Eu estava em casa, aproveitando um momento de descanso enquanto ouvia o som suave da chuva batendo no telhado. "Esse clima sempre me acalma", pensei. ESTALO. De repente, uma batida na porta quebrou o silêncio. Quando a abri, um mensageiro da vila estava parado ali, trazendo uma convocação urgente do QG. “Uma missão rank C?” Franzi o cenho, surpreso, mas ao mesmo tempo, uma faísca de curiosidade surgiu.

Vesti meu equipamento rapidamente, ajustando o uniforme e conferindo minhas kunais. A chuva caía fina, mas isso só parecia me dar mais energia. "Missões de nível C geralmente envolvem mais perigo...", refleti enquanto corria pelas ruas molhadas da vila, desviando de poças e sentindo o peso da responsabilidade nas costas.

Ao chegar no QG, fui conduzido diretamente para uma sala onde um Jonin me esperava. Ele parecia sério, o que só aumentou minha expectativa. "Arashi Sasakibe, temos um problema. Um grupo de ninjas renegados está causando estragos nas proximidades da vila. Sua missão é caçá-los e garantir que não representem mais uma ameaça", disse o Jonin, me entregando um pergaminho com os detalhes.

Respirei fundo. "Renegados, hein?", murmurei para mim mesmo. ESTALO. “Isso vai ser interessante.”

Depois de horas de caminhada, finalmente avistei a pequena vila rural ao longe, envolta por uma névoa leve que contrastava com o clima chuvoso de Kumogakure. Meu corpo estava cansado, mas minha mente permanecia alerta. Ao chegar, não perdi tempo e comecei a procurar por qualquer sinal que me levasse ao grupo de renegados. As ruas de terra batida estavam praticamente desertas, exceto por algumas barracas de comerciantes tentando vender o que restava de suas mercadorias sob os toldos encharcados.

Dirigi-me até a primeira barraca que encontrei, um pequeno estande de especiarias. O comerciante, um homem de meia-idade com barba rala e olhos atentos, me olhou com curiosidade.

— "Posso te ajudar, jovem shinobi?" ele perguntou, seu tom de voz era cordial, mas firme.

— "Estou atrás de informações sobre um grupo de ninjas renegados que têm causado problemas por aqui," respondi, direto ao ponto. — "Você sabe de algo?"

Ele me observou por um momento, como se estivesse considerando a gravidade da situação, então se inclinou mais perto de mim.

— "Meu nome é Kaizo," ele disse em voz baixa. — "E sim, sei muito bem sobre eles. Eles têm roubado caravanas e aterrorizado as pessoas daqui. Eles são sorrateiros e não costumam deixar rastros claros. Já faz algum tempo que venho querendo acabar com isso, mas não tenho como enfrentá-los sozinho."

Isso chamou minha atenção. O comerciante estava não apenas ciente das ações do grupo, mas parecia determinado a ajudar. ESTALO. Puxei o pergaminho que o Jonin me entregara e o desenrolei, analisando as descrições dos renegados e suas táticas. Kaizo observou com atenção.

— "Se você está aqui para lidar com esses desgraçados, então vou te ajudar com o que souber," ele disse com convicção. — "Eles costumam atacar à noite, aproveitando a escuridão para emboscar as caravanas que passam por aqui. Se quiser pegá-los, precisará ser esperto."

— "Agradeço pela informação, Kaizo," disse, guardando o pergaminho. — "Agora, me fale mais sobre eles. Quero saber onde posso encontrar seu esconderijo."

— "Vamos discutir isso com mais calma," ele sugeriu, apontando para a rua. — "Venha, você pode se abrigar na minha casa. Vou te ajudar a traçar um plano para dar um fim a esses renegados."

Eu concordei, e juntos seguimos pelas ruas molhadas até a modesta casa de Kaizo, determinado a acabar com a ameaça que rondava a vila.

Kaizo me levou até sua casa, uma construção simples, mas acolhedora. O som suave da chuva batendo no telhado de madeira era constante, e as lâmpadas a óleo iluminavam o ambiente com uma luz fraca. Dentro, havia poucos móveis: uma mesa, algumas cadeiras e um fogão a lenha que aquecia o ambiente, tornando-o mais confortável depois de um dia exaustivo.
Nos sentamos à mesa, e Kaizo trouxe um mapa da região, colocando-o diante de nós. A noite estava avançando, e o ar frio que entrava pelas janelas parcialmente abertas contrastava com o calor da lareira.
— "Os renegados sempre atacam durante a noite," Kaizo começou. — "Eles emboscam caravanas que passam pela estrada ao leste, perto da floresta. O terreno lá é traiçoeiro, cheio de árvores densas e pouca visibilidade. Será difícil surpreendê-los, a não ser que tenhamos uma vantagem."
Eu analisei o mapa, observando o local da emboscada. ESTALO.
— "Podemos usar o clima a nosso favor," falei, pensando em como a chuva poderia ajudar. — "Eles não esperam que alguém vá atrás deles em plena tempestade. Podemos organizar uma caravana falsa, atrair o grupo e atacar de surpresa."
Kaizo sorriu, concordando com a estratégia.
— "Parece um bom plano. Vamos pegá-los desprevenidos. Eu serei a isca."
Completei dizendo.
— “E eu estarei me escondendo dentro da caravana falsa. Quando abaixarem a guarda, nós os pegaremos de surpresa, mas não quero que entre em combate, Kaizo!”

A chuva continuava a cair enquanto eu me escondia dentro da carroça de Kaizo. O plano era simples: os renegados atacariam a caravana, e eu os pegaria de surpresa. O som da água batendo na lona da carroça cobria qualquer movimento meu. ESTALO. "Hora de agir", pensei, sentindo a adrenalina correr.
Logo, ouvi passos ao redor da carroça. Dois dos ninjas renegados se aproximaram, confiantes. Eles começaram a mexer na carroça, procurando os bens que pensavam estar ali. Foi a minha chance. Rapidamente, saltei da carroça e, antes que pudessem reagir, desferi um golpe preciso no primeiro, atingindo seu pescoço com uma kunai. O segundo mal teve tempo de gritar antes que eu o derrubasse com um chute e o finalizasse com outro golpe certeiro. ESTALO.
— "Dois a menos", murmurei.
De repente, ouvi passos mais pesados. O líder deles, um homem corpulento e com uma cicatriz no rosto, avançou em minha direção, empunhando uma espada. Ele parecia mais experiente, e seus movimentos eram rápidos. Desviei de seu primeiro ataque por pouco, sentindo o vento da lâmina passar perto.
— "Você não vai escapar", gritei, neste momento percebi que Kaizo já tinha ido embora “Que bom que Kaizo conseguiu fugir, não precisarei dividir minha atenção em combate" pensei. Meu combate contra o líder do grupo estava prestes a começar.

O líder avançava em minha direção com um sorriso confiante. Sua espada brilhou sob a luz fraca da lua, refletindo a chuva que caía ao nosso redor. Seus olhos fixos em mim eram como de um predador prestes a abater sua presa.
— "Você acha que pode me derrotar, garoto?" ele provocou. ESTALO. Respirei fundo, mantendo a calma.
— "Eu já derrotei dois dos seus homens. Você não será diferente", respondi, em tom sério.
Ele riu alto, girando a espada com facilidade.
— "Eles eram apenas peões. Eu sou o verdadeiro perigo aqui."
Enquanto ele falava, eu começava a formular um plano. Ele era rápido, mas dependia muito de sua força bruta e da espada. "Tenho que usar minha agilidade e jutsus a meu favor", pensei.
Ele investiu contra mim, e eu desviei por pouco, recuando para ganhar espaço. Formei selos rapidamente e ativei meu Raiton: Raijū Tsuiga. Uma fera elétrica rugiu no ar, correndo em direção ao líder. Ele desviou com dificuldade, surpreso pela minha velocidade.
— "Impressionante... Mas não o suficiente!", gritou, tentando me atacar novamente. ESTALO.
— "Isso ainda não acabou", disse, enquanto formava mais selos. Agora, usaria o Suiton: Mizurappa. A água acumulada da chuva seria perfeita para o jutsu. Assim, criei um poderoso jato de água, empurrando-o para trás. O líder cambaleou para trás com o impacto do Suiton: Mizurappa, o jato de água o surpreendendo e tirando seu equilíbrio. A chuva caía pesada agora, tornando o chão lamacento, e ele escorregou levemente, perdendo a compostura por um segundo. ESTALO. Era a abertura que eu precisava.
— "Você é mais habilidoso do que eu esperava", o líder grunhiu, tentando se recompor. Mas eu não deixaria essa oportunidade escapar.
Aproveitando o momento de fraqueza, formei rapidamente os selos para o Raiton: Raijū Tsuiga mais uma vez, mas desta vez com uma estratégia clara em mente. A fera elétrica rugiu novamente, correndo em sua direção. O líder, ainda atordoado pela queda e pelo ataque anterior, tentou bloquear com a espada, mas era tarde demais.
— "Esse é o fim!" — gritei, enquanto a fera de raios acertava sua espada de metal, conduzindo a eletricidade diretamente através da lâmina. A descarga atingiu o líder em cheio, imobilizando-o.
Aproveitei a chance e avancei, desarmando-o com um golpe preciso e acertando um chute no seu peito, jogando-o ao chão. Ele tentou se levantar, mas já estava exausto e abalado pela eletricidade.
— "É o fim para você", declarei, enquanto o mantinha no chão, pronto para levá-lo de volta à vila.
A batalha estava terminada, e o líder não tinha mais forças para resistir.

Com o líder capturado e amarrado, me senti aliviado. A chuva finalmente cessara, deixando um rastro de lama e poças por toda parte. Eu respirava fundo, sentindo o cansaço finalmente me atingir. ESTALO. Olhei para o líder desmaiado e comecei a puxá-lo em direção à estrada, onde Kaizo me esperava com sua carroça.
— "Você conseguiu, garoto!" — Kaizo exclamou, visivelmente aliviado ao ver o chefe dos bandidos preso.
— "Sim, graças à sua ajuda, Kaizo. Foi mais difícil do que eu esperava, mas o plano funcionou", respondi, sorrindo enquanto carregava o homem para a carroça.
Kaizo olhou para mim com respeito, uma expressão que ele não havia mostrado antes. Ele parecia impressionado com o resultado. Subi na carroça junto com o prisioneiro, e Kaizo começou a puxar as rédeas, pronto para me levar até o ponto mais próximo do caminho de volta a Kumogakure.
— "Você fez um grande serviço para a vila, Arashi. Não vou esquecer isso", disse Kaizo, apertando minha mão com firmeza.
— "Foi um prazer ajudar, Kaizo. Cuide-se", respondi, antes de dar um último aceno e seguir com o prisioneiro em direção a Kumo, pensando na missão bem-sucedida. ESTALO. A jornada de volta seria tranquila.
Ao chegar ao portão de Kumogakure, o céu ainda estava nublado, típico da primavera. Com o líder renegado amarrado e inconsciente sobre meus ombros, caminhei em direção ao QG da vila. A chuva havia cessado, mas o solo ainda estava molhado, o que tornava meus passos pesados. ESTALO. Apesar do cansaço, sentia o peso do sucesso nas minhas costas. Minha primeira missão de captura de um grupo renegado estava prestes a ser concluída.
Ao entrar no QG, fui recebido por dois Chunins que, ao me verem carregando o prisioneiro, acenaram com a cabeça e abriram caminho para mim. Segui diretamente para a sala onde o Jonin que me havia entregado a missão aguardava.
— "Arashi Sasakibe, de volta e com o prisioneiro", anunciei, com um toque de satisfação na voz.
O Jonin levantou o olhar, surpreso com a rapidez. Ele se aproximou, examinando o prisioneiro antes de assentir, visivelmente impressionado.
— "Você fez um excelente trabalho, Arashi. Entregar o líder vivo vai nos render muitas informações", disse o Jonin, acenando para os guardas levarem o prisioneiro.
— "Obrigado. Foi desafiador, mas aprendi muito", respondi, tentando não demonstrar o cansaço que começava a se acumular.
— "Pode descansar agora. Sua missão está completa", disse o Jonin, com um leve sorriso.
ESTALO. Assenti e saí da sala, satisfeito.