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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 27 DG
Inverno
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
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Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
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Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
Akeido
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Havilliard
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Zero
Jōnin

Ethan Hattori

"No Mercy"





Ethan saia da academia ninja após mais um dia exaustivo de trabalho; havia sido um dos primeiros a chegar e era um dos últimos a sair. Em meio ao cansaço e à desorientação, tinha pequenos lapsos de consciência, onde precisava de alguns segundos para se reorientar e voltar para sua realidade caótica e disfuncional. Já naquele momento, seus olhos permaneciam perfeitamente vendados, mas ainda assim conseguia se orientar pelos corredores da instituição e, posteriormente, pelo caminho até em casa. Era isso que planejava fazer, caso não fosse interrompido por uma dupla incomum de ninjas.

Ethan? — o mais velho perguntou, mesmo já sabendo a resposta.

Até amanhã de manhã não reconheço este nome. Então, independente do assunto, volte depois, ou não. De qualquer forma, não é como se me importasse. — Os ânimos do Hattori estavam alterados devido ao cansaço, e ele não fez questão de esconder o fato.

Era só o que me faltava! Não vê que não temos tempo para brincadeiras, fedelho? — O mais novo, impaciente e igualmente exausto, segurou-o pelo ombro, impedindo que desse mais um passo sequer. O mesmo devia ter por volta dos seus 28 anos, esbanjando vitalidade e arrogância com seus cabelos castanhos e sobretudo impecavelmente branco, sem nenhum amarrotado. Ele bufava de raiva e insistia em pressionar o ombro do garoto.

Não me importo com quem sejam, e muito menos com o que vieram fazer aqui. Se isso for tudo, estou indo embora. Aliás, se algum de vocês voltar a me segurar dessa forma, garanto que ficarão sem as mãos.

O nome da última vítima era Yumi. Uma boa mulher pelo que fiquei sabendo. Trabalhava na academia ninja no turno da tarde. Não gostava muito de falar, mas tinha uma capacidade sobrenatural de fazer com que os pequenos se encantassem. Ela deixou um filho para trás, seu nome é Shin. Por sorte o garoto ainda tem a avô, que também parece ser uma boa pessoa. — Por fim, o homem de cabelos grisalhos, usando um conjunto majoritariamente preto, interrompeu a discussão. — A coitada foi achada em um beco não muito longe da casa onde morava com a família. Estava descalça, mas os pés estavam limpos, assim como o restante do corpo. Da mesma forma, seus cabelos estavam impecáveis, perfeitamente penteados. Ao seu redor, alinhadas, havia incontáveis rosas negras. Estava de joelhos, completamente nua, com uma coroa de chifres na cabeça, marcas rupestres desenhadas pelo corpo e suas mãos ficaram unidas como em uma oração. Sabe qual é a parte mais interessante nessa história? Ainda não fazemos a menor ideia do porquê ela segurava uma foto sua. No verso: “Com todo o meu amor, Ethan Hattori”.

A confusão no rosto do Jounin era evidente e, de certa forma, esperada. Mas isso não o impediu de ouvir cada uma daquelas palavras. A surpresa, no entanto, não tardou a dar lugar para a apreensão. Afinal, Ethan não demorou a entender do que aquela visita se tratava, era óbvio até demais. Alguém havia sido assassinado, e seu nome estava ligado à cena do crime. Ao ligar os pontos, quase como um reflexo, levou a mão até o cabo da espada e a retirou da bainha.

Já chega! Essa brincadeira já passou dos limites! Quem mandou os dois palhaços atrás de mim? — suas mãos tremiam como nunca. — É melhor escolherem bem suas próximas palavras, já que elas podem ser as últimas. — Bateu o pé direito no chão e a lâmina foi coberta por um fluxo elemental.

Denji, me escuta… abaixa a merda dessa mão — antes de responder ao questionamento, o mais velho levantou as mãos até a altura do peito, sinalizando para o parceiro manter a calma. O suor em sua testa e os batimentos acelerados, contrastando com a postura de antes, revelavam sua apreensão. — Olha, Ethan, não acreditamos que foi você que fez isso. Então me escuta. Me chamo Yudi, e esse é o meu parceiro, Denji. Somos parte de um grupo especial de investigadores, por assim dizer. Você pode até não ter motivos para acreditar em mim, mas você é a melhor pista que tivemos em meses. Então… merda… será que os dois idiotas podem abaixar as armas? — Ficou aliviado ao ver o parceiro atender ao pedido, no entanto, o Hattori continuava com a mesma postura, relutante, empunhando sua espada.

Ethan, por outro lado, não acreditou em nenhuma daquelas palavras. Estava pronto para avançar, e pretendia fazer o que fosse necessário. Contudo, sem que tivesse a oportunidade de se defender, sentiu uma fincada no pescoço. Yudi havia feito um gesto simples com a mão e outro de seus companheiros fizera um disparo a um quilômetro de distância. Por fim, o corpo de Ethan pesou e ele caiu em um sono profundo.


Status
HP: 2650/2650 | CH: 9345/9350 | CM: 000/300 | ST: 00/07 | Sakki: 07/50


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Informações:

Zero
Ficha de Personagem : https://www.narutorpgakatsuki.net/t86115-fp-ethan-hattori#707742
Gestão de Fichas : https://www.narutorpgakatsuki.net/t86120-gf-ethan-hattori#707803
Zero
Jōnin

Ethan Hattori

"No Mercy"





Horas dpois, com dores de cabeça terríveis e ouvindo um zumbido incomodo, Ethan acordou em uma cela. Agora não tinha mais a faixa sobre os olhos, e a luz projetada contra seu rosto era igualmente incomoda. Mas ao relevar todos os detalhes e incômodos, percebia o quão furioso estava com a dupla que o abordara. Enquanto se acostumava com os feixes dourados que iluminavam aquele bloco de celas silencioso, tentava ter um vislumbre dos dois nos arredores. E mesmo não havendo ninguém em volta, sentia-se sufocado por aquelas barras de ferro enferrujadas, que apresentavam um odor marcante.

Não se esforce demais; na verdade, acho que não era para você estar acordado ainda. — No momento em que Ethan acordou na prisão, estava completamente só. Porém, bastou apenas alguns minutos para uma voz ecoar junto do gotejar de um cano velho. A voz da mulher de cabelos roxos ressoava em um perfeito contralto.

Esquece. Não tenho merda nenhuma para te falar. — Ethan virou a cabeça para o lado, desviando o olhar.

Sabia que você é uma pessoa muito estranha? Se pode sair daqui a qualquer momento, por que ainda não o fez? “Ethan Hattori: impulsivo e meio idiota”, dizem, “mas, apesar de tudo, tem muito potencial”. Bom, se continua aqui, acho que pelo menos está disposto a me ouvir. A propósito, pode me chamar de Major. — Ela pegou uma pasta bege que carregava embaixo do braço e a abriu. — Você reconhece alguma dessas garotas? — Foto por foto, a Major as pressionava contra as grades. Como esperado, Ethan balançou a cabeça em negação.

Assim que a última foto foi exposta, e a negação silenciosa a sucedeu, a mulher deu de costas e bateu com força a porta. Ainda que estivesse sedado, Ethan conseguia sentir perfeitamente a irritabilidade em seus passos, as entrelinhas eram tão claras quanto as luzes douradas e pulsantes do bloco de celas, que atraiam um punhado de moscas em seus voos desordenados. No pouco conforto proporcionado pelas instalações, o bater das assas o acompanharia por algumas horas. Isso, no entanto, mudou quando as dobradiças da porta voltaram a ranger em um tom choroso, revelando os mesmos ninjas investigadores de antes. Diferente de outrora, Ethan tinha um vislumbre claro de seus rostos, conseguindo analisar as personalidades de ambos através das suas expressões faciais.

Tsc… não sei o que disse para a Major, mas ela gostou de você — disse Denji, fazendo pouco caso do Hattori. — Enfim, se ela quer a sua ajuda, quem sou eu para contrariá-la. — Tossiu seco, ainda evitando contato visual. — Há algumas semanas, nos deparamos com um caso incomum na unidade: uma garota, filha de um magnata, havia sido encontrada morta perto da sua residência. Na cena do crime, ela estava arrumada, com roupas novas, não havia marcas de defesa em seu corpo e também não encontramos traços de DNA nela. Bom, até aquele momento tudo indicava que fora um crime passional, cometido por um dos funcionários da companhia do seu pai. Encontramos um mural cheio de fotos dela na casa dele, foi algo assustador, na verdade. A única coisa com que não contávamos é que após prendê-lo, os corpos não parariam de aparecer. Claro, todos com a mesma assinatura: vítimas perfeitamente arrumadas, cabelos feitos e os corpos não apresentavam traços de decomposição, sempre se tratando de mulheres entre 14 e 29 anos. E até onde sabemos, esse filho da puta já fez 9 vítimas. Nunca deixou rastros, e tampouco conseguimos encontrar alguém que tivesse visto algo, isso até encontrarmos o seu nome, “Ethan Hattori”.

E então, alguma ideia do porquê seu nome foi colocado em uma das cenas do crime? — seu parceiro complementou. — Para começo de conversa, conhece alguém que seja capaz disso?

Se vocês que são os investigadores não têm nada, por que diabos eu saberia de algo? Nunca nem sequer ouvi falar dessa pilha de corpos — respondeu Ethan, indiferente à situação.

Sabe o que penso, garoto? A resposta é você. Gostando ou não, preciso admitir que os nossos esforços não deram em nada, fracassamos em cada tentativa. Talvez esteja cometendo um equívoco, mas tudo me leva a crer que isto se trata de um jogo para ele. É aí que você entra. Já ouvi alguns boatos envolvendo seu nome, e sua inteligência sempre acompanhou alguns de seus feitos. Portanto, nada tira da minha cabeça que o assassino tem algum interesse em você; ele sabe do que você é capaz e, até onde consigo imaginar, acha que você é o único que pode encontrá-lo. Uma ideia absurda, não acha? — o velho Yudi voltou a falar, procurando nos bolsos do sobretudo um dos cigarros malcheirosos.

Vamos! A major está esperando. — Ao mesmo tempo, seu parceiro pegou um punhado de chaves e destrancou a cela na qual o Hattori estava sendo mantido.

Ethan então foi conduzido por corredores desertos e mal iluminados até chegar em um escritório localizado no penúltimo andar. Havia algumas mesas de madeira dispostas pelo local, e em cima delas pilhas enormes de papéis e pastas enfileiradas. No chão, geralmente bem ao lado do suporte das mesas, jaziam caixas com arquivos, registros de provas e tudo o que a equipe julgava necessário para suas atividades. Por fim, mais adiante, à esquerda, ficava a sala da Major, supostamente o membro mais influente do grupo. O Hattori também notaria que a alguns metros da porta, adjacente à parede, havia um quadro com todo tipo de informação disponível, sobrepostas em um emaranhado de lembretes, fotos e mapas. Ao seguir os passos da dupla, ficando diante desse mural, a voz da major pôde ser ouvida; ela ainda estava em sua sala. — Sinto que este trabalho ainda vai me matar — reclamaria, girando a maçaneta.

Então é verdade, chefe? A informação vazou? — Yudi perguntou. Assim como ele, excluindo Ethan, todos sabiam do que a menção se tratava. Todos compartilhavam as mesmas feições exaustas e pesarosas.

Digamos que sim. Por sorte, cobrei alguns favores e conseguia adiar um pouco as coisas. Ou seja, temos cinco semanas antes da merda ser jogada no ventilador. Já até consigo imaginar a manchete: “Seção 09, a vergonha nacional”. — Fez um gesto simplório com a destra, girando-a.

Acredito que eles escolherão uma manchete melhor, senhora, mas o resultado vai ser quase o mesmo. E não demorará muito até a pressão por resultados começar. Estamos trucidados. Tirando esses assassinatos, ainda temos uma meia dúzia de casos em aberto. — A mente do velho divagou e seu olhar se voltou para a janela, encarando fixamente o restante do vilarejo.

Major, e ele? — Interrompendo as lamentações, perguntou Denji. Apontou para o intruso com o polegar e esboçou uma careta. — Voto por deixá-lo trancado até resolvermos esse caso.

Prender um usuário de Jikuukan Ninjutsu em nossas celas? Nem nos meus melhores sonhos acho que isso é possível. Mas pense pelo lado bom, se ele tivesse algo a esconder, não acho que teria continuado aqui conosco. Caso ainda não saiba, Denji, Ethan já poderia ter simplesmente sumido há muito tempo. Também tem o fato de que não o considero um suspeito. Ele pode até ter algum envolvimento com o responsável pelos crimes, não descartei a possibilidade ainda, mas não acho que alguém tão novo e inexperiente poderia ser capaz disso. Dito isto, por hora, vamos mantê-lo por perto. Falando nisso, já acertei os detalhes com o Tsuchikage em pessoa, e temos o seu aval para utilizarmos Ethan como um de nossos consultores — ela respondeu, antes de virar o rosto na direção do relógio mais próximo e correr para sua sala. — Se me dão licença, preciso ir. Tenho um encontro esta noite.


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Jōnin

Ethan Hattori

"No Mercy"





No mesmo instante em que a major anunciou sua saída, Yudi, igualmente ansioso, dirigiu-se até sua mesa e juntou alguns pertences, deixando o sobretudo no encosto da cadeira. — Denji, deixe-o a par de tudo. Amanhã gostaria de revisar alguns detalhes com os dois — ao passo que dava sua última ordem para o pupilo, saia apressado. Ele havia passado noites em claro, revisando depoimentos, analisando provas, traçando perfis, por isso não via a hora de ir para casa. Os ombros estavam mais pesados do que nunca, e tudo o que precisava era de uma bebida forte para esquecer dos problemas.

Enquanto a vida continuava fora daquele conjunto de escritórios empilhados um sobre o outro, Ethan foi conduzido até uma das mesas, onde prontamente se sentou e foi apresentado aos dados mais relevantes do caso. Denji, por sua vez, era o responsável por aquilo, assim como fora ordenado. Um após o outro, trazia uma quantidade assustadora de pastas e caixas para o Hattori. No entanto, o tempo ainda não conseguira desfazer aquelas feições emburradas na sua face. Talvez quisesse ter ido embora com os outros; talvez apenas não gostasse da companhia do outro. Ethan observava as encaradas, de certa forma desconfortável com a situação, mas ainda assim não se atreveu a tentar entender os motivos que reforçavam aquele comportamento. Ao invés disso, tentava se concentrar no trabalho.

Por que seus amigos te abandoaram aqui, com todo o trabalho pesado? — Ethan questionou. Os olhos continuavam dançando em uma leitura silenciosa.

Vendo de fora, é assim que parece? — Denji rebateu a pergunta com outra, ligeiramente surpreso com as conclusões do garoto.

Digamos que sim. Mas considerando a situação, é estranho imaginar que eles se deram esse luxo. Neste exato momento, o assassino pode estar matando de novo, então cada minuto tem seu valor. Não podemos negar isso.

Aí que você se engana. Para início de conversa, esse caso era da Major e do seu parceiro. Isso, claro, foi antes de sabermos ligação entre os assassinatos. Depois disso, tanto ela quanto Yudi reuniram tudo isso que está vendo agora. Interrogaram suspeitos, reexaminaram as cenas do crime mais vezes do que consigo contar, acompanharam de perto as autopsias e desenterram todo tipo de arquivo e informação. Durantes as primeiras noites, eles praticamente moraram aqui. Então, não, não estou incomodado por ficar aqui com você.

No restante da noite, Ethan não se atreveu a continuar com as provocações, ao invés disso preferiu o silêncio, enquanto lia uma quantidade assustadora de relatórios, realizando anotações pontuais. Isso, no entanto, durou até seu corpo sucumbir ante ao cansaço. No final da madrugada, primeiro seus olhos mal conseguiram permanecer abertos. Depois, sem qualquer controle sobre o impulso, desabou sobre a mesa.

Já no dia seguinte, quando os primeiros raios de sol criavam jogos complexos de sombras por entre as mesas e caixas, Ethan sentiu o cheiro de café, ao mesmo tempo, a voz de Yudi o alcançou. — Você dois, acordem e me sigam — ele disse.

Necrotério

Os dois garotos foram levados pelo mais velho até o hospital do vilarejo, onde percorreram alguns corredores até acessarem uma área inóspita. Lá, um homem na casa dos 35 anos os esperava com sua prancheta em mãos. As paredes eram brancas em demasia, e Ethan não pôde deixar de reparar no cheiro incomodo que empesteava todo o lugar, uma mistura de produtos químicos, corpos nos primeiros estágios de decomposição e soluções utilizadas para limpeza e esterilização.

Quem é o novato? — o médico comentaria ao avistar o Hattori. Enquanto esperava uma resposta, abriu a porta às suas costas e permitiu que o trio entrasse onde as autópsias eram realizadas. Em volta de uma mesa prateada central, havia macas com sacos pretos.

Vamos dizer que ele é o estagiário — Denji foi mais rápido e sanou a dúvida do médico.

Foi uma pena o que aconteceu com ela. — disse o legista, abrindo um dos armários e puxando o corpo desnudo e pálido da garota para fora. — Bom, capitão, é como informei no meu relatório. Encontrei marcas de constrição em seus pulsos e tornozelos, e não há indícios de relação vaginal. A toxicologia apontou que ela estava sob efeito de opioides bem específicos, sinceramente, nunca vi uma combinação do tipo. Vejamos… ela também não comeu por um dia ou mais antes da morte. Diferente das outras, essa possui vários cortes superficiais na região da coxa e abdômen. Além, claro, das marcas de incisões em diferentes partes do corpo, como se ela tivesse sido aberta e costurada diversas vezes após a morte. Isso também explica o fato do seu coração ter sido removido. Quanto a coroa de ossos, infelizmente, não conseguimos nada.

Muito obrigado pela explicação, doutor. Agora, se me dá licença, precisamos ir — Yudi se despediu, percorrendo o mesmo caminho estreito e claustrofóbico de outrora.

Biblioteca

A próxima parada do trio foi a biblioteca de Iwagakure. Sem revelar abertamente o motivo por trás da visita para os pupilos, Yudi apenas os conduzia em silêncio pelas ruas movimentadas do vilarejo. No caminho, no entanto, respondia reservadamente a alguns cumprimentos.

Afinal, que merda a gente tá fazendo aqui? Primeiro me levou no hospital para que eu pudesse descobrir algo que já li na noite passada. Agora me traz aqui sabe se lá para quê. Quando de fato vamos começar a caçar o responsável por tudo isso? — frustrado, Ethan reclamou. Naquele ponto, recusava-se a terminar de subir a escadaria localizada diante do prédio.

Ethan, me responde uma coisa: o que sentiu quando viu aquela mulher com seus próprios? Aposto que essa sensação não chega nem perto do que o filho dela sentiu ao saber que a mãe jamais voltaria para casa. Merda! Você não teve que olhar no rosto da sua mãe e dar a pior notícia que um pai poderia receber. Eu te levei até lá por isso, para que você entender o peso da situação. Uma vida foi tirada, e nada que possamos fazer vai mudar isso. — A resposta que Ethan tanto buscava veio de forma inesperada, e com o fim dela Yudi retirou um cigarro do bolso, acendendo-o logo em seguida. Tentava dissolver toda a raiva e frustração com a nicotina, mas aquilo estava impregnado no seu corpo; os olhos denunciavam os horrores de uma vida dedicada a caçar monstros. — E agora estamos aqui porque pensei em fazer uma visita para minha esposa. Também gostaria que os dois pegassem alguns livros para mim, e é muito importante que peguem as edições corretas, pois elas dizem respeito ao caso. — Do bolso do sobretudo, também tiraria uma lista e a entregaria para Denji.

Como assim? — perguntou Denji, surpreso. Tendo estudado cada detalhe do caso, perdendo noites de sono no processo, ficou supresso com as palavras do velho, já que não entendia o motivo por trás da necessidade de tais livros.

É complicado, Denji. Oficialmente, estamos seguindo pistas que não vão dar em nada. Mas a Major tem uma hipótese sobre a motivação dos assassinatos. Acreditamos que temos todas as peças que precisamos. Resumindo o que não pode constar em nenhum documento oficial ou relatório: acreditamos que um cientista é o responsável por tudo; no pior dos cenários, é alguém muito bem instruído. Entendem agora o porquê dos livros? É aí que vocês entram, precisamos entender o que ele pretende com os experimentos. Como vocês mesmo viram nas análises toxicológicas, todas as vítimas tinham certas substâncias no sangue, e cada uma apresentava variações de uma mesma fórmula.

Relutante a princípio, Ethan concordou em voltar a segui-los. Na biblioteca, enquanto o capitão conversava com a esposa, os garotos procuravam os itens da lista e os separavam em uma mesa conforme a busca se provava frutífera. Porém, encontrar certos exemplares, seguindo à risca as diretrizes impostas, provou-se um desafio maior do que o esperado. Os dois precisaram percorrer seção atrás de seção, utilizando suas autorizações para acessar certas áreas. Mas após uma hora e meia, conseguiram tudo o que procuravam. Assim, puderam se reunir novamente do lado de fora, prontos para voltarem para a base de operações da Seção 09.


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Jōnin

Ethan Vs Ethan

"No Mercy"





Fazer parte de uma investigação não era nada do que o Hattori imaginava; por algum motivo, tudo o que fazia era ler. Isso porque tinha sido incumbido de encontrar a motivação por trás dos experimentos realizados com aquelas mulheres, passando a maior parte do dia lendo quase sempre as mesmas palavras e vendo fotos de cadáveres, repetidamente. Como se não bastasse, ainda tinha de lidar com seu parceiro; hora eles se provocavam e trocavam palavras ásperas um com o outro, hora Ethan tinha que bancar o professor, esclarecendo algumas terminologias e conceitos que Denji não compreendia plenamente. Em ambas as situações, nunca se queixava; na verdade, com o passar do tempo, começara a apreciar as discussões e provocações matinais, que serviam como um pontapé inicial no trabalho que se estendia durante todo o dia. As pausas pontuais, por sua vez, eram reservadas para idas ao banheiro e para os minutos contados que possuíam para as refeições, um dos poucos minutos do dia em que Ethan não pensava em toda a crueldade que um único homem poderia proporcionar. Era como se seu corpo tivesse sido treinado para se comportar de determinada forma ao sentir o gosto neutro do mesmo arroz de sempre, comprado religiosamente em um restaurante localizado nas redondezas.

Embora buscasse dedicar toda a atenção no que fazia, reconhecendo a importância da tarefa, às vezes, Ethan aproveitava os sentidos aguçados para espionar os colegas. Afinal de contas, conforme os outros membros da seção 09 voltavam de missão, havia sempre algo de interessante acontecendo. No pouco mais de um mês que passou com eles, descobriu sobre a infidelidade de alguns, sentindo um cheiro bem peculiar sendo exalado por eles logo pela manhã; teve a oportunidade de descobrir sobre seus hábitos mais íntimos; sabia como cada um cuidava da própria higiene; e, principalmente, sempre recebia as informações em primeira mão, ouvindo-as enquanto a Major conversa com Yudi na privacidade de sua sala.

Pessoas sendo subornadas para fazerem vista grossa? O tem de novo nisso? — Nas primeiras semanas, a major recebia Yudi em sua sala. O velho havia passado alguns dias fora investigando algumas pistas.

Isto é só a ponta do iceberg, Major. Bom, como sabe, todas as empresas que trabalham com a produção e distribuição de certos produtos e substâncias são obrigadas a guardar um registro sobre seus clientes. Não é como se qualquer um pudesse chegar em uma dessas instalações e comprar produtos capazes de causar catástrofes inimagináveis à vontade. Em uma dessas empresas em particular, descobri algumas irregularidades nos seus registros, além de pequenas adulterações na contabilidade. De fato, isso por si só não é alarmante o suficiente. Mas após comparar os dados que coletei de algumas delas, cheguei até o rastro de algumas empresas de transporte de fachada, que tinham conexões com empresas fantasmas. O mais curioso é que, há cerca dois anos, esse mesmo conjunto de transportadoras declararam falência após um incêndio na sua sede. Nem consigo contar a quantidade de informações levadas pelo fogo. Quanto as empresas menores, elas até geraram alguns rastros, mas ele sempre acabava em laranjas que não sabiam de muita coisa. Um intermediário, que não sabemos quem é, fazia a captação e os pagamentos em dinheiro. Desse modo, a operação deles durou, no total, cerca de três anos. — A cada declaração, Yudi apresentava suas anotações e arquivos recuperados.

Ou seja, o que quer que estivessem contrabandeando, eles encontraram outra forma de conseguir. Quem sabe legalmente. Não acha, Ethan? — Como de praxe, a Major sempre sabia quando Ethan estava ouvindo as conversas. Ethan, por sua vez, sempre voltava a ler os livros de cunho científico quando era descoberto, dedicando toda a atenção àquilo.

O tempo que passou na companhia dos membros da Seção 09 durante as investigações, de certa forma aprendendo um novo ofício, havia sido desanimador, ao mesmo tempo que se provou gratificante. Ethan não podia negar todo o conhecimento obtido sobre aquele teto, tendo uma quantidade significativa de livros à disposição. Naquele mês e meio, havia preenchido as lacunas em sua formação, aprendendo sobre como a realidade à sua volta funcionava. Aos seus olhos, o simples ato de fazer um chá se tornara algo complexo e carregado de princípios elementares. No entanto, à medida que os dias passavam, o brilho em seus olhos desaparecia, visto que já não se impressionava tanto com as descobertas. Em vez disso, todo o glamour da pesquisa havia sido substituído pela pressão por resultados. A cobrança não vinha apenas de terceiros, Ethan começava a sentir que ruiria caso não conseguisse alguma reparação por todas aquelas mortes. E foi em meio a toda essa pressão que suas alucinações começaram. Não importava para onde olhava, tudo o que conseguia ver eram os rostos de todas aquelas jovens. Em um julgamento silencioso, elas o encaravam, sem ao menos dizer uma única palavra.

Essa merda nunca vai acabar, não é? Mesmo se resolvermos esse caso, eu… sinto que essa sombra… nunca vai me deixar. — Em uma das várias madrugadas que passava em claro ao lado de Denji, perdidos em palavras infindáveis, Ethan colocava toda sua vida em perspectiva. Além disso, o gesto mostrava a estiva que o Hattori havia adquirido pelo parceiro. No início, os dois não se suportavam, por vezes trocando olhares desdenhosos. Mas o tempo, como sempre, conseguiu mudar o pensamento de ambos. Eles conheciam o pior lado um do outro, suas fraquezas e dificuldades, e isso tinha sido capaz de aproximá-los. Nunca admitiriam o fato abertamente, mas o sentimento era reciproco.

Você está certo. Lembro do meu primeiro caso aqui como se fosse ontem. É... depois daquilo nunca mais fui o mesmo. Gostando ou não do preço que esse trabalho cobra, tudo que você precisa fazer é tentar encontrar uma forma de continuar vivendo, mesmo com todas essas merdas, pois garanto que esse sentimento nunca vai desaparecer. Pode tentar se lavar quantas vezes quiser, sempre que se olhar no espelho perceberá que não tem nada que possa fazer. Tudo sempre continua intocado.

MERDA! É ISSO, DENJI! — Foi também nesse dia que Ethan resolveu o caso, aquela última frase foi o (clichê) detalhe imperceptível que mudou tudo. — “Tudo continua intocado”, essa é a fantasia que ele tenta recriar. A princípio, todos pensaram que a forma como ele as arrumava e montava a cena do crime era o fetiche dele, a representação mais sórdida que o desgraçado idealizava no seu inconsciente. Mas e se enxergamos isso do jeito errado? Por acaso nunca percebeu como as vítimas estavam conservadas, mesmo depois de tantos dias? — Quando o frenesi em sua mente atingiu um nível insuportável, ele começou a correr de um lado para outro, revisando cada detalhe que comprovava sua hipótese.

Ethan, me escuta. Não tem como ser isso. Forçar uma narrativa para levar a investigação para onde você quer não vai adiantar. É perda de tempo.

Como você não percebe?! Os produtos químicos transportados durante anos, e que simplesmente sumiram, nunca fizeram sentido. Você sabe que nós dois tentamos encontrar uma explicação, algo que ligasse eles aos assassinatos e às representações, mas falhamos todas às vezes. Agora, pela primeira vez, temos uma explicação que conecta todos os pontos. — Apesar das tentativas do mais velho, Ethan continuava irredutível.

Se está tão certo disso, e quanto a você? Por que encontramos o seu nome e sua foto com a última vítima? — perguntou Denji, tentando alcançar o Hattori enquanto o mesmo ia de um lado para o outro.

Ainda não sei qual meu envolvimento com ele, mas vou descobrir.

Como assim?

Estou indo atrás dele, e garanto que isto acaba hoje. — Ethan então deu um passo em direção à porta.

Sem chance, não é como se eu fosse deixar você fazer o que quiser. Antes de mais nada, não se esqueça que esse caso é da Seção 09. Vamos esperar até amanhã, até a Major e o Capitão chegarem. — Em reposta, Denji rompeu a distância que o separava da porta em um instante. Àquela altura, já tinha decidido fazer o que fosse preciso para pará-lo.

Denji, lembra o que a Major disse no dia em que nos conhecemos? Vocês nunca chegaram a me prender aqui, eu que escolhi ficar. — Após deixar um sorriso pesaroso escapar, Ethan se desculpou mentalmente com o parceiro e saltou pelo espaço-tempo, reaparecendo diante do hospital do vilarejo.

Na conclusão da técnica, enquanto rumava para o oeste, o Hattori foi invadido por memórias remotas, que até então nunca foram importantes o suficiente para terem sua atenção. Há cerca de dois anos, Ethan, um recém-formado na academia, tinha sido designado para uma missão de escolta. “O cliente atuava como pesquisador em uma companhia de renome, algo relacionado a melhorias na fórmula do carro chefe da empresa”, informaram na época.

Como ordenado, ele acompanhou o homem de meia-idade, com cabelo lambido, óculos redondos e bochechas coradas por uma viagem pelo país. Na ocasião, seu eu mais jovem não se importou nenhum pouco com o sujeito, mal dirigindo a palavra a ele e ignorando quaisquer brechas para entender um pouco mais sobre seu trabalho. O homem até tentou dialogar com o Hattori algumas vezes, mas todas as investidas eram recebidas com respostas vagas e curtas. Na época, Ethan nunca imaginou que aquele havia sido o seu maior erro. O caso era que muitas pessoas influentes estavam dispostas a matar para conseguir as pesquisas do mesmo, e foi exatamente o que tentaram.

Nesse dia, Ethan lutou como nunca. Ainda sem dominar plenamente sua Kekkei Genkai, e em menor número, tudo que pôde fazer foi cobrir seu corpo com uma camada despretensiosa de cristais de gelo e correr na direção dos adversários com uma Kunai em mãos. Era verdade que Ethan não era habilidoso, mas ele compensava todas as deficiências shinobi com sua teimosia. Os inimigos o acertaram duas, três, quatro vezes, porém, independente dos danos sofridos, ele continuava refazendo a armadura translucida. No fim, alguns fugiram pronunciando a palavra “demônio” sem parar, enquanto outros simplesmente caíam inconscientes no chão.

Há quanto tempo, Dr. Kanou — disse Ethan após invadir o galpão no qual o cientista trabalhava. — Parece que foi ontem quando o senhor me procurou na academia ninja. O estranho é que nunca soube o porquê dos agradecimentos, e muito menos soube o motivo por trás do “em breve todos poderão ser iguais a você”. A propósito, recebi a mensagem que mandou com a Yumi, e agora vim retribuir a gentileza. — A mão do Hattori repousou sobre a empunhadura da Kusanagi. Em um piscar de olhos, o fio da lâmina estava apontado para o homem.

Não entende, Ethan? Já está feito, e me matar não mudará absolutamente nada. — Ajeitou os óculos com o dedo indicador. — Se você está aqui, então quer dizer que perdi a aposta. Sabe, eu mesmo não acreditei quando o “Joker” disse que seu eu envolvesse você em tudo isso, acabaria sendo pego. Enfim, se me dá licença, preciso fazer as malas. Ethan! Cadê seus modos, temos um convidado especial? — Assim que a ordem foi dada, de um canto escuro do galpão uma criatura gigantesca que atendia pelo nome Ethan emergiu.

Mesmo com o surgimento do monstro criado pelo cientista, Ethan não alterou seu foco, ignoraria tudo e todos para alcançar Kanou. No entanto, quando estava prestes a dar seu primeiro passo uma sensação desagradável percorreu seu corpo. Ele tinha medo, e mesmo não o nutrindo por vontade própria, seu corpo reagia de acordo. A cada passo do gigante, o chão tremia, e o medo se intensificava; Ethan nem mesmo conseguia respirar. Contudo, ao ter um vislumbre de todos aqueles rostos que o perseguiram durante as investigações, sua ira manifestou-se por meio de um brado. Com isso, cada uma das amarras invisíveis que o envolviam cederam. A tensão posta em seus músculos era aparente, mas mesmo assim Ethan teve forças para envolver seu corpo com uma camada fina de cristais de gelo e para avançar, patinando no chão concretado, buscando alcançar o cientista.

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O monstro, entretanto, não deixaria o garoto fazer o que bem entendesse. Ao passo que o Jounin patinava pelo lado oposto, ele o acompanhava. Copiava seus movimentos, replicando até mesmo a forma como seus braços se moviam durante o deslizar. E quando Ethan se deu conta, era obrigado a permanecer na defensiva, utilizando a espada imbuída em chakra para aparar as investidas do outro. A situação se prolongou por cinco minutos, onde não importava as artimanhas usadas pelo Hattori, a criatura colossal sempre conseguia se desvencilhar das armadilhas e truques. As lanças gélidas perfuraram seus pontos vitais, o frio corria pela sua carne, mas ele se mostrava imune aos efeitos da Kekkei Genkai gélida; havia sido criado justamente para isso: ser um reflexo do potencial que Ethan Hattori um dia já demonstrou.

Após incontáveis falhas, Ethan sentiu que seu tempo estava se esgotando, em breve o cansaço acabaria se provando seu maior inimigo. Diante disso, em uma investida suicida contra o colosso, ele não fez mais questão de aparar quaisquer golpes, apenas seguiu em frente. No último instante, no entanto, conseguiria flexionar os joelhos e sair da trajetória do cruzado de direita que visava arrancar sua cabeça. Sem nada para impedi-lo, posicionou-se entre as pernas do gigante e tocou sua perna esquerda, fazendo com que o chakra frio fluísse por todo o membro.

Independente do sucesso em acabar com a habilidade do outro de se mover, o Hattori voltou a ignorá-lo. Assim, todo seu ódio era destinado à figura do cientista. Porém, esse foi o último erro que se permitiu cometer, uma vez que não esperava que seu clone também conseguia esticar os braços, como se eles fossem feitos de borracha. Logo, não demorou muito até aquelas mãos enormes o envolverem, em um aperto que pretendia esmagar cada osso do seu corpo.

O Dr. Kanou não tinha tempo para acompanhar de perto o confronto entre os dois, já que estava preocupado demais em conseguir levar o máximo de coisas que braços franzinos aguentavam. Mas por um instante, ao ouvir os gritos ensandecidos do Hattori, desviou o olhar brevemente. Foi nesse momento que ninjas e investigadores invadiram o galpão — todos liderados pela Major. Por fim, com um sorriso no rosto, levantou as mãos e se entregou.

Ethan! Acaba com ele agora! — Em um último esforço, o cientista daria a ordem derradeira para sua criação.

Sem chance. Sou eu que vou matar esse idiota — dentre as dezenas de ninjas, a voz de Denji ecoou. Ele estava tão sério quanto no dia em que ele e Ethan se conheceram. Então, ao levantar as mãos e apontá-las na direção do gigante, ele fez com que o algoz fosse reduzido a uma poça de sangue. Primeiro a pele do clone começou a borbulhar, como se estivesse fervendo. Depois, seus olhos saltaram e respingos de sangue/vísceras sujaram todos que estavam em volta.

Nos dias seguintes, a força tarefa dedicada a decifrar os experimentos de Kanou trabalhava incansavelmente, e ao lado deles a Seção 09 tentava desembolar a teia de conspirações que possibilitaram os experimentos do homem. Contudo, Ethan já não agia mais ao lado deles — na época, ainda estava internado no hospital. Para ele, os dias não contavam mais com toda aquela agitação do quartel-general. Ainda assim, vez ou outra, recebia algumas visitas de Yudi e Denji, sendo constantemente informado sobre o progresso que a operação de codinome “XIIV” fazia. E por fim, quando estava pronto para receber alta, deixava boa parte daquilo para trás, seguindo o conselho do parceiro e tentando encontrar uma forma de conviver com toda aquela merda que acontecera.


Status
HP: 325/2650 | CH: 5540/9350 | CM: 000/300 | ST: 06/07 | Sakki: 07/50


Considerações
Informações:

Zero
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Angell
Game Master
[Capítulo] XIIV Giphy-downsized-large
[Capítulo] XIIV Giphy-downsized-large
[Capítulo] XIIV UhqhmF4
doneAprovação
Bom jogo!

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[Capítulo] XIIV Scre1755
[Capítulo] XIIV LsGQvv3Olá, Convidado, eu sou a Angell.
Vim te trazer alguns conselhos que facilitarão o seu jogo aqui no Naruto RPG Akatsuki:

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