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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 27 DG
Inverno
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
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Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
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Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
Akeido
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Havilliard
Havilliard#3423
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Agony
Tokubetsu Jonin
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— Lil Mayer
—  A escuridão me acolhe como uma velha amiga. Não há resistência em mim hoje, apenas o peso silencioso do fracasso e a certeza fria de que nada muda — não importa o quanto eu tente. O templo abandonado é o único lugar onde posso respirar sem fingir, mas até aqui o ar pesa nos pulmões, e cada batida do meu coração soa como um lamento. Meu corpo dói. Não apenas dos combates, mas daquilo que não posso tocar. O ódio dentro de mim pulsa como um veneno lento, e cada vez que tento lutar contra ele, sinto que afundo mais. Não há para onde correr. Não há como escapar do que sou.

Fecho os olhos e vejo seu rosto. Shinji, sorrindo enquanto joga minhas fraquezas na minha cara como cacos de vidro. Cada palavra dele ainda ecoa na minha mente como uma sentença. O ódio é mais fácil. É a única coisa que nunca vai embora. E, no fundo, ele estava certo: parte de mim quer se perder nele, quer deixar tudo queimar até sobrar apenas o silêncio.

As gotas de chuva batem no teto velho e quebrado, um ritmo irregular que não me consola. Tento meditar, mas tudo dentro de mim é ruído. Eu busco paz, mas o que encontro é um vazio profundo demais para ser preenchido. O ódio e o meu verdadeiro eu colidem como ondas em uma tempestade, e não sei mais qual deles irá me engolir primeiro.

Você nunca será livre. A voz ressoa nas profundezas da minha mente, fria e inescapável.

Por um momento, sinto a chama queimar novamente. Aquela mesma cor que brilhou dentro de mim quando tudo parecia perdido. Não foi apenas poder. Foi algo mais. Talvez uma resposta que ainda não entendo. Talvez um caminho... Ou uma mentira conveniente.

Mas estou cansada demais para procurar respostas esta noite.

Sozinha no meio das ruínas, com a chuva caindo lá fora e a melancolia me abraçando como uma velha promessa não cumprida, só consigo pensar em uma coisa:

Quatro cavalos enferrujados... e eu sou o último deles.

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Agony
Ficha de Personagem : https://www.narutorpgakatsuki.net/t89014-f-lil-mayer#736981
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Tokubetsu Jonin
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— Four Rusted Horses
—  A chuva continuava, implacável e fria, mergulhando as ruínas do templo em uma névoa opaca. O mundo lá fora era distante, como um eco abafado, e eu me deixava perder na solidão. Estava tão exausta que meu corpo parecia afundar na pedra dura sob mim, cada fibra implorando por descanso, mas minha mente girava, presa em espirais de culpa e ódio.

Foi então que senti.

Não foi um ruído ou um movimento — era uma presença. Algo que não deveria estar ali, mas que se aproximava devagar, espreitando como um predador paciente. Meus olhos se abriram num estalo, e o Sharingan despertou por puro instinto.

Entre a bruma que escorria pelo chão do templo, ela apareceu.

Uma figura esguia, de andar suave e silencioso, como se flutuasse no limiar entre o real e o imaginário. Era uma Kitsune, sua pele pálida como luar, os olhos brilhando num amarelo profundo e inumano. Nove caudas se arrastavam preguiçosamente atrás dela, movendo-se como serpentes de fumaça. Seu sorriso era enigmático, como alguém que sabia de segredos que eu nunca seria capaz de entender.

Então... finalmente você veio. — Sua voz era suave, quase um sussurro, mas carregava uma profundidade que fazia minhas entranhas gelarem.

Fiquei de pé sem pensar, os punhos cerrados. Meu coração batia pesado, e o ar ao meu redor parecia mais denso, quase sufocante.

Quem é você? — Minha voz saiu firme, mas senti a tensão em minhas próprias palavras.

A Kitsune se aproximou alguns passos, seus olhos nunca deixando os meus. Ela parecia estudar cada expressão no meu rosto, como se estivesse avaliando algo invisível.

Ryo me chamou de ‘sombra’, não foi? — A Kitsune sorriu. — Ele estava certo. Sou a sombra que paira sobre você, criança. Aquele que observa as rachaduras na sua alma.

Aquela frase bateu como um soco. As rachaduras na minha alma. Como se eu fosse algo quebrado, prestes a desmoronar.

O que você quer de mim? — perguntei, mais por orgulho do que por coragem.

Ela riu, um som leve e ao mesmo tempo perturbador.

A pergunta não é o que eu quero de você... Mas o que você quer de você mesma, Lil Mayer.

A forma como ela pronunciou meu nome fez minha pele se arrepiar. Era como se ela soubesse mais sobre mim do que eu mesma.

Está perdida, não está? — A Kitsune inclinou a cabeça, seus olhos brilhando com uma curiosidade quase maliciosa. — Metade de você anseia pela paz, mas a outra metade está prestes a incendiar tudo ao seu redor.

Eu queria responder. Queria gritar que ela estava errada, que eu não era aquela coisa quebrada que ela via. Mas não consegui. Porque ela estava certa.

A Kitsune deu um passo à frente, agora a poucos metros de mim. As caudas ondulavam atrás dela, quase hipnóticas, e o cheiro de terra molhada e cinzas encheu o ar.

Se continuar assim, vai se destruir, criança. E levar todos à sua volta junto com você. — Sua voz era doce, quase carinhosa, mas com um veneno sutil escondido nas palavras.

Ela se inclinou ligeiramente para frente, seus olhos fixos nos meus, como se estivesse esperando alguma reação. Esperando que eu quebrasse.

Mas, pela primeira vez em dias, senti algo diferente do ódio. Uma vontade silenciosa, nascida de algum lugar profundo dentro de mim. Uma fagulha, quase imperceptível, mas real.

Você é uma sombra... — murmurei, estreitando os olhos. — Mas eu ainda não desapareci.

A Kitsune sorriu mais uma vez, e por um instante vi um brilho diferente em seu olhar. Talvez admiração. Talvez pena.

Ainda não. — ela repetiu, num tom cheio de possibilidades. Então, começou a se afastar, desaparecendo na névoa como se nunca tivesse estado ali. — Mas nos encontraremos de novo, criança. E quando esse momento chegar, você precisará escolher.

Suas palavras ecoaram pelo templo vazio enquanto ela se dissolvia na névoa. As nove caudas desapareceram uma a uma, deixando apenas a chuva e o silêncio para me fazer companhia.

Eu fechei os olhos, tentando encontrar alguma resposta no vazio que restava dentro de mim. Mas tudo o que senti foi o peso da escolha que um dia eu teria que fazer. E a certeza de que, até lá, eu estaria sozinha. Como sempre estive.

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— Four Rusted Horses
— A Kitsune havia desaparecido, mas a presença dela ficou impregnada no ar como um gosto amargo. Por um momento, pensei que a névoa fosse uma extensão dela, que seus olhos ainda me observavam de algum canto invisível. Só a chuva continuava, preenchendo o silêncio com seu ritmo constante. Eu queria ficar ali para sempre, fundir-me com as pedras úmidas do templo e deixar que o tempo levasse tudo embora. Mas não tinha esse luxo. Nunca tive.

Respirei fundo e me levantei, o peso do meu corpo me puxando para baixo como se estivesse presa a correntes invisíveis. Cada passo era uma luta. Mas continuei, movida não por esperança, mas por uma necessidade fria e amarga. Eu não podia me dar ao luxo de parar. Na borda do templo, os campos abaixo eram engolidos pela neblina. O mundo era uma pintura borrada, feito de cinza e silêncio, e por um instante senti que ele refletia exatamente como eu me sentia por dentro: um espaço vazio onde tudo se dissolvia lentamente.

Minha mente, porém, não estava vazia. A sombra das palavras da Kitsune rastejava pelos cantos do meu pensamento, como uma praga. "O que você quer de você mesma?" — essa pergunta ecoava, repetindo-se em círculos como um mantra maldito.

O ódio dentro de mim ainda estava lá, latente, mas exausto. Uma fera faminta que se aquietou apenas porque não havia mais nada para consumir. Eu podia sentir a cicatriz dele, tatuada no fundo da minha alma — parte de mim, inescapável.

Me aproximei do altar em ruínas, minhas mãos trêmulas tocando as pedras antigas cobertas de musgo. Um nó na garganta subiu, mas eu o engoli. Chorar não mudaria nada.

É isso que resta de mim? sussurrei para ninguém, deixando a pergunta se perder no ar.

A resposta não veio na forma de palavras. Foi uma brisa suave, fria como a chuva, que passou por mim e fez o fogo etéreo do Rengoku Hono acender brevemente em minha pele — pequenas faíscas roxas dançando na ponta dos meus dedos. Não uma explosão de raiva, mas uma lembrança de poder, pulsante e viva.

Eu encarei as chamas, observando a forma com que elas ondulavam e mudavam de cor. Minhas chamas. Elas não eram como o ódio que me consumia; não eram destrutivas por si só. Elas apenas refletiam o que estava dentro de mim.

"Se você não aprender a dominar isso, vai se destruir", a Kitsune havia dito. E agora, enquanto eu encarava o fogo nas minhas mãos, percebi que não era apenas uma ameaça. Era uma verdade inescapável.

O som de passos lentos e cuidadosos interrompeu meus pensamentos. Olhei por cima do ombro, e lá estava Ryo, parado na entrada do templo. Ele não disse nada no início, apenas me observou com aquele olhar silencioso que sempre parecia saber mais do que deixava transparecer.

Te achei. — disse ele, finalmente, com a voz baixa. Como se a melancolia do lugar o tivesse tocado também.

Eu não respondi. Só voltei a olhar para as chamas nas minhas mãos até que elas se dissipassem como vapor na chuva.

Está tudo bem? — ele perguntou, e havia uma preocupação genuína na sua voz.

Ri, sem humor.
Está tudo sempre bem, não é? — murmurei, mas ele percebeu o sarcasmo na minha voz.

Ryo se aproximou e parou ao meu lado, cruzando os braços.
Sabe, não precisa carregar isso sozinha.

Aquilo me irritou mais do que deveria.
Você acha que entende? — rosnei, sem olhar para ele.

Eu não preciso entender tudo. — respondeu calmamente. — Só estou dizendo que não precisa lutar contra isso sozinha.

Fechei os olhos por um momento, tentando afastar o peso crescente dentro de mim. Mas não consegui. O nó na garganta voltou, mais forte desta vez, e antes que eu pudesse evitar, soltei:
E se eu não conseguir vencer?

As palavras escaparam antes que eu pudesse segurá-las. A confissão nua e crua da minha maior fraqueza.

Ryo não respondeu de imediato. Ele apenas ficou ali, ao meu lado, enquanto o silêncio nos envolvia. E, de algum modo, aquele silêncio foi mais reconfortante do que qualquer palavra poderia ser.

Finalmente, ele falou, num tom baixo:
Então eu estarei aqui para te lembrar que você pode.

Não respondi, mas as faíscas roxas voltaram por um breve instante, aquecendo meus dedos antes de sumirem mais uma vez na chuva.

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— Four Rusted Horses
— Ryo não perguntou mais nada depois daquilo, e nós dois permanecemos lado a lado por um longo tempo, apenas escutando a chuva. Era um silêncio pesado, mas não desconfortável. Como se naquele espaço entre palavras, algo fosse resolvido sem que precisássemos explicar nada. Mas ainda assim, havia um buraco dentro de mim que não parava de crescer. A sombra do ódio. Ela nunca se dissipava completamente, apenas adormecia, esperando o momento certo para me engolir novamente. Eu sabia disso. Sempre soube. E cada vez que eu lutava contra ela, sentia que estava perdendo algo de mim mesma.

Preciso ir. — sussurrei, quebrando o silêncio.
Ryo me olhou de soslaio, mas não tentou me impedir. Ele sempre soube quando era inútil.

Eu me afastei do templo e comecei a descer pela trilha molhada que serpenteava entre as rochas cobertas de musgo. As árvores ao redor pareciam sussurrar algo que eu não conseguia entender, suas folhas balançando suavemente sob a chuva. A cada passo, a escuridão dentro de mim parecia mais pesada, como uma corrente amarrada ao meu peito.

Então, ela apareceu de novo.

No meio da trilha, envolta pela névoa, a Kitsune se materializou como se a própria floresta a tivesse dado à luz. Olhos estreitos e profundos como abismos, pelo branco manchado de cinzas. Ela não sorriu, mas o brilho nos olhos deixava claro que ela sabia mais do que dizia.

Você corre como se pudesse escapar, pequena chama. — disse ela, a voz como um sussurro que arranhava meus pensamentos.

O que você quer de mim? — perguntei, cerrando os punhos.
As faíscas roxas ondularam na ponta dos meus dedos, mas não consegui sustentar as chamas por muito tempo. Meu corpo ainda estava exausto, minha mente se sentindo à beira de um colapso.

A Kitsune inclinou a cabeça de leve, como se estivesse analisando um quebra-cabeça que lhe despertava curiosidade.
A questão nunca foi o que eu quero. — respondeu, com uma suavidade que era quase gentil. — A pergunta é: o que você quer de você mesma?

A mesma pergunta. As palavras se cravaram em mim como farpas. Fechei os olhos por um segundo, tentando afastar a pressão crescente no peito. Mas dessa vez, eu não consegui escapar. A verdade veio como uma onda que não pude evitar.

Eu quero... — As palavras ficaram presas na minha garganta. Eu nem sabia mais o que queria. Não sabia quem era sem o ódio para me guiar. O que sobrava de mim sem ele?

A Kitsune se aproximou, seus movimentos leves e elegantes, como se flutuasse sobre a terra molhada. Ela parou à minha frente e ergueu uma das patas, roçando levemente meu ombro, um toque frio, mas reconfortante.

O ódio não é a resposta. — disse ela, com uma certeza antiga na voz. — Mas enquanto você o tratar como um inimigo, ele sempre encontrará um jeito de te dominar.

Eu abri os olhos, encarando aqueles orbes profundos que pareciam saber tudo sobre mim.
Então, o que eu faço?

Aceite-o, mas não se torne ele. Deixe que exista, mas não seja a sua única verdade.

As palavras eram simples, mas carregavam uma profundidade que me assustava. Como se a resposta estivesse ali o tempo todo, e eu simplesmente tivesse medo de aceitá-la.

E se eu falhar? — sussurrei, mal ouvindo minha própria voz.

A Kitsune riu, um som baixo e cheio de mistério.
Falhar faz parte do processo. Não é a falha que importa, mas o que você faz depois dela.

Ela se afastou lentamente, e eu fiquei ali, na chuva, com a sensação de que algo havia mudado dentro de mim — não uma transformação completa, mas o início de algo.

A Kitsune deu mais um passo para dentro da névoa, e, antes de desaparecer completamente, murmurou:
Estarei por perto. Quando você estiver pronta.

Então, ela se dissolveu na névoa, como um sonho que escapa pelos dedos ao despertar.

Fiquei ali por alguns minutos, sozinha novamente, mas estranhamente em paz. A corrente ainda estava lá, mas pela primeira vez, ela não parecia tão apertada. Como se um pedaço dela tivesse se soltado.

E enquanto a chuva caía ao meu redor, deixei as faíscas roxas dançarem entre meus dedos mais uma vez. Não como uma arma. Não como um reflexo do ódio.

Apenas como parte de mim.

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— Four Rusted Horses
— A água sempre esteve lá. Em cada canto do mundo, em cada parte de mim. Invisível no ar que respiramos, adormecida sob a terra, fluindo pelo corpo como um rio silencioso. Ela se adapta, preenche, molda-se ao recipiente, mas nunca perde sua essência. Sempre encontra um caminho.

Às vezes, queria ser como a água. Flexível e serena. Em vez disso, carrego dentro de mim uma corrente que ora se acalma, ora se transforma em tempestade. Há momentos em que sinto que estou me afogando nela. Cada pensamento de raiva é uma onda que quebra, cada ressentimento uma pedra afundando no fundo de um mar escuro.

Eu sabia que o ódio em mim era como fogo — destrutivo, impiedoso, consumindo tudo o que tocava. Mas e se também fosse água?

Água pode ser suave, um alívio nos dias de calor. Mas também pode afogar. Pode ser uma brisa úmida, mas, no instante seguinte, um rio impiedoso arrastando tudo em seu caminho. Como o ódio. Não precisa vir como um incêndio para destruir; às vezes, ele apenas permeia, infiltra-se, até encharcar o coração.

Enquanto eu caminhava de volta pela trilha lamacenta, com a chuva ainda caindo leve ao meu redor, pensava nisso — na água como metáfora, mas também como escape. O que eu podia aprender dela?

A água não resiste. Não luta contra a rocha. Ela a contorna, pacientemente, até moldá-la. O fogo, por outro lado, devora tudo no caminho, ansioso por controle. Mas o que aconteceria se eu aprendesse a balancear os dois? Deixar que o fogo dentro de mim existisse sem queimar tudo ao redor?

Talvez, aceitar a água fosse aceitar a minha própria vulnerabilidade. E isso doía mais do que o ódio. Ser vulnerável é admitir que posso ser ferida. E, no fundo, isso é o que mais me assusta. Não o ódio. Não o peso da minha linhagem. Mas a ideia de que, mesmo com tudo isso, ainda sou capaz de sentir.

Eu parei ao lado de um pequeno riacho que serpenteava entre as pedras, a água translúcida refletindo o céu cinzento. Ajoelhei-me na beira e mergulhei os dedos, sentindo a frieza suave correr pela minha pele. Por um momento, parecia que o mundo inteiro tinha parado. Apenas a água fluía. Apenas ela sabia exatamente o que fazer.

A raiva quer explodir... — murmurei, sem falar com ninguém em particular. — Mas a água... ela simplesmente segue.

Fechei os olhos e deixei que aquela sensação me inundasse. A corrente gelada parecia lavar alguma coisa dentro de mim, um pedaço do peso que eu vinha carregando por tanto tempo.

Quando abri os olhos novamente, lá estava ela. A Kitsune. Silenciosa como a brisa, com seu olhar penetrante e postura serena. Ela não disse nada, apenas observou enquanto eu deixava as gotas escorrerem pelas minhas mãos.

Você está começando a entender, pequena chama. A voz dela soava como um eco distante, suave como a água que corria.

Eu não respondi. Apenas me levantei e encarei o riacho por mais um instante, tentando gravar aquela sensação na memória. Não uma batalha, não uma explosão de poder. Apenas... um fluxo constante. Algo que se moldava sem perder a forma.

A Kitsune começou a caminhar, desaparecendo lentamente entre as árvores. Dessa vez, eu não a segui. Fiquei ali por mais alguns minutos, enquanto a chuva fina continuava a cair e o rio corria em silêncio.

E pela primeira vez em muito tempo, senti que talvez — só talvez — eu não estivesse lutando contra algo incontrolável. Talvez a água em mim pudesse coexistir com o fogo. Talvez fosse possível viver com ambos.

Eu só precisava aprender a deixar fluir.

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— Four Rusted Horses
— A Kitsune desapareceu na floresta, mas a presença dela ficou comigo — um eco distante que eu não conseguia abafar. "Você está começando a entender, pequena chama." Aquelas palavras reverberavam na minha mente, tão leves quanto a água corrente, mas tão profundas quanto um abismo.

Entender o quê, exatamente?

Enquanto caminhava de volta, o céu ainda velado por nuvens pesadas, percebi o quanto eu me sentia exausta. Não no corpo, mas na alma. Era como se cada passo arrastasse um peso invisível, como se eu estivesse tentando carregar tudo sozinha — as memórias, a raiva, a culpa.

Ryo sempre dizia que o ódio era uma corrente impossível de nadar contra. “Ele te leva,” ele avisava, “e, se você não for cuidadosa, você se afoga nele.”

Eu sempre odiei essa metáfora. Afogar-se. Era um destino fraco demais para alguém como eu, uma Uchiha. Mas agora... agora fazia sentido. A raiva não era só fogo queimando por dentro. Era também água escura que ameaçava me engolir por completo.

Com os olhos baixos, observei meus pés se arrastando pelo chão úmido da floresta. O ritmo da chuva era o único som além da minha respiração. O silêncio preenchia os espaços entre cada pensamento indesejado, mas nunca por muito tempo. A mente sempre acabava voltando para as mesmas questões inevitáveis.

Por que era tão difícil me libertar desse ódio?

O que está me prendendo? — murmurei, sem esperar resposta.

Eu queria ser livre dele, mas parte de mim não sabia se poderia realmente existir sem ele. Como eu seria sem essa raiva que sempre esteve comigo? Como uma chama sem calor? Como um rio que parou de correr?

A água me chamava para soltar, deixar ir, mas o fogo dentro de mim se recusava a ceder. Sem ele, o que restaria?

Foi então que ouvi um estalo. Um galho quebrado, perto demais. Parei e fiquei imóvel. Minha mão inconscientemente se moveu para a kunai presa ao cinto, os sentidos em alerta. A floresta, antes apenas um santuário, agora parecia sufocar ao meu redor.

Sempre tão inquieta, não é?

A voz sussurrou como a brisa passando entre as folhas. Era a Kitsune. Desta vez, ela estava ali, bem atrás de mim, mas não precisei me virar para vê-la. A presença dela era tão palpável quanto a chuva, e seu tom, quase zombeteiro, dançava entre o desprezo e a curiosidade.

Você quer deixar ir. Mas tem medo. — ela disse, com uma certeza que fez minha pele arrepiar. — Porque sem ele, você não sabe quem é.

Fiquei em silêncio. Não havia como refutar o que ela dizia. Era a verdade nua e crua.

Como você sabe disso? — perguntei, sem esconder a amargura na voz.

Porque todos carregamos nossas próprias maldições. Algumas são tão antigas quanto as estrelas. — A Kitsune deu um passo à frente, e eu finalmente me virei para encará-la. Os olhos dela brilhavam como água refletindo a luz do luar.

Não se trata de destruir o fogo dentro de você, Lil. Nem de lutar contra ele. — Sua voz era baixa, mas cortante. — Se trata de aprender a viver com ele sem ser consumida.

Eu queria dizer algo. Negar. Rejeitar. Mas não consegui. As palavras dela eram como uma faca afiada, cortando direto para a verdade que eu havia evitado.

Viver com o fogo sem ser consumida.

As gotas de chuva escorriam pelo meu rosto, misturando-se às lágrimas que eu não percebi que estavam ali. Por que isso parecia tão difícil?

A Kitsune me observou em silêncio, como se esperasse alguma resposta que só eu poderia dar. Então, sem aviso, ela se virou e começou a se afastar novamente, como antes, deslizando pela floresta com uma leveza quase sobrenatural.

Você vai aprender, pequena chama. Ou vai se perder para sempre.

Fiquei ali por um momento, com o mundo ao meu redor se movendo devagar, como se eu estivesse dentro de um sonho. O que significava aceitar esse fogo sem ser consumida por ele? Talvez, a resposta não estivesse em uma batalha ou em fugir dele. Talvez, eu precisasse, pela primeira vez, simplesmente parar de lutar.

E, assim como a água... aprender a deixar fluir.

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— Four Rusted Horses
— Eu continuei parada ali, a chuva correndo fria pela minha pele enquanto a floresta murmurava ao meu redor. O mundo parecia tão calmo, tão indiferente à tempestade que existia dentro de mim. A Kitsune havia ido embora, mas as palavras dela ficaram, como brasas acesas no fundo da minha mente.

Aceitar o fogo sem ser consumida.

A ideia me perturbava mais do que qualquer batalha que já enfrentei. Meu instinto sempre foi o de lutar — contra os outros, contra a dor, e agora contra mim mesma. Mas talvez o pior tipo de luta fosse essa que você não pode vencer com força.

Com um suspiro pesado, continuei andando. A floresta parecia cada vez mais distante, como se o caminho que eu traçava me levasse para dentro de mim mesma. Os ecos da minha raiva voltavam em cada passo. Tudo que Shinji disse, cada ferida que ele reabriu, tudo parecia me queimar por dentro.

Eu odiava isso. E, mais ainda, odiava admitir o quanto ele estava certo.

Enquanto me aproximava do rio que cortava a floresta, o som da correnteza ficou mais alto, como uma voz sussurrando ao meu ouvido. O rio parecia maior do que eu lembrava, quase ameaçador, mas ao mesmo tempo havia algo de reconfortante nele — um movimento constante, indomável e sereno.

Fiquei na margem, observando a água passar como se carregasse o tempo em si. Ela nunca parava, nunca hesitava. Não importava quantas pedras ou galhos a obstruíssem, ela encontrava uma maneira de seguir em frente. Fluir era a sua natureza.

Sentei na beira do rio, deixando a chuva e o vento fazerem o trabalho de silenciar minha mente. Seria isso o que eu precisava? Deixar que tudo fluísse, sem tentar conter ou lutar contra? A ideia parecia tão estranha quanto dolorosa. Sempre tive medo de que, se eu parasse de lutar, a dor e a raiva me consumiriam por completo.

Mas, talvez, fosse o contrário. Talvez lutar contra isso fosse o que estava me afogando desde o começo.

Puxei os joelhos para perto do corpo, observando meu reflexo fragmentado na água agitada. Quem eu era de verdade? Uma Uchiha? Uma maldição ambulante? Ou apenas... alguém perdida demais para encontrar qualquer resposta?

Foi então que ela apareceu novamente. Sem aviso, sem som. A Kitsune estava ali, sentada ao meu lado na margem, como se sempre estivesse.

— O rio não pensa em onde começa ou termina. Ele só flui.

Ela falou com tanta naturalidade que me deu vontade de rir, mas ao mesmo tempo eu senti um aperto no peito. Havia verdade ali, uma verdade que eu não sabia como aceitar. Será que eu conseguiria viver assim? Sem tentar controlar tudo, sem ser levada pela correnteza do ódio?

A Kitsune inclinou a cabeça, como se lesse meus pensamentos.

Ainda é difícil, não é? — perguntou suavemente.

Eu balancei a cabeça, um movimento quase imperceptível. — Como... faço isso? Como deixo tudo fluir sem me perder?

Ela sorriu, um sorriso enigmático e tranquilo. — Você já sabe.

Fiquei em silêncio, encarando a água. Não havia resposta clara, nenhuma fórmula mágica. Talvez o ponto fosse exatamente esse: não há um caminho certo. Só existe o próximo passo, e o próximo depois dele. Como o rio, sempre em movimento.

Por fim, a Kitsune se levantou e olhou para mim com olhos profundos, como se enxergasse tudo o que eu sou e o que eu temo. — Lembre-se, pequena chama: Nem todas as coisas que queimam precisam ser destruídas.

E com isso, ela desapareceu mais uma vez, deixando apenas o som da água corrente e a chuva suave para preencher o vazio.

E ali, sozinha na margem do rio, comecei a entender. Talvez, pela primeira vez, eu não precisasse lutar tanto. Talvez, eu pudesse apenas... deixar ser.

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— Four Rusted Horses
— A água sempre pareceu distante para mim. Era calma demais, fluída demais. Nunca me imaginei a controlando. Eu era fogo, impulso e intensidade. Mas agora, sentada na margem do rio, havia algo diferente — um fio tênue de entendimento surgia, como uma gota solitária caindo em um lago quieto.

A chuva continuava caindo ao meu redor, e pela primeira vez não parecia um incômodo. Era como se a água tivesse esperado pacientemente por mim, me observando de longe, até que eu estivesse pronta para ouvi-la.

Levantei a mão, deixando a chuva escorrer entre meus dedos. As gotas dançavam na minha pele, pequenas e frágeis, mas persistentes. Água não força nada. Ela não queima, não explode. Ela apenas segue. Passa por tudo, inevitável, mas sem resistência.

Senti algo novo surgir dentro de mim. Não era raiva, não era medo. Era mais sutil, como o momento de paz que existe entre um trovão e o próximo relâmpago. Era aceitação. Não o tipo fácil e confortável, mas a aceitação amarga de que nem tudo pode ser controlado — e de que isso é, de alguma forma, libertador.

Fechei os olhos, e em minha mente o rio continuava fluindo, ininterrupto. As memórias dolorosas, os medos e as frustrações — eu deixei tudo correr com a correnteza, como pedras rolando suavemente para o fundo. Não eram mais pesos para carregar, apenas parte do fluxo.

Quando abri os olhos novamente, algo havia mudado. A água ao meu redor estava diferente. Não apenas como elemento, mas como uma extensão de mim mesma.

Pela primeira vez, a água me respondia.

Levantei-me devagar e estendi a mão sobre o rio. A corrente parou por um instante, como se segurasse a respiração. Não com esforço ou tensão, mas com uma suavidade natural — como um amigo que sabe exatamente o que você precisa.

A água subiu. Uma esfera clara e perfeita emergiu da superfície, flutuando acima da palma da minha mão. Era leve como uma pena e densa como um segredo guardado por muito tempo.

Eu a girei lentamente, sentindo o equilíbrio frágil entre controle e liberdade. A esfera se desfez em fios delicados, que voltaram a cair na água sem ruído, como se nunca tivessem se separado dela. Fluir e ceder, como as palavras da Kitsune.

E então percebi: controlar a água não é dominá-la. É entender seu movimento e seguir junto. Aceitar a inevitabilidade da mudança e aprender a dançar com ela, sem medo de perder-se na correnteza.

Sorri pela primeira vez em muito tempo. Não era um sorriso largo, mas era genuíno. Talvez eu ainda não tivesse todas as respostas, e talvez ainda houvesse batalhas a enfrentar, tanto dentro quanto fora de mim.

Mas, naquele momento, pela primeira vez, eu não estava lutando.

Olhei para o horizonte, para o templo oculto mais à frente nas montanhas, sabendo que ainda havia um longo caminho pela frente. E, estranhamente, isso não me assustava mais.

O rio corre, e eu correrei com ele.

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— Four Rusted Horses
— A água gotejava dos fios soltos do meu cabelo, escorrendo pelo rosto enquanto eu fitava a correnteza à minha frente. Estava em paz, mas ainda não completa. Algo dentro de mim sabia que aquela quietude recém-descoberta era apenas o início — uma fundação frágil que ainda precisava ser firmada para não desmoronar ao primeiro sopro do passado.

Então, a voz dela veio novamente.

Está pronta para parar de lutar contra si mesma? — A Kitsune surgiu da neblina, como se fosse feita da própria chuva. Sua forma etérea brilhava em tons pálidos, os olhos dourados iluminando o crepúsculo. Serena, mas com uma ponta de malícia cuidadosamente disfarçada.

Aproximei-me dela, os pés afundando na lama à beira do rio. Não havia medo, apenas curiosidade. Ela parecia uma sombra que sempre esteve à espreita, esperando o momento certo para se revelar — não como inimiga, mas como uma parte de mim que eu havia negado.

O que você quer de mim? — perguntei, a voz baixa, como um suspiro perdido na chuva.

A Kitsune inclinou a cabeça, com um sorriso quase imperceptível no canto dos lábios.
Não quero nada, Lil. Só estou aqui para dar o que você precisa.

E o que é isso?

Ela caminhou ao meu redor, lenta, como uma dançarina executando um passo antigo e ensaiado. Sua presença era desconcertante, não por ser ameaçadora, mas porque era estranhamente familiar. Ela era a personificação de algo que sempre existiu dentro de mim: a dualidade entre calma e caos, razão e instinto.

Aceitação, é claro. Mas para encontrar isso, você precisa primeiro se render. Não à sua maldição, nem à raiva que sente... mas ao equilíbrio entre elas. — A voz dela era quase doce, mas carregava um peso ancestral, como se cada palavra fosse um segredo guardado há séculos. — A raiva não é sua inimiga, Mayer. O problema é que você a tratou como se fosse.

Eu a encarei por um longo momento, deixando as palavras dela se infiltrarem em mim, como a chuva que encontrava o leito de um rio esquecido.

O que você quer de verdade? — perguntei de novo, desta vez sem desconfiança.

Ela parou, fitando-me nos olhos com intensidade.
Quero oferecer-lhe um pacto de sangue. Um vínculo eterno. Não como mestre e servo, mas como iguais. Você precisa de equilíbrio, Lil, e eu sou a outra metade que você nunca soube que estava procurando.

Um pacto de sangue...

O significado disso se enraizou em mim com clareza brutal. Esse vínculo não seria apenas uma aliança: seria a fusão entre o eu que eu acreditava ser e o eu que temia me tornar. Aceitar significava reconhecer tudo que eu era — tanto o que eu amava quanto o que eu odiava.

Ela deu um passo à frente, estendendo uma garra delicada, e a chuva pareceu congelar no ar ao nosso redor.

Tudo que você precisa fazer é dizer sim.

Por um momento, tudo ficou em silêncio — um silêncio absoluto, onde até o vento segurava o fôlego. Era o tipo de escolha que não poderia ser desfeita.

Eu soube, então, que o rio não pararia para me esperar. Ou eu fluía com ele... ou afundava de vez.

Respirei fundo e estendi a mão, deixando minha palma tocar a dela. O frio da garra encontrou o calor do meu sangue, e em um instante, o pacto foi selado.

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— Four Rusted Horses
— A chuva havia parado. Tudo estava silencioso, exceto pelo som suave da água corrente ao meu redor. O peso que eu carregava na alma se dissipava, como névoa ao nascer do sol. A Kitsune havia desaparecido, mas não como algo perdido. Ela permanecia ali, dentro de mim, como uma chama sutil, aguardando. Eu finalmente compreendia: não precisava ser uma ou outra, raiva ou paz. Precisava ser ambas, como uma corrente que jamais se rompe.

Me levantei devagar, o corpo exausto, mas leve. O rio ainda corria. E eu estava pronta para correr com ele.

Então é isso? — A voz de Ryo rompeu o silêncio, e eu me virei, encontrando seus olhos claros e ligeiramente preocupados. Ele estava parado à margem do rio, os braços cruzados, a expressão séria. Mas havia algo mais ali... um alívio profundo, algo que ele segurava no peito há muito tempo.

Isso o quê? — perguntei, limpando as gotas de água do rosto.

Ele me observou por um instante que pareceu se alongar no tempo. Depois, suspirou profundamente, como se tivesse esperado por aquele momento desde sempre.
Você voltou. A Lil que eu conheço está de volta.

Suas palavras atravessaram meu coração como um raio de sol, aquecendo algo dentro de mim que eu pensei ter perdido para sempre. Sorri, um sorriso genuíno, talvez o primeiro em muito tempo.
Acho que sim.

Ryo relaxou os ombros, e seu olhar cansado suavizou-se em algo mais gentil, quase terno.
Eu estava começando a achar que ia precisar te carregar de volta no colo.

Eu ri. Não aquela risada contida, forçada. Uma risada de verdade. Uma risada que ele acompanhou, e por um breve momento, o mundo parecia simples, como se tudo estivesse exatamente onde deveria estar.

Obrigada, Ryo. — murmurei, aproximando-me dele. E antes que ele pudesse dizer mais alguma coisa, o abracei.

Ele congelou por um segundo, completamente pego de surpresa, mas logo senti seus braços se moverem, envolvendo-me com cuidado, como se eu fosse algo precioso.
Achei que você não era do tipo sentimental. — ele brincou, com a voz abafada pelo meu ombro.

Não sou. — Eu fechei os olhos e sorri. — Só estou aproveitando enquanto posso.

Ficamos ali, abraçados, no meio do silêncio quebrado apenas pela água corrente e pelo farfalhar das folhas. Era a sensação de estar em casa, não em um lugar, mas em um momento.

Ryo deu um suspiro longo e satisfeito, apertando-me um pouco mais contra si.
Você sabe... eu sempre confiei em você, mesmo quando você não confiava.

Eu não respondi de imediato. Mas ele sabia. E naquele abraço, não havia mais espaço para máscaras ou dúvidas.

O mundo ainda era imperfeito. Ainda havia lutas à frente, batalhas dentro e fora de mim. Mas naquele instante, eu sabia que, acontecesse o que fosse, eu não estava mais sozinha. Nunca estive.

E dessa vez, eu estava em paz com isso.

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Kaguya
Mestre de RPG
[Quest] - Four Rusted Horses OxxAo3l
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[Quest] - Four Rusted Horses Img_0610
doneAprovado

Bom jogo!

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[Quest] - Four Rusted Horses GTG2M5mOlá, Convidado, eu sou o Kaguya.
Vim te trazer alguns conselhos que facilitarão a sua narração no Naruto RPG Akatsuki:

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