Fui despertado do meu sono profundo por uma voz firme e familiar. Meus olhos abriram-se lentamente para encontrar Yami, parado ao lado da minha cama. Já estou acostumado com suas aparições aleatórias, então nem tomo susto quando vejo sua cara feia pelas manhãs; enfim, sua expressão é séria, o que me fez perceber que algo importante estava ou está para acontecer. — Levanta aí, achei uma oportunidade interessante pra você. — Ele exclamaria. — Que é? Eu não vou limpar bosta de cachorro de novo. — Indagaria esfregando os olhos, tentando afastar o sono que habita em meu corpo. — Mas... deixa pra lá. Uma amiga minha, Kirlia Kedōin, tá precisando de uma força em um caso. Ela é da Polícia de Kirigakure e tá investigando uma série de assassinatos. Imagino que você possa ajudar ela como cientista forense. Sei que como você não há ninguém que se equipare. E também você pode aprender sobre Hijutsu's do clã Kedōin. Sei que você é um tarado por técnicas inatas, então isso te blindará de recusar. — Elucidaria Yami.

— Certo, conseguiu chamar minha atenção... quando começo? — Indagaria, me levantando e começando a me aprontar propriamente para o trabalho não-convencional. — Você já pode ir. Ela deve estar te esperando perto da delegacia. Boa sorte, pivete. Não me decepcione. — Receberia um voto de confiança do meu mentor, que sumiria em fumaça logo após.

— Vamos lá, então. — Já pronto, rumaria em direção à Polícia de Kirigakure, encontrar quem me aguarda.

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E então, caminharia em direção à sede da Polícia de Kirigakure. Nisso, ouviria alguns múrmuros, cochichos e muitos olhares de desdém para comigo. — Uragirimono pegou, hein. — Debocharia do meu novo epíteto de "O Traidor" que haviam endereçado a mim sabe Shibai o motivo. Enfim, não há muito com o que me preocupar com isso no momento. Pelo menos não até enviarem mercenários cortarem minha cabeça algum dia. Eventualmente chegaria à imponente construção de Kirigakure e fui recepcionado por um oficial que me conduziu até a sala de Kirlia. — Hakari Ōtsutsuki, O Apostador e... vamos esquecer seu novo apelido, me parece não refletir a realidade. É bom vê-lo. — A mulher de meia-idade me abordaria educadamente e de forma amistosa, sem preconceito no olhar. — Igualmente, senhorita Kirlia. — Responderia à Kedōin.

— Nãaaao, senhora não. Ainda sou nova. Pode me chamar só pelo nome. — Ela brincaria comigo, se erguendo e gesticulando para que eu a siga. — Vamos, preciso de sua expertise em ciência para analisar as cenas dos crimes e nos ajudar a encontrar o culpado. — Ela elucidou, e eu a seguiria para fora da Delegacia. — Ah, Hakari, fiquei curiosa desde sempre. Você é bem conhecido por essas terras e fico feliz por ter a oportunidade de te conhecer pessoalmente. Então... pelo o que você luta exatamente? Yami me contou que você coleta técnicas inatas de vários clãs diferentes. — Seria indagado conforme caminhávamos até a cena do crime. — Não sei exatamente... só quero ajudar a vila da forma que puder, conseguir a cura para todas as doenças do mundo, ver Nobara e Naritoshi crescerem, trazer um velho amigo de volta e liderar o clã Ōtsutsuki para restaurar nossa glória. Os Hijutsu's são apenas uma forma de demonstrar minha passagem por diferentes culturas e pessoas durante minha vida e valorizá-las de forma que não sejam esquecidas. — Responderia de forma incisiva, coçando a cabeça ao me expressar.

Kirlia analisaria minha resposta com um sorriso e expressão de aprovação.

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— E ainda dizem que você é "Traidor"? — Kirlia brincaria comigo conforme nos aproximávamos de um apartamento com diversas fitas impedindo a entrada de pessoas não-autorizadas, além de diversos policiais ao redor, certamente guardando o lugar. Kirlia tomaria a frente, conversando com um dos policiais e conseguindo fácil acesso ao local, permitindo que eu entrasse junto com ela. A cena é... grotesca. Ao menos é a palavra mais leve que posso encontrar. — Temos três vítimas até agora. Essa é Kaede Kuroda. A autópsia revelou que seu cérebro foi removido enquanto ela ainda estava viva. — Ela começou a explicação, sacando uma prancheta com informações sobre o caso e algumas fotos, me mostrando enquanto eu encaro os indícios de uma luta desesperada e ingiro um chocolate para melhorar o raciocínio. Marcas de arranhões nas paredes e móveis revirados mostram que Kaede lutou ferozmente antes de falecer.

— Os outros não estão tão distantes. Yami mencionou que você tem olhos especiais que podem enxergar de longe. Então consegue ver as outras cenas do crime daqui. — Ela murmurou, me mostrando fotos das outras duas vítimas, nas quais eu absorveria mentalmente antes de ativar o Tenseigan e vislumbrá-las mesmo daqui. As três cenas do crime ao mesmo tempo. — O segundo é Kenji Kamura, encontrado em um beco escuro. Provavelmente foi persuadido a ir até lá pelo assassino, onde foi morto e também teve seu cérebro removido ou... devorado? — Kirlia se mostraria mais séria enquanto eu levaria o indicador esquerdo até o queixo. — Por fim, William Watanabe. Foi a vítima mais recente. Seu corpo foi encontrado em um parque, em uma posição que sugeria que ele tentou escapar. As pistas no local incluíam pegadas e fragmentos de uma máscara. A expressão de William também indicava uma consciência agonizante durante o ataque. Tal qual como Kaede e Kenji, teve seu cérebro removido enquanto vivo. — Ela ajeitaria seus óculos.

— Máscara, é? Alguma ligação entre as vítimas? Parentesco, se estudaram juntos, enfim, você entendeu. — Expressaria minha dúvida para com a Kedōin, me esforçando ao máximo para encontrar um padrão nas mortes. — Não. Nossos dados sugerem que talvez as vítimas tenham sido escolhidas aleatoriamente pelo nosso antagonista... — Responderia Kirlia a minha dúvida, expressando um pouco de frustração por aparentemente não poder me responder de uma forma mais conclusiva.

— Ou talvez não tenha sido aleatoriamente... — Um múrmuro escaparia da minha boca, percebendo algo.

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Suspiraria levemente após ter uma conclusão, me preparando para explicá-la. — Olhe, as iniciais das vítimas... Seus nomes e sobrenomes começam com K, exceto um, William. No entanto, K e W são linhas diagonais que se cruzam. É o mais próximo de K... O assassino está escolhendo suas vítimas baseando-se nas iniciais. — Elucidaria meu ponto, prosseguindo com minhas ideias enquanto Kirlia observaria com curiosidade e eu observaria todas as cenas do crime ao mesmo tempo por intermédio dos dotes dos orbes celestes. — As características físicas encontradas nos rastros correspondem às vítimas em ordem. É como se o assassino estivesse se transformando em suas vítimas de alguma forma. — Levantaria uma observação, confuso acerca desse fato mencionado. — Shikabane Bunshin no Jutsu. É isso. Ele está devorando os cérebros pra tomar seus cérebros. É um Hijutsu do meu clã. Isso quer dizer que ele também é um Kedōin, assim como eu. — Ela bateria seu punho direito na canhota aberta, como se tivesse feito uma descoberta bombástica.

— Mas que Hijutsu sinistro é esse? Qual a temática das habilidades do seu clã afinal? — Indagaria, por um momento me distraindo do objetivo real. — Igual você rouba técnicas inatas, nós roubamos aparências. Basta olhar pra pessoa, ficar próxima dela e colocar essa máscara no rosto, ativando o Kao Utsushi no Jutsu e assumindo sua aparência. — Ela mostraria uma Máscara Rasa enquanto explicaria seu Hijutsu, colocando-a no rosto e tomando minha aparência, desativando a técnica instantes após. — Então quer dizer que esse não é seu rosto real? — Indagaria novamente, realmente curioso com o que ela acabara de explicar. — Nahhh, eu sou linda assim por natureza mesmo. — Ela brincaria, aliviando um pouco o clima pesado do ambiente.

— Não dá pra rastreá-lo pois nesse exato momento ele pode estar com uma aparência diferente... Assim como é difícil saber seu próximo alvo. — Kirlia começaria a pensar bastante após sua fala, nitidamente fazendo bastante esforço mental. — Não precisamos pensar muito eu acho. Até porque o próximo alvo é... Você. — Finalizaria.

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Kirlia me encararia com um olhar de surpresa perante minha fala. Válido, haja vista minha ideia parecer absurda, de fato. — Por que eu? — Ela indagaria com uma expressão curiosa e levemente frustrada, talvez por medo de morrer. — É uma aposta. Seu nome e sobrenome possuem as iniciais K, então nos resta esperar pra ver o que acontece. Se não arriscarmos, ele pode continuar causando mais assassinatos, talvez. De qualquer forma, eu vou ficar observando e te defender na hora certa. Só precisa confiar em mim, mesmo. — Finalizaria a explicação do plano, cujo qual Kirlia suspiraria, assentindo positivamente logo após. — Tudo bem, por que não, né? Fique a uma distância que seus olhos podem ver. Estarei em uma das cenas do crime sozinha à noite. Se ele vier, só não deixe eu morrer. — A veterana contribuiria para o plano com mais ideias, nas quais eu absorveria mentalmente seus detalhes.

Pois bem, me retiraria do recinto, passando pelas fitas de isolamento e me afastando até uma distância relevante. Isso é, também distante dos olhos mundanos. Ao passo em que o fizesse, começaria a meditar, apenas aguardando o cair da noite.

— O assassino e a investigadora são do Clã Kedōin... Por que isso ainda não me desce bem? — Faria um monólogo interno, sentindo um incômodo nítido com esse caso.

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A noite caiu sobre Kirigakure. Despertaria da minha meditação e tomaria uma posição estratégica, observando os arredores com meu Tenseigan enquanto degusto um chocolate, buscando qualquer sinal de perigo. Kirlia estava no ponto de encontro combinado, aparentemente desarmada e despreocupada, mas preparada para qualquer eventualidade. Tudo parecia calmo até que, de repente, meu Tenseigan captou uma nova presença se aproximando rapidamente. — Vamo lá. — Murmuraria. Supondo que fosse o assassino, movi-me rapidamente em direção a Kirlia, com o intuito de conseguir capturar o tal "assassino" efetivamente.

À medida que me aproximo, percebo algo estranho. A presença que meu Tenseigan detectou estava diretamente ao lado de Kirlia, mas parecia estar conversando com ela, e não atacando-a. A intuição me alertou de que algo está errado. Então, sem aviso, uma onda poderosa de Intenção Assassina foi emitida por Kirlia, paralisando-me instantaneamente. Meu corpo inteiro congelou, meus músculos rígidos e minha mente tomada por uma sensação de pavor absoluto. — Conseguimos, irmãozinho. Pegamos ele. — Ela se virou lentamente, um sorriso cruel se formando em seus lábios, sua voz gélida e cortante. — Hakari Ōtsutsuki, ou... O Traidor? É um prazer conhecê-lo. Posso dizer que é ainda melhor do que eu esperava pela descrição que os Byakuyas deram, hihihi. — O tal "Assassino" se pronunciaria, sorrindo maleficamente para mim. A revelação me atingiu como um golpe físico. Toda a investigação, todas as vítimas... tudo era uma farsa para me atrair. — Seu corpo e seus poderes são um prato cheio para mim... Deixa eu mastigar o seu cérebro? Garanto que não vai doer nadinha... — O antagonista prosseguiria, se aproximando lentamente do meu paralisado corpo com uma faca na mão.

Enquanto isso, visualizei as correntes de Chakra rompendo as amarras invisíveis da Intenção Assassina. Minha respiração se estabilizou, e um calor começou a irradiar de dentro de mim, quebrando a rigidez dos meus músculos. Lembrei-me dos treinamentos intensos, das lições de resiliência e força interior. Cada memória se tornou um impulso, alimentando meu desejo de sobreviver e lutar. Mas... ainda parece insuficiente. O Kedōin está cada vez mais perto e... irei morrer? Não, não mesmo, posso sentir algo se aproximando. Por conta disso, continuaria tentando, e me esforçando até conseguir quebrar a paralisia. E quando o Kedōin estivesse próximo de mim com sua faca e seu sorriso, algo — Ou alguém? — o atingiria, fazendo-o voar por alguns metros de distância, colidindo com uma estrutura, ficando nitidamente irritado com isso. — Já era hora. Demorou, hein? — Indagaria de forma retórica, brincando com aquele que veio ao meu resgate, rompendo a paralisia ao mesmo tempo. Meus músculos se soltaram, e senti a liberdade correr por minhas veias.

— Estou muito velho pra correr. — Ele respondeu com um sorriso, se posicionando ao meu lado. — Então, hora do show, Yami? — Finalizaria, sorrindo e me preparando para lutar, enquanto veria ambos os Irmãos Kedōin posicionando máscaras sob o rosto após o irmão se levantar, adquirindo um aspecto... mais maléfico?

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— Kirlia está usando o Kaomono no Jutsu. O irmão dela o Horōka no Jutsu, o ápice do clã Kedōin junto ao Shikabane Bunshin no Jutsu, que devora cérebro alheio pra ganhar poderes. Prefiro você, que rouba só olhando. É mais higiênico. De qualquer forma, explico como você faz pra aprender depois. — Yami elucidaria, alongando um pouco seus velhos ossos enquanto eu absorveria as informações. — Cria uma arma pra mim aí. Não trouxe nada de casa. — Ele ordenaria. De imediato, por intermédio do Ōdachinagi, duas espadas de Chakra seriam criados por um aro de Chakra conjurado sob minhas costas. Entregaria uma para Yami, enquanto a outra ficaria para mim.

O vento assobiou, e a Lua espreita por entre as nuvens, iluminando o campo de batalha com sua luz pálida. Yami e eu trocamos um olhar, uma compreensão silenciosa passando entre nós. Treinamos juntos por bastante tempo, e nossos movimentos se entrelaçam como uma dança bem ensaiada. Hoje, é a nossa chance de demonstrar essa harmonia em combate real. Pois bem, os Irmãos Kedōin atacaram primeiro, suas facas cortando o ar com velocidade e precisão. Eu defendi o primeiro golpe de Kirlia, enquanto Yami bloqueou o assassino. Nossos movimentos foram rápidos e fluídos, como se estivéssemos dançando sob a luz da Lua. — À sua esquerda, pivete. — Yami avisara, sua voz com entonação firme e segura. Após seu aviso, com um movimento ágil, trocamos de posições. Yami deu um salto para trás, enquanto eu me movi para interceptar o assassino. Ele atacou com uma ferocidade selvagem, mas minha lâmina provinda pelo Ōdachinagi encontrou a sua faca no meio do ar, faíscas voando com o impacto. Yami, por sua vez, enfrentou Kirlia, suas lâminas se cruzando em um espetáculo de luzes. — Facas resistentes, mas... vocês sabem dançar? — Brincaria com os inimigos sorrindo.

E assim, prosseguimos, em perfeita sincronia. Consegui bloquear mais um ataque do assassino, Yami girando em torno de mim logo em seguida, sua espada brilhando enquanto ele atacara Kirlia. Ela defendeu o golpe, mas foi forçada a recuar, surpresa com a nossa coordenação e intensidade. O assassino tentou me atacar novamente, mas eu dei um passo para trás, preparando-me para a manobra que tínhamos praticado tantas vezes. Yami correu em minha direção, e eu me abaixei ligeiramente, oferecendo minhas costas como uma plataforma. Com um salto gracioso, Yami usou meu corpo como impulso, lançando-se no ar e sobre o assassino. Ele desceu com um golpe poderoso, forçando nosso inimigo a se defender desesperadamente. Sem intervalo de tempo, atacaria Kirlia, que se distraíra por preocupação para com seu irmão. Por reflexo, ela reagiria, mas não pôde superar minha agilidade, e acabou por receber um "corte" limpo com a tsuka da minha lâmina, fazendo-a desmaiar. Yami, por sua vez, continuou a atacar sem dar chances para o irmão de Kirlia, eventualmente quebrando sua resistência e atingindo-o na cabeça com a mesma parte que eu usara da minha espada. Tal qual Kirlia, ele desmaiara.

— Gostei de ver. Tá melhorando. — Yami me elogiaria, um pouco ofegante. Sua idade avançada ameaça grande intensidade nas lutas. — Aprendi com o melhor. — Brincaria com ele, sorrindo e me recompondo enquanto fitaria ambos os Irmãos Kedōin desmaiados sobre o chão. — E agora, o que a gente faz? — Indagaria, pensativo enquanto giraria a lâmina de Chakra ente minhas mãos.

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— Eu já sabia sobre ela. Não quis te contar porque se não soubesse seria efetivo. E foi. Você fez uns inimigos perigosos, hein, "Traidor". — Yami debocharia da minha cara, ironizando meu epíteto. — Adicione o Kao Utsushi no Jutsu ao seu arsenal. Pode ser útil. O Kaomono no Jutsu é meio inútil, e o Horōka no Jutsu você vai precisar lutar contra seu próprio espírito em um ritual afim de dominá-lo e alcançar a técnica. Em poucas palavras, trocar umas porradas com Shibai. E tenho certeza que você vai ser massacrado. — O mais velho me daria algumas dicas, dando um foreshadow de que vai me ajudar com a primeira técnica citada, cujo qual, ao que pude perceber, necessita de uma máscara, assim como as demais. — Eu sei que sou forte e aprendi muita coisa desde que perdi pra Kaguya, mas lutar contra o Shibai não é demais? Isso se ele estiver vivo ainda, em algum lugar... Apesar que minha maldição não desapareceu, então deve restar um resquício dele. — Comentaria, desativando as lâminas do Ōdachinagi e pondo o indicador esquerdo no queixo, pensativo.

— Vamos levar logo esses dois pra polícia. Tá me incomodando ver eles dormindo aqui do lado. — Encararia, com um olhar cômico, os corpos desmaiados de Kirlia e seu irmão. Ambos eu e Yami carregaríamos-os e encaminharíamos para a Polícia de Kirigakure, entregando os dois criminosos. Seríamos respondidos com um olhar de surpresa diante da descoberta de que uma investigadora de alto nível era dupla de um criminoso procurado. De qualquer forma, recebi alguns comentários como "E há quem diga que você é traidor, hein?", coisas assim. O que é bom, pois mostra que, no fundo, algumas pessoas tem fé em mim e na minha inocência. E isso me motiva.

Ainda no calar da noite e caminhando lado a lado com meu mentor sob a luz da linda Lua, símbolo do meu clã, tomaria algumas ideias. — Yami, o que acha de eu ir fazer um intercâmbio naquele lugar? Sinto que devo uma visita já há algum tempo. E com toda essa fama de "Traidor", é uma boa chance de me provar e tentar consertar as coisas, assim como descobrir quem sou eu de verdade. Sabe... me descobrir como pessoa, longe disso tudo de ser semi-deus. — Me expressaria, esperançoso acerca da opinião que Yami me daria quanto a isso. — Aquele lugar? Entendo... é uma boa ideia. Creio que será bom para você. Descansar um pouco a mente, respirar um ar diferente, descobrir seu propósito. Quando estiver pronto, me avise. Pedirei pra que envie lembranças por mim. Por ora, vamos focar no presente. Ainda temos muito o que fazer em Kirigakure, pivete. — O Ōtsutsuki sem chifres responderia minha sugestão, sendo bastante conivente com tal e me fazendo me sentir confortável com sua sentença.

— Tudo bem. Obrigado, de verdade, Yami... — Agradeceria conforme me aproximaria mais e mais do meu descanso em minha morada.

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