramos o vilarejo, ele não era mais que uma coleção de ossos à beira do esquecimento. As casas de barro estavam tortas e rachadas, como se fossem moldadas por mãos trêmulas — contorcidas e frágeis, ameaçando desmoronar a qualquer momento. As janelas eram buracos vazios, olhos mortos que nos observavam com uma indiferença sinistra. Até a luz da lua parecia ser engolida pela terra, deixando o vilarejo preso entre sombras estagnadas.

Os primeiros habitantes que vimos caminhavam lentamente pelas ruas apertadas, figuras esquálidas e encurvadas sob o peso de fardos invisíveis. Seus olhos estavam arregalados e vidrados, como se tivessem testemunhado algo impossível de compreender. Pupilas dilatadas, fixas em nada e tudo ao mesmo tempo, dando a sensação de que suas mentes já haviam partido há muito tempo, deixando apenas corpos vazios para trás.

Isso… não parece certo. — Ryo murmurou, sua voz tão baixa quanto a respiração de um morto. Havia algo errado naquelas pessoas, algo que fazia os pelos da minha nuca se arrepiarem.

Não estão vivos. — A frase escapou de mim antes que eu pudesse contê-la. Não era uma verdade literal, mas a morte estava ali de alguma forma, escondida sob a pele flácida e os ossos frágeis daqueles corpos ambulantes. Como se o tempo os tivesse devorado de dentro para fora, deixando apenas sombras do que um dia foram.

Ryo não respondeu, mas senti seu ombro encostar no meu com um gesto breve e silencioso. Aquele toque simples foi suficiente para me ancorar, impedindo que eu fosse arrastada pela sensação esmagadora de que algo muito maior e terrível nos espreitava.

Cruzamos lentamente o vilarejo, evitando contato direto com os olhares vazios. O som dos nossos passos parecia ecoar alto demais naquele silêncio sepulcral, como se estivéssemos profanando uma terra que deveria ter sido esquecida. O cheiro de barro molhado e madeira apodrecida estava impregnado no ar, mas havia outro odor ali, algo doce e amargo ao mesmo tempo — como flores murchas misturadas a carne em decomposição.

O que você acha que aconteceu aqui? — Ryo perguntou, mantendo a voz baixa.

Algo levou as almas deles embora. — Respondi, mais certa disso a cada passo. Aqueles corpos estavam presentes, mas o essencial faltava — um vazio que eu reconhecia de algum lugar sombrio dentro de mim. Talvez fosse isso que me assustava tanto: aquele vilarejo era um espelho de tudo o que eu poderia me tornar.

Ryo apertou o passo levemente, guiando-me pela sombra de uma construção inclinada que parecia ter sido uma taverna. Havia um letreiro gasto e ilegível pendurado por um único prego, balançando sem força ao vento moribundo. Do outro lado da rua, uma mulher sentada na soleira de uma porta acariciava mecanicamente um pedaço de pano, os lábios movendo-se sem emitir som algum.

Quanto mais perto chegamos, mais errado isso parece. — Ele resmungou, levando a mão ao cabo da katana que balançava junto ao seu quadril. O ar ao nosso redor parecia mais denso a cada metro, como se atravessássemos um nevoeiro invisível e contaminado.

Ryo… estamos sozinhos aqui? — Perguntei, mais para testar meus próprios nervos do que buscar uma resposta concreta.

Antes que ele pudesse responder, um movimento sutil chamou minha atenção ao longe, na penumbra entre duas casas. Era apenas uma sombra, rápida e quase imperceptível, mas suficiente para fazer meu coração saltar.

Lá. — Sussurrei, inclinando levemente a cabeça na direção da figura, os músculos tensos como cordas prontas para romper.

Ryo parou ao meu lado e apertou os olhos. Por um instante, não houve nada além do silêncio e da respiração baixa de ambos. Então, do meio da escuridão, um vulto menor se revelou.

Uma criança.

Pálida e imóvel, o olhar tão vazio quanto o dos outros habitantes. Ela ficou ali, encarando-nos por um segundo longo demais, como se soubesse algo que nós não sabíamos. Então, sem aviso, deu meia-volta e desapareceu entre as casas, o som de seus passos se misturando com o silêncio esmagador.

Acho que achamos nosso ponto de partida. — Ryo murmurou, os olhos brilhando na penumbra.

E, por um momento, eu senti o peso da missão se instalar sobre meus ombros como um manto de chumbo. Shinji estava perto, disso eu não tinha dúvidas. Mas aquele lugar, com suas almas ausentes e silêncios sufocantes, era mais do que apenas um vilarejo abandonado. Havia segredos enterrados aqui, e cada passo em direção a eles fazia meu peito apertar de forma dolorosa.

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— I Want my Tears Back!
— A tensão se condensava no ar como vapor sobre um rio escuro, denso e intangível, sufocando cada inspiração. Caminhávamos lado a lado, eu e Ryo, os ombros próximos, mas com os sentidos separados por uma distância infinita de apreensão. O vilarejo parecia apertar suas garras invisíveis ao nosso redor — as casas encurvadas como se estivessem se afogando em seu próprio peso, e os habitantes… eles nos seguiam com olhares vazios que pareciam espiar de outra realidade.

Aquela criança que vimos desaparecer entre as sombras não foi a única alma que encontramos ao longo do caminho. Mais figuras surgiam, esguias e decrépitas, movendo-se de forma errática como marionetes cujas cordas foram cortadas e depois amarradas de volta de maneira errada. Eles nos observavam sem interesse verdadeiro, como se fôssemos fantasmas vagando em seus sonhos doentios.

Eles sabem. — Ryo murmurou ao meu lado, a mão firme sobre a empunhadura da espada. A tranquilidade habitual dele estava rachada, e as linhas de tensão no canto dos seus olhos me deixavam em alerta.

Um velho encostado na porta de uma casa semi-destruída ergueu a cabeça na nossa direção, o rosto coberto por uma barba esparsa e suja de lama. Seus olhos pareciam fundos demais, como dois buracos escavados direto na alma.

Entregamos o segredo para o demônio, sim. — O velho murmurou, a voz rouca e úmida como algo morto que tentava respirar.

Parei no meio do caminho, o coração acelerando dentro do peito, mas não por medo. Era a raiva. Aquele nome, "demônio", pairava como um prenúncio terrível, uma lâmina invisível suspensa sobre a garganta do vilarejo. O velho, no entanto, parecia encontrar prazer na nossa inquietação, o sorriso levemente curvado em um ângulo perverso.

Quem é o demônio? — Perguntei, firme, minha voz baixa e afiada como uma kunai. Meu sangue queimava sob a superfície, mas aprendi a controlá-lo. Não daria a esse homem a satisfação de me ver vacilar.

Ele riu, uma risada baixa e fraturada como madeira velha estalando ao fogo.
O demônio veio buscar o que é dele. — Ele inclinou a cabeça para o lado, os olhos opacos brilhando de um jeito insano. — E o que é dele... somos todos nós.

Ryo deu um passo à frente, interrompendo qualquer resposta minha. O ar ao nosso redor se tornava mais denso, quase nauseante, como se o vilarejo tivesse se transformado em uma prisão invisível. Ele segurou meu cotovelo de leve e me puxou para longe do velho, que continuava sorrindo, murmurando palavras desconexas entre dentes apodrecidos.

Não vale a pena. — Ryo disse suavemente, mas havia algo nos olhos dele — uma escuridão silenciosa que eu reconhecia em mim mesma.

Enquanto continuávamos nossa caminhada, outros habitantes também se aproximavam, sempre à distância, sussurrando fragmentos de loucura. Palavras desconexas sobre um "segredo enterrado", "almas sem dono" e "o demônio que trouxe a noite eterna". Cada murmúrio era um passo mais perto do vazio. Mas não havia volta agora.

Eu sabia para onde íamos. Sabia que no fim daquele caminho, nas profundezas daquela terra amaldiçoada, encontraríamos Shinji. Ele estava esperando por nós, disso eu não tinha dúvidas. Shinji não era apenas um homem fugindo — ele era um portal para algo muito pior.

O céu, antes apenas encoberto, parecia desmoronar sobre nós, a lua envolta por nuvens como uma ferida aberta sendo costurada às pressas. A estrada se estreitava, levando-nos para o que parecia ser o coração da morte em si.

Demônio? Que reputação, hein? — Ryo ditou, a voz baixa, mas com uma suavidade que atravessava toda a escuridão ao nosso redor.

Eu olhei para ele e, pela primeira vez em muito tempo, me senti inteira. Não porque estivesse livre do que me perseguia, mas porque havia alguém comigo.

Segurei sua mão por um momento, apenas o bastante para sentir o calor que me lembrava de quem eu era.

Pft... Aquele palhaço...

Shinji estava perto, e o "demônio" também. E eu não sabia mais se havia uma diferença entre eles. Mas isso não importava. Estava na hora de pôr um fim naquela história.

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— I Want my Tears Back!
—  A lua desaparecia por trás das nuvens espessas enquanto subíamos os degraus quebrados do antigo templo. Cada passo ecoava na pedra fria e úmida, a promessa de confronto crescendo a cada metro que nos aproximávamos do topo. A atmosfera pesava, como se o próprio ar estivesse envenenado pela presença de algo imundo e ancestral. O cheiro de terra molhada e pedra desgastada era cortado por rajadas de vento frio, anunciando a chegada de uma tempestade.

E lá estava ele.

Shinji nos aguardava no topo, envolto nas sombras de uma estrutura quase desmoronada. Seu corpo era uma ruína como o templo que o cercava: faltava-lhe um braço, e os mantos negros que cobriam seu torso estavam rasgados e sujos. No entanto, seu sorriso — aquele mesmo sorriso maldito — continuava intacto, tão venenoso quanto eu me lembrava. Em suas costas, um enorme pergaminho estava amarrado firmemente, o segredo do Rashomon, aquele que buscávamos, oculto por tinta e ódio antigo.

Ele nos olhou como se estivesse vendo velhos amigos. Ou talvez velhas vítimas.

Demoraram. — A voz dele era grave e arrastada, mas cheia de uma calma quase divertida. Como se soubesse que, não importasse o tempo que levasse, nós acabaríamos ali.

Ryo deu um passo à frente, a mão indo direto para a empunhadura da espada. O rosto dele estava tomado por uma fúria silenciosa que o consumia por dentro.

Seu desgraçado… — ele murmurou entre dentes.

Eu estendi a mão, toquei o braço de Ryo e o impedi antes que ele avançasse. Não era o momento. Eu podia ver o que Shinji estava tentando fazer: ele queria provocá-lo, quebrar seu foco, e nos levar para o terreno dele.

Não. — Falei baixo, mas firme. Meus olhos, agora tingidos pelo vermelho carmesim do Sharingan, brilharam na escuridão. Encarei Shinji diretamente, buscando ler nas pequenas alterações de seu corpo qualquer pista sobre seus movimentos.

Ele não recuou. Pelo contrário, pareceu até apreciar meu olhar. Seus olhos brilhavam com algo mais sombrio do que insanidade — uma compreensão profunda, distorcida, como se ele visse o mundo inteiro através de uma lente partida.

O que foi? Finalmente resolveu enxergar as coisas, Lil? — Ele riu, uma risada baixa e corrosiva. — Não achei que iria durar tanto. A linhagem amaldiçoada… Vocês sempre acabam dobrando, mais cedo ou mais tarde.

Senti a raiva queimar sob minha pele, mas permaneci firme. Shinji estava jogando com o passado, escavando velhas feridas para me fazer sangrar. Eu não daria esse prazer a ele.

Você sabe por que estamos aqui, Shinji. — Minha voz cortou o vento como uma lâmina.

Ele deu um passo à frente, emergindo mais das sombras. Seu corpo estava marcado de cicatrizes, a pele fina e pálida esticada sobre ossos que pareciam prestes a partir. E, mesmo assim, ele carregava a arrogância de alguém que acreditava ser invencível.

Sei, sim. — Ele tocou levemente o pergaminho em suas costas, como se acariciasse uma lembrança preciosa. — Vocês querem isso, não é? O Rashomon. O grande portal. A muralha entre a vida e a morte.

Ryo deu mais um passo adiante, os punhos cerrados, mas eu o segurei novamente. Pude sentir a frustração dele, o impulso de agir. Ele queria esmagar Shinji, ali e agora. Mas não era assim que acabaríamos com aquilo.

O que você realmente quer? — Perguntei, mantendo meus olhos fixos nos dele. Eu sabia que ele não estava ali apenas para se defender ou fugir. Ele queria algo mais. Algo maior.

Shinji riu novamente, uma risada cheia de veneno e saudade.
Eu quero que vejam. Quero que entendam.

Ele fez uma pausa, inclinando a cabeça como se estivesse ouvindo algo distante, algo que só ele podia ouvir. O vento uivava ao nosso redor, e as primeiras gotas de chuva começaram a cair, frias como aço.

O demônio me ensinou, Lil. — Ele sussurrou. — E eu vou ensinar a vocês.

O peso daquelas palavras afundou no meu peito como uma âncora no fundo do mar. Algo estava errado, muito errado. Shinji não estava simplesmente à beira da derrota ou da fuga. Ele estava à beira de alguma revelação que eu não sabia se estávamos prontos para enfrentar.

A chuva engrossava, e eu podia sentir o fim se aproximando. O pergaminho nas costas dele parecia pulsar, como se o segredo que ele continha estivesse vivo, à espera de ser libertado.

Shinji olhou para mim mais uma vez, e seu sorriso se alargou.
Vocês acham que vieram para me matar. — Ele disse, quase gentilmente. — Mas, na verdade, vieram para serem devorados.

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LC: 28 / 100 | SK: 00 /50

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— Lil Mayer
—  A lâmina de Ryo brilhou sob o clarão dos relâmpagos que rasgavam o céu escuro. Num instante, ele avançou como uma sombra projetada pela fúria. Não houve palavras — apenas o som do aço cortando o ar e o choque de lâminas que seguiria logo depois.

Shinji girou o corpo com uma destreza antinatural, desviando do primeiro golpe e rebatendo o segundo com um movimento limpo. O braço que lhe faltava parecia não fazer falta alguma; seu corpo era uma dança calculada de precisão e violência, e sua espada, uma extensão fluida do próprio ser.

Malditos insetos...! — ele rosnou, os olhos brilhando na escuridão, frenético e predatório.

Ryo se lançou novamente para um golpe direto, rápido como um raio, mas Shinji desviou por um fio de cabelo e deslizou pela lateral do corpo de Ryo como uma serpente, sua lâmina cortando o ar para encontrar sua garganta.

Não! — Gritei, o Sharingan queimando em meus olhos enquanto eu entrava no fluxo da batalha, minha própria espada cruzando o caminho da dele. As lâminas se encontraram com um estalo metálico, faíscas explodindo entre nós.

A força do impacto fez minhas mãos vibrarem, mas não recuei. Girei os calcanhares, usando o impulso para atacar novamente. Shinji bloqueou cada golpe com uma frieza irritante, como se previsse cada movimento. Mesmo com um braço, ele lutava como se fosse abençoado por demônios — cada desvio, cada giro, cada estocada, meticulosamente precisa.

Ryo atacava pela esquerda, eu pela direita. Ainda assim, ele nunca parecia estar em desvantagem. Sua espada deslizava entre nossos ataques, rebatendo e esquivando, como se dançasse num ritmo que só ele ouvia.

Vocês estão tentando com tanta força… — Shinji murmurou entre sorrisos sombrios, girando a lâmina como se brincasse com nossas vidas. — Mas... não será o suficiente.

Um golpe dele passou rente ao meu rosto, fino e preciso como a mordida de uma víbora. Tive apenas um segundo para reagir, recuando a cabeça para evitar o corte, mas ainda senti o frio do aço lambendo minha pele.

A chuva agora caía pesada, tornando o solo traiçoeiro e as lâminas escorregadias. Ainda assim, os três continuávamos, presos na tempestade de aço e sangue.

Por um momento, nossas espadas se cruzaram todas ao mesmo tempo, um turbilhão de lâminas e fúria. Os olhos de Shinji brilharam com algo que não era apenas ódio — era deleite.

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Agony
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Tokubetsu Jonin
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— Lil Mayer
—  A chuva caía pesada, fundindo-se ao suor e sangue que escorria de nossos corpos. Sob a luz intermitente dos relâmpagos, o aço reluzia como presas afiadas, e cada movimento parecia ter sido ensaiado num pesadelo.

Shinji deu um passo para trás, a mão restante ergueu-se em um selo veloz. A água ao seu redor — aquela que escorria dos telhados e encharcava o solo — começou a reagir. Sua espada gotejava como se estivesse viva, o chakra fluindo em espirais aquosas que ondulavam ao longo da lâmina.

Suiton: Mugen Suiryū no Tsurugi! murmurou, com um sorriso enviesado.

Ele avançou, e a lâmina tornou-se um fluxo líquido afiado, dançando com ele. Cada corte que ele fazia se esticava como uma serpente d’água, flexível e inescapável.

Rolei para o lado, mas ainda assim um dos ataques me encontrou — um corte rápido na perna, frio como gelo derretido.

Não vai ser assim que acaba... — sussurrei para mim mesma, sentindo o fogo acender em minhas entranhas. O chakra de fogo pulsou pela Kokutō, transformando a lâmina negra numa linha incandescente. As chamas se agarraram ao metal como uma segunda pele, viva e feroz.

Atirei-me contra Shinji, a espada queimando em arco, iluminando a escuridão ao redor. O impacto das lâminas foi seguido por uma explosão de vapor, a água de sua espada sibilando sob o calor das minhas chamas.

Chega de brincar, Shinji! — gritei, girando a lâmina e tentando quebrar sua guarda.

Ryo veio logo em seguida, seu chakra trovejando pela katana. Relâmpagos se espalhavam ao longo do aço, dançando em linhas selvagens e frenéticas. Quando ele cortou, o ar pareceu explodir ao redor da lâmina, faíscas voando como estrelas que queimavam o que tocassem.

Shinji desviou por um fio, mas não escapou completamente do golpe. A eletricidade o atingiu como um chicote, fazendo seu corpo estremecer brevemente. Ainda assim, ele apenas riu — um som rouco, amargo, como se a dor lhe desse prazer.

Isso... é tudo que têm? — zombou, os olhos cintilando em desafio.

A batalha virou um turbilhão. Cada golpe de espada deixava para trás uma trilha de faíscas e vapor. A madeira úmida das construções ao redor começou a pegar fogo, pequenas brasas ganhando força com cada impacto. O vilarejo, já sombrio e apodrecido, agora começava a arder lentamente.

Vamos acabar com isso, Lil! — Ryo gritou, seu olhar firme, mas os músculos do corpo já tensos pela exaustão.

Respirei fundo, alinhando meu chakra com precisão. A água de Shinji lutava para extinguir meu fogo, enquanto a eletricidade de Ryo a cortava em pedaços. Estávamos em equilíbrio tênue — uma dança mortal de elementos opostos.

Num instante, nossas lâminas se cruzaram todas ao mesmo tempo. Vapor subiu como uma cortina, ocultando o campo de batalha. Podíamos apenas ouvir o som ofegante de nossas respirações e o choque incessante das espadas, como trovões presos em corpos de aço.

E no meio daquela neblina quente e sufocante, a guerra estava apenas começando.

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HP: 875/875 | CH: 3275/3275 | ST 00/06
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— Lil Mayer
—  A escuridão ao nosso redor era quase palpável, rasgada apenas pelos lampejos dos relâmpagos de Ryo e o brilho molhado das lâminas. O vapor se misturava com a chuva fraca que começava a cair, carregando uma sensação sufocante de morte iminente. E no meio disso tudo, Shinji dançava, como um fantasma com um sorriso demente, um demônio se divertindo na agonia dos vivos.

Vocês demoraram para me encontrar. Espero que estejam prontos para uma última dança.

Com um movimento suave, ele trocou a lâmina de mão — mesmo com apenas um braço, ele parecia imbatível, manuseando sua espada com a destreza de quem nasceu para matar.

Vamos acabar logo com isso! — gritei, sentindo o chakra fervilhar em minhas veias.

Num movimento rápido, levei a mão à boca, concentrando chakra Suiton. Em um instante, minha palma estalou com força, e a água comprimida tomou forma — uma pistola líquida e letal.

Suiton: Suireha!

Disparei um jato concentrado de água em alta pressão, a lâmina líquida cortando o ar na direção de Shinji. Ele se esquivou por pouco, deixando o jato atravessar a rocha do templo atrás dele, abrindo um sulco profundo na pedra. Mas antes que pudesse se recuperar, Ryo já estava sobre ele, eletricidade zumbindo ao seu redor.

Chidori Nagashi!

Raios explodiram do corpo de Ryo, cobrindo a lâmina da espada e se espalhando como uma onda furiosa. Shinji recuou, mas os raios serpentearam pela água no solo, atingindo-o em cheio. Ele estremeceu sob o impacto, mas seu sorriso nunca vacilou — como se estivesse saboreando cada segundo da dor.

Vocês dois são tão ingênuos. Acreditam mesmo que a dor é suficiente para me parar? — ele sussurrou, a loucura brilhando em seus olhos.

Com um selo rápido, a água ao seu redor começou a ganhar vida, contorcendo-se em serpentes líquidas.

Suiton: Suiryūben!

As serpentes aquáticas chicotearam na nossa direção, rápidas e precisas. Interceptei uma com minha Kokutō, agora envolta em chakra Katon, mas o impacto foi brutal, fazendo meu braço formigar e abrir uma fenda na lâmina. Outra serpente atingiu Ryo, rasgando o tecido e abrindo um corte profundo em seu ombro.

Lil! — ele gritou, reunindo chakra nos selos em meio à dor. — Fique perto!

Com um olhar determinado, formei selos rápidos.

Suiton: Suidanha!

Inspirei profundamente e liberei um jato afiado de água comprimida pela boca, a lâmina líquida cortando na direção de Shinji. Ele se moveu como um vulto, desviando parcialmente, mas não escapou ileso — a água passou pelo seu braço, abrindo um corte profundo e sangrento.

Shinji riu, ofegante, como se aquilo fosse um presente.

Tão fácil... tão previsíveis.

Seu chakra aumentou repentinamente, e uma massa monstruosa de água começou a girar ao redor dele.

Suiton: Daibakufu no Jutsu.

A torrente desceu sobre nós com a força de uma avalanche, varrendo tudo ao redor. Eu e Ryo rolamos juntos pelo chão, escapando por um fio da corrente mortal. A água arrastava destroços, faíscas e lama em um redemoinho destrutivo. Nos levantamos, exaustos, respiração pesada e corpos cobertos de cortes. Mesmo assim, havia uma conexão entre nós — um juramento silencioso de que não cairíamos ali.

E no meio da tempestade, Shinji nos observava, o pergaminho em suas costas intacto, seu sorriso frio e implacável como uma sentença de morte.

Vamos ver até onde vocês conseguem chegar antes de se partirem.

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HP: 850/875 | CH: 3105/3275 | ST 05/06
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— Lil Mayer
— A água e as faíscas dançavam à nossa volta, misturadas ao vapor que subia das chamas que queimavam em torno do templo. O redemoinho de chakra e violência tornava cada respiração um desafio, mas nada importava além do inimigo à nossa frente. Shinji, com seu sorriso maníaco, parecia se alimentar da dor que nos infligia — como se nosso sofrimento fosse a única coisa que ainda o mantinha vivo.

Não pensem que vão sair daqui ilesos... Eu quero ver vocês se quebrando aos poucos. — Sua voz ecoou, fria e zombeteira.

Formei selos velozes, concentrando meu chakra ardente. O ar ao redor se aqueceu violentamente, e a chama sólida começou a se moldar sob minha vontade.

Katon: Gōryūka no Jutsu!

Dragões de fogo materializaram-se, rugindo como se tivessem vida própria. Eles avançaram sobre Shinji, suas mandíbulas escancaradas para engoli-lo inteiro. Ele respondeu com selos rápidos, levantando uma coluna massiva de água que os encontrou de frente.

Suiton: Suishōha!

A água explodiu em ondas poderosas, extinguindo parte das chamas e nos empurrando para trás com uma força esmagadora. Fui arremessada ao chão, rolando na lama enquanto sentia o gosto metálico do sangue na boca. Ryo me ajudou a levantar, sua expressão dura como pedra, apesar da eletricidade que ainda estalava ao redor dele.

Vamos acabar com isso agora! — ele rosnou, avançando como um relâmpago.

Com o Raikiri em mãos, Ryo cortou a água à sua frente, partindo como um raio em direção a Shinji. A lâmina elétrica rasgou o ar, e por um momento, ele quase conseguiu atingi-lo.

Mas Shinji era rápido demais. Ele desviou parcialmente, a lâmina abrindo um corte profundo em seu flanco. Mesmo ferido, seu sorriso permanecia.

Gostando do espetáculo? — ele riu, girando a espada numa dança fluida.

Antes que Ryo pudesse recuar, Shinji disparou um jato concentrado de água — Suiton Dan: Oruka. O impacto foi devastador. A onda densa atingiu Ryo no peito, arremessando-o violentamente contra os escombros do templo. Ele gritou de dor enquanto sangue escorria por seu lado.

Ryo! — Gritei, com o coração disparado.

Minha visão ficou turva por um instante, mas fiz os selos em um impulso, puxando o fogo para minha mão. O chakra Katon solidificou-se novamente, desta vez assumindo a forma de lâminas flamejantes, como espadas curtas que incandesciam em minha mão.

Queime, maldito.

Avancei, cortando e rasgando o espaço entre nós. Cada lâmina de fogo era uma extensão da minha vontade, incendiando o que tocava. Shinji recuava, mas ainda bloqueava com habilidade assustadora, girando sua lâmina e convocando a água como uma segunda pele.

Suiton: Gekiryūdan!

Um dragão colossal de água irrompeu das profundezas, seu corpo serpenteando em nossa direção com força imparável. Rolei para o lado, desviando por pouco, enquanto o dragão passava a centímetros, demolindo as construções ao redor.

Ryo apareceu ao meu lado em um borrão, sua espada e sua espada alongou-se com um raio de eletricidade pura.

Chidori Eiso!

A lâmina elétrica atravessou o ar, perfurando o ombro de Shinji, que recuou com um grito abafado, mas seu sorriso nunca desapareceu. Ele gostava da dor.

Antes que pudéssemos pressionar a vantagem, o dragão de água colidiu conosco, me lançando para trás. Meu corpo ardeu com cortes profundos e hematomas que latejavam sob a pele. Ryo cambaleava, o sangue escorrendo por sua roupa, mas ainda de pé.

Shinji, com a respiração pesada e sangue escorrendo pelo canto da boca, ainda sorria.

Porra... Que falta de sorte...

Mas havia algo errado em seu olhar. Ele não parecia lutar para vencer, mas para nos testar. Algo mais sinistro estava por trás desse confronto.

E mesmo com o corpo gritando de dor, meu Sharingan ainda girava, pronto para o próximo movimento.

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HP: 600/875 | CH: 2965/3275 | ST 04/06
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— Lil Mayer
— A chuva começou a cair em gotas pesadas, encharcando o campo de batalha e apagando os focos de fogo que consumiam o vilarejo. Os restos de barro das construções derretiam sob o peso das águas e do chakra liberado, enquanto nós três permanecíamos de pé no que havia se tornado um campo de ruínas. O vento cortava como lâminas, frio e úmido, mas meu corpo queimava de dor, cada respiração pesada como chumbo. Ryo cambaleava ao meu lado, o sangue escorrendo em rios por feridas abertas. Ele lutava para se manter consciente, mas suas forças estavam esvaindo rápido. Com um último olhar determinado, ele formou um selo com as mãos, dividindo-se em duas figuras idênticas.

Kage Bunshin no Jutsu!

Os clones partiram ao mesmo tempo, seus movimentos rápidos e calculados. Raios dançavam ao redor deles enquanto executavam sua técnica mais poderosa, unindo suas lâminas elétricas numa única corrente letal. Os raios cortaram o ar, mas Shinji não foi pego desprevenido.

Suiton: Mizukagami no Jutsu.

Uma superfície de água perfeita surgiu diante dele, refletindo Ryo e seu clone como um espelho maligno. O reflexo não apenas imitou, mas devolveu o ataque com precisão monstruosa. A lâmina relampejante do clone refletido atingiu Ryo no peito antes que ele pudesse reagir, atravessando-o como um trovão que destrói o silêncio.

Ryo! — Gritei, mas era tarde demais.

Ryo caiu de joelhos, seu clone se desfazendo em uma nuvem de fumaça. Sangue jorrava de seu peito, manchando a terra enlameada. Ele tentou se levantar, mas seu corpo já não o obedecia. Com um olhar desesperado, ele encontrou o meu.

Cuide dele, Lil... — sussurrou, antes de desmaiar completamente.

O mundo ao meu redor pareceu parar por um instante, e algo escuro e furioso se acendeu dentro de mim. Minhas mãos apertaram a Kokutō com mais força, meu chakra fervendo, consumindo-se na ira e na dor. O tempo de brincar havia acabado.

Shinji ria de forma suave e doentia, mesmo com seu corpo exalando exaustão e dor. Seus movimentos estavam mais lentos, mas aquela expressão maníaca permanecia intacta, como se ele se alimentasse do sofrimento ao redor. Ele ergueu os braços, e mais uma vez invocou a chuva em forma de agulhas penetrantes.

Suiton: Amearare.

As agulhas líquidas caíram em uma saraivada mortal. Formei rapidamente dois escudos flamejantes ao meu redor, moldando o fogo sólido como paredes vivas. As agulhas evaporavam ao toque das chamas, mas cada segundo era um fardo pesado, e meu corpo não suportaria muito mais.

Katon: Gōka Messhitsu!

Lancei uma onda massiva de fogo, que engoliu as águas de Shinji e derreteu parte das estruturas ao redor. A fúria ardente era imparável, mas ele ainda resistia, girando sua espada e envolvendo-se em uma cúpula de água com o Suijinchu.

Você não vai escapar disso... — murmurei.

Minha Kokutō brilhou como um sol negro, envolta nas chamas do Zanmai no Shinka. A lâmina ardia com uma fome ancestral, e cada golpe que eu desferia era um juramento de vingança. Avancei através da cúpula aquática dele, rasgando a defesa com a lâmina incandescente. O fogo devorou Shinji. A energia do Zanmai no Shinka o envolveu como uma maldição viva, carbonizando sua carne e esculpindo sua agonia no rosto deformado. Seu corpo contorcido caiu, com parte de seus tecidos queimando e o cheiro de carne queimada misturando-se ao ar úmido.

Lil... ele sussurrou com um sorriso fraco, ainda divertido, mesmo enquanto a vida se esvaía lentamente de seu corpo.

A chuva continuava a cair, pesada e indiferente. Eu o encarei, com os pulmões queimando e a raiva pulsando dentro de mim como um coração sombrio.

O vilarejo ao redor estava em ruínas, destroçado.

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HP: 600/875 | CH: 2690/3275 | ST 03/06
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— Lil Mayer
— A chuva batia forte no meu rosto, escorrendo como se tentasse apagar tudo. Mas era inútil. O sangue dele estava nas minhas mãos, e as palavras dele, na minha cabeça. Shinji estava ali, caído, retorcido no chão como um brinquedo quebrado. O corpo dele carbonizado pela minha espada tremia a cada respiração forçada, mas aquele sorriso nojento ainda estava lá, pendurado em seu rosto mutilado como uma cicatriz que nunca sumiria.

Você conseguiu... finalmente, Lil. — ele murmurou, a voz arrastada, como se cada palavra fosse a última. — Despertou o que sempre esteve aí, dentro de você... Esse ódio. Eu sabia que estava lá. Sempre soube.

Senti meus dedos apertarem o cabo da Kokutō. O peso dela parecia parte do meu braço agora. A lâmina queimava com as últimas brasas do chakra que eu havia canalizado, e, por um instante, achei que era meu próprio corpo que estava pegando fogo por dentro.

Cala a boca. — Minha voz saiu baixa, quase engasgada, mas cheia de uma fúria surda que eu mal podia controlar.

Ele tossiu, cuspindo sangue que se misturava com a chuva que encharcava o chão. Mas o desgraçado ainda sorria.

Aiko... ele sussurrou, arrastando o nome como uma maldição.

O chão pareceu sumir sob meus pés. Tudo ao meu redor — o templo, o som da chuva, o vilarejo destruído — se dissolveu em um borrão distante. Meu coração martelava nos ouvidos.

O que disse? — Minha voz saiu mais como um rosnado.

Ele tossiu outra vez, mais sangue. A pele dele, queimada e rachada, tremia, mas a satisfação em seus olhos era insuportável.

Aiko... seu pai. — ele repetiu, com uma risada sufocada. — Está mais perto do que você imagina, Lil. Ah... você ainda vai descobrir tudo.

Meu sangue fervia. Cada palavra dele era como uma faca cravada direto na alma.

Eu não precisei nem ler o pergaminho... — ele riu, uma risada fraca e estridente. — As coisas já estão... alinhadas.

Eu perdi o controle. Não havia mais lógica, não havia mais razão. Só o ódio.

Com um grito, cravei a Kokutō no peito dele. O som da lâmina rasgando carne e osso foi abafado pela chuva.

Isso é por Ryo.

Puxei a espada e a cravei novamente, ainda mais fundo. O sangue espirrou no meu rosto.

Isso é por mim!

A lâmina perfurou de novo. E de novo. E de novo. Cada golpe era um pedaço do ódio que eu não conseguia mais segurar.

Eu não parei. Continuei esfaqueando o que já não era mais um homem. Só uma massa informe de carne mutilada e sangue espalhado. As mãos queimavam, os braços doíam, mas eu não conseguia parar.

Quando dei por mim, Shinji já não existia mais. O corpo dele não passava de uma poça grotesca de carne irreconhecível.

A chuva continuava, mas não levava nada embora. O sangue, a lama, o cheiro de queimado — tudo ainda estava ali, grudado na minha pele como uma marca que eu nunca conseguiria lavar.

Respirei fundo, mas o ar não entrou direito. Meus dedos tremiam, a espada escorregava da minha mão, agora pesada como chumbo. Ryo estava caído a alguns metros de distância, inconsciente e com o rosto coberto de sangue. Mas naquele momento, eu estava completamente sozinha. Shinji havia morrido, mas as palavras dele não. Elas estavam dentro da minha mente, enraizadas, sufocando cada pensamento. Aiko. Meu pai. O segredo que ele carregava. Eu havia vencido a batalha. Mas tudo dentro de mim dizia que a guerra estava apenas começando.

O vento soprou, trazendo o cheiro de sangue e fumaça. E eu soube, ali, debaixo da chuva e das cinzas, que algo dentro de mim havia mudado para sempre.

Algo que eu não podia mais desfazer.

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HP: 600/875 | CH: 3017/3275 | ST 03/06
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— Lil Mayer
— A chuva fria continuava a cair, mas não fazia diferença. O sangue já estava grudado na minha pele, nas roupas, na alma. Me abaixei sobre o corpo irreconhecível de Shinji, meu olhar fixo no grande pergaminho amarrado às suas costas queimadas e destroçadas. Puxei o pergaminho com um tranco seco. O peso dele parecia maior do que eu esperava, mas aquele objeto pulsava com algo mais denso que papel e tinta. Meu coração batia rápido — parte ansiedade, parte medo. Eu sabia que aquele segredo não devia cair em mãos erradas... mas ele já estava nas minhas.

Desenrolei o pergaminho. Rashomon. As inscrições em kanji se estendiam pelas fibras antigas do papel como teias de aranha, ameaçando me prender assim que coloquei os olhos nelas. Meu Sharingan rodopiou involuntariamente, absorvendo cada traço, cada curva. Era uma técnica feita para ferir o mundo, para abrir fendas entre realidades e liberar horrores que não deveriam existir.

No centro da inscrição, uma parte destacada: "契約の血" — 'O pacto.'

Sem hesitar, mordi a lateral do meu dedo até o sangue brotar. A dor foi um conforto estranho. Deslizei o dedo ferido sobre o selo que reluzia no pergaminho. As linhas o absorveram como se estivessem vivas, se enroscando ao redor do meu chakra e do meu ódio. Senti uma onda violenta atravessar meu corpo, como se tivesse tocado algo muito antigo e faminto. O Rashomon agora era parte de mim. E eu era parte dele. Assim que completei o pacto, o pergaminho começou a desvanecer, se desintegrando em pequenos fios de energia que desapareceram na chuva, como cinzas sopradas pelo vento. Não haveria volta.

Por um momento, apenas fiquei ali, de pé, encarando o vazio. A lâmina negra da Kokutō ainda pesava na minha mão, e meu Sharingan não desligava. A raiva não sumia. Ela era um fogo constante, queimando sob minha pele, corroendo tudo ao redor. Não importa o quanto eu tentasse respirar fundo ou fechar os olhos, ela estava lá, pulsando, viva.

Olhei ao redor. O vilarejo que uma vez se estendia ali agora não era mais que um amontoado de ruínas. As construções de barro estavam derretidas ou queimadas até a estrutura. A água corrente que cortava o solo tinha se misturado com sangue e lama, formando riachos escuros e viscosos. O cheiro de fumaça ainda impregnava o ar, misturando-se ao fedor dos corpos espalhados entre os escombros. Eram poucos os sobreviventes — se é que havia algum.

Shinji não havia apenas me caçado... ele havia destruído tudo. Cada técnica, cada jutsu de larga escala que ele lançou foi um ato de completa indiferença e crueldade. Não havia propósito. Não havia plano. Ele não estava aqui por ódio aos habitantes ou por uma missão secreta. Ele queria apenas destruir, torturar, corromper — e me transformar naquilo que ele enxergava dentro de mim.

E ele conseguiu. Na morte, ele venceu.

Minhas mãos tremiam enquanto apertava mais forte a Kokutō, tentando encontrar algum alívio. Mas tudo que encontrei foi a mesma sensação sufocante que não me deixava desde o começo dessa batalha. Eu queria parar. Queria desativar o Sharingan, descansar, esquecer. Mas não podia. Era como se aqueles olhos estivessem presos, forçados a enxergar o mundo pela lente distorcida do ódio.

Eu não conseguia parar de pensar nas palavras dele, na última risada, no nome do meu pai.

Aiko.

Aquilo se enroscava ao meu redor como correntes invisíveis. E quanto mais eu tentava escapar, mais apertavam.

Ryo estava desacordado ao meu lado, seus ferimentos tão graves que eu mal sabia se ele aguentaria muito mais tempo. Mas mesmo ele parecia pequeno diante da escuridão que crescia dentro de mim. Eu soube, ali, que não havia mais retorno. Shinji me abriu por dentro e expôs algo que eu nunca quis ver — e agora não conseguia mais ignorar. O Rashomon era meu. O ódio também. E, pela primeira vez, me perguntei se conseguiria sobreviver a tudo isso.

A chuva não parava. Ela nunca parava. E eu, pela primeira vez, desejava que ela me levasse junto com as cinzas daquele vilarejo morto.

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HP: 600/875 | CH: 3275/3275 | ST 02/06
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— Lil Mayer
— A tosse rouca de Ryo rompeu o silêncio, abafada pela chuva que ainda caía sem misericórdia. Meu coração disparou. Sem pensar, larguei a Kokutō no chão e corri até ele, a lama fria salpicando minhas pernas enquanto me ajoelhei ao seu lado.

Ryo! — Minha voz saiu quebrada, trêmula. Agarrei seus ombros, apertando como se, com força suficiente, pudesse impedir que ele escorresse para longe de mim. — Fica comigo... por favor, não faz isso comigo.

Ele abriu os olhos lentamente, cada piscada carregada de dor, como se apenas o ato de existir fosse um peso insuportável. Seu rosto estava pálido, o sangue escorria de um corte profundo na lateral do tórax, misturando-se com a água da chuva. Mas ele estava ali. Ele estava vivo.

'Tava… demorando muito pra você chorar por mim, sabia? — Ryo murmurou, um sorriso fraco se formando nos lábios. Mesmo agora, ele tentava parecer descontraído, como se aquilo não fosse nada.

Idiota... cala a boca! — Engoli o nó na garganta, mas as lágrimas vieram de qualquer jeito, queimando meus olhos enquanto escorriam pelo rosto. — Você não vai morrer. Não agora. Não depois de tudo. Não depois de Shinji...

Ryo tossiu de novo, uma dor evidente atravessando sua expressão, mas ele ainda tentou erguer a mão para tocar meu rosto. Eu segurei sua mão antes.

'Tou... bem, Lil... — Ele mal conseguiu terminar a frase, seus olhos piscando devagar, quase se fechando novamente.

Não, não fecha os olhos! — Minha voz saiu em um sussurro urgente, desesperado. Apertei seus ombros com mais força. — Fica acordado, Ryo. Me escuta, tá? Você prometeu que ia me ajudar a controlar isso...

Ele soltou uma risada curta, dolorida. — Heh... Parece que falhei um pouquinho, né?

Você não vai falhar... não agora. — Apertei os dentes, sentindo o medo e a raiva se misturarem dentro de mim.

Os segundos passaram lentos e pesados, enquanto eu observava cada respiração dele, cada mínimo movimento. Eu não podia perdê-lo também. Já havia sangue demais, dor demais, e eu sabia que se ele fosse embora, eu nunca me perdoaria.

Eu tô aqui, Ryo. — Apertei sua mão com força. — Você vai ficar bem. A gente ainda tem um mundo pra consertar...

Seus olhos se fixaram nos meus por um momento, profundos e exaustos, mas ele sorriu. Mesmo ali, na beira do abismo, ele ainda sorria.

Então... é melhor a gente... começar logo, né? — murmurou ele, antes de deixar a cabeça cair de leve contra o meu ombro, exausto, mas vivo.

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— Lil Mayer
— A respiração dele era quente e irregular, mas agora que eu estava tão próxima, pude perceber algo além da dor em seus olhos. Ryo estava ferido, sim, mas não tanto quanto ele deixava parecer. O desgraçado estava fingindo. A constatação me arrancou um sorriso involuntário, pequeno, quase imperceptível.

Você é impossível, sabia? — sussurrei, sentindo a chuva escorrer pelas pontas do meu cabelo, que caía sobre o rosto dele.

Ele abriu um olho, um brilho travesso surgindo mesmo em meio ao cansaço. — Só precisava... de um momento dramático.

Idiota. Mesmo ali, ensopados, cobertos de lama e sangue, ele ainda arranjava forças para brincar. E, por algum motivo, aquela leveza que eu tanto odiava nele agora parecia ser exatamente o que eu precisava.

Me aproximei mais, devagar, até que meu rosto ficou a centímetros do dele. Seu olhar mergulhou no meu, e pela primeira vez em muito tempo, não havia ódio dentro de mim. Havia algo mais forte, mais profundo — uma faísca de vida que Shinji jamais poderia entender.

Você sabe que isso é loucura, né? — Ele murmurou, o sorriso brincando em seus lábios rachados.

Sempre foi. — Respondi, a voz baixa e carregada de tudo que eu não conseguia dizer em palavras.

Então, finalmente, cedi. Meus lábios tocaram os dele, suaves no início, hesitantes, como se aquele momento fosse frágil demais para ser real. Mas a hesitação durou apenas um instante. O calor se espalhou entre nós, um calor que nem mesmo a chuva fria podia apagar.

Ryo correspondeu ao beijo, e por um breve segundo, não havia vilarejo destruído, não havia sangue ou vingança. Só nós dois. Era como se tudo o que havia acumulado — a dor, o ódio, o caos — estivesse sendo queimado ali, naquele momento. Uma rota de fuga para o inferno que Shinji deixou. O gosto amargo da batalha e da perda ainda estava ali, mas agora, ele era abafado por algo novo. Algo que eu não sabia que precisava até aquele instante. Uma vingança diferente. Uma que não envolvia sangue, apenas vida.

Eu não sabia se o que tínhamos seria suficiente para apagar o que eu sentia, mas naquele instante, sob a chuva pesada e os destroços ao nosso redor, não importava.

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— Lil Mayer
— A chuva continuava a cair, lavando o sangue e a lama ao nosso redor, mas nada poderia apagar o que havia acontecido aqui. O vilarejo estava em ruínas, e Shinji jazia no chão como uma sombra irreconhecível do homem que um dia foi. A batalha havia terminado, mas o peso dela ainda pairava sobre nós, espesso como a neblina que começava a se formar ao redor das casas destroçadas.

Eu me afastei de Ryo, quebrando o beijo com um último suspiro pesado. Por um momento, havíamos escapado, mas a realidade voltou como um tapa no rosto. Ele me olhou em silêncio, os olhos carregados de algo que eu não conseguia nomear – talvez alívio, talvez medo. Talvez ambos.

E agora? — perguntei, a voz baixa e rouca.

Ryo ergueu o corpo com esforço, os músculos tensos de dor. — Agora? Agora precisamos sair daqui, Lil... Antes que alguém apareça.

Ele estava certo. Era questão de tempo até que mais olhos se voltassem para esse vilarejo destruído. E a última coisa que queríamos era explicar tudo isso. Eu ainda segurava o pergaminho do Rashomon, o papel encharcado preso firmemente na minha mão. Aquilo agora era meu — um segredo selado em sangue.

Acha que valeu a pena? — Ryo perguntou de repente, me observando com uma expressão difícil de ler. — Matar ele. Vingar tudo.

Fiquei em silêncio por um longo tempo. As palavras ficaram presas na minha garganta, como espinhos. Então, finalmente, soltei: — Eu não sei.

Era a verdade. O vazio ainda estava lá, latente e cruel. Talvez ele nunca fosse embora. O sangue de Shinji não apagou nada do que ele havia feito, nem acalmou o ódio que pulsava em mim.

Mas foi bom. — Completei, sem sorrir, apenas deixando a verdade nua e crua entre nós. — E é isso que importa.

Ryo fechou os olhos por um instante, como se tentasse guardar o que eu disse. Então ele esticou a mão para mim, um convite silencioso para que saíssemos dali. Não havia mais nada para ser feito, a não ser seguir em frente.

Peguei sua mão. Era um gesto simples, mas havia algo de definitivo nele. Um pacto silencioso entre nós dois. Eu não estava sozinha — e isso, por ora, era suficiente.

Enquanto caminhávamos pelas ruínas, o som de nossos passos era abafado pela chuva incessante. A cada passo, o pergaminho do Rashomon parecia pesar mais nas minhas costas. Aquilo não era apenas um segredo. Era uma promessa. E eu sabia que, cedo ou tarde, teria que lidar com o que isso significava.

Você acha que vai nos deixar em paz agora? — Ryo perguntou, a voz baixa.

Eu sabia que ele falava de Shinji. De tudo que ele havia plantado em nós. Do ódio, da dor.

Não. — Respondi, sem olhar para ele. — Mas eu também não vou.

Ryo soltou uma risada curta, quase dolorosa. — Isso é tão você.

Dei de ombros, puxando o capuz sobre a cabeça para me proteger da chuva. Era verdade. Se as trevas que Shinji havia despertado em mim tentassem me consumir, eu as enfrentaria. Com fogo, com sangue — ou com amor. Não importava como. O horizonte estava escuro e nebuloso à nossa frente, mas ainda assim, continuamos andando. Rumo a algo novo. Talvez uma nova batalha, talvez uma nova dor. Mas também, talvez, um novo começo.


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Bom jogo!

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