雷のゴドー

O dia de Hajime Kashimo começou antes do amanhecer. A escuridão ainda envolvia Shimogakure no Sato quando ele saiu para patrulhar as fronteiras. A tarefa era crucial para a segurança da vila, e Hajime sabia disso. Seus olhos perscrutavam o horizonte, atentos a qualquer movimento suspeito. Cada ruído na floresta, cada sombra movendo-se nas árvores, podia ser um sinal de perigo. Enquanto caminhava pelas trilhas estreitas e acidentadas, sua mente estava em alerta máximo. Ele usava suas habilidades de manipulação elétrica para sentir a presença de qualquer ser vivo nas proximidades. Pequenas faíscas de energia percorriam seus dedos, prontos para serem usados em caso de necessidade. Hajime encontrou sinais de animais selvagens e vestígios de outros ninjas da vila, mas nada que indicasse uma invasão. Ao longo da manhã, ele percorreu uma vasta área, certificando-se de que todos os pontos vulneráveis estivessem protegidos. Em um ponto, encontrou pegadas que não reconheceu de imediato. Cautelosamente, seguiu os rastros até descobrir que pertenciam a um caçador da vila que havia se aventurado mais longe do que o habitual. Aliviado, mas ainda vigilante, Hajime continuou sua patrulha até o sol estar alto no céu, e finalizou esta quando achou conveniente voltar para o vilarejo uma vez que nã achou nada demais.

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Depois de garantir a segurança das fronteiras, Hajime dirigiu-se ao hospital da vila. Ele trocou a tensão da patrulha pela serenidade do hospital, onde suas habilidades seriam postas à prova de uma forma completamente diferente. Ao entrar, foi recebido por médicos e enfermeiros que, embora sobrecarregados, demonstraram gratidão por sua ajuda. Hajime começou auxiliando na preparação de medicamentos. Sob a supervisão de um farmacêutico, ele misturava ervas e ingredientes, seguindo cuidadosamente as instruções para garantir que cada remédio estivesse correto. O cheiro de ervas medicinais enchia o ar, misturando-se com o som constante de vozes e passos apressados.

Em seguida, foi para a ala dos pacientes. Ali, ajudou a cuidar dos feridos e doentes, oferecendo água, ajustando travesseiros e ajudando na alimentação daqueles que não podiam fazer isso sozinhos. Cada gesto era uma lição de empatia e paciência, e Hajime se esforçava para aliviar o sofrimento com suas mãos fortes, mas gentis. Houve um momento em que ele precisou auxiliar em um procedimento simples. A enfermeira-chefe o orientou enquanto ele segurava firmemente um paciente que recebia tratamento. Era um trabalho que exigia não apenas força física, mas também uma presença calmante. O agradecimento no olhar dos pacientes e a aprovação silenciosa dos médicos encheram Hajime de um senso de propósito renovado.

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Após sua passagem pelo hospital, Hajime seguiu para as áreas designadas para a coleta de recursos naturais. Equipado com ferramentas básicas e uma bolsa resistente, ele se dirigiu às florestas e montanhas próximas à vila. A tarefa era vital para a subsistência de Shimogakure, e Hajime estava determinado a contribuir. Nas florestas densas, procurou madeira de boa qualidade. Cada árvore que selecionava era escolhida com cuidado para não prejudicar o ecossistema. Usando suas habilidades de sobrevivência, cortou galhos secos e árvores caídas, empilhando a madeira em feixes organizados. O som do machado contra a madeira ecoava na tranquilidade do bosque, interrompido apenas pelo canto dos pássaros e o farfalhar das folhas.

Depois, dirigiu-se às colinas rochosas em busca de minerais. Com uma picareta firme em mãos, escavou em busca de pedras preciosas e metais necessários para a vila. Era um trabalho árduo e exigente, mas Hajime estava acostumado a desafios. Suas mãos calejadas não hesitaram enquanto ele separava as rochas valiosas das comuns, carregando-as com cuidado para não danificá-las. Entre uma coleta e outra, Hajime aproveitava para observar a natureza ao seu redor. Sentia uma conexão profunda com a terra e seus recursos, compreendendo a importância de cada elemento que coletava. Esse respeito pela natureza o motivava a ser cuidadoso e eficiente, garantindo que a vila tivesse o que precisava sem esgotar os recursos naturais.

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Ao retornar à vila com os recursos coletados, Hajime não teve descanso. Sua próxima missão era limpar e organizar as ruas de Shimogakure. Armado com uma vassoura, sacos de lixo e uma determinação inabalável, ele começou a percorrer as ruas principais e becos.
Hajime varria folhas caídas, removia detritos e recolhia lixo deixado para trás. O trabalho era repetitivo, mas ele sabia que a limpeza das ruas era essencial para a saúde e bem-estar dos moradores. Cada saco de lixo cheio era uma pequena vitória, uma contribuição para tornar a vila um lugar mais agradável para todos.

Enquanto trabalhava, Hajime observava as pessoas ao seu redor. Crianças brincavam, comerciantes abriam suas lojas e idosos caminhavam lentamente, agradecendo com um aceno de cabeça. Esses momentos de interação o faziam sentir-se parte de algo maior, reforçando seu compromisso com a comunidade. Em um momento, encontrou uma criança tentando limpar uma área sozinha. Com um sorriso, aproximou-se e ofereceu ajuda. Juntos, terminaram a tarefa rapidamente, e a gratidão no rosto da criança fez Hajime perceber a importância de cada pequeno ato de bondade e serviço. Shimogakure passava por maus bocados, e necessitava de cuidado, ainda que não fosse algo que ele fizesse regularmente.

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A última missão de Hajime o levou de volta às áreas naturais ao redor da vila, mas desta vez para uma tarefa diferente. As áreas naturais estavam poluídas, e era necessário restaurar sua beleza. Munido de sacos de lixo e um espírito resoluto, ele começou a limpar as margens dos rios, clareiras e trilhas. Recolhendo garrafas, plásticos e outros detritos, Hajime sentiu uma tristeza ao ver a natureza tão afetada pelo descuido humano. Mas essa tristeza transformou-se em determinação. Trabalhou incansavelmente, enchendo sacos de lixo e separando materiais recicláveis. Cada pedaço de lixo removido era um passo em direção à restauração do equilíbrio natural.

Durante a limpeza, Hajime encontrou pequenos animais que pareciam aliviados com a remoção dos detritos. Sentia uma conexão especial com a natureza, e esses momentos reforçavam seu compromisso com a preservação do meio ambiente. Cada folha limpa, cada trilha restaurada, era uma vitória silenciosa, mas significativa. Para o rapaz, isso importava bastante uma vez que o fazia se sentir bem consigo mesmo e retirava um pouco do sentimento de solidão constante que sentia. Era notório que Hajime, apesar de tudo, ainda era um Kumo-nin que detinha respeito e amor pelo seu vilarejo, ainda que se sentisse só neste.