O campo de treinamento estava vazio, envolto pelo silêncio da manhã. O sol mal tinha surgido no horizonte, e a névoa ainda pairava sobre o chão, criando um cenário quase etéreo. Jhin Hyuga estava sozinho, seus olhos fechados, respirando profundamente enquanto sentia a energia do ambiente ao seu redor. Ele sabia que o caminho para a maestria no Taijutsu exigia mais do que apenas força física; era necessário um controle absoluto do corpo e da mente.

Ele começou com movimentos básicos, repetindo-os várias vezes para garantir que cada golpe, cada chute fosse executado com perfeição. Os primeiros socos eram lentos e calculados, focando na técnica e na precisão. Com o tempo, ele aumentou gradualmente a velocidade, sentindo seus músculos se aquecerem e se ajustarem aos movimentos repetitivos. A cadência de seus ataques era quase hipnótica, um ritmo que ele havia aperfeiçoado ao longo de meses de treinamento intenso.

Jhin então introduziu variações nos golpes, combinando socos e chutes com movimentos evasivos. Ele se movia pelo campo como uma sombra, ágil e silencioso, seus pés quase não tocando o chão enquanto ele girava e saltava, esquivando-se de inimigos imaginários. Cada golpe era seguido por uma esquiva, e cada esquiva por um contra-ataque rápido e certeiro. Era um ciclo contínuo de ação, como um rio que nunca para de fluir.

A transpiração começou a surgir em sua testa, mas Jhin não diminuiu o ritmo. Ele sabia que a verdadeira força no Taijutsu não vinha apenas da habilidade de desferir golpes poderosos, mas da resistência e da capacidade de manter a eficácia mesmo quando o corpo estava cansado. Cada movimento, cada respiração, era uma luta contra a exaustão que tentava se instalar.

Jhin então passou a praticar em um tronco de madeira, usado como alvo para seus golpes. Os impactos de seus socos e chutes faziam o tronco balançar, e as marcas deixadas pela força de seus ataques eram visíveis. Ele se concentrou em canalizar todo o seu chakra nos golpes, buscando maximizar a potência de cada ataque. Sentiu a energia fluindo através de seus braços e pernas, amplificando a força física com o poder do chakra.

Finalmente, depois de horas de treinamento contínuo, Jhin parou. Sua respiração estava pesada, mas havia uma satisfação em seus olhos. Ele sabia que cada gota de suor derramada, cada golpe repetido incansavelmente, o aproximava um pouco mais de seu objetivo. Com um último olhar para o tronco marcado, Jhin se permitiu um momento de descanso, sabendo que amanhã voltaria a treinar, mais forte e mais determinado.


[spoiler=Considerações]- Objetivo: Treino 1 ponto Databook em Taijutsu
- Palavras: 420

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O vento soprava através das árvores densas da floresta, carregando consigo o murmúrio dos galhos e o cheiro pungente da terra úmida. Hyuga Jhin estava ali, sozinho, envolto pela penumbra das primeiras horas da manhã. Seu olhar, afiado e atento, sondava os arredores como se buscasse alguma criatura furtiva que pudesse estar à espreita. Ele sabia que a velocidade não era apenas uma questão de força bruta ou de simples movimento; era uma arte, uma habilidade que demandava tanto mente quanto corpo.

A floresta era um labirinto de troncos retorcidos e raízes traiçoeiras, e Jhin, como um caçador em seu ambiente natural, desenhou em sua mente o percurso que seguiria. Com o Byakugan ativado, cada detalhe da paisagem estava gravado em sua memória, desde as folhas caídas até as menores irregularidades no solo. Este não era um simples treino; era um ritual, uma dança entre o homem e a natureza, onde qualquer hesitação poderia significar uma queda, uma falha.

Ele deu início ao movimento. Seus pés tocavam o chão com uma leveza quase sobrenatural, como se fosse um espectro deslizando entre as sombras. Cada passo era preciso, cada curva tomada com a confiança de alguém que conhecia intimamente a sua presa. Mas ali, não havia um adversário tangível, apenas o próprio Jhin e sua determinação em superar os limites que ele mesmo havia imposto.

O suor começava a brilhar em sua testa, mas ele não parava. Havia uma ferocidade contida em seus olhos, um reflexo daquilo que Jhin sabia estar em jogo. Para ele, a velocidade era mais que um atributo físico; era uma necessidade visceral, uma arma que poderia decidir a vida ou a morte em um instante decisivo. Ele acelerava, os músculos queimando com o esforço, enquanto seus pensamentos se tornavam uma torrente de instruções e correções, adaptando-se, ajustando-se ao que o terreno exigia.

A medida que avançava, o ritmo se intensificava. Jhin não corria apenas; ele atacava o ar ao seu redor, desferindo golpes contra as árvores como se fossem inimigos invisíveis. Cada soco, cada chute, era executado com a precisão de um mestre de armas, mas também com a urgência de alguém que sabe que o erro não é uma opção. A floresta, em sua imobilidade milenar, parecia responder ao esforço de Jhin, ecoando seus movimentos com o farfalhar das folhas e o estalar dos galhos secos.

Quando finalmente parou, o peito arfando e os membros tremendo de exaustão, Jhin contemplou o caminho que traçara. Ele sabia que sua jornada estava longe do fim. A verdadeira velocidade que ele buscava não estava apenas na rapidez de seus passos, mas na capacidade de antecipar o futuro, de se mover com a clareza de quem já viveu aquele momento. Com essa consciência, ele se afastou da floresta, o olhar voltado para o horizonte, onde o sol começava a despontar, prometendo um novo dia de desafios.

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O campo de treinamento estava envolto em uma névoa densa, que pairava sobre o chão como um manto de silêncio. Jhin Hyuga observava o horizonte, seus olhos pálidos e inexpressivos fixos nas sombras das árvores distantes. O jovem ninja sentia o peso da tradição sobre seus ombros, um fardo que carregava desde que se lembrava. O vento sussurrava entre as folhas, carregando consigo o eco de vozes antigas, sussurros de gerações passadas, lembrando-o constantemente do caminho que escolheu seguir.

Naquele dia, Jhin estava determinado a superar seus próprios limites. Ele sabia que o caminho para o poder exigia sacrifícios, e hoje ele sacrificaria o conforto, enfrentando a exaustão de frente. O treinamento de stamina era uma batalha silenciosa contra o próprio corpo, uma guerra travada nos confins da mente, onde cada passo à frente era uma pequena vitória sobre a fadiga, e cada respiração um lembrete da própria mortalidade.

Ele começou seu treinamento correndo pelo perímetro do campo, uma tarefa que parecia simples, mas que carregava em si a promessa de dor. Os calçados de Jhin batiam contra o solo com um ritmo constante, e ele forçava seu corpo a manter a velocidade, mesmo quando seus músculos protestavam e o ar queimava em seus pulmões. O tempo parecia se arrastar, cada segundo mais pesado que o anterior, mas ele não podia ceder, não podia permitir que a fraqueza o dominasse. Cada passo era um desafio à sua resistência, um teste de sua determinação para enfrentar o fardo do passado e a incerteza do futuro.

Enquanto corria, Jhin revisava mentalmente as lições de seu clã, relembrando os ensinamentos de seus ancestrais, que também haviam enfrentado esses desafios. O Byakugan, seu legado, exigia mais que habilidade; exigia uma fortaleza física e mental que só poderia ser construída com esforço contínuo. A cada volta completada, ele sentia o cansaço se acumular, como uma maré que ameaçava afogá-lo. Mas ele não parava. Em vez disso, mergulhava mais fundo em sua própria dor, buscando forças onde não havia mais nenhuma. Ele sabia que, para se tornar um verdadeiro guerreiro, precisava conhecer seus limites – e então destruí-los.

A última parte do treino era uma sequência interminável de flexões e abdominais, uma rotina que parecia cruel em sua simplicidade. O suor escorria pelo rosto de Jhin, pingando no chão como a chuva que se aproximava. Cada movimento se tornava uma batalha contra o corpo exausto, e a dor em seus músculos era como facas afiadas. Mas em nenhum momento Jhin hesitou. Ele era um Hyuga, e o sangue de guerreiros corria em suas veias. Não havia espaço para fraqueza. Quando finalmente terminou, seu corpo estava exausto, mas sua alma havia se fortalecido, moldada pelo fogo da resistência.

De pé, com a respiração ofegante e o corpo trêmulo, Jhin olhou para o horizonte mais uma vez. O treinamento havia terminado...

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O vento cortante das montanhas soprava implacável, como se quisesse testar a determinação de qualquer um que ousasse desafiar seus picos. O terreno rochoso e irregular oferecia pouca tração, e a altitude fazia o ar parecer rarefeito, difícil de respirar. Aquele não era um lugar para amadores, mas Jhin Hyuga sabia que ali, onde a natureza era mais cruel, ele encontraria o teste que buscava.

Jhin já havia enfrentado muitos desafios em sua jornada como ninja, mas compreendia que para alcançar o verdadeiro poder, o corpo precisava ser tão forte quanto a mente. A resistência física, a capacidade de suportar a dor e a exaustão, era essencial para sobreviver e triunfar nas batalhas que viriam. Ele havia escolhido aquele lugar justamente por sua severidade, pela promessa de quebrá-lo antes de fortalecê-lo.

O treino começava com uma corrida morro acima, uma tarefa que, à primeira vista, poderia parecer simples. Mas cada passo em falso nas rochas soltas poderia significar uma queda mortal. O ar rarefeito tornava a respiração difícil, cada inspiração era um esforço consciente, um lembrete constante da hostilidade do ambiente. Jhin corria, sentindo o peso de seu corpo aumentar a cada metro, os músculos gritando em protesto enquanto o ácido lático se acumulava nas fibras.

O primeiro objetivo era o pico, um desafio que testaria não apenas sua resistência física, mas também sua força de vontade. A cada passo, o vento parecia tentar empurrá-lo para trás, como um adversário invisível que sussurrava palavras de desistência em seus ouvidos. Mas Jhin não era alguém que se deixava vencer tão facilmente. Seus olhos, tão firmes quanto o próprio Byakugan, estavam fixos no topo. Não importava o quanto suas pernas doessem, o quanto seu peito queimasse com a falta de ar, ele continuaria.

Ao alcançar o pico, o sol estava começando a baixar no horizonte, tingindo o céu com um laranja vibrante. A sensação de conquista era intensa, mas ele sabia que o verdadeiro teste ainda estava por vir. Jhin apenas fez uma breve pausa, respirando fundo o ar gelado que cortava sua garganta como lâminas afiadas, antes de começar a descida. Agora, cada passo deveria ser calculado, cada movimento, controlado. A descida era mais rápida, mas qualquer erro poderia ser fatal.

Jhin usava suas habilidades ninjas para manter o equilíbrio, seus músculos em constante tensão enquanto ele saltava de rocha em rocha, deslizando por encostas traiçoeiras. A gravidade era uma aliada e um inimigo ao mesmo tempo, puxando-o para baixo com uma força que desafiava sua resistência. Mas era exatamente isso que ele precisava, um teste que fosse ao limite, que não lhe desse tempo para pensar, apenas para reagir.

Quando finalmente chegou à base da montanha, Jhin estava exausto, mas também sentia uma nova força crescendo dentro de si. Seu corpo estava quebrado, mas não derrotado. Ao contrário, a dor era um lembrete de que ele havia superado mais um limite, que estava mais forte do que antes. Ele sabia que, como a montanha, ele também era inquebrável, moldado pela adversidade, endurecido pela dor.

Jhin se permitiu um momento de reflexão, olhando para o pico que acabara de conquistar. A jornada havia sido árdua, mas cada passo, cada dor, cada gota de suor havia valido a pena. Agora, com seu corpo fortalecido e sua mente ainda mais determinada, ele estava pronto para enfrentar qualquer desafio que o aguardasse.

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O campo de treino estava deserto, exceto pela presença solitária de Jhin. O sol se punha lentamente, tingindo o céu de um vermelho-sangue. O silêncio do crepúsculo era quebrado apenas pelo som ritmado de sua respiração enquanto ele assumia a posição inicial. Havia algo de primitivo na prática do taijutsu, uma dança crua entre técnica e brutalidade que Jhin sempre apreciara. Não era uma questão de força bruta, mas de precisão, de encontrar o ponto exato onde o golpe se tornava mais do que apenas um impacto físico — tornava-se uma extensão da vontade.

Jhin flexionou os músculos, sentindo a familiar tensão que precedia o movimento. Ele atacou o ar com uma sequência fluida de socos, cada um conectado ao próximo com uma precisão quase sobre-humana. Seus pés deslizaram pelo chão como se fossem parte da terra, enquanto o vento parecia responder ao seu movimento, envolvê-lo, dançar com ele. O Jūken, o estilo de taijutsu do clã Hyūga, não exigia apenas força; ele dependia do fluxo de chakra, de uma compreensão íntima da rede de energia que corria por seu corpo e pelos corpos de seus oponentes.

Jhin desferiu um golpe em direção ao vazio, canalizando seu chakra para a ponta dos dedos. Ele visualizou a rede de chakra de um inimigo imaginário à sua frente, cada golpe direcionado a um tenketsu específico — pontos invisíveis, mas mortais. Seu corpo se movia como uma marionete de precisão, controlada por fios de pura intenção. A terra sob seus pés parecia tremer levemente com a força acumulada de cada golpe, mas Jhin manteve o controle. Controle era tudo.

Conforme o treinamento progredia, a respiração de Jhin tornou-se mais pesada, o suor escorria por sua testa e seus músculos começavam a queimar com o esforço. Ainda assim, ele não parou. Cada golpe, cada chute, cada bloqueio era executado com a perfeição clínica que apenas anos de prática e disciplina podiam proporcionar. Ele não treinava apenas para o corpo, mas também para a mente. Havia algo de meditativo na repetição, na busca pela perfeição em cada movimento. Ele sabia que, em batalha, um erro, por menor que fosse, poderia significar a morte. Portanto, ele treinava como se sua vida dependesse disso — porque, de fato, dependia.

O som de seus pés raspando contra o chão seco ecoava no campo vazio. Ele imaginava um oponente à sua frente, um ninja rápido, talvez até mais habilidoso. A tensão mental de antecipar golpes e bloqueios fazia seus reflexos se aguçar. Sua mente se movia tão rápido quanto seu corpo, cada movimento calculado, cada respiração medida. Era uma luta em que ele jamais poderia permitir-se hesitar.

Após o que pareceram horas de intensos exercícios, Jhin finalmente parou, sua respiração entrecortada, os músculos clamando por descanso. Mas, ao olhar para o horizonte, onde o último vestígio do sol desaparecia, ele sorriu. Havia algo de profundamente satisfatório no cansaço do corpo, na dor que surgia como um lembrete de que ele estava se fortalecendo. O treinamento de taijutsu não era apenas uma necessidade — era um ritual. Um que ele reverenciava.

Jhin sabia que o poder bruto era uma parte essencial da equação, mas o verdadeiro segredo do taijutsu estava no equilíbrio, na fusão de corpo e mente. Em silêncio, ele fechou os olhos e respirou profundamente. Ainda havia muito a aprender, muitos movimentos a dominar, mas, por agora, ele havia dado mais um passo em direção à maestria.

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O vento frio varria os campos de treinamento de Konoha, carregando consigo o cheiro da terra e das folhas secas que marcavam o início do outono. Jhin estava sentado sob uma árvore, os olhos fixos em um pergaminho que repousava sobre seus joelhos. A luz do sol filtrava-se pelas copas das árvores, projetando sombras oscilantes nas palavras escritas com tinta escura. Era um treinamento diferente, não envolvendo kunais, taijutsu ou jutsus complexos. Desta vez, ele treinava a mente, uma arma tão afiada quanto qualquer lâmina.

Jhin sempre soubera que o verdadeiro poder não residia apenas na força física, mas também na capacidade de pensar, de planejar e de compreender o mundo ao seu redor. Hoje, ele havia decidido explorar esse lado de sua força. O pergaminho falava sobre as linhas de chakra, as redes que conectavam o corpo humano e como o Byakugan podia vê-las. Era um conhecimento que ele já possuía, mas ali, nas palavras antigas, havia nuances que escapavam a muitos. Detalhes sobre como manipular essas correntes sutis de energia, sobre como enganar um oponente fazendo-o acreditar que estava em vantagem.

Enquanto lia, o mundo ao redor parecia desaparecer, dando lugar a um vazio preenchido apenas por ideias e raciocínios complexos. Os olhos de Jhin se estreitavam, concentrados. Ele imaginava as batalhas não apenas como confrontos de taijutsu ou ninjutsu, mas como jogos mentais, onde cada movimento era uma peça sendo jogada em um tabuleiro invisível. Uma linha de chakra cortada aqui, um bloqueio ali, e seu oponente poderia ser derrotado sem que percebesse o que o atingira.

Seu pensamento fluiu para o que Tousen havia dito dias antes. O convite ainda pairava sobre sua mente, como uma promessa de algo maior, mais profundo. Ele sabia que entrar no time Anteiku significava mais do que apenas seguir ordens; significava aprender, adquirir conhecimento que muitos jamais teriam acesso. A cada linha que lia no pergaminho, ficava mais claro que poder e sabedoria caminham de mãos dadas, e Tousen poderia lhe oferecer ambos.

Ele se lembrou das palavras do jōnin. “Se considerar a oferta, pode me encontrar no meu laboratório.” A tentação de aprender, de se aprofundar nas camadas de conhecimento que Tousen oferecia, era irresistível. Ele sempre buscara o poder, mas agora começava a entender que o verdadeiro poder residia também no controle sobre si mesmo, na habilidade de pensar à frente dos outros, de antecipar seus movimentos.

Levantou-se devagar, enrolando o pergaminho com cuidado. A luz do sol agora parecia mais forte, embora o vento frio ainda soprasse. Jhin guardou o pergaminho e deu alguns passos pelo campo de treinamento, os pensamentos fluindo como o chakra que estudava. Havia uma decisão a ser tomada. Ele poderia continuar sozinho, trilhando o caminho que conhecia bem, ou poderia aceitar o convite de Tousen e entrar em um novo mundo de possibilidades. Havia riscos, claro, mas também recompensas que ele jamais poderia alcançar por conta própria.

Seus passos o levaram até a borda do campo, onde a vila de Konoha se estendia embaixo de si. As ruas serpenteavam pela vila como as veias de um corpo vivo, cada um dos seus habitantes seguindo suas próprias jornadas. Jhin parou por um momento, o vento soprando suas roupas e seus longos cabelos, e olhou para o papel amassado em seu bolso. O endereço de Tousen.

Com um último olhar para o pergaminho que havia estudado, Jhin soube o que deveria fazer. 

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Jhin Hyuuga estava sentado no centro de um campo de treinamento isolado, as mãos repousando sobre os joelhos, enquanto a brisa leve da manhã sussurrava entre as folhas das árvores ao redor. O sol ainda não havia se elevado completamente, e as sombras dançavam em volta dele como espectros silenciosos. O silêncio absoluto era quebrado apenas pelo som ocasional das aves despertando ao longe. Aquele era um dia que Jhin reservou para um treinamento específico: dominar a ambidestria.

Há tempos ele percebera que sua habilidade com a mão dominante era excelente, mas seu potencial estava limitado pela dependência excessiva da mão direita. No campo de batalha, um ninja não podia ter fraquezas, nem algo tão simples quanto uma mão "inútil" poderia ser permitido. Para Jhin, o caminho do poder era uma senda sem fim, onde até mesmo o menor detalhe poderia ser a diferença entre a vida e a morte.

Com um movimento deliberado, ele levantou-se, observando os dois kunais em frente a ele. Pegou um com a mão direita, a arma fria encaixando-se perfeitamente entre seus dedos. Sentiu o peso, a familiaridade de uma ferramenta que ele já usava há anos. Era como uma extensão de seu próprio corpo.

Então, Jhin pegou o segundo kunai com a mão esquerda. Dessa vez, o sentimento foi estranho, desconfortável. A arma não parecia parte dele, e a empunhadura estava errada. Ele apertou os dentes, tentando ajustar a pegada, forçando a mente a aceitar que sua mão esquerda deveria ser tão capaz quanto a direita. Mas o corpo, por mais que fosse treinado, ainda resistia.

Começou a prática básica. Arremessou o kunai da mão direita contra um alvo, cravando a lâmina com precisão mortal no centro. Em seguida, repetiu o movimento com a mão esquerda. O segundo arremesso, embora preciso, não foi tão fluido. O alvo foi atingido, mas não no ponto desejado.

"De novo", murmurou para si mesmo.

Jhin repetiu o processo inúmeras vezes, trocando de mão a cada tentativa, ajustando o ângulo, o peso e a coordenação. A mão esquerda protestava com dores crescentes, enquanto a mente forçava-se a adaptar-se a uma nova forma de pensar. Ele não podia mais pensar em termos de "mão dominante" ou "mão fraca". Não, para um ninja de verdade, cada movimento deveria ser natural, sem distinção. Cada lado de seu corpo deveria ser igualmente mortal.

Horas se passaram, e o sol começou a subir no céu, lançando luzes mais intensas sobre o campo de treinamento. O suor escorria pelo rosto de Jhin, sua respiração ofegante, mas sua concentração não vacilava. Seus movimentos começaram a fluir, sua mão esquerda finalmente respondendo como deveria, com a mesma destreza e força da direita. Não era apenas uma questão de força física; era uma batalha mental. E, como em todas as batalhas, a perseverança superaria a fraqueza.

Ele começou a realizar manobras mais complexas, brandindo os dois kunais ao mesmo tempo, como se estivesse cercado por inimigos invisíveis. Cada golpe, cada bloqueio, era um reflexo do que aconteceria em um combate real. Ele simulava ataques em todas as direções, sua mente sempre um passo à frente, preparando a próxima ação, prevendo a resposta de um oponente inexistente.

Os golpes tornaram-se mais rápidos, mais fluidos. Agora, tanto a mão direita quanto a esquerda moviam-se com maestria. Não havia hesitação, não havia desequilíbrio. As lâminas dançavam pelo ar, e Jhin, por fim, sentiu que alcançara um novo patamar de domínio sobre seu próprio corpo.

Quando finalmente parou, o campo estava repleto de kunais cravados em troncos e alvos ao redor. Jhin observou o resultado de seu treinamento e respirou fundo. Não havia perfeição, mas ele estava mais próximo de sua meta. A ambidestria, aquela habilidade tão subestimada por muitos, agora fazia parte de seu arsenal. Em suas mãos — ambas as mãos — o futuro parecia um pouco menos sombrio.

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