"Estamos aqui para garantir a segurança dos civis e eliminar qualquer ameaça," disse Sanbi, sua voz ressoando na mente da Yamanaka, como um alerta. "Eu sei, eu sei. Mas é sempre bom visitar estas ilhas," respondeu ela, seus passos leves e ágeis sobre o solo macio da floresta. O som das folhas secas esmagadas sob seus pés acompanhava seu ritmo constante, uma sinfonia sutil que apenas a natureza poderia compor.

Horas se passaram em uma busca infrutífera, a selva cerrada envolvendo-a como um manto. O sol se erguia lentamente, suas lâminas douradas penetravam nas copas das árvores, criando um mosaico de luz e sombra no chão da floresta. Finalmente, ela chegou a uma pequena clareira, um refúgio momentâneo da densa vegetação. Ali, a luz do sol se espalhava livremente, banhando o local em uma claridade reconfortante.

Fechou os olhos por um instante, concentrando seu chakra, sentindo a pulsação da terra sob seus pés. Cada fibra do seu ser vibrava em harmonia com o ambiente ao redor, e logo ela captou a presença de alguém incomum. Sem hesitar, canalizou seu chakra e lançou o Shiranshin no Jutsu. A técnica percorreu o ar como um raio silencioso, imobilizando o bandido que se escondia nas sombras.

Mas o inimigo não estava só. Seu parceiro surgiu das sombras, rompendo o jutsu com uma precisão brutal. A batalha começou com uma ferocidade inesperada, os movimentos rápidos e mortais preenchendo a clareira. Ela não era uma lutadora da linha de frente, mas sua agilidade era inegável. Esquivou-se dos ataques com a graça de uma dançarina, seus movimentos tão fluidos quanto a água.

Com um selo de mão, ela ativou o Chakura no Mesu, suas mãos transformando-se em lâminas de energia pura. Num golpe rápido e preciso, desarmou um dos bandidos, o chakra cortando através das suas defesas como uma lâmina afiada através do papel. Repetiu o movimento com o segundo bandido, capturando-o com a mesma eficiência letal.

A luta terminou tão abruptamente quanto começara, deixando apenas o silêncio e o eco dos últimos golpes. Ela vasculhou o acampamento improvisado dos bandidos, seus olhos atentos a cada detalhe. Encontrou mapas e planos que indicavam futuras atividades criminosas, traçados com uma precisão meticulosa.

"Ainda bem que consegui interpretá-los. Mas é bom informar isto ao Quartel General," murmurou para si mesma.

Já era tarde, a lua alta no céu de outono, quando fui designada para realizar a ronda interna. O vento frio cortava como lâminas invisíveis, arrancando as últimas folhas douradas das árvores. Não tive como fugir dessa vez, mas também não tinha como ter surgido a oportunidade num momento melhor. Ai, minha cabeça dói só de pensar no tanto que preciso fazer. — pensei, saltando por entre os telhados de alguns edifícios, cujas sombras se alongavam como dedos esqueléticos na noite. A escuridão envolvia a cidade como um manto, e o ar estava impregnado com o cheiro terroso das folhas caídas. Pousei suavemente próximo a uma praça deserta, onde apenas alguns animais noturnos se moviam, seus olhos brilhando como pequenas estrelas sob a luz pálida da lua.

Aproveitando a quietude da noite, me ajoelhei e tirei da minha mochila um dos pergaminhos que estavam guardados. Com movimentos precisos, desenrolei o pergaminho e usei o pincel acoplado para desenhar exatamente dez ratinhos, cada um com no máximo vinte centímetros. A tinta negra brilhava sob a luz pálida da lua. Então, realizei o selo de confronto, infundindo meu chakra na tinta. Pouco a pouco, cada um daqueles ratinhos começou a ganhar vida, seus corpos tremulando antes de se materializarem completamente.

Eles moviam a ponta do pequeno nariz como se estivessem sentindo o cheiro de algo delicioso, seus olhinhos brilhando com uma curiosidade inquieta. Com um leve aceno, enviei-os em diferentes direções, e eles partiram, se espalhando pela rua. O objetivo era simples: vasculhar pelo menos trezentos metros em busca de algo suspeito. O som suave de seus passos quase imperceptíveis se perdeu na noite, enquanto eu aguardava em silêncio, atenta a qualquer sinal de retorno.

Mantive o pincel em minha mão durante todo o momento em que a técnica esteve ativa e ao final, da ronda preparei meu relatório para entregar a Mizukage.

Nobara Uzumaki caminhava com passos firmes e silenciosos pelo Santuário de Kirigakure. A neblina espessa envolvia tudo ao seu redor, tornando cada sombra e cada ruído uma possível ameaça. Seus olhos, treinados e atentos, examinavam cada detalhe à procura de qualquer sinal de movimento. O manto de nevoeiro criava uma sensação de isolamento, como se o santuário existisse em um mundo à parte, longe das preocupações e batalhas do restante do mundo ninja.

O santuário era um local de beleza mística, com seus antigos templos e estátuas esculpidas em pedra, cobertas de musgo. Nobara tinha um respeito profundo por aquele lugar e sabia que sua missão ali era de grande importância. Ela estava encarregada de proteger o santuário e garantir a segurança daqueles que se perdiam na neblina ou buscavam refúgio.

Enquanto caminhava, Nobara mantinha uma mão no cabo de sua kunai, pronta para qualquer eventualidade. Ela sabia que, embora os conflitos não fossem estimulados naquela zona, não eram proibidos. Sua prioridade era ajudar os necessitados e enviar relatórios detalhados sobre qualquer atividade suspeita ou invasores.

De repente, ela ouviu um som abafado, vindo de algum lugar à sua esquerda. Com movimentos ágeis, Nobara se aproximou, fazendo o mínimo de ruído possível. Ao se aproximar, viu uma figura agachada, mexendo em algo no chão. Seus instintos a alertaram, e ela se preparou para agir.

“Quem está aí?” ela chamou, sua voz firme mas não agressiva. A figura levantou a cabeça rapidamente, revelando um jovem ninja de aparência exausta e confusa.

“Eu... eu me perdi na neblina,” ele respondeu, a voz trêmula. Nobara relaxou um pouco, mas ainda permanecia cautelosa.

“Você está machucado?” ela perguntou, aproximando-se mais. O jovem balançou a cabeça negativamente, mas Nobara podia ver que ele estava exausto e desidratado.

“Venha, vou te levar a um lugar seguro,” ela disse, ajudando o jovem a se levantar. Enquanto caminhavam juntos, Nobara manteve seus sentidos alerta, escutando qualquer outro sinal de perigo.

Ao chegarem a uma pequena cabana que servia como posto avançado, Nobara ofereceu ao jovem água e alimentos. “Descanse aqui, vou enviar um relatório sobre sua situação. Alguém virá buscá-lo em breve.”

Enquanto escrevia o relatório detalhado, descrevendo o encontro e o estado do jovem ninja, Nobara refletia sobre a responsabilidade que carregava. O santuário de Kirigakure era um lugar de refúgio e proteção, e ela tinha o dever de mantê-lo assim.

A missão era silenciosa e solitária, mas Nobara sabia que sua presença fazia a diferença. Cada pessoa que ela ajudava, cada ameaça que ela detectava e neutralizava, contribuía para a segurança e a paz do santuário. E mesmo envolta na neblina, ela sentia um sentido de propósito e honra em seu papel como guardiã de Kirigakure.

A lua estava em seu auge, espalhando seus raios prateados por toda a Aldeia da Névoa. As construções, geralmente envoltas por uma névoa opaca, ganhavam contornos definidos sob a iluminação prateada, como se por um breve momento a própria aldeia se revelasse de forma nítida e clara.

Do alto de um dos prédios mais altos no centro comercial, Nobara estava sentada na beirada, sua silhueta parcialmente banhada pela luz suave da lua. A brisa noturna agitava suas madeixas platinadas, mas ela mal percebia. Seus olhos, fixos no pergaminho estendido à sua frente, estavam cheios de uma concentração admirável. A kunoichi movia o pincel com precisão — algo que somente uma verdadeira artista seria capaz. Cada traço medido, controlado, como se o mundo ao seu redor tivesse desaparecido e restasse apenas ela e a criação em andamento. — Ninpōu, chōjū giga! — sussurrou, quase que musicalizando.


Pouco a pouco, a figura do falcão ganhou vida no pergaminho, suas asas estendendo-se com majestade enquanto Nobara observava em silêncio, satisfeita com o que criou. Quando a criatura de tinta finalmente se desprendeu do papel, emergindo como um ser tridimensional, suas asas cortaram o ar da noite, misturando-se à densa neblina que cobria a aldeia.

Com um pequeno sorriso nos lábios, se levantou, afastando-se da borda do prédio. Sem hesitar, lançou-se ao ar, a queda livre trazendo um arrepio de adrenalina enquanto o vento soprava em seu rosto.

Antes que o chão pudesse se aproximar demais, o falcão de tinta a interceptou com um movimento suave, suas asas batendo firmemente para manter o equilíbrio. Nobara pousou com leveza nas costas da criatura, adaptando-se ao ritmo de voo do animal. Dando início a sua vistoria pelo espaço aéreo da aldeia, utilizando seus olhos como os de um falcão que não perde sua presa de vista. Passando por cada rua e beco, visando manter a segurança dos aldeões cumprindo a missão que recebeu.