— Acha que eles vão gostar? — Indagaria, curioso, fitando algo. — Não é muito, mas é de coração. Eles vão adorar. Intuição feminina, Mestre. — Kirara responderia de forma satisfatória, alegrando-me com suas alegações e removendo toda preocupação que antes tinha na possibilidade de Naritoshi e Nobara não gostarem. De qualquer forma, seria convocado pelo primeiro. Local de encontro: Um restaurante. Não dos mais luxuosos nem mais vagabundos, mas um discreto o suficiente para chamar uma figura mundialmente conhecida. Sei que ele não me faria perder tempo, então certamente é algo importante, e uma boa oportunidade para entregar o presente. Provavelmente Nobara também estará presente. — É, você tem razão. Irei até lá. Cuide de tudo enquanto eu não volto, ok? — Pediria para minha Assistente, que acenaria positivamente para a indagação, recebendo um beijo em sua testa e me vendo sair, rumando até o meu filho com dois objetos em mãos.

Com meus orbes celestes, visualizaria um caminho menos tumultuoso e que chame menos atenção, afinal, ainda sou "O Traidor", então atrair atenção indesejada não é lá das melhores ideias, apesar de já estar ressignificando esse epíteto ultimamente. Ao longe, poderia ver duas silhuetas e fluxos de Chakra conhecidos: Nobara e Naritoshi. Antes mesmo que eu dissesse algo, o último começaria a se pronunciar, sendo bem direto quanto às suas ambições e anseios, algo que consideraria impensável para o Naritoshi de mais de um inverno atrás. — Suna, é? Que inesperado. De qualquer forma, desejo boa sorte pra vocês, e é bom voltarem intactos, ou eu mesmo vou dar um "passeio" por lá. — Expressaria após atuar como ouvinte de todas suas frases, surpreso tanto pela tomada de atitude do Hōzuki quanto pelo fato constatado. Imagino que um deslize de ambos numa vila vizinha signifique minha execução, então preciso torcer pelo sucesso de ambos. "Isso soou egoísta..."

— Eles eram nossa colônia há pouco. Não faz muito tempo que se tornaram uma vila independente sob comando do Baldur, um conterrâneo nosso. Me pergunto o que houve com ele pra Harikēn ser nomeado... — Começaria a elucidação, buscando um lugar para me assentar. — De toda maneira, as colônias ao redor deles continuam sendo nossas. Eu diria que possuímos uma relação amistosa até o momento. Não atoa já salvei seu namorado três vezes. Agradeça. — Brincaria, esticando meus braços para me espreguiçar. — Creio que eles tem total ciência que nós já ajudamos bastante Sunagakure no Sato, então suponho que sejam cooperativos com a visita de vocês. Avisem pro Harikēn que em breve vou cobrar as coisas que ele me deve à anos pessoalmente. Se encontrarem um tal de Hakuryū Kinsetsu, mandem um "Oi" por mim. Ele é cientista como eu, gente finíssima. — Faria algumas ponderações e pedidos para ambos Naritoshi e Nobara aqui presentes. — De qualquer forma, sejam educados. Todos sabem do Time 2, então é bom ter uma moral boa lá fora. E divirtam-se. — Daria um voto de confiança, percebendo o quanto eles cresceram.

— Pois bem, eu pretendo dar uma passeada por aí também. Respirar novos ares, encontrar meu propósito, e trazer um velho amigo de volta. Que fiquem cientes que talvez eu não esteja aqui quando voltarem. — Revelaria, os Olhos da Reencarnação fitando ambos. — Ah, e isso é pra vocês, espero que gostem e usem como forma de se protegerem quando eu estiver longe. — Finalizaria, entregando para cada um colar com uma foto nossa em trio. No centro da foto estou eu. Nela minha postura é relaxada, mas confiante, com um braço ao redor de cada um dos meus alunos. À minha direita está Naritoshi, seu rosto levemente corado, exibindo um sorriso tímido. Seus olhos mostram uma mistura de respeito e admiração, embora um pouco de hesitação. Seu braço está meio levantado, como se não tivesse certeza de como posar para a foto, mas ele está claramente feliz de estar ali. À minha esquerda, Nobara está em um contraste vibrante. Seu sorriso é largo e cheio de energia, os olhos brilhando com entusiasmo. Com uma mão no quadril e a outra erguendo um sinal de paz ao lado da minha cabeça, Nobara exala confiança e alegria. Sua presença na foto parece iluminar o ambiente, trazendo uma sensação de vivacidade e movimento.

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— Ele não é seu namorado? Aposto que a ideia de ir até Suna foi sua, justamente para vê-lo. Te conheço o bastante pra ter certeza disso. — Perceberia Naritoshi ficando nervoso e começando a gaguejar, um traço que era predominante da sua persona quando nos conhecemos há uns anos. Por conta disso, trataria de provocá-lo, percebendo Nobara bem curiosa quanto ao assunto. — Ele é forte pra caramba, de fato. E tem um bom coração. — Prosseguiria falando de um dos meus únicos amigos "gringos".

Quanto à entrega dos presentes, ambos se mostrariam felizes com tal, me tranquilizando quanto meu receio de não gostarem desde que havia colocado na minha cabeça que o faria já há uns dias, sob conselhos de Kirara e sua intuição feminina para me auxiliar na escolha. — Relaxa, tá tudo bem. Só nós sabemos o que aconteceu de verdade, e aquilo que fizemos foi a melhor escolha para manter todos bem. Eu teria arriscado vida de dezenas de inocentes em um hipotético combate. Eu não me arrependo, e faria de novo. Você tem um coração de ouro e espero conseguir preservar isso. — Murmuraria, tentando tranquilizar o Hōzuki enquanto faria um cafuné em sua cabeça.

— Se algo acontecer comigo... Cresçam e me superem, mantenham Kirigakure no topo e sejam o motivo do sorriso e inspiração das crianças. E se eu cair em batalha, construam uma estátua minha no pico mais alto de Hoshigakure no Sato. Conto com vocês. — Me expressaria pausadamente, meus olhos celestiais mirando o mármore cobrindo o restaurante, pensando nos próximos passos.

— Nobara, há duas coisas que eu queria te perguntar e vou aproveitar o momento. Como você extraiu informação dos criminosos em Amegakure no Sato? — Indagaria, curioso. Esperaria que ela cooperasse com a dúvida, então aguardaria uma resposta antes de partir pra segunda, e absorveria todas suas palavras atentamente. — E o que é isso nas suas costas? Eu tenho absoluta certeza de que isso não estava aí antes. Os Olhos da Reencarnação não me enganam. É algum poder novo que não revelou para nós ainda? Caso não queira falar sobre, tudo bem. — Construiria a narrativa da segunda pergunta, sendo conivente para caso ela não quisesse responder sobre isso. Mas de fato, estranharia o fato dela ter um padrão estranho sob suas costas que consigo ver com nitidez em detalhes por intermédio do Tenseigan.

Enquanto aguardaria respostas (Isso se forem dadas), trataria de pedir algo para meu consumo pessoal. — Uma pizza de chocolate por favor. Sem amargo, de preferência. — Finalizaria.

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Naritoshi, como de praxe, se mostraria envergonhado pela provocação que eu e Nobara fizemos, me tirando um sorriso sincero. Em seguida, ele se expressaria de forma bastante sincera e preocupada, perceptível pela sua expressão apesar dele tentar ocultar esse sentimento. — Se eu vir a morrer e "voltar", talvez não seja mais eu. — Daria uma resposta enigmática que talvez eles nunca venham a entender. Meu corpo é uma prisão absoluta capaz de conter Shibai, mas, o que acontecerá se esse controle se romper e ele vir a reescrever meu DNA tal qual Yona e Soramaru? Isso é, se ele ainda estiver aqui, comigo. Me perguntei sempre se ele faria isso, mas, ter se sacrificado para que eu possa viver quando poderia ter tomado posse... por quê?

Meu pedido chegaria, e de imediato começaria a serrar a pizza de chocolate enquanto ouviria as alegações e elucidações de Nobara acerca das minhas perguntas feitas. — Eu não curto essas "coisas" que vocês gostam. Já vi e dissequei muitos corpos. É meio indiferente pra mim. Não se preocupem. — Revelaria minha sexualidade, sendo bastante neutro quanto a primeira indagação da minha filha, falando enquanto mastigo. Seguidamente, ela falaria sobre um tal de "Sanbi", e que ele é uma Bijuu, tal qual o ser que habitava o corpo de Nezuko. Pelo visto, há mais de um, e são diferenciados por caudas. Perceptível, haja vista o significado de "Rokubi". — Nezuko, que Shibai a tenha... também possuía um desses, o Rokubi. Ela me contou que esse poder pode ser passado, ou pelo menos uma fração dele. Então... vai que, né? — Faria uma pergunta retórica, finalizando minha alimentação. — Só falta o Naritoshi ter um amigo imaginário agora. De qualquer forma, quero ver esse Sanbi em ação. Será que ele é capaz de me fazer suar? — Brincaria.

Após, foi hora dela explicar sua técnica inata de "Roubar informações". Escutaria com atenção, sorrindo com sua brincadeira e permitindo que ela acessasse minha mente sem oferecer resistência, sentindo minhas memórias sendo "exploradas", digamos assim. — Parece maneiro. Já foram... Hōzuki, Nara, Yamanaka e Kedōin. Ao menos os clãs das habilidades úteis que encontrei, não considerei as inúteis. No nosso próximo encontro, se nossos inimigos forem capaz de aguentar 10 segundos lutando comigo, mostrarei as novas técnicas que aprendi por aí. Inclusive, tenho algo pra te mostrar depois, Nobara. Te chamarei assim que possível. — Daria um foreshadow dos próximos passos.

Por mais um tempo continuaria no restaurante, conversando e ouvindo meus alunos, até chegar no momento de partir. — Bom, creio que seja isso. Desejo boa sorte pra vocês, e perguntem ao Kazekage se tá tudo bem com a cicatriz que ele tem na região do esterno. Doeu até em mim na ocasião. — Falaria sobre uma característica física do Kaguya para ambos, que talvez achem a informação interessante. De qualquer forma, não havendo mais nada com o que fazer aqui, daria um último abraço em Naritoshi e Nobara. — Até logo e se cuidem. Eu amo vocês. — Finalizaria, tentando ocultar o choro.

E então, finalizada a interação, partiria, rumando a um destino desconhecido e... permitindo que as lágrimas de orgulho e felicidade tomassem conta.

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