As nuvens densas cobriam o horizonte, enquanto o vento rugia entre as montanhas que delimitavam o limite de Konoha e as Terras Desoladas. No topo de um antigo penhasco, conhecido como o Penhasco Sagrado, Ōkami Lee permanecia firme, encarando o vazio à sua frente. A jornada que o havia levado até ali fora árdua, mas necessária. Ele estava à beira de algo que nenhum homem deveria experimentar — a abertura do Oitavo Portão, o lendário Shimon, o Portão da Morte. Um poder reservado para aqueles que estavam dispostos a sacrificar tudo em nome da força definitiva.

Ōkami respirou profundamente, sentindo o ar gelado preencher seus pulmões. O sol começava a surgir lentamente entre as nuvens, iluminando o terreno abaixo com um brilho dourado, como se o próprio mundo estivesse consciente da decisão que ele estava prestes a tomar. O Oitavo Portão não era apenas mais um desafio físico — era um teste de sua alma, de sua capacidade de suportar a pressão que inevitavelmente viria. O risco não era apenas perder a vida, mas perder a própria essência do que ele havia se tornado.

— Este é o último passo... o último limite — murmurou, seus olhos fixos no horizonte.

O Kyōmon, o Sétimo Portão, havia sido um teste excruciante, mas nada comparado ao que o esperava no Shimon. No fundo de seu ser, porém, Ōkami sabia que o despertar do Oitavo Portão era apenas parte da transformação que ele estava buscando. Ele também sentia algo novo, algo além da força física — um poder diferente, mais refinado, que estava à espreita. Esse poder, conhecido como Ki Blue, representava o próximo estágio na evolução de sua energia. Diferente do Ki Red, que era bruto e destrutivo, o Ki Blue era mais profundo, mais sereno, e carregava uma essência espiritual que apenas aqueles que transcenderam os limites humanos poderiam acessar.

Ōkami fechou os olhos, permitindo-se sentir a energia ao seu redor. A conexão com o ambiente era palpável. Cada corrente de ar, cada folha que balançava ao vento, parecia pulsar em sincronia com o Ki dentro dele. No entanto, ele sabia que o Ki Blue ainda estava distante — algo que apenas aqueles que ousassem abrir o Shimon poderiam alcançar. A verdadeira transformação aconteceria quando ele fosse capaz de dominar ambos, corpo e espírito.

— Eu vou além dos meus limites... pelo poder absoluto — afirmou, sua voz firme, mas com um toque de reverência ao que estava prestes a enfrentar.

Ele se posicionou no centro do penhasco, com as pernas firmemente plantadas no solo rochoso. O vento chicoteava seus cabelos prateados, mas ele estava imóvel, como uma rocha no meio de uma tempestade. Ōkami começou a concentrar-se profundamente, sentindo o fluxo do chakra percorrer seu corpo. Primeiro, ele abriu o Kyōmon, sentindo o poder familiar inundar seus músculos e ossos. O Ki Red emergiu ao redor de seu corpo, formando uma aura brilhante e intensa.

Mas dessa vez, havia mais. Havia algo além, esperando por ele no limite final de seu controle. Ōkami começou a canalizar mais chakra, pressionando os limites de sua resistência. A dor, que antes o debilitava ao abrir o Sétimo Portão, agora era suportável, pois ele havia aprendido a aceitá-la. Cada célula de seu corpo gritava, mas sua mente estava focada.

— Eu estou pronto para o último passo... para o Portão da Morte — disse, com um brilho de determinação intensa em seus olhos.

O chakra dentro de seu corpo começou a se intensificar ainda mais. Ele estava avançando para o Shimon, sentindo a barreira que separava a vida da morte começar a se desfazer dentro de si. O Oitavo Portão não era algo que podia ser dominado apenas com força física; era necessário um compromisso total, um desejo de transcender a própria existência.

Ōkami respirou fundo mais uma vez. Ele sabia que a abertura do Shimon traria uma explosão de poder incomparável, mas também sabia que essa força vinha com um preço. A cada segundo que passasse com o Shimon aberto, seu corpo se aproximaria da destruição. No entanto, ele estava preparado. Durante toda a sua jornada, havia aprendido que o verdadeiro poder não era apenas físico, mas também espiritual. E era isso que o Ki Blue representava — a união perfeita entre corpo e espírito.

Com o chakra em seu limite absoluto, Ōkami abriu os olhos. Eles brilhavam com uma luz feroz, mas também calma. Ele estava pronto para dar o salto final, para cruzar a barreira entre a vida e a morte e despertar o Ki Blue, o poder que transcenderia tudo o que ele conhecia.

— Vamos ver até onde eu posso ir — disse ele, um sorriso leve se formando em seus lábios.

Ōkami começou a concentrar ainda mais chakra em seu corpo, sentindo o limiar do Shimon se aproximar. O vento ao seu redor intensificou-se, e o chão começou a tremer sob seus pés. O Oitavo Portão estava à beira de ser liberado, e com ele, a verdadeira prova de sua força e controle estava prestes a começar.

O vento soprava com mais força, chicoteando as rochas e levantando poeira ao redor de Ōkami Lee. O sol nascente tingia o céu com tons de laranja e vermelho, refletindo a intensidade do momento. Ele estava à beira de algo incomensurável. No alto do Penhasco Sagrado, Ōkami se preparava para cruzar o limite final — abrir o Shimon, o Oitavo Portão, o Portão da Morte. Seus músculos estavam tensionados, o chakra fluía como um rio violento por todo o seu corpo, e o Ki Nível Red ardia em sua aura, brilhando intensamente.

Mas ele sabia que o que estava por vir era muito mais do que simples força física. O Shimon exigiria tudo de si. Não apenas seu poder, mas sua vida. A cada segundo com o Oitavo Portão aberto, seu corpo se aproximaria da destruição. Ainda assim, havia uma calma em seu coração. Ele estava pronto para aceitar o preço, pois sabia que esse era o caminho final de um guerreiro que havia dedicado tudo à busca pelo poder supremo.

Ōkami fechou os olhos, respirando profundamente. Seu corpo pulsava com a pressão do chakra, mas havia mais do que o poder físico fluindo por ele. Desde que havia despertado o Ki Red, Ōkami sentia que algo mais aguardava. O Ki Blue, uma energia diferente, espiritual e serena, estava lá, à espera. Ele sabia que o despertar dessa força não viria de um treinamento comum. Ela só seria acessível quando ele estivesse completamente alinhado com sua essência interior — algo que o Oitavo Portão lhe proporcionaria.

— Esta é a barreira final — sussurrou, sua voz baixa, mas cheia de determinação.

Com os olhos ainda fechados, ele começou a concentrar mais chakra, sentindo a pressão aumentar exponencialmente. Seu corpo começou a tremer, e a dor, antes adormecida, voltou com uma força brutal. O chakra pulsava violentamente em cada fibra de seu ser, e ele sabia que estava próximo. Ōkami abriu o Kyōmon, sentindo a energia do Sétimo Portão fluir livremente. Sua aura vermelha brilhava intensamente, mas agora era mais estável, mais controlada. O Ki Red envolvia seu corpo como uma chama furiosa, mas ele a controlava perfeitamente.

— Agora... o último portão.

Ele sabia que o Shimon não seria apenas uma explosão de poder. A verdadeira prova estava em como ele seria capaz de controlar essa força sem ser consumido. Ele precisava despertar o Ki Blue no momento certo, quando seu corpo estivesse à beira da destruição, mas sua mente estivesse em plena calma.

Ōkami concentrou-se ainda mais, e então, com um grito de força e dor, ele abriu o Shimon.

Imediatamente, seu corpo foi tomado por uma energia esmagadora. O chakra explodiu de dentro dele, e sua aura mudou drasticamente. O Ki Red, que antes dominava sua presença, começou a se transformar. A energia vermelha foi tomada por uma luz branca ofuscante que emanava de seu corpo, criando ondas de choque que sacudiram o penhasco. O chão sob seus pés rachou, e o ar ao seu redor parecia vibrar com a pressão do poder liberado.

— Aahhhh! — Ōkami rugiu, enquanto seu corpo era tomado pela dor de ter aberto o Portão da Morte.

Cada célula do seu corpo estava sendo forçada ao máximo, como se estivesse sendo incinerada por dentro. A pressão era insuportável. Seus músculos pulsavam, suas veias saltavam, e o calor irradiava de seu corpo como um sol em miniatura. No entanto, no centro de toda essa destruição, Ōkami mantinha sua mente firme. Ele sabia que não poderia perder o controle agora.

No momento em que o Ki Red começou a se dissipar, ele sentiu algo diferente dentro de si. Uma serenidade começou a surgir em meio ao caos. Era como se, no limite entre a vida e a morte, uma nova energia estivesse despertando. O Ki Blue. Ele estava ali, aguardando, pronto para ser acessado. Ōkami não precisaria lutar para controlá-lo — ele precisaria se entregar completamente.

— Eu sinto... eu estou quase lá — disse ele, com os dentes cerrados pela dor.

O Ki Blue começou a se manifestar lentamente, envolvendo o Ki Red em uma camada azulada. A intensidade destrutiva foi suavizada por uma calma profunda. Seu corpo ainda estava sob imensa pressão, mas havia uma paz interior que o ajudava a resistir. A sensação era diferente de tudo que ele já havia experimentado. Era como se o Ki Blue trouxesse consigo uma clareza absoluta, uma conexão direta entre seu espírito e o poder que o cercava.

— Este... é o verdadeiro poder — afirmou, sentindo o Ki Blue emergir plenamente.

A dor não desapareceu, mas a serenidade do Ki Blue a tornou suportável. Ōkami sabia que estava entrando em uma nova fase de sua evolução. O Shimon estava aberto, e com ele, a verdadeira força espiritual do Ki Blue. O céu acima dele parecia responder, com as nuvens se abrindo lentamente e o vento se acalmando, como se o mundo ao redor reconhecesse a transformação que estava acontecendo.

Ōkami sorriu levemente, apesar da dor que queimava em seu corpo. Ele havia cruzado a barreira final.

— Eu consegui....

A aura azul agora envolvia completamente o corpo de Ōkami Lee. O poder que fluía através dele era incomparável, mas também diferente de tudo que havia sentido antes. O Ki Blue não era apenas uma amplificação de sua força física, como o Ki Red; ele era mais profundo, espiritual, como se cada célula de seu corpo estivesse em perfeita harmonia com a energia que o cercava. O Shimon, o Oitavo Portão, estava aberto, liberando um poder imensurável, mas ao invés de ser consumido pelo caos, Ōkami estava no controle.

Seus olhos brilhavam intensamente com o resplendor azul, e ele sentia uma serenidade que contrastava com a explosão de energia ao seu redor. A cada segundo que passava, Ōkami compreendia melhor a natureza do Ki Blue. Era como se ele tivesse finalmente alcançado o equilíbrio perfeito entre o corpo e o espírito. O Portão da Morte estava aberto, mas ele não sentia medo. Estava consciente do preço que pagaria, mas agora compreendia que o verdadeiro poder vinha da aceitação completa daquilo que se é.

Ōkami olhou para suas mãos, observando a energia azulada cintilando ao redor de seus dedos. O chão ao seu redor estava marcado pela intensidade da abertura do Oitavo Portão, mas ele se movia com uma leveza que antes não tinha. O poder não o controlava mais — ele era o próprio poder. Cada movimento seu agora carregava uma força avassaladora, mas com uma precisão cirúrgica. Ele havia se tornado a manifestação viva do equilíbrio entre a vida e a morte, e o Ki Blue era a prova disso.

— Então... é isso — sussurrou, enquanto dava um passo à frente.

Ele girou lentamente, testando o alcance de seu poder. Com um simples movimento de mão, uma rajada de energia azul foi liberada de seu corpo. O vento ao seu redor se partiu, e uma onda de choque suave, mas incrivelmente poderosa, viajou pelo ar, atingindo uma rocha massiva a alguns metros de distância. O impacto foi devastador, mas diferente das explosões que ele costumava causar. A rocha foi cortada ao meio, com uma precisão tão limpa que Ōkami quase não acreditou no que estava vendo.

— Esse... é o verdadeiro poder do Shimon e do Ki Blue — afirmou, uma expressão de admiração em seu rosto.

Ele sabia que estava no auge de sua força. Cada fibra de seu ser estava pulsando com a energia da transformação, e o Ki Blue, ao contrário do Ki Red, não o desgastava de imediato. Pelo contrário, era como se estivesse sustentando seu corpo, mantendo-o firme diante da pressão imensa do Portão da Morte. Ele agora compreendia que o Ki Blue era a resposta para o fardo destrutivo do Shimon — uma energia que equilibrava a imensa força física com uma serenidade espiritual que apenas aqueles que transcendiam seus limites poderiam alcançar.

Ōkami avançou mais alguns passos, seus movimentos leves como o vento. A cada passo, a terra tremia suavemente, como se reconhecesse a presença de algo divino. Ele saltou no ar com uma velocidade impressionante, mas ao invés de gerar ondas de destruição ao aterrissar, pousou suavemente, liberando apenas uma leve onda de energia. A combinação entre poder absoluto e controle perfeito era o que tornava o Ki Blue tão único.

Ele sabia que não poderia manter o Shimon aberto por muito tempo. Seu corpo já começava a dar sinais de desgaste, mesmo com a ajuda do Ki Blue. A dor, antes sutil, agora começava a aumentar, irradiando de seus músculos e ossos como fogo. Mas Ōkami permaneceu firme. Ele havia aceitado o destino que vinha com esse poder. O preço pela força absoluta era inevitável, mas, naquele momento, ele não estava preocupado. Tudo o que importava era o que ele havia alcançado — o ponto final de sua jornada como guerreiro.

— Este... é o poder que vai me levar além — disse, seu olhar fixo no horizonte.

O céu começou a se abrir mais, e os primeiros raios do sol banharam Ōkami, iluminando sua figura coberta pela aura azul cintilante. Ele respirou fundo, sentindo a conexão entre o seu corpo e o Ki Blue se aprofundar ainda mais. O vento suave parecia sussurrar ao seu redor, e Ōkami, agora mais do que nunca, sentia-se parte do universo. Ele havia transcendido o limite final.

Com um último olhar para o campo de batalha ao seu redor, Ōkami sorriu. Ele sabia que essa era a verdadeira força, o verdadeiro equilíbrio. O Shimon havia aberto o caminho para o Ki Blue, e com isso, ele havia se tornado o guerreiro que sempre sonhara ser — não apenas poderoso, mas em paz com o próprio poder.

— Eu... sou a união entre a vida e a morte — afirmou, sentindo o calor da transformação preencher seu corpo uma última vez.

O sol começava a ganhar força no horizonte, tingindo o céu com tons de dourado, enquanto a energia azul do Ki Blue ainda brilhava em torno de Ōkami Lee. No entanto, por mais que a sensação de paz e controle o dominasse, ele sabia que estava entrando em território perigoso. O Shimon, o Oitavo Portão, permanecia aberto, e a energia que fluía por seu corpo era tão intensa quanto letal. Ōkami havia transcendido os limites humanos, mas o preço pela força suprema estava começando a se manifestar.

Ele podia sentir a dor crescendo dentro de si. Cada músculo de seu corpo parecia estar no limite, cada osso ameaçava se partir sob a pressão esmagadora do chakra e da energia liberada. Apesar de o Ki Blue oferecer um equilíbrio espiritual, o fardo físico do Oitavo Portão ainda era imenso. A serenidade que ele sentia era acompanhada por uma dor constante, como se seu corpo estivesse sendo lentamente consumido por dentro.

— A força é um fardo... e é preciso suportá-lo até o fim — murmurou, seus olhos fixos no horizonte.

Ōkami sabia que não poderia manter o Shimon aberto por muito mais tempo. Seu corpo começava a mostrar sinais de desgaste, e por mais que o Ki Blue ajudasse a aliviar a pressão, ele não era imune às consequências do Portão da Morte. Ele começou a respirar com mais dificuldade, sentindo o peso de cada movimento. A energia espiritual do Ki Blue era suave, mas o custo físico do Shimon era uma montanha que ele teria de escalar até o fim.

Ainda assim, apesar da dor crescente, Ōkami não estava em pânico. Ele aceitou completamente o preço que teria de pagar. Cada segundo com o Shimon aberto era uma prova de sua determinação, e ele sabia que essa era a única maneira de realmente entender o limite final da força. A verdadeira maestria não vinha apenas do poder, mas da capacidade de suportar as consequências desse poder.

Ele fechou os olhos por um momento, tentando concentrar-se no fluxo de energia que ainda pulsava dentro de si. O Ki Blue o acalmava, e ele se permitiu mergulhar na sensação de serenidade que essa nova força trazia. Apesar de seu corpo estar no limite, sua mente estava em paz. O equilíbrio que ele havia encontrado era a chave para sobreviver, pelo menos por um tempo, ao impacto do Shimon.

— A verdadeira força... está em aceitar as consequências — disse ele, enquanto sentia a dor se intensificar.

Ōkami deu um passo à frente, testando seus limites mais uma vez. Seu corpo tremia levemente com o esforço, mas ele se recusava a ceder. Com um movimento rápido, ele desferiu um soco no ar, liberando uma onda de energia azul que cortou o vento à sua frente. A onda de choque viajou rapidamente, atingindo uma formação rochosa ao longe, que se partiu em pedaços limpos. O impacto foi devastador, mas controlado — uma demonstração perfeita da união entre o poder do Shimon e o controle do Ki Blue.

— Ainda consigo lutar... ainda consigo controlar — afirmou, enquanto observava os efeitos de seu golpe.

Mesmo com a força destrutiva à sua disposição, Ōkami não estava mais focado em causar destruição indiscriminada. Ele havia transcendido essa mentalidade. Agora, cada movimento seu era uma escolha consciente, uma demonstração de controle absoluto sobre o imenso poder que ele possuía. A verdadeira força estava em como ele a utilizava, e o Ki Blue era o canal perfeito para manifestar esse controle.

Porém, a dor continuava. Ōkami sentia seu corpo gritar por alívio, mas ele sabia que não havia volta. O Oitavo Portão exigia tudo, e ele havia escolhido abri-lo completamente. Cada segundo que ele mantinha o Shimon aberto o aproximava do limite, mas ele também sabia que cada segundo o aproximava da verdadeira maestria sobre sua própria força.

Ele flexionou os dedos, sentindo o Ki Blue vibrar suavemente em suas mãos. Era como segurar uma chama delicada, algo poderoso, mas que exigia cuidado para não se extinguir ou consumir tudo ao seu redor. Ōkami sabia que estava próximo de alcançar o ápice, mas o fardo físico do Shimon era cada vez mais evidente.

— Esse... é o preço do poder absoluto — disse ele, com uma expressão de aceitação em seu rosto.

Ōkami começou a se mover novamente, cada passo um teste de sua resistência. A cada movimento, ele sentia a dor irradiar por todo o seu corpo, mas sua mente estava em paz. O Ki Blue continuava a sustentá-lo, e ele sabia que enquanto mantivesse o controle sobre sua energia, poderia continuar avançando. No entanto, ele também sabia que o tempo estava se esgotando. Seu corpo estava à beira do colapso, mas ele não se arrependia de sua escolha.

Com os olhos fixos no horizonte, Ōkami respirou fundo uma última vez, sentindo o peso do Shimon e do Ki Blue se unirem dentro dele. Ele havia aceitado o fardo da força suprema, e agora, estava pronto para enfrentar o que viesse a seguir.

— Vamos... até o fim — afirmou, com determinação inabalável.

O céu estava se abrindo lentamente, e os primeiros raios de sol banhavam o Penhasco Sagrado em uma luz dourada. No entanto, Ōkami Lee mal sentia a beleza do amanhecer. Cada fibra de seu corpo estava no limite da resistência, pulsando com uma dor aguda e constante. O Shimon, o Oitavo Portão, continuava aberto, e a pressão dentro de seu corpo se intensificava a cada segundo. O Ki Blue ainda o envolvia em uma aura serena, mas mesmo essa energia espiritual não era suficiente para aliviar o fardo físico que o Portão da Morte impunha.

Seu coração batia acelerado, cada pulsação ecoando como um tambor de guerra. Ōkami sentia que, a qualquer momento, poderia cruzar o ponto de não retorno. O Ki Blue o ajudava a manter a calma mental, mas o desgaste era inevitável. Mesmo assim, ele permanecia firme. Ele sabia que, ao escolher abrir o Oitavo Portão, não haveria volta. Este era o caminho que ele havia traçado para si mesmo — o caminho da força suprema, mesmo que isso significasse sacrificar sua própria existência.

— Ainda não... ainda posso continuar — disse ele, com a voz rouca, enquanto sentia a dor crescer em seus ossos.

Apesar do sofrimento físico, sua mente estava surpreendentemente tranquila. A serenidade do Ki Blue o mantinha focado, permitindo que ele aceitasse cada onda de dor como parte de sua jornada. Ele não lutava contra o fardo; ele o acolhia. Sabia que a verdadeira maestria do Shimon não estava apenas em liberar um poder avassalador, mas em aceitar plenamente o peso desse poder sem resistir.

Com dificuldade, Ōkami deu um passo à frente, sentindo seus músculos gritarem em protesto. Ele estendeu o braço, e a energia azulada brilhou intensamente ao redor de seu punho. Com um movimento controlado, ele desferiu um soco no ar, liberando uma rajada de Ki que percorreu o espaço à sua frente, cortando o vento com uma precisão afiada. A onda de choque azul avançou e atingiu uma formação rochosa distante, pulverizando-a instantaneamente. Ōkami não precisava mais de explosões caóticas; ele era a própria força, moldada pela paz interior que o Ki Blue lhe proporcionava.

— Este é o verdadeiro poder... o controle absoluto — murmurou, enquanto observava o resultado de seu golpe.

Cada movimento que ele fazia agora era cuidadoso, intencional. Ele não desperdiçava energia, pois sabia que cada segundo com o Shimon aberto drenava suas forças. A intensidade do Ki Blue parecia estar em perfeita sincronia com o corpo e a mente de Ōkami, proporcionando-lhe uma clareza que nunca antes havia experimentado. Ele se sentia como se tivesse atingido o ápice da sua existência, o momento em que corpo e espírito se tornavam um só.

Mas o preço estava cada vez mais evidente. A dor em seu corpo era como um fogo que consumia lentamente cada parte de si. Ele sentia o desgaste em seus ossos, seus músculos pulsando com uma agonia crescente. Mesmo assim, ele mantinha-se firme, aceitando o sofrimento como parte do processo. Ele sabia que esse era o verdadeiro teste do Oitavo Portão: a capacidade de suportar o fardo sem ceder.

— Eu vim até aqui... e vou até o fim — disse, sua voz carregada de uma determinação feroz.

Ōkami começou a se mover novamente, sua velocidade impressionante mesmo sob a pressão esmagadora do Shimon. Cada passo que ele dava deixava uma pequena marca no solo rochoso, uma lembrança de sua presença. Ele girou em um chute rápido, liberando outra onda de choque azul que cortou o ar com precisão mortal. A rocha atingida se partiu em pedaços limpos, mas Ōkami já não sentia prazer no impacto. Ele estava em um estado de transcendência, onde cada movimento era um reflexo da aceitação total de seu destino.

Ele sentia a exaustão aumentando, mas também sentia uma paz indescritível. O Ki Blue o mantinha focado, permitindo que ele transcendesse a dor e entrasse em um estado de união com o próprio universo. Era como se ele fosse parte de algo maior, uma força que ia além do simples combate. Ele era o guerreiro e o espírito, a destruição e a paz.

Ōkami parou por um momento, respirando fundo. Ele sabia que o tempo estava se esgotando. A cada segundo, seu corpo chegava mais perto do ponto de ruptura, mas ele não tinha arrependimentos. Estava pronto para pagar o preço por ter alcançado o limite final. Ele olhou para o horizonte, com os primeiros raios de sol banhando seu rosto, e sentiu uma sensação de completude.

— Esse... é o verdadeiro significado da força — disse, seu olhar cheio de compreensão.

Apesar da dor que atravessava seu corpo, Ōkami estava em paz. Ele havia alcançado o que poucos ninjas sequer ousavam imaginar — o equilíbrio perfeito entre poder e espírito. E, mesmo que isso fosse o fim, ele sabia que sua jornada havia sido completa.

Ōkami sorriu levemente, sentindo o calor do sol e o brilho do Ki Blue envolver seu corpo. Ele estava pronto para o que viesse a seguir, seja o próximo desafio ou o descanso final. Ele era mais do que um guerreiro; ele era a personificação do poder que aceitava as consequências de sua própria força.

— Eu sou... a união entre vida e morte.

A luz suave do sol nascente iluminava o campo de batalha, banhando o Penhasco Sagrado em um brilho dourado. Ōkami Lee estava parado no centro do penhasco, seu corpo envolto em uma aura azul pulsante. O Shimon, o Oitavo Portão, estava aberto, e a energia devastadora que fluía por seu corpo era diferente de tudo que ele já havia experimentado. O Ki Blue resplandecia ao seu redor, brilhando como uma chama eterna, serena e inabalável.

O poder que Ōkami sentia era indescritível. Ele estava além dos limites humanos, além do que qualquer guerreiro poderia aspirar alcançar. No entanto, ele também sabia que estava em território perigoso. A cada segundo com o Oitavo Portão aberto, seu corpo sofria danos irreparáveis. A pressão esmagadora era quase insuportável, mas o Ki Blue proporcionava uma paz espiritual que contrabalançava o sofrimento físico. Era como se a serenidade do Ki estivesse guiando seu espírito, mesmo quando seu corpo ameaçava se despedaçar.

— Este é o verdadeiro poder... o sacrifício final — sussurrou, sua voz suave, mas cheia de convicção.

Ōkami fechou os olhos, mergulhando profundamente em seu interior. Sentia cada célula do seu corpo pulsando com a energia. O Ki Blue não era apenas uma manifestação de poder; era uma extensão de sua alma. Ele havia alcançado uma conexão com essa energia que ia além do físico. Era como se o Ki estivesse alinhado com sua vontade, permitindo que ele transcendesse a dor e a exaustão.

Ele estendeu as mãos à sua frente, observando o brilho azul cintilante que emanava de seus dedos. A dor era constante, como uma chama ardendo em seu interior, mas Ōkami não a temia. Pelo contrário, ele a aceitava. Sabia que essa era a natureza do Shimon — a destruição inevitável que vinha como preço pela força suprema. E, no entanto, havia beleza nisso. Havia uma sensação de completude, como se ele estivesse finalmente em paz consigo mesmo e com o mundo ao seu redor.

— Eu sou o fogo que queima... e a calma que permanece — disse ele, com um sorriso leve nos lábios.

Ōkami começou a se mover, seus passos leves como o vento. Cada movimento era uma dança de poder e precisão. Ele girou em um chute rápido, liberando uma onda de energia azul que cortou o ar com uma força silenciosa. O impacto atingiu uma rocha à distância, partindo-a ao meio de forma limpa, sem explosão. Era um reflexo do controle absoluto que ele havia alcançado. A força do Shimon e a serenidade do Ki Blue estavam perfeitamente alinhadas.

A exaustão, no entanto, estava se tornando mais evidente. Ōkami sentia seus músculos pulsando, suas veias queimando como se fossem tomadas por lava. Mas, em meio a toda a dor, ele sentia uma paz indescritível. Ele havia aceitado o destino que vinha com esse poder. Sabia que cada segundo a mais que mantinha o Oitavo Portão aberto o aproximava da destruição total, mas ele não recuaria.

Com um salto, ele se lançou no ar, girando sobre si mesmo. No auge do salto, concentrou todo o Ki Blue em seu punho e desferiu um golpe direto para o chão. Ao aterrissar, uma onda de choque azul se espalhou pelo campo, criando fissuras simétricas no solo. Não houve explosão; apenas um impacto profundo e controlado, que refletia a maestria que ele havia alcançado.

— A verdadeira força... não está no caos, mas no controle — afirmou, sua voz ecoando pelo penhasco.

Ele se ergueu lentamente, seu corpo tremendo com o esforço. O desgaste físico era imenso. Ōkami sabia que estava no limite de sua resistência, mas ainda assim, ele permanecia sereno. O Ki Blue brilhava intensamente, como se fosse a última chama antes de se apagar. Ele olhou para o horizonte, onde o sol agora brilhava plenamente, iluminando tudo ao seu redor.

— Estou pronto para o que vier... eu aceito o fim, assim como aceito o poder.

Ōkami respirou fundo, sentindo o ar frio preencher seus pulmões. O peso do Shimon estava esmagando seu corpo, mas sua mente estava em um estado de clareza absoluta. Ele havia atingido o ápice de sua força, e o Ki Blue era a prova de sua transformação. Não havia mais dúvida, não havia mais luta interna. Ele havia se tornado o guerreiro que sempre sonhou ser — em paz, mesmo diante da destruição iminente.

Com um último olhar para o céu, Ōkami fechou os olhos. Ele sabia que o tempo estava acabando, mas não havia arrependimentos. Ele havia enfrentado tudo, transcendido seus limites, e agora, estava pronto para aceitar as consequências de sua escolha.

— Eu sou a chama eterna... e serei lembrado por isso.

Ele sentiu o Ki Blue pulsar uma última vez, como uma onda de calor suave que envolveu todo o seu corpo. O brilho da energia azul foi se dissipando lentamente, como uma estrela cadente que desaparece no horizonte. Ōkami sorriu, sabendo que havia alcançado a verdadeira maestria.