審判のカード

Massaru caminhava pelas ruas de Shimogakure com uma serenidade que contrastava com a agitação dos habitantes do vilarejo. O vento gelado soprava, carregando consigo a fragrância das montanhas nevadas e o som distante das atividades matinais. A cada passo, seus olhos observavam atentamente os detalhes do cotidiano, absorvendo o ambiente como um estudante aplicado. Passava por vendedores ambulantes que, com vozes animadas, ofereciam mercadorias frescas, enquanto crianças corriam alegremente entre as barracas. Cada interação, cada movimento, era uma peça do grande quebra-cabeça da vida que ele se esforçava por entender.

Ao chegar à biblioteca, um edifício imponente de pedra cinza, ele vivenciou uma onda de reverência ao atravessar as portas de madeira pesada. O interior, iluminado por lâmpadas de óleo, estava impregnado com o aroma inebriante dos pergaminhos antigos. Ele dirigia-se diretamente à seção de ninjutsu, onde prateleiras abarrotadas de manuscritos ofereciam um tesouro de conhecimento. Escolhia cuidadosamente seus volumes, concentrando-se nos tratados sobre controle de chakra e técnicas básicas.

Sentado em uma mesa isolada, começou seu estudo diário. Primeiro, ele se concentrava no controle do chakra, lendo detalhadamente os métodos descritos nos textos antigos. Um pergaminho particularmente valioso ensinava a visualizar o chakra como um fluxo de água, movendo-se suavemente através do corpo. Inspirado por essa analogia, Massaru fechava os olhos, respirava fundo e sentia o fluxo de energia em seu ser. Imaginava o chakra como um rio tranquilo, guiando-o com a mente através de seus canais internos, refinando o controle com paciência e precisão.

Ao meio-dia, se dirigiu aos campos de treinamento, localizados na periferia do vilarejo, onde a neve caía incessantemente, cobrindo o solo com um manto branco. O frio intenso era um desafio adicional, mas ele o acolhia como uma prova de sua determinação. No campo, ele praticava o Bunshin no Jutsu, concentrando-se em criar réplicas ilusórias de si mesmo. Cada tentativa era um exercício de precisão mental, exigindo que ele dividisse seu chakra de maneira equitativa entre seu corpo e os clones. Observava atentamente os detalhes, ajustando a densidade e a aparência das réplicas até que fossem indistinguíveis do original.

Em seguida, dedicava-se ao Kawarimi no Jutsu. Utilizando os troncos de árvores ao redor, ele treinava a técnica de substituição, concentrando-se na rapidez e na eficácia da troca. Visualizava um ataque iminente, sentia a pressão do perigo e, no último momento, transferia seu corpo para um tronco próximo. A prática repetida refinava sua capacidade de reação, tornando o movimento quase instintivo.

Ao cair da noite, retornou ao seu modesto alojamento. O pequeno quarto, iluminado pela suave luz de uma lamparina de óleo, era um espaço de reflexão e planejamento. Sentado em sua mesa, ele revisava mentalmente os eventos do dia, anotando seus progressos e desafios em um caderno desgastado. As paredes estavam adornadas com mapas detalhados e diagramas de técnicas, fruto de sua dedicação incessante ao estudo.

Cada dia em Shimogakure era uma oportunidade de crescimento, uma etapa na longa jornada do shinobi para reaver o que lhe foi tirado. Através da meditação, do estudo meticuloso e da prática rigorosa, ele moldava seu corpo e sua mente, forjando-se em um verdadeiro combatente. O caminho era árduo, mas a determinação e a inteligência de Massaru brilhavam como uma chama incansável, guiando-o em direção ao domínio absoluto de suas habilidades.