Mahito estava em meio a uma missão de rastreamento em uma floresta densa nos arredores de Iwagakure. O céu estava escurecendo e a neblina rasteira tornava a visibilidade cada vez mais difícil. Seus sentidos estavam aguçados, e sua concentração focada nos sinais que indicavam a presença de uma organização que supostamente estava desenvolvendo experimentos perigosos nas fronteiras da Vila da Pedra. Mahito havia recebido a missão diretamente do Tsuchikage, e embora não tivesse informações detalhadas sobre o que exatamente estava sendo investigado, sabia que era crucial.
Enquanto ele avançava furtivamente pelo terreno, sentiu algo estranho no ar. Um som baixo, quase imperceptível, vindo das árvores à sua volta. Antes que pudesse reagir, uma onda súbita de fraqueza o atingiu. Seus membros começaram a ficar pesados, e sua visão ficou turva. Ele tentou se mover, mas o mundo ao seu redor começou a girar. A última coisa que se lembrava antes de perder a consciência era de uma figura sombria emergindo das árvores, movendo-se em sua direção com passos leves e precisos.
Quando Mahito acordou, ele estava em um ambiente completamente diferente. O chão sob seus pés era frio e metálico, e o ar carregava o cheiro estéril de produtos químicos. Ele piscou várias vezes, tentando clarear a mente. Ao se levantar, percebeu que estava em um laboratório vasto e bem iluminado, com equipamentos avançados que ele nunca tinha visto antes. Havia bancadas com instrumentos cirúrgicos, máquinas que zumbiam suavemente e frascos de substâncias misteriosas.
O que mais o intrigava, no entanto, era que ele não estava preso. Nenhuma corrente, nenhuma cela. Ele estava livre para se mover, mas algo lhe dizia que escapar dali não seria tão fácil. Ele caminhou lentamente, explorando o ambiente ao seu redor, seus passos ecoando nas paredes de metal.
Antes que pudesse investigar mais, uma porta automática se abriu com um leve chiado, e uma mulher entrou. Seus cabelos eram longos e vermelhos, caindo em cascata até a cintura. Ela tinha uma expressão tranquila, quase indiferente, enquanto se aproximava de Mahito com um olhar avaliativo. Seus olhos brilhavam com uma mistura de curiosidade e frieza.
— Então você finalmente acordou. — disse ela, com um tom calmo, mas que carregava uma autoridade inegável. — Eu sou Ayumi, e este é meu laboratório.
Mahito não respondeu de imediato, ainda processando o que estava acontecendo. Ele tentou se lembrar dos detalhes da missão, da floresta, da figura que o abordou, mas tudo parecia distante, como um sonho nebuloso.
— O que você quer de mim? — ele perguntou finalmente, sua voz firme, apesar da confusão que sentia.
Ayumi sorriu levemente, aproximando-se ainda mais de Mahito. Ela segurava uma pequena seringa nas mãos, e antes que ele pudesse reagir, Ayumi aplicou a injeção rapidamente em seu pescoço. Mahito sentiu uma leve picada e, em seguida, uma onda quente que percorreu todo o seu corpo. Sua visão começou a escurecer novamente, mas desta vez ele não desmaiou. Em vez disso, imagens começaram a inundar sua mente.
Eram lembranças. Mas não lembranças que ele reconhecia, pelo menos não de imediato. Ele viu flashes de uma vida que ele nunca viveu – uma vila destruída, rostos de pessoas que ele não conhecia, gritos de dor e sofrimento. Ele viu um grande clã sendo perseguido, homens e mulheres com habilidades estranhas, controlando o sangue ao seu redor. E, no centro de tudo isso, ele se viu. Ou pelo menos, uma versão de si mesmo.
Mahito cambaleou, chocado com as imagens que agora inundavam sua mente. Ele se agarrou a uma mesa para se equilibrar, enquanto as memórias continuavam a se desenrolar diante de seus olhos.
— O que… o que está acontecendo? — ele perguntou, ofegante, enquanto tentava processar as imagens e emoções que surgiam em sua mente.
Ayumi deu mais alguns passos, até estar diretamente à frente de Mahito. Ela estendeu a mão e tocou a testa dele, o gesto era suave, mas carregava um poder que ele não conseguia compreender.
— Essas memórias pertencem a você, Mahito. — ela disse, sua voz baixando um tom. — Ou, melhor dizendo, a uma parte de você que você esqueceu. Você não é quem pensa ser. Seu passado foi cuidadosamente apagado, suas memórias foram distorcidas. Você é descendente do clã Chinoike, um dos mais temidos e poderosos clãs deste mundo.
Mahito olhou para Ayumi com descrença. Chinoike? Ele nunca havia ouvido falar de tal clã, e as imagens que agora se formavam em sua mente eram tão distantes de sua realidade que ele não conseguia processar.
— Isso não pode ser verdade… — ele balbuciou, ainda confuso e atordoado.
Ayumi sorriu novamente, desta vez com uma expressão quase maternal.
— Oh, mas é verdade. E agora, vou te ajudar a se lembrar de tudo. Vou trazer à tona quem você realmente é. — disse Ayumi, enquanto aplicava mais pressão em sua testa.
De repente, uma dor aguda percorreu a mente de Mahito, e seu corpo começou a tremer. Sentiu como se cada célula de seu corpo estivesse se reconfigurando, moldando-se em algo completamente diferente. A dor foi intensa e implacável, até que, em um único momento de clareza, tudo parou.
Mahito abriu os olhos, mas algo estava diferente. Ele olhou para baixo e percebeu que seu corpo havia mudado drasticamente. Sua pele, antes áspera e marcada pela batalha, agora era suave e delicada. Seu cabelo, antes curto, estava mais longo, caindo em seus ombros. E, quando se olhou em um espelho próximo, o reflexo que viu não era o seu.
Ele havia se transformado em uma mulher.
— Essa… essa sou eu? — a voz de Mahito, agora suave e feminina, soou estranha em seus próprios ouvidos. Ele mal conseguia acreditar no que via. Sua identidade, sua forma, tudo o que ele conhecia havia mudado em um instante.
Ayumi se aproximou, satisfeita com o resultado.
— Sim, essa é sua verdadeira forma, a forma que representa seu passado Chinoike. — disse Ayumi com uma tranquilidade perturbadora. — A partir de agora, você será uma nova pessoa. Esqueça seu passado como Mahito. Esqueça a vida que você tinha. Você, agora, será minha maior criação. Juntos, vamos revolucionar o mundo da ciência e da medicina através do poder dos Chinoike. E você… será o rosto dessa revolução.
Mahito, agora em um corpo que não reconhecia, tentou lutar contra as palavras de Ayumi, mas sua mente estava enevoada, confusa e vulnerável. Ele não sabia mais o que era real ou falso. Ayumi sorriu novamente, levantando a mão uma última vez para a testa de Mahito.
— Agora, vamos começar. Você não será apenas uma ninja, mas também uma grande cientista. Esqueça tudo o que você sabia… e abra sua mente para o futuro que estou oferecendo. —
Mahito, agora preso em um corpo que não reconhecia como seu, estava em um estado de completo torpor. Cada movimento, cada pensamento, era ofuscado por uma névoa espessa que Ayumi parecia ter implantado em sua mente. As palavras da mulher ecoavam em sua cabeça enquanto ela permanecia ali, observando com um olhar analítico, quase clínico, o impacto que as mudanças estavam causando no rapaz – ou melhor, na jovem que ele havia se tornado.
A nova forma de Mahito, feminina e delicada, era completamente estranha para ele. Cada gesto parecia desajeitado, como se o próprio corpo tivesse sido moldado em algo que não se encaixava com o que ele conhecia. No entanto, enquanto sua mente lutava para se agarrar à sua verdadeira identidade, Ayumi continuava manipulando suas percepções com uma precisão quase cirúrgica.
— Agora você é minha criação. — disse Ayumi, com um tom de voz que era ao mesmo tempo tranquilizador e controlado. Ela se aproximou mais uma vez de Mahito, seus dedos finos e ágeis tocando suavemente a testa da jovem, induzindo uma série de novas memórias e sensações que não pertenciam a ela. — Você deve esquecer quem você era. Deixe Mahito para trás. O que estou oferecendo é uma nova vida, uma chance de alcançar um propósito maior, um poder que você jamais poderia imaginar.
Mahito, ou o que restava de sua antiga personalidade, tentou resistir. Mas, conforme as injeções e os toques de Ayumi continuavam, a resistência começou a desmoronar. Sua mente estava sendo moldada, reescrita, como se Ayumi estivesse reconstruindo peça por peça quem ela deveria ser a partir daquele momento.
— Quem... sou eu? — A voz de Mahito, agora suave e feminina, soava vulnerável, como se estivesse buscando uma resposta. Cada vez mais, a identidade anterior que ele carregava parecia distante, como um sonho que estava rapidamente se desvanecendo.
Ayumi sorriu com satisfação, percebendo que o controle sobre sua criação estava se consolidando.
— Você é Chiyo. — disse Ayumi, firme e direta. — Uma ninja brilhante, dotada de um potencial imenso. Mas acima de tudo, você é uma cientista, alguém com um amor profundo pela pesquisa e pela ciência. Sua mente é sua arma mais poderosa, e através dela, vamos mudar o mundo. Você vai me ajudar a conduzir experimentos e a desenvolver novas tecnologias e habilidades que vão revolucionar a medicina e a ciência ninja.
Chiyo. O nome ecoou na mente da jovem, substituindo Mahito lentamente, até que fosse quase impossível para ela lembrar de quem era antes. As injeções que Ayumi aplicava e os procedimentos cirúrgicos que ela realizava no corpo de Mahito não estavam apenas alterando sua forma física. Estavam manipulando sua mente em níveis profundos, inserindo novas lembranças e apagando as antigas.
Chiyo começou a ver flashes de uma vida que nunca viveu. Ela se via em laboratórios, trabalhando ao lado de Ayumi em projetos científicos. Via a si mesma conduzindo experimentos, misturando produtos químicos, e observando os efeitos em cobaias. Sentia uma satisfação estranha e crescente em relação a essas atividades, como se realmente fossem suas paixões.
— Você nasceu para isso. — continuou Ayumi, andando ao redor da jovem enquanto observava suas reações. — A ciência é o seu verdadeiro chamado, Chiyo. Através de suas habilidades, você vai ajudar a curar, a destruir, e a recriar. O mundo ninja nunca mais será o mesmo por sua causa.
Chiyo sentiu uma sensação de orgulho crescer dentro de si. As memórias que Ayumi estava implantando tornavam-se mais vívidas, e cada vez mais, ela começava a acreditar que aquela era a verdade sobre sua vida. Sua antiga identidade, como Mahito, agora parecia uma sombra distante, algo que não importava mais. Ela não se lembrava de ser uma ninja de Iwagakure. Tudo o que importava era o que ela estava se tornando naquele momento – uma jovem cientista, com uma missão clara e um futuro brilhante na ciência.
Ayumi, satisfeita com o progresso, decidiu intensificar o processo. Ela conduziu Chiyo até uma mesa cirúrgica no centro do laboratório, onde estavam preparados diversos instrumentos e frascos com substâncias desconhecidas. A jovem ninja olhou para a mesa com uma mistura de curiosidade e aceitação. Não havia medo. Apenas um desejo crescente de entender e de participar.
— Agora, Chiyo, vamos aprimorar suas habilidades ainda mais. — disse Ayumi, preparando uma nova injeção. — O corpo humano tem limites, mas com a ciência certa, esses limites podem ser ultrapassados. Eu vou fazer de você uma verdadeira obra-prima, alguém que não será apenas uma ninja poderosa, mas uma cientista capaz de manipular a vida e a morte. Você está pronta?
Chiyo, imersa em sua nova identidade, assentiu sem hesitação. Seu coração estava acelerado, não de medo, mas de excitação. Ela acreditava completamente nas palavras de Ayumi, e desejava se tornar o que a cientista prometia.
Ayumi começou os procedimentos, realizando várias cirurgias e injeções que visavam alterar o corpo de Chiyo em um nível genético. Enquanto a jovem estava deitada na mesa, seu corpo sendo manipulado, sua mente permanecia focada nas promessas de poder e conhecimento. Cada incisão, cada substância injetada parecia aproximá-la mais do futuro que Ayumi havia desenhado para ela.
As horas se passaram, e o laboratório foi preenchido pelo som dos equipamentos e pela voz suave de Ayumi, guiando o processo com precisão cirúrgica. Chiyo, agora completamente absorvida por sua nova vida, mal conseguia se lembrar da pessoa que era antes. Mahito havia desaparecido, como se nunca tivesse existido.
Quando Ayumi terminou o último procedimento, Chiyo se levantou lentamente da mesa. Seu corpo havia mudado de formas sutis e poderosas. Ela se sentia mais forte, mais ágil, e sua mente parecia mais clara do que nunca. Havia uma sensação de poder correndo por suas veias, uma conexão nova e profunda com o que ela acreditava ser seu verdadeiro eu.
Ayumi a observava com um sorriso de satisfação, ciente de que havia moldado sua criação à perfeição.
— Agora, Chiyo, você está pronta. — disse Ayumi, estendendo a mão para a jovem. — Juntas, vamos começar nossa missão de transformar o mundo ninja. Vamos levar o poder do clã Chinoike e da ciência a novos níveis, e ninguém poderá nos deter.
Chiyo pegou a mão de Ayumi, sua mente completamente reprogramada. Ela não se lembrava mais de Iwagakure, nem de Mahito. Tudo o que ela sabia era que tinha um propósito claro: tornar-se uma cientista implacável, revolucionar a medicina e as habilidades ninjas, e seguir Ayumi em sua visão de poder absoluto.
Nos dias que se seguiram, Chiyo trabalhou ao lado de Ayumi, aprendendo tudo sobre a ciência e os experimentos que estavam sendo conduzidos no laboratório. Ela começou a conduzir suas próprias pesquisas, experimentando com técnicas médicas avançadas, manipulação genética e até mesmo fusão de chakra com substâncias químicas. Cada sucesso a aproximava mais de seu objetivo, e cada fracasso era visto apenas como uma lição para o futuro.
Enquanto isso, Ayumi observava Chiyo com interesse. Sua criação estava crescendo, e Ayumi sabia que em breve, a jovem cientista seria capaz de realizar feitos que o mundo ninja nunca tinha visto antes. Mas, por trás de todo o progresso e sucesso, Ayumi mantinha um controle rigoroso sobre Chiyo, garantindo que sua mente permanecesse completamente sob seu domínio.
A nova vida de Chiyo estava totalmente dedicada à ciência e à busca pelo poder. Mas, em algum lugar profundo dentro dela, escondido sob camadas de manipulação e cirurgias mentais, ainda restava uma pequena centelha de quem ela era antes. Uma memória distante, quase apagada, que às vezes tentava emergir, mas sempre era rapidamente suprimida pelas injeções e cirurgias de Ayumi.
No entanto, por mais que Ayumi tentasse controlar cada aspecto de sua criação, a verdade era que o passado de Mahito nunca poderia ser completamente apagado. Em algum momento, ele tentaria se libertar, e quando isso acontecesse, o confronto entre Chiyo e seu antigo eu seria inevitável.
Por enquanto, no entanto, Chiyo estava firmemente no controle de sua nova vida, pronta para seguir adiante com o plano de Ayumi. O laboratório, com seus segredos e experimentos, tornou-se o centro de sua existência, e ela acreditava plenamente que sua missão era mudar o mundo da ciência ninja para sempre.
Mas o futuro era incerto, e a verdadeira identidade de Mahito, embora adormecida, nunca poderia ser completamente destruída.
Com o passar dos dias, Chiyo dedicou-se inteiramente ao trabalho no laboratório. A transformação física estava completa, e a jovem cientista abraçava sua nova identidade com fervor. O mundo da ciência e da medicina era agora o seu universo, um lugar onde ela podia explorar, descobrir e criar. Ayumi estava sempre ao seu lado, guiando seus passos, corrigindo seus erros, e incentivando suas descobertas. Sob a tutela da cientista, Chiyo desenvolveu uma afinidade crescente com a pesquisa e os experimentos, aprimorando suas habilidades como ninja e como estudiosa da biologia e da medicina ninja.
No entanto, nem tudo estava tão sob controle quanto Ayumi pensava.
Nos momentos de silêncio, quando Chiyo estava sozinha em seu quarto ou caminhando pelos corredores frios do laboratório, algo estranho começava a acontecer. Lapsos de memória, fragmentos de uma vida que ela não reconhecia, surgiam de forma inesperada e incontrolável. O primeiro sinal foi sutil: uma sensação estranha, uma nostalgia inexplicável enquanto ela olhava para uma árvore solitária do lado de fora do laboratório. Ela não sabia por que, mas algo naquela árvore parecia importante, como se ela já tivesse visto algo parecido antes, em outro lugar.
Os lapsos começaram de maneira simples, como pequenos flashes. Às vezes, era apenas uma sensação de déjà vu ao ver um objeto no laboratório ou ouvir uma palavra específica. Outras vezes, as imagens eram mais vívidas — rostos desconhecidos, mas familiares, pareciam dançar em sua mente, embora ela não conseguisse dar nomes a eles. Chiyo tentava afastar essas sensações, lembrando-se das palavras de Ayumi: "Tudo o que você precisa saber está aqui. Esta é sua vida agora."
Mas conforme o tempo passava, os lapsos se tornavam mais frequentes e mais intensos.
Uma noite, enquanto trabalhava sozinha em um experimento, Chiyo sentiu uma dor aguda na cabeça, como se algo estivesse tentando romper suas barreiras mentais. Ela apertou as têmporas, tentando afastar a dor, mas foi então que as imagens surgiram — rápidas, desconexas, mas tão intensas que a fizeram recuar e quase derrubar o frasco que segurava. Viu-se correndo em uma floresta, perseguido por algo ou alguém, com um propósito que não conseguia compreender. Ao longe, uma vila em ruínas, e uma voz chamando seu nome: "Mahito!"
O nome ecoou em sua mente, como uma tempestade que atingia seus pensamentos, jogando-a em um turbilhão de confusão. Mahito? Quem era Mahito? Ela não sabia, não se lembrava de ninguém com esse nome. Mas por que sentia que aquilo estava profundamente ligado a ela? Chiyo se afastou da bancada de trabalho, respirando com dificuldade, sentindo como se sua cabeça fosse explodir.
Ayumi, como sempre, parecia aparecer nos momentos mais críticos, como se soubesse exatamente o que estava acontecendo. Ela entrou na sala calmamente, observando Chiyo com um olhar que misturava cuidado e controle.
— Chiyo, o que está acontecendo? — perguntou Ayumi, com a mesma voz tranquila de sempre.
Chiyo a olhou, ainda com a cabeça latejando e as imagens rodopiando em sua mente. Ela hesitou por um momento, antes de tentar explicar:
— Eu… estou vendo coisas. Imagens. De uma vida que eu não conheço. E… ouvi um nome. Mahito. — A última palavra saiu de seus lábios com dificuldade, como se não quisesse deixá-la ir.
Os olhos de Ayumi se estreitaram por um breve instante, antes de ela se aproximar. Com a mesma calma habitual, colocou a mão na testa de Chiyo, aplicando uma leve pressão. Quase imediatamente, a dor começou a desaparecer, e as imagens sumiram, como folhas sendo levadas por uma brisa. Ayumi suspirou suavemente e sorriu.
— São apenas resquícios de sua vida antiga. Não se preocupe, Chiyo. O processo de transformação sempre deixa fragmentos. Mas confie em mim, você está exatamente onde deveria estar. Sua mente está se ajustando. — Ayumi disse isso com uma firmeza que soava mais como uma ordem do que um consolo.
Chiyo assentiu lentamente, embora no fundo de sua mente algo ainda estivesse em conflito. A sensação de que faltava algo não desaparecia, mesmo com as palavras tranquilizadoras de Ayumi. Ela voltou ao seu trabalho, mas o nome "Mahito" continuava a ecoar em seu subconsciente, como um fantasma preso em um espaço de sua mente que não conseguia acessar.
Nos dias seguintes, os lapsos começaram a ocorrer com mais frequência. Enquanto Chiyo se dedicava aos experimentos e ao aprendizado, as imagens de uma vida que ela não reconhecia se tornavam cada vez mais claras. Cenas de batalhas, treinos em florestas, e até mesmo a visão de uma aldeia que ela nunca conhecera, mas que parecia familiar, invadiam sua mente. Ela via rostos de companheiros que não conseguia identificar, mas que despertavam uma sensação de saudade e de perda.
Um dos lapsos mais intensos ocorreu durante uma sessão de treinamento físico. Ayumi havia criado um programa rigoroso para Chiyo aprimorar suas habilidades físicas e de combate. Enquanto executava uma série de movimentos com precisão, uma memória repentina a atingiu como um golpe. Ela se viu, em sua antiga forma, treinando em uma vasta clareira, cercada por árvores. O som de shurikens cortando o ar, a sensação do vento contra sua pele, e uma figura ao longe observando-a. Era alguém que parecia importante, mas ela não conseguia ver o rosto.
O impacto da memória foi tão forte que Chiyo tropeçou e caiu, ofegante e desorientada. Ela mal podia entender o que estava acontecendo, mas o sentimento de perda e confusão era esmagador. Por que essas lembranças estavam aparecendo agora? O que elas significavam?
Ayumi estava sempre por perto, atenta a cada sinal de dúvida ou hesitação. Ela não demorava a intervir, aplicando mais injeções ou levando Chiyo para sessões de "reajuste", onde usava técnicas que mantinham a mente da jovem focada em seu novo propósito. Ayumi explicava esses lapsos como falhas no processo de transição, resquícios de uma antiga vida que precisavam ser apagados completamente para que Chiyo pudesse alcançar seu potencial máximo.
Mas, por mais que Ayumi tentasse suprimir as lembranças, elas continuavam a surgir.
Uma noite, enquanto Chiyo estava sozinha em seu quarto, teve um dos sonhos mais vívidos que já experimentara desde que sua transformação havia começado. No sonho, ela caminhava por uma aldeia que estava em ruínas, com o cheiro de fumaça e destruição no ar. Ao longe, um lago de sangue refletia a lua cheia no céu escuro. Ela se aproximou do lago, e ao olhar para sua superfície, viu seu reflexo – mas não era o rosto feminino de Chiyo que a encarava. Era o rosto de Mahito.
O choque foi tão grande que ela acordou abruptamente, coberta de suor. Seu coração batia descontroladamente, e por um breve momento, a sensação de ser outra pessoa a consumiu completamente. Ela sabia, de algum modo, que Mahito não era apenas um nome aleatório. Ele era real. Ele era quem ela era antes de Ayumi começar a manipular sua mente e corpo. E agora, ele estava tentando voltar.
No entanto, Chiyo também sabia que estava presa em um ciclo de controle. Ayumi estava sempre de olho nela, pronta para intervir a qualquer sinal de fraqueza ou hesitação. A cada lapso, a cada memória que emergia, Ayumi estava lá, pronta para apagar e reprogramar sua mente novamente.
Mas algo dentro de Chiyo, algo profundo e resiliente, começava a resistir. Mesmo que Mahito estivesse sendo suprimido, a ideia de que ele fazia parte de sua verdadeira identidade começava a se solidificar em sua mente. Chiyo sabia que precisava de tempo, precisava de força, e precisava descobrir um modo de se libertar do controle de Ayumi.
Por enquanto, ela continuaria a desempenhar o papel que Ayumi lhe impôs, fingindo ser a cientista leal e dedicada que estava pronta para seguir em frente com os planos da mulher. Mas, em seu coração, Chiyo sabia que a luta por sua verdadeira identidade estava apenas começando.
Status
Considerações- Considerações:
Aparência: Mahito, com vestes padrões dos shinobis de Iwagakure.
Resumo: --.
Considerações adicionais: --.
Contador de Vício: 01/05.
Objetivos: Filler de Troca de Clã e História, adquiridos
aqui.
Turnos : 01/??.
Palavras Gerais: 3772.
Intervalo: --.
Reduções: --.
Solicitação: --.
Status Pina:
-
HP: 500.
-
CH: 240. (-80 Kanchi)
Velocidade:- 04 (Não Utilizado).
Força: - 04 (Não Utilizado).
Possível Regeneração/Recuperação:- Regeneração (00 HP) — Não Utilizado.
- Recuperação (60 CH) — Não Utilizado.
Gastos: -
C1:
-30CH e
-60un de Argila Branca.
Dano/Resistência:-
C1: 60 (Base) + 200 (Ninshu) + 200 (Mestre em Bakuton) + 400 (Argila Branca) = 860HP.
Velocidade dos Jutsus:- 10m/s (Rank-E)
- 14m/s (Rank-D)
- 18m/s (Rank-C)
- 22m/s (Rank-B) + 6m/s (Pontos em Ninshu)
- 42m/s (Rank-A)
- 42m/s (Rank-S)
- 42m/s (Mortais)
Possíveis Descontos:- Grande Controle de Chakra (-25% em Ninjutsu Puro) — Não Utilizado.
- Perito Elemental: Bakuton (-50% no Elemento) —
Utilizado.
- Perito Elemental: Perícia Elemental: Yōton — Gomu (-50% no Elemento) — Não Utilizado.
- Mestre Elemental: Bakuton (Execução de Técnica do Elemento sem Selos) —
Utilizado.
Possíveis Bonificações: - Ninshu (+200 de dano Ninjutsu e 6m/s de velocidade) — 6m/s
Utilizado.
- Mestre Elemental (+200 de dano Bakuton) —
Utilizado.
Armadilhas (Usadas)]: - 00/02 [a cada dois turnos]
Armadilhas (Notadas):- 00/02 [a cada dois turnos]
Lançamentos Atualmente (Velocidade e Distância):- 20 m/s.
- 63 metros.
Usados- Técnicas Ativas:
- Técnicas Usadas:
- Técnicas Usadas sem Tags:
Kuchiyose no Jutsu
Rank: C
Requerimentos: 2 Ninjutsu, 1 Inteligência & 2 Stamina.
Descrição: A Técnica de Invocação (口寄せの術; literalmente significa "Arte do Espiritismo") é um ninjutsu de espaço-tempo que permite que o invocador transporte animais ou pessoas através de longas distâncias instantaneamente através do sangue do usuário. Antes que um animal possa ser invocado, é necessário que um contrato entre o usuário e o animal seja assinado. O contrato deve ser assinado com sangue, e esse mesmo sangue é necessário para que a técnica de invocação seja utilizada. Após a execução dos selos, a mão do usuário deve tocar o chão, espalhando o chakra do usuário e completando assim a técnica de invocação. É a quantidade de chakra investida na técnica que define o tamanho ou o número de animais invocados, sendo assim, essa se torna uma técnica de rank variado, onde a quantidade de chakra é o que definirá o rank do animal invocado.
Pina
Rank: C
Descrição: Pina é uma dragão-filhote de aproximadamente quarenta anos de idade. No entanto, a idade e inexperiência da "jovem" dragão é compensada com sua capacidade intelectual avançada, baseando-se em um domínio avançado das faculdades do chakra. Acima de tudo, sua inteligência é tão alta que Pina tornou-se capaz de falar a língua dos humanos cinquenta anos antes da idade média. Acima de tudo, Pina é uma dragão com capacidades sensoriais desde a infância, o que a rende bons resultados nos estudos. Por ser jovem, Pina ainda não possui alcunhas e tampouco é famosa dentro de Ryūjūkyo. Possui cinquenta centímetros de envergadura e trinta da mandíbula até a cauda; tem pelagem azul-clara - mesma cor de suas chamas - e olhos vermelhos. Ela é jovem e inocente, agraciando a todos com sua fofura, além de sua aparência agradável.
Status: FOR: 0 VEL: 1 INT: 5
Kanchi no Jutsu
Classificação: Ninjutsu, Tansakujutsu.
Requerimentos: Ninjutsu rank-B, Sensor & Quest: Sensitivos.
Rank: B
Selos: Tigre.
Custo: 120CH.
Alcance: Variável.
Duração: Variável.
Descrição: Kanchi no Jutsu (感知の術, lit. Técnica Sensorial), usada pelos shinobi tipo sensor, permite ao usuário detectar chakra a fim de facilmente detectar e rastrear alvos e identificar chakras semelhantes por parentesc ou vila. O alcance desta técnica varia entre os sensores. A desvantagem para este tipo de técnica é que ela pode ser inutilizada ao esconder o chakra. Os ninjas que dominam esta habilidade são chamados de Kanchi Taipu (感知タイプ, lit. Tipo Sensor).
Regras Especiais: Conferir na seção “Kanchi no Jutsu” em Habilidades Secundárias.
- Armas:
BOLSAS DE ARMAS (40/45)
3850un Argila Branca [08 espaços]
4000un Argila Vermelha [08 espaços]
3940un Argila Preta [08 espaços]
4000un Argila Marrom [08 espaços]
3900un Argila Amarela [08 espaços]
Argila — 19.670un.
Descrição: A argila é um mineral branco de fácil modelagem, formada, principalmente, de sílica, alumina e água. Através do Kibaku Nendo, pode ser combinada com chakra para ser moldada em diversos formatos e tamanhos diferentes e ganhar vida, sendo controlada remotamente pelo usuário. Normalmente, essa mistura de argila e chakra é utilizada de forma explosiva.
- Tipos de Argila:
Argila Branca — 3.850un.
Descrição: Originária da Vila da Cerâmica, esta argila tem uma enorme compatibilidade para a transmissão do chakra explosivo. Os jutsus usados com esta argila possuem acréscimo de 400 de dano. Cada 500Un dessa argila ocupa 1 Espaço e custa 1000 ryōs.
Argila Vermelha — 4.000un.
Descrição: Originária das Planícies Sanzu, esta argila tem propriedades inflamáveis acima do normal. Os jutsus usados com esta argila aumentam a área da explosão em vinte metros. Cada 500Un dessa argila ocupa 1 Espaço e custa 750 ryōs.
Argila Preta — 3.940un.
Descrição: Originária de Iwagakure, esta argila tem maior durabilidade do que as demais. Os jutsus usados com esta argila possuem acréscimo de 300 de resistência. Cada 500Un dessa argila ocupa 1 Espaço e custa 750 ryōs.
Argila Marrom — 4.000un.
Descrição: Originária de Iwagakure, esta argila tem maior flexibilidade que as demais. Os jutsus usados com esta argila possuem aumento de dez metros de alcance. Cada 500Un dessa argila ocupa 1 Espaço e custa 500 ryōs.
Argila Amarela — 3.900un.
Descrição: Originária de Iwagakure, esta argila tem maior leveva que as demais. Os jutsus usados com esta argila possuem aumento de 2m/s na velocidade. Cada 500Un dessa argila ocupa 1 Espaço e custa 500 ryōs.
Bolsa Ninja Fixada na parte direita do quadrilDescrição: As bolsas de armas são um tipo de saco ou caixa pequena portátil, usadas para o armazenamento de armas, ferramentas e outros itens ninja. Há uma variedade de itens que podem ser armazenados nesses sacos; na maior parte do tempo, esse armazenamento consiste em armas básicas, como shurikens e kunais, mas, dependendo do shinobi que o organiza, pode haver neles pergaminhos de invocação, argila explosiva, tinta, papeis explocivos, pílulas de ração militar, entre outros.
Colete NinjaDescrição: Coletes são uma forma de proteção em vestimenta acolchoada, projetados para fornecer pelo menos uma proteção parcial contra traumas de força-bruta, estilhaços, outros projéteis e até mesmo lâminas. A maioria deles tem bolsos ou compartimentos, que podem ser usados para armazenar pergaminhos, armas, suprimentos, entre outros. Isso permite que um ninja os acesse rapidamente e/ou silenciosamente com apenas uma mão. Coletes são usados por ninja de todos os níveis, mas são mais vistos sendo vestidos por aqueles de graduação chūnin ou superior.
Hitai-Ate Iwagakure.Descrição: O protetor de testa (額当て, hitai-ate) é a faixa que é usada por quase todo ninja. É composta por uma placa de metal, gravada com o símbolo da Vila Oculta daquele ninja, e por um tecido que pode ser de diferentes cores, tamanhos e comprimentos. O protetor de testa é recebido uma vez que um ninja se gradua na academia, e ninjas de nível Genin ou mais alto são os únicos autorizados a tê-lo e usá-lo.
Goma de MascarDescrição: Uma simples goma de mascar, sabor tutti-frutti, que Mahito carrega consigo como saciador pro seu vício no doce, após adquirir o estilo de luta Gamu Fūsen.