[CENA] Recuperação de um Artefacto Valioso

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[CENA] Recuperação de um Artefacto Valioso
[CENA] Recuperação de um Artefacto Valioso

Liater

Genin

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Sex 23 Ago - 11:31

Objetivos:

O trilho do dragão: a caçada começa novamente

A brisa suave da primavera serpenteava pelas ruas de Konoha, trazendo consigo o perfume das flores que floresciam por toda a vila. Ryūji acordou com os primeiros raios de sol, que filtravam-se pelas frestas da janela de seu quarto, criando padrões suaves no chão de madeira. A claridade trouxe-lhe uma sensação de paz, dissipando a leve inquietação que sempre o acompanhava ao despertar.

Levantar-se, arrumar-se e preparar-se para o dia era um ritual quase meditativo para ele. Cada gesto, desde o ato de lavar o rosto até o de vestir seu uniforme ninja, era executado com precisão, um reflexo de sua personalidade meticulosa e disciplinada. Enquanto ajustava sua bandana de Konoha, sentiu uma leve ansiedade, algo que ele rapidamente abafou, focando-se na respiração calma e constante. Sabia que, hoje, uma nova missão o aguardava, uma que o havia deixado curioso desde o dia anterior, quando foi chamado a comparecer ao gabinete de missões.

Assim que saiu de casa, o clima ameno da primavera o envolveu, e o som da vila começando a despertar o acompanhou até o gabinete de missões. O ar fresco ajudava a clarear a mente, e Ryūji se concentrava em cada passo, atento aos detalhes ao seu redor, como sempre fazia. Quando chegou ao gabinete, foi recebido por um chūnin que lhe entregou o pergaminho da missão.

—— Aqui está a sua missão, Ryūji. Você foi especialmente requisitado para isso. —— disse o chūnin, com um olhar sério. —— Um artefato valioso foi roubado, e precisamos que ele seja recuperado. Só você foi pedido para esta tarefa. Vá até ao quartel general das forças policiais, trabalhará com eles.

Ryūji ficou surpreso com a escolha. Ele sabia que, como genin, não era comum ser chamado para missões tão importantes, mas não questionou a decisão. Ele aceitou o pergaminho e inclinou a cabeça em sinal de respeito. —— Entendido. —— respondeu, com sua voz calma e controlada, mesmo que sua mente estivesse processando as possíveis implicações.

O caminho até o quartel-general das forças policiais foi breve, mas Ryūji aproveitou para revisar mentalmente os pontos da missão. Havia algo de intrigante na forma como a missão lhe fora entregue, algo que ele não conseguia ignorar. Chegando à recepção, apresentou o pergaminho ao ninja que lá estava.

—— Este caso é do Hiroshi. Vou chamá-lo. —— disse o recepcionista. Ao ouvir o nome, tudo fez sentido. Hiroshi, o ninja com quem Ryūji já havia trabalhado antes, havia solicitado sua presença novamente. Ryūji sentiu uma mistura de alívio e apreensão. Alívio por saber que estaria ao lado de alguém em quem podia confiar, e apreensão por não saber o que essa missão traria.

Poucos segundos depois, Hiroshi surgiu de uma sala adjacente, caminhando em direção à recepção com um sorriso no rosto. —— Ryūji, você aqui de novo? Vou começar a achar que gosta da minha companhia. —— brincou Hiroshi, estendendo a mão para cumprimentá-lo. Ryūji, com seu habitual comportamento reservado, apenas acenou com a cabeça, mas não pôde evitar uma leve curva nos lábios, algo que, para ele, era quase um sorriso.

Enquanto saíam do quartel-general, Hiroshi começou a explicar a situação. —— Bem, você deve estar se perguntando por que pedi sua ajuda. O artefato roubado é uma peça antiga, de grande valor histórico e, claro, monetário. Mas o mais importante é que ele contém segredos sobre antigas técnicas de combate que não podem cair em mãos erradas.

Ryūji ouvia atentamente, absorvendo cada detalhe. Caminharam pela vila enquanto Hiroshi mostrava alguns documentos que detalhavam o artefato, sua importância e as circunstâncias do roubo. A descrição do objeto, um pergaminho adornado com símbolos de dragões e selos antigos, despertou a curiosidade de Ryūji. Ele sempre foi fascinado por coisas que carregavam histórias e mistérios, algo que talvez viesse de sua própria busca por compreender a si mesmo.

—— A coisa é séria, Ryūji. —— continuou Hiroshi, a voz ficando mais grave. —— E o motivo de ter pedido por você é simples. Da última vez, você demonstrou um senso de percepção e uma capacidade de dedução que são raros, especialmente para alguém da sua idade e experiência. Precisamos disso agora.

A caminhada os levou a um pequeno e discreto armazém nos limites da vila, o lugar de onde o artefato havia sido roubado. Lá, encontraram o proprietário, um homem idoso com olhos tristes e cansados. Ele contou o que sabia, a voz tremendo levemente enquanto descrevia os eventos da noite anterior. Não ouvira nada, mas pela manhã, ao verificar o armazém, o artefato não estava mais lá. As portas não estavam arrombadas, e tudo indicava que o ladrão conhecia bem o local e os métodos de segurança.

—— O valor do artefato é incalculável, não apenas pelo seu valor histórico, mas também porque é uma herança da minha família há gerações. Por favor, tragam-no de volta. —— implorou o homem, agarrando as mãos de Ryūji por um breve momento. Ele sentiu o peso daquela responsabilidade, e mais uma vez, a respiração foi sua âncora para manter a calma. —— Nós faremos o nosso melhor. —— prometeu, com uma firmeza que não deixou dúvidas.

Ao sair do armazém, Hiroshi e Ryūji começaram a delinear um plano. Caminhavam pela vila, as ruas começando a se encher com o movimento matinal. —— Primeiro, precisamos descobrir como o ladrão entrou e saiu sem ser notado. E, mais importante, quem teria interesse em roubar algo tão específico. —— ponderou Hiroshi, enquanto folheava os documentos novamente.

—— Podemos começar conversando com quem está mais próximo ao proprietário, talvez algum conhecido dele. —— sugeriu Ryūji, a mente já trabalhando em possíveis cenários. Ele sabia que, para resolver esse mistério, precisaria estar atento a todos os detalhes, por menores que fossem.

Enquanto caminhavam lado a lado, Ryūji se preparava mentalmente para o que estava por vir. Sabia que essa investigação poderia trazer à tona situações desafiadoras, mas também sabia que, ao lado de Hiroshi, tinha uma chance real de sucesso. E, mais do que isso, era uma oportunidade de provar, para si mesmo, que estava se tornando o ninja que sempre desejou ser, enfrentando seus medos e superando os desafios que o mundo lhe impunha.

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Genin

Sex 23 Ago - 12:35

Objetivos:

O trilho do dragão: a caçada começa novamente

A brisa leve da primavera, que antes trouxera uma sensação de tranquilidade, agora parecia carregar consigo a tensão do mistério que envolvia o roubo do artefato valioso. Ryūji e Hiroshi, depois de sair da casa do proprietário, caminharam em silêncio pelas ruas de Konoha, com a mente do jovem genin a mil. Ele sabia que aquele caso exigiria mais do que apenas força bruta; demandaria astúcia, observação e paciência, características que ele cultivava desde cedo, mas que seriam postas à prova agora.

Ao ouvir a sugestão de Ryūji de falar com as pessoas mais próximas do proprietário, Hiroshi, sempre pragmático, concordou com um aceno. —— Você tem razão, Ryūji. Vamos começar por aí. O ladrão não poderia saber da existência do artefato sem algum tipo de informação interna. É provável que quem o roubou conhecia bem a vítima.”

Voltaram, então, à casa do idoso. A expressão dele, antes marcada pelo cansaço e pela tristeza, agora exibia uma mistura de esperança e apreensão. Ele parecia confiar na dupla, especialmente após a promessa firme de Ryūji de recuperar o artefato. Quando Hiroshi mencionou a necessidade de uma lista das pessoas que conheciam o objeto e que sabiam de sua existência, o idoso pareceu mergulhar em suas memórias, os olhos piscando rapidamente enquanto organizava os pensamentos.

—— Bom... São poucos. —— começou ele, a voz arranhando um pouco. —— Há minha sobrinha, Aiko. Ela me visita com frequência e já viu o artefato. Ela sempre foi curiosa sobre ele, perguntava-me muito. Depois, tem o meu vizinho, Takeshi, um homem solitário, mas um bom amigo. Às vezes, ele vinha para tomar chá e eu mostrei o artefato a ele, certa vez, quando estávamos falando de relíquias antigas. Por fim, há Haruto, um jovem que trabalha para mim ocasionalmente. Ajuda-me a manter a casa e o jardim. Ele viu o artefato por acaso quando limpava o armazém.

Ryūji anotava mentalmente cada nome, cada detalhe que o idoso mencionava. Cada um desses indivíduos tinha uma ligação diferente com a vítima, mas todos tinham algo em comum: o conhecimento do artefato. —— Essas pessoas... têm algum tipo de relação entre si? —— perguntou Hiroshi, buscando entender se havia algum vínculo que pudesse indicar uma conspiração.

O idoso balançou a cabeça, pensativo. —— Não, eles não se conhecem, pelo menos não que eu saiba. Aiko mora do outro lado da vila, Haruto é um jovem que vive sozinho perto do rio, e Takeshi raramente sai de casa.

Após essas informações, Hiroshi pediu as localizações dessas pessoas. O idoso, ainda visivelmente abalado, deu-lhes as direções com precisão, como se memórias antigas estivessem ajudando-o a se concentrar no momento.

Com o mapa mental traçado, Hiroshi e Ryūji saíram para realizar os interrogatórios. O sol estava começando a alcançar seu pico, e o clima ameno da primavera, embora agradável, parecia carregar um peso extra naquele dia.

O primeiro destino foi a casa de Aiko. A jovem os recebeu com uma expressão curiosa, mas logo ficou nervosa ao perceber o motivo da visita. —— Eu... eu não sei de nada. Claro, eu conheço o artefato, mas nunca pensei que alguém o roubaria. Meu tio me falou sobre ele, mas eu nunca...

Ryūji observava cada nuance de comportamento, cada movimento das mãos dela, e embora parecesse genuinamente surpresa e preocupada, havia uma ansiedade em seu olhar que não passou despercebida. Hiroshi, no entanto, não pressionou mais, apenas pediu um álibi, que Aiko forneceu sem hesitação.

O segundo foi Takeshi. O homem, de cabelos grisalhos e semblante cansado, pareceu alheio ao motivo da visita no início, mas logo se mostrou mais colaborativo. —— Eu estava em casa, sozinho, como sempre. Não saio muito, vocês sabem como é, a idade chega, o corpo não acompanha. —— O olhar de Takeshi era franco, mas Ryūji percebeu um certo desconforto quando ele mencionou o artefato. Havia algo nas suas palavras que soava como se ele quisesse manter distância daquele assunto.

Por fim, foram até Haruto, um jovem com aparência simples, que morava em uma casa modesta perto do rio. Ele os recebeu com um sorriso nervoso e respondeu às perguntas de forma hesitante. —— Eu... eu estava em casa também. Estava cansado do trabalho, não... não saí. Nem sabia que o artefato tinha sido roubado até vocês me falarem agora.

O interrogatório durou toda a manhã. Enquanto caminhavam de volta para o centro da vila, Ryūji e Hiroshi compartilhavam suas impressões. —— Haruto estava nervoso demais. —— comentou Hiroshi, com um tom sério. —— E Takeshi... algo no jeito como ele falou sobre o artefato me incomodou.

Ryūji concordou com um aceno discreto. —— Talvez devêssemos segui-los. Quando alguém sabe que está sendo investigado, tende a cometer erros. Pode ser nossa chance de descobrir algo mais.

Hiroshi parou, considerando a sugestão de Ryūji. —— Sim, isso pode funcionar. Vamos manter os olhos neles.

Já era quase meio-dia, e Hiroshi sugeriu uma pausa para almoçar. —— O que acha de um ramen? Precisamos discutir o que temos até agora e organizar nossos próximos passos.

Foram até uma barraquinha de ramen onde, entre uma garfada e outra, debateram os álibis e comportamentos de cada pessoa interrogada. —— Haruto é o que parece mais suspeito. —— disse Hiroshi, afundando-se no pensamento enquanto girava os hashis no macarrão. —— Aiko parecia ansiosa, mas não creio que ela tenha o perfil para algo assim. Takeshi... bem, não podemos descartá-lo ainda, mas Haruto... Ele estava nervoso demais.

Ryūji concordava. Havia algo em Haruto que não se encaixava, algo que o fazia sentir que o jovem estava escondendo algo mais. —— Devemos segui-lo, então. Ver o que ele faz quando pensa que ninguém está observando. —— sugeriu Ryūji, já mentalmente preparado para a tarefa. Ele sabia que a discrição e paciência seriam fundamentais para essa parte da missão.

Após o almoço, os dois seguiram para a casa de Haruto. O sol estava começando a descer, projetando sombras longas pelas ruas. Ryūji e Hiroshi se posicionaram em um ponto estratégico, onde podiam observar a casa sem serem vistos. De sua posição, podiam ver Haruto através de uma janela aberta, andando de um lado para o outro, inquieto. Sua postura indicava preocupação, e Ryūji percebeu que ele parecia estar à beira de uma decisão difícil.

O tempo passou lentamente, cada minuto carregado de tensão. Ryūji usou aquele tempo para acalmar a mente, focando-se na respiração, algo que ele aprendera a fazer para controlar seus medos e ansiedades. Sabia que o stress podia ser seu maior inimigo naquele momento, então mantinha-se centrado, atento a cada movimento de Haruto.

Quando o relógio marcou quatro e meia, Haruto finalmente saiu de casa, fechando a porta com um movimento brusco e começando a caminhar com passos rápidos. Hiroshi sinalizou para Ryūji, e ambos começaram a segui-lo, mantendo-se a uma distância segura, mas sem perder de vista o suspeito. A missão estava entrando em uma nova fase, onde cada decisão poderia levá-los mais perto da verdade ou colocá-los em maior perigo.

Com os olhos fixos na figura de Haruto, Ryūji sentia o peso da responsabilidade aumentar, mas também sabia que estava preparado. Afinal, ele era o dragão na sombra, pronto para descobrir a verdade e trazer o artefato de volta para Konoha.

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Sex 23 Ago - 13:35

Objetivos:

O trilho do dragão: a caçada começa novamente

A tarde estava começando a se alongar quando Ryūji e Hiroshi seguiram Haruto pelas ruas sinuosas de Konoha. O sol estava começando a baixar no horizonte, tingindo o céu de laranja e rosa, o que apenas intensificava o clima de tensão. Ryūji, sempre atento aos detalhes, percebeu a maneira ansiosa como Haruto olhava por cima do ombro, como se esperasse ser seguido. Estava claro que o homem carregava um peso, algo que temia ser descoberto.

Após alguns minutos de perseguição cuidadosa, Haruto parou diante de uma casa. Para a surpresa de ambos, era a casa de Aiko. Ryūji trocou um olhar com Hiroshi, que levantou uma sobrancelha, intrigado. O que Haruto estaria fazendo ali? Quando Haruto bateu à porta, Aiko apareceu quase imediatamente, abrindo o portão com uma expressão que misturava preocupação e alívio. Mas o que ocorreu a seguir deixou Ryūji boquiaberto.

Haruto e Aiko se beijaram. Era um beijo que carregava paixão e cumplicidade, o que indicava claramente que os dois mantinham uma relação amorosa secreta. O choque que Ryūji sentiu foi imediatamente seguido por uma sensação de desconforto. Não era o beijo em si que o perturbava, mas o que aquilo implicava na investigação. Hiroshi, por outro lado, esboçou um sorriso irônico, o que era típico de sua personalidade brincalhona em momentos inapropriados.

—— Adoro crimes cometidos por amor. —— sussurrou Hiroshi, com um toque de sarcasmo na voz.

Ryūji, ainda processando o que acabara de testemunhar, respondeu em tom pensativo. —— Será que é esse o caso? Ela pode ter falado do artefato a Haruto, do quão valioso ele era, e ele aproveitou para roubar o pergaminho. Talvez para vendê-lo e garantir uma vida melhor para os dois.

A suposição parecia lógica, mas nenhuma das peças encaixava perfeitamente. No entanto, era a melhor teoria que tinham até então. Haruto e Aiko conversaram brevemente, em tons baixos que não conseguiam captar à distância. Logo após, ela puxou Haruto para dentro da casa, lançando um último olhar desconfiado para a rua, como se soubesse que estavam sendo observados. Isso fez com que ambos se encolhessem, tentando se misturar ainda mais com as sombras da tarde.

—— Precisamos ouvir o que eles estão dizendo. —— disse Ryūji, quase em um sussurro, sentindo um frio na espinha que ele sabia não ter nada a ver com a temperatura amena. Era um instinto, uma parte de si que sempre esperava o pior, talvez uma cicatriz psicológica de seu passado sombrio.

Hiroshi assentiu, e os dois se aproximaram da casa de Aiko, movendo-se com cuidado, em silêncio absoluto. Os anos de treino e as lições dolorosas sobre a importância da cautela guiavam cada passo de Ryūji. A leve brisa da primavera balançava suavemente as folhas das árvores ao redor, e o som abafado de passos se misturava ao farfalhar das folhas, escondendo sua aproximação.

Quando chegaram à lateral da casa, puderam ouvir melhor a conversa. Aiko estava ansiosa, e sua voz carregava um tom urgente.

—— Você tem o pergaminho com você? —— perguntou ela, sua voz cheia de preocupação.

—— Sim, está mesmo aqui. —— respondeu Haruto. Ryūji e Hiroshi não conseguiam ver o que estava acontecendo, mas pelos sons sutis, parecia que Haruto estava tirando algo do bolso ou debaixo da roupa. O jovem genin sentiu seu coração acelerar ao perceber que o artefato estava muito próximo, quase ao alcance de suas mãos.

—— Guarde-o em sua casa. —— pediu Aiko, sua voz soando quase como uma ordem.

Haruto, no entanto, estava visivelmente chateado. —— Não posso, minha casa é pequena. Se alguém investigar, vão encontrar facilmente. Esconda-o aqui, sua casa é enorme, tem muitos lugares onde pode esconder.

Aiko não desistiu, sua voz suavizando, adotando um tom mais doce, quase suplicante. —— Por favor, Haruto. Onde você acha que eles vão procurar primeiro? Eles já vieram aqui assim que começaram a investigar. É só por alguns dias, até o comprador chegar a Konoha. Depois disso, seremos ricos e poderemos sair daqui, ter uma vida melhor.

Antes que Ryūji pudesse absorver completamente as implicações do que ouvira, Hiroshi, em um movimento repentino, saltou para dentro do terreno. —— Ora ora, o vosso crime dava uma boa novela. Já pensaram nisso? —— A ação inesperada de Hiroshi pegou Ryūji de surpresa, e ele levou um segundo para processar o que acabara de acontecer antes de pular atrás de seu companheiro, aterrissando silenciosamente ao seu lado.

O casal dentro da casa se virou, os olhos arregalados de choque ao verem os dois ninjas ali. Aiko, no entanto, foi a primeira a se recompor, seus olhos estreitando-se em uma mistura de raiva e medo. Haruto, por outro lado, estava visivelmente nervoso, suas mãos tremendo ao tentar esconder o pergaminho.

—— O que estão fazendo aqui? —— perguntou Haruto, a voz trêmula.

Hiroshi, mantendo seu tom irônico, respondeu com um sorriso presunçoso. —— Bom, acho que você sabe. Vocês estão presos, e preciso que me entreguem o artefato e me contem como fizeram tudo isso, embora eu possa imaginar várias possibilidades.

Ryūji estava atento a cada movimento, a adrenalina começando a correr em suas veias. Ele sabia que o confronto estava próximo e precisava estar preparado. Aiko e Haruto estavam a cerca de dois metros de distância, e o clima na casa tinha mudado drasticamente, de cúmplice para hostil.

Aiko, desafiadora, deu um passo à frente, colocando-se entre Haruto e os ninjas. —— Isso não vai acontecer. —— declarou ela, seus olhos brilhando com determinação. —— Haruto, fuja daqui! —— ordenou, já começando a formar selos de mão com rapidez e precisão.

Ryūji viu o início do selo e soube imediatamente o que estava para acontecer. Ele e Hiroshi saltaram para os lados, cada um para uma direção, quando Aiko exalou uma enorme bola de fogo que iluminou o ambiente com uma luz intensa e laranja. O calor da técnica passou próximo o suficiente para que Ryūji sentisse o calor, mas ele se manteve focado, ignorando o temor que o fogo trazia consigo.

—— Ryūji, apanhe Haruto, eu lido aqui! —— gritou Hiroshi, já se preparando para enfrentar Aiko. Sem hesitar, Ryūji disparou em direção a Haruto, que já havia começado a correr na direção oposta, tentando escapar com o pergaminho.

A adrenalina corria em suas veias enquanto Ryūji acelerava o passo, sentindo a familiar tensão na boca do estômago. Ele sabia que Haruto não tinha chance de fugir, mas o peso do pergaminho e a urgência da situação não permitiam margem para erros. Aiko e Hiroshi iniciaram um confronto feroz às suas costas, mas sua mente estava agora completamente focada em capturar Haruto e recuperar o artefato.

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Sex 23 Ago - 14:37

Objetivos:

O trilho do dragão: a caçada começa novamente

O clima ameno da primavera trazia uma brisa leve que soprava pelas ruas de Konoha, mas para Ryūji, cada passo era um fardo. Ele sabia que Haruto estava ciente de que era perseguido desta vez, e isso fazia a diferença. A corrida desenfreada que seguiu pela cidade foi uma prova de resistência e habilidade, não apenas física, mas também mental.

Haruto, apesar de não ser um ninja, surpreendeu Ryūji com sua velocidade e agilidade. Ele corria com uma determinação desesperada, tecendo entre os transeuntes, causando alvoroço nas ruas movimentadas. As pessoas se afastavam, assustadas, enquanto Ryūji tentava manter o foco, bloqueando os gritos e olhares de confusão que recebia. O jovem genin lutava contra o peso do estresse que começava a se acumular, uma sombra silenciosa que ameaçava obscurecer sua mente.

Enquanto corria, ele sentiu um frio na espinha que nada tinha a ver com a temperatura. Um lembrete sombrio de seu trauma, de correr na escuridão, de ser caçado. Mas não havia escuridão agora, apenas o sol filtrando-se através das árvores e a necessidade urgente de capturar Haruto. Ele repetia para si mesmo que isso era diferente, que ele estava no controle.

A distância entre os dois diminuía lentamente, e Ryūji sabia que tinha que agir antes que Haruto encontrasse um lugar para se esconder ou pior, desaparecesse. Ele concentrou seu chakra, sentindo-o fluir através de seu corpo, até as mãos, preparando-se para a técnica.

Com uma série rápida de selos de mão, Ryūji conjurou um chicote de água, moldando-o a partir do ar úmido ao seu redor. O chicote serpenteou à sua frente, como um dragão em busca de sua presa. Com um movimento preciso, ele lançou o chicote, que se enrolou em torno do torso de Haruto, imobilizando-o a três metros de distância. Haruto gritou, tentando se livrar, mas as águas eram firmes e implacáveis. Ryūji sentiu o esforço necessário para manter a técnica ativa, cada segundo uma batalha interna para não deixar sua concentração vacilar.

—— Pare com isso, eu não fiz nada de errado! —— gritou Haruto, o pânico evidente em sua voz.

Ryūji manteve o foco. Sabia que as palavras de Haruto eram vazias, desesperadas. Ele não podia se dar ao luxo de hesitar agora. Com um esforço considerável, ele começou a arrastar Haruto de volta para a casa de Aiko, o caminho de volta parecendo mais longo e difícil, à medida que seu corpo começava a sentir o peso da técnica e da corrida anterior. Mas ele se recusava a falhar. Não agora, quando estava tão perto de concluir a missão.

Quando finalmente chegaram, a casa estava em um estado visivelmente diferente. Havia sinais claros de uma batalha: manchas de queimado no solo e nas paredes, provavelmente resultado de técnicas Katon lançadas por Aiko. Ryūji se aproximou com cautela, seu corpo ainda tenso, mas relaxou levemente ao ver Hiroshi deitado ao lado de Aiko, que estava imobilizada no chão, amarrada e tentando, sem sucesso, se libertar.

—— Estava quase adormecendo esperando por você. Você demorou, hein? —— Hiroshi disse, com seu habitual tom brincalhão, um sorriso brincando nos lábios.

Ryūji sentiu uma pontada de indignação, mas a fadiga em seus músculos o impediu de responder imediatamente. —— Pode não parecer, mas ele é rápido. —— disse finalmente, a respiração ainda pesada.

Hiroshi se levantou com um suspiro teatral, mas havia uma prontidão nos seus movimentos. Ele agarrou Haruto com firmeza, sinalizando para Ryūji liberar a técnica. Com um aceno de cabeça, Ryūji desfez o chicote de água, que se dissipou no ar, deixando-o com uma sensação de alívio.

Hiroshi foi rápido em confiscar o artefato, guardando-o entre seus pertences antes de amarrar as mãos de Haruto com as mesmas cordas que prendiam Aiko. Com um gesto brusco, ele levantou a mulher, colocando os dois lado a lado.

—— Bom, agora quero saber por que fizeram isso. —— perguntou Hiroshi, com uma frieza que contrastava com seu humor anterior.

Mas o casal permaneceu em silêncio, seus rostos rígidos e desafiadores. O silêncio que se seguiu foi pesado, carregado de tensão. Ryūji observou com atenção, o coração batendo forte, mas ainda controlado. Ele estava começando a entender que o peso desta missão não era apenas físico, mas também emocional.

Hiroshi, no entanto, não parecia abalado pela resistência deles. —— Bom, talvez vocês falem mais na presença do seu tio e patrão. —— disse ele, com um tom quase casual, mas com uma intenção clara de forçar uma reação.

Aiko, que até então havia se mantido em silêncio, finalmente quebrou. —— Espere, não me faça enfrentar o meu tio. —— disse ela, a voz tremendo com uma mistura de medo e desespero. —— Eu conto tudo.

Ryūji sentiu um aperto no peito ao ouvir a confissão. A dor e a raiva na voz de Aiko eram quase palpáveis. —— Meu tio sempre teve muito dinheiro, mas sempre se recusou a ajudar os mais próximos, como eu e meus pais. Eles trabalharam a vida toda para conseguir aquela casa que vocês viram, e eu não queria isso para mim. Saber que meu tio tem tanto dinheiro, não tem filhos e nem sequer estava disposto a me ajudar me deixava furiosa. Então, decidi que roubar o artefato seria uma boa forma de conseguir dinheiro rápido.

Hiroshi escutava com atenção, mas havia uma rigidez em sua postura, como se ele já tivesse julgado Aiko antes mesmo de ela terminar de falar. —— E como Haruto entra na história? —— perguntou ele, sem qualquer simpatia.

Haruto, ainda com a cabeça baixa, respondeu. —— Eu conheci Aiko na casa do tio dela. Foi quase amor à primeira vista. Ambos queríamos uma vida melhor e concordamos em fazer isso, parecia o caminho mais fácil e rápido.

O cinismo de Hiroshi finalmente transbordou. —— Que história de amor tão linda. Agora não vão ficar juntos, vão continuar pobres e vão estar presos. Que vitória, hein? —— disse ele, com um sarcasmo cortante, enquanto começava a empurrá-los em direção à saída da propriedade.

Ryūji observava em silêncio, cada palavra de Hiroshi ressoando com a realidade dura e inescapável da situação. O jovem genin estava exausto, não apenas fisicamente, mas emocionalmente também. Ele tinha cumprido sua parte na missão, mas o peso de tudo o que tinha acontecido ainda pairava sobre ele.

—— Vamos levá-los direto para o quartel-general. Eu me encarrego de contar tudo para ele em vez de vocês terem que dar a cara. —— disse Hiroshi, enquanto os empurrava para caminharem na frente.

Ryūji seguiu ao lado de Hiroshi, observando os prisioneiros e o caminho à frente. Ele sabia que o pior havia passado, mas ainda sentia um desconforto profundo, uma inquietação que não o deixava. Talvez fosse a ideia de que, apesar de tudo, ele não podia mudar o que aquelas pessoas haviam se tornado ou o que haviam feito. Ele podia capturá-los, mas não podia consertá-los. E talvez fosse isso que mais o perturbava.

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Sex 23 Ago - 14:40

Objetivos:

O trilho do dragão: a caçada começa novamente

O sol já começava a se pôr no horizonte, tingindo o céu de Konoha com tons de laranja e rosa. As sombras das árvores se alongavam, criando um contraste suave com a luz que ainda restava. Ryūji e Hiroshi caminhavam em silêncio, conduzindo Aiko e Haruto pelas ruas da vila. O peso da missão finalmente começava a se dissipar, mas para Ryūji, cada passo em direção ao quartel-general trazia um novo tipo de ansiedade.

Chegaram ao quartel-general no exato momento em que as primeiras luzes das ruas se acendiam. O brilho cálido dos postes de luz lutava contra a escuridão iminente, acalmando os temores que Ryūji mantinha em seu coração. Embora o medo da escuridão sempre estivesse lá, naquele momento, as luzes proporcionavam um alívio momentâneo, uma barreira entre ele e as sombras que tanto o aterrorizavam.

Hiroshi deu ordens ao guarda na recepção para que levassem os prisioneiros para uma cela. Ryūji observava em silêncio enquanto Aiko e Haruto eram levados. O olhar de Haruto era um misto de raiva e resignação, enquanto Aiko mantinha a cabeça baixa, em um claro sinal de vergonha. A tensão no ar era quase palpável, mas logo se dissipou quando a porta da cela se fechou com um estalo.

Hiroshi, com sua habitual energia, olhou para Ryūji e disse. —— Ryūji, temos que entregar o pergaminho agora, vamos. —— Sua voz soava leve, mas havia um tom subjacente de urgência, como se ele quisesse encerrar a missão de uma vez por todas.

A caminhada até a casa do homem roubado foi breve, mas para Ryūji, parecia durar uma eternidade. Com o céu agora mais escuro e as luzes da rua formando uma linha tênue de segurança, ele mantinha os olhos fixos no caminho, tentando ignorar as sombras que se formavam ao seu redor. O passado tentava se infiltrar em seus pensamentos, as memórias de escuridão e desespero lutando para emergir. Mas ele as mantinha à distância, focando-se na missão, na luz que o guiava.

Quando chegaram à casa do homem idoso, o céu já estava coberto pelo crepúsculo. As luzes da rua lançavam um brilho suave sobre a porta da frente, criando uma atmosfera quase serena. Hiroshi bateu na porta e eles aguardaram em silêncio. Ryūji sentia o coração acelerado, o que era incomum para ele. A espera parecia interminável, mas finalmente, o som de passos arrastados do outro lado da porta indicou que o homem estava vindo.

O idoso, ao abrir a porta, exibiu um sorriso caloroso ao ver o pergaminho em mãos. Sua expressão se iluminou com uma alegria genuína, uma felicidade que parecia rejuvenescer suas feições cansadas. —— Vocês conseguiram! —— exclamou ele, claramente aliviado e grato.

Mas a felicidade foi rapidamente substituída por uma expressão de perplexidade quando o homem perguntou o que havia acontecido. Hiroshi, com sua típica franqueza, contou tudo. Desde o plano orquestrado por Aiko até a participação de Haruto. Cada palavra parecia pesar mais do que a anterior, e Ryūji observou o rosto do idoso desmoronar. O sorriso que antes iluminava seu rosto foi substituído por uma sombra de tristeza e decepção.

O homem, visivelmente abalado, baixou a cabeça, talvez com vergonha ou apenas para esconder as lágrimas que começavam a se formar. —— Eu... eu nunca pensei que minha própria família... —— murmurou, as palavras quase se perdendo no ar.

Ryūji sentiu um aperto no peito. Não era apenas o peso do cansaço físico, mas a angústia de ter sido parte de algo que quebrou uma família. Ele sabia que não podia fazer nada para aliviar a dor daquele homem, mas o peso da culpa ainda pairava sobre ele.

O idoso, após alguns momentos de silêncio, agradeceu com uma voz trêmula, despediu-se dos dois e fechou o portão lentamente. A despedida foi breve, mas carregada de emoções que permaneceriam com Ryūji por muito tempo.

Enquanto caminhavam de volta pelas ruas agora iluminadas, Hiroshi finalmente quebrou o silêncio. —— Dar essas más notícias a pessoas idosas é o que menos gosto neste trabalho. Aquele homem não merecia saber o que a sobrinha nos disse, mas devemos ser transparentes.

Ryūji apenas assentiu, incapaz de encontrar palavras que pudessem expressar o que sentia. As luzes da rua, agora mais brilhantes à medida que a escuridão caía, ofereciam um consolo frágil contra as sombras que sempre o acompanhavam. Ele sabia que as memórias e os medos continuariam a assombrá-lo, mas por ora, o brilho das luzes era suficiente para mantê-los afastados.

Quando chegaram ao ponto de se despedirem, Hiroshi estendeu a mão com um sorriso cansado, mas sincero. —— Foi um prazer trabalhar novamente com você, Ryūji. Espero vê-lo em breve.

Ryūji apertou a mão de Hiroshi, sentindo uma breve conexão de camaradagem, algo que era raro para ele. —— O prazer foi meu, Hiroshi. Até a próxima.

Enquanto Ryūji caminhava de volta para a propriedade Chinoike, o peso da missão ainda pairava sobre ele, mas havia um sentimento de conclusão. Ele sabia que o caminho para casa estava iluminado, pelo menos por ora, e isso era suficiente para que ele seguisse em frente, um passo de cada vez.

Status
Vitalidade | 400.400
Chakra | 435.475
Stamina | 1.4