審判のカード

Massaru estava em seu habitual estado de meditação matinal, sentado no chão de seu quarto simples e austero, quando um mensageiro bateu suavemente à porta. O som discreto, mas distinto, ressoou em seus ouvidos treinados, puxando-o lentamente de seu estado de tranquilidade profunda. Com um movimento fluido, ele levantou-se, ajeitou suas roupas de treinamento e abriu a porta, encontrando um jovem ninja que lhe entregou um pergaminho lacrado com o selo da liderança de Shimogakure.

Ao romper o lacre, Massaru desenrolou o pergaminho e leu a mensagem com atenção. A missão era clara: patrulhar as fronteiras de Shimogakure para garantir a segurança contra possíveis invasões ou atividades suspeitas. A importância da tarefa não lhe passou despercebida. Shimogakure, sendo um vilarejo resistente e muitas vezes alvo de inimigos, dependia da vigilância constante de seus ninjas para manter a paz e a segurança. Ele sentiu um ligeiro peso de responsabilidade, mas também um certo orgulho por ser escolhido para tal missão.

Após ler e memorizar os detalhes da missão, Massaru preparou-se rapidamente. Ele pegou seu manto escuro, ideal para se camuflar na floresta densa que circundava a vila, e ajustou sua venda sobre os olhos. Embora a venda fosse uma desvantagem aparente, para Massaru, ela simbolizava sua força, forçando-o a depender dos sentidos aprimorados que ele havia cultivado através de um árduo treinamento. Com um suspiro profundo, ajustou seu cinto de ferramentas ninja, assegurando-se de que suas kunais e shurikens estivessem ao seu alcance imediato.

Antes de partir, ele dirigiu-se ao gabinete do líder da vila para confirmar sua saída e receber quaisquer instruções adicionais. O líder, um homem de meia-idade com olhos astutos e uma postura imponente, olhou para Massaru com uma expressão de confiança mútua. "Confio em sua habilidade, Massaru," disse ele com um tom grave. "Esta patrulha é crucial. Nossa segurança depende de sua vigilância e discernimento. Volte com qualquer informação relevante."

Com uma leve reverência, Massaru respondeu: "Não decepcionarei, senhor." Com essas palavras de despedida, ele virou-se e partiu, sentindo a gravidade da responsabilidade sobre seus ombros. A caminhada até as fronteiras da vila era familiar para ele, mas cada passo agora carregava um novo sentido de propósito.

Massaru moveu-se com a elegância de um felino, suas passadas eram silenciosas sobre o chão coberto de folhas e galhos. Cada som ao seu redor era registrado em sua mente aguçada – o farfalhar das folhas, o canto distante dos pássaros, o sussurro do vento através das árvores. Seu treinamento o havia preparado para este momento, e ele sentia-se em sintonia com o ambiente natural, quase como se fosse uma extensão de sua própria percepção.

Ao aproximar-se das bordas do território da vila, Massaru diminuiu ainda mais o ritmo, tornando-se quase invisível em sua movimentação. A densa vegetação e o terreno irregular não eram obstáculos para ele; em vez disso, serviam como aliados, proporcionando cobertura e ocultação. A concentração era total, seus sentidos estavam em alerta máximo, prontos para detectar qualquer anomalia ou presença suspeita.

O sol ainda estava alto no céu, lançando raios dourados que penetravam através das copas das árvores, criando um jogo de luz e sombra no chão da floresta. Massaru, com sua visão comprometida pela venda, dependia completamente de seus outros sentidos. O ouvido treinado captava cada pequeno som – o farfalhar de um esquilo em fuga, o sussurro do vento entre as folhas. Ele caminhava em silêncio absoluto, cada movimento calculado para não trair sua presença.

Conforme avançava, começou a sentir uma leve perturbação no ar, um indício sutil de que algo estava fora do comum. Seus instintos se aguçaram, e ele concentrou-se ainda mais, filtrando cada som ao seu redor. Foi então que ele ouviu, à distância, um som de passos que não pertenciam à fauna local. Movendo-se com a habilidade de um verdadeiro ninja, ele aproximou-se da origem do som, suas kunais prontas para serem usadas se necessário.

A poucos metros de distância, escondido atrás de uma árvore robusta, Massaru observou um grupo de figuras encapuzadas. Eles conversavam em sussurros conspiratórios, e ele conseguiu captar fragmentos de seu plano: uma incursão furtiva em Shimogakure durante a noite. O coração de Massaru bateu mais rápido, mas ele manteve a calma. Era crucial que ele não fosse detectado.

Com cuidado, ele recuou, certificando-se de que seus movimentos não chamassem atenção. A missão agora era clara: ele precisava retornar à vila e alertar as autoridades sobre a ameaça iminente. Usando todo o conhecimento adquirido em seus treinamentos, Massaru moveu-se rapidamente e com precisão, cruzando a floresta como uma sombra. Cada passo era dado com a máxima cautela, mas também com a urgência que a situação exigia.

Ao chegar aos limites da vila, ele foi imediatamente ao gabinete do líder. O líder, percebendo a urgência na postura de Massaru, ouviu atentamente o relatório. — Há uma ameaça iminente. Um grupo planeja atacar esta noite. — disse Massaru, suas palavras carregadas de seriedade. O líder acenou, já começando a tomar medidas defensivas. — Excelente trabalho, Massaru. Sua vigilância salvou-nos de uma possível catástrofe. —

Com a missão cumprida, Massaru sentiu um alívio, mas também uma satisfação profunda. Ele havia provado, mais uma vez, seu valor como ninja e protetor de Shimogakure. Enquanto a vila se preparava para defender-se, ele retirou-se para seus aposentos, exausto, mas confiante de que cumprira seu dever. Massaru sabia que a luta pela segurança de sua vila era constante, mas também sabia que, com sua determinação e habilidades, estava pronto para qualquer desafio que surgisse.