Naquela noite comum em Konoha, Nathaniel era visto onde permaneceu o dia inteiro, “matando” o trabalho em prol de algo mais importante: aprimorar as suas habilidades de combate. Em sua área de treinamento no subsolo, que consistia em um grande dojo, e usando apenas a sua bermuda, Nate era visto treinando o manejo da espada com a mão destra, enquanto brandia e movia o martelo com a mão esquerda em várias direções, simulando um combate direto contra vários inimigos. — Eu sei que o senhor gosta de estar sempre aprimorando as suas habilidades de combate, mestre, mas eu não entendo por que de manejar a espada com a mão direita é tão importante. — Kiara, sentada perto de um dos pilares, analisava o Grey, que girava a Fire Sword e a lançava para o alto, assistindo ela cair no chão. — Porque você não está conseguindo enxergar o panorama geral, Kiara. Eu não sei o que me aguarda nessas expedições, e pode ser que minhas habilidades sejam exageradas para a ocasião. Em todo o caso, eu quero estar preparado para todas as possibilidades. — pontuou, dando uma cambalhota e sacando a espada no chão, saltando e executando um giro no ar e fazendo um corte no ar com a Fire Sword. — Eu ainda estou chateada por não me deixar ir com você, mestre. Eu poderia ajudá-lo de muitas formas. — a kumorineko olhou para o seu mestre visivelmente chateada.

— Eu não sei o que esperar nessa viagem, Kiara, mas não haverão oportunidades para que venha comigo. — respirou fundo, recuperando o fôlego aos poucos. De repente, B.A, River e Kimiko entraram no salão rapidamente, parecendo ansiosos. — O que foi? — ele parou o seu treino, pegando uma toalha para secar o corpo. Os três se entreolharam, e então o elfo parou na frente deles, observando o Akimichi pegar um pergaminho em seu bolso e entregá-lo diretamente para Nathaniel. — Olhei a caixa de correios de manhã, não tinha nada, mas no final da noite, alguém tocou o sino, mas saiu correndo, deixando a caixa de correios aberta, com esse pergaminho. — o Grey abriu o mesmo, observando que havia coordenadas de um local específico nos arredores, olhando para os amigos. “Se quiser ver o garoto do Ryuuzaki novamente, venha até esse local, sozinho. Não tente nenhum truque, ou as coisas ficarão ruins para você. Ass: O Vingador Sarutobi.” — Que porra de nome é esse? — olhou para os colegas, enrolando o pergaminho e o jogando para B.A. — Provavelmente é o filho do antigo líder do clã. De qualquer forma, vamos resolver isso logo de uma vez. — ele caminhou até as suas roupas e armas que estavam no chão, enquanto todos ficavam olhando para o elfo.

Em poucos minutos, Nathaniel e os Garotos chegaram ao antigo templo que pertencia ao Clã Sarutobi um pouco distante do bairro do clã, um local que tinha ficado parcialmente abandonado a um tempo. Era uma noite abafada, mas haviam algumas nuvens no céu, dando uma aura mais sombria naquele local dentro da floresta da vlia. A 50 metros do lugar, o Grey fez um sinal para que todos entrassem bem devagar, vasculhando o local. Kimiko fez um sinal rapidamente, indicando a presença de muitos shinobis lá dentro. “Um belo momento para colocar o treinamento em prática”, concluiu o elfo. — Kimiko e River, resgatem o garoto. B.A, vá para os fundos e atraia a atenção deles para fora do templo. Eu e Kiara vamos entrar pela porta da frente. — explicou o seu plano, observando os amigos partindo em direção ao templo, confiantes em suas instruções, ficando no aguardo por alguns minutos junto com a Kumorineko, até que ouviu uma explosão do outro lado, indicando o início de um combate intenso.

— Vamos. — ele começou a caminhar para o templo, mantendo os passos lentos, sacando a sua espada e o martelo, dando um chute no portão de entrada, abrindo a porta e observando alguns mercenários ao redor. Dois deles vinham em sua direção descendo as escadas do salão principal, sacando as suas espadas, obrigando Nathaniel a combatê-los de uma vez. Eles podiam ser velozes, mas o elfo era muito mais, fazendo um corte com a Fire Sword na barriga do mercenário a sua direita, enquanto usava a Seigi no Hanma para golpear a cabeça do outro com força sobrehumana, fazendo sangue jorrar por seu ouvido destro. Em seguida, um mercenário se aproximou buscando fazer um corte vertical, mas Nathaniel encurtou a distância entre eles, enfiando a espada em seu peito. Ao olhar para frente, percebeu que oito shinobis cercavam ele nos corredores laterais, parecendo tramar algo. — Formação 2-B! Balas de Água, acertem no peito, sem gracinhas! Ao meu sinal… — um deles comandou. Com a mão esquerda, Nate fez um selo manual, concentrando o seu chakra medicinal em toda a região do tronco, incluindo as suas costas, ativando células regenerativas enquanto subia as escadas, ao mesmo tempo em que os adversários faziam selos com as duas mãos. Eles então uniram suas mãos, disparando balas de água contra o corpo do Yondaime, que continuava caminhando, mesmo com o corpo ensanguentado das feridas abertas, que logo se fechavam, até que caiu no chão em determinado momento.

— Acho que você estava esperando pelo sinal, não é? — um dos ninjas se aproximou, dando uma risada vitoriosa, enquanto Nathaniel ficava com a cabeça abaixada. — AGORA! — de repente, Kiara entrou pela porta aberta com as asas expostas, voando pelo local e pulando em cima de um dos mercenários, passando a pata em seu pescoço, abrindo um corte profundo em menos de um segundo. Surpreso com o ataque coordenado, o homem na frente do elfo nem percebeu que suas feridas haviam se curado, até que o elfo se levantou soltando um brado de guerra, passando a espada em seu pescoço, soltando o martelo momentaneamente e agarrando em sua gola, jogando o seu corpo flácido com toda a força contra um dos seus aliados. Com a Seigi no Hanma em mãos novamente, ele continuou a sua caçada, eliminando qualquer ameaça em seu caminho, promovendo um grande banho de sangue naquele templo abandonado pelas más escolhas de seus antigos líderes. Mais do que provar as suas habilidades com manejo de armas, ele também estava determinado a provar que falava sério quando dizia que transformaria o mundo num lugar melhor, nem que tivesse que eliminar muitos para isso.

Nathaniel se aproximou em passos lentos da sala de reuniões, um local que estava inteiramente vazio, sem móveis ou armas, vendo o rapaz visivelmente desorientado, mas sem a presença do jovem Mitsuki ali dentro. Ele semicerrou os olhos observando o jovem andando de um lado para o outro, totalmente perdido em seus pensamentos, dizendo repetidamente que “não era para ser daquele jeito”. — Fique aonde está! — guardou o seu martelo, permanecendo com a espada na mão, encarando o rapaz. — Não, não pode ser… Eles me prometeram que seria diferente! — ele levou as duas mãos a cabeça, entrando em pânico, ao ponto de se ajoelhar no chão. — Você armou essa porra toda, achando que conseguiria alguma coisa, e não considerou as possibilidades? Você é mais idiota do que o seu pai. — olhou para o jovem com desprezo, até ver o jovem surtar na sua frente. — VOCÊ É UMA DESGRAÇA PARA A NOSSA VILA, NATHANIEL! VOCÊ VAI LEVAR KONOHA A FALÊNCIA COM AS SUAS ATITUDES! VOCÊ NÃO PENSA NO POVO, NÃO PENSA NAS PESSOAS DE BEM QUE VIVEM NESSE VILAREJO, E SIM NA SUA PRÓPRIA IDEOLOGIA NEFASTA! — ele apontava o dedo no seu rosto, depois começou a chorar, deixando o elfo ainda mais confuso.

— Você precisa de ajuda médica e psiquiátrica. Claramente, você não está falando nada com nada. — ele segurou a espada com a mão canhota e estendeu a mão direita para o rapaz. Estava para segurar sua mão, mas ao olhar para a sua mão direita, percebeu que o mesmo apertou uma kunai com certa força, parecendo se preparar para um ataque. Mas o filho de Mifune não concluía sua armadilha, pois Nathaniel era mais rápido ao cravar a espada em seu peito, levando o rapaz a soltar a kunai rapidamente, olhando para a arma em seu peito. — Por… Por que? — Nate retirou a espada de seu peito, observando o rapaz cair no chão, sem vida. Em seguida, B.A entrou na sala, observando o elfo segurando a espada. — Ele me atacou primeiro… Eu não tive escolha. — olhou para B.A, que olhou para o rapaz morto. — Vamos embora, cara. Conseguimos resgatar o garoto, e matamos todos. A luta acabou. — o chamou, e assim, eles sairam dali. Mas para Nathaniel, aquilo não havia acabado, muito pelo contrário: tudo era muito fácil, muito cômodo. Acostumado as batalhas difíceis e a inimigos ardilosos, estranhava que logo o filho de Mifune nem ao menos oferecia resistência, optando por um ataque tolo. Havia um mistério, e um sentimento dentro de Nate, de que algo estava errado.