ㅤㅤAs noites vazias, imbuídas de uma mescla agridoce entre aridez e ares gélidos, atormentavam Shoji. Algumas horas antes, ele havia cumprido a modesta incumbência de entregar plantas e ervas medicinais a um médico. Todavia, sentia-se levemente aquém em suas tarefas cotidianas, sendo essa insuficiência causa certa de uma noite de insônia. Encarregou-se, então, de uma tarefa mais árdua; porém, dado o avançado da hora, restava-lhe apenas a supervisão do grandioso monumento pétreo de sua aldeia, um venerável artefato histórico da nação de Iwagakure. Durante a noite, naturalmente, a possibilidade de que indivíduos mal-intencionados surgissem para depredar tal local era alta, conferindo uma responsabilidade direta ao neófito Gennin, Yoshi Yuki, que deveria empreender todas as ações necessárias para salvaguardá-lo. Considerando a alta frequência de visitantes, não era de se surpreender que o local estivesse em um estado deplorável! Do alvorecer ao crepúsculo, o tempo transcorrido fora mais que suficiente para que se acumulassem restos alimentares, plásticos e toda sorte de detritos imagináveis! Tal situação provocava uma leve cólera em Yoshi, deixando-o abatido e desanimado, mas ele tinha plena consciência da importância transcendente daquela missão para sua vila e, portanto, não cedeu à lassidão. Dotado de uma leve experiência em limpeza, adquirida através de trabalhos esporádicos realizados em sua juventude, ele se lançou à tarefa de reunir os detritos, que incluíam um grande acúmulo de poeira, restos alimentares, resíduos inorgânicos e até mesmo orgânicos.
( — "Povo porco.. sem educação!"), pensou o jovem, lamentando-se do estado daquele ambiente.
ㅤㅤ Empunhava uma vassoura e uma pá para recolher a sujeira, depositando-a nos recipientes apropriados para descarte. Esses instrumentos de limpeza eram disponibilizados a todos que se dispusessem a trabalhar e vigiar o local durante o período noturno, em uma área restrita, acessível apenas aos funcionários. Yoshi, perseverante em sua missão, movia-se, recolhendo cada fragmento de detrito com a meticulosidade de um artesão e a paciência de um monge. Sabia que a preservação do monumento era de suma importância para a identidade e a história de sua nação, e tal consciência o impulsionava a superar o cansaço e a monotonia da tarefa. Enquanto varria e limpava, sua mente divagava sobre a responsabilidade que recaiu sobre seus ombros e a honra de proteger um símbolo tão significativo para Iwagakure. Cada movimento seu era uma afirmação de seu compromisso e lealdade para com a vila, e ele sabia que, mesmo nas tarefas mais humildes, encontrava-se a essência do verdadeiro valor. Assim, o jovem Gennin continuava sua vigília, atento a qualquer sinal de ameaça, determinado a manter intacto o monumento que tanto representava para sua gente.
ㅤㅤApós completar a árdua tarefa de higienização do local, o jovem Gennin constatou que a madrugada transcorreria de forma assaz serena, sem que qualquer ser vivo, além dele, houvesse adentrado o perímetro. Ele se ocupou com minúcias e pequenas incumbências para assegurar que o ambiente estivesse em perfeito estado para os visitantes matutinos. Apesar de não se deparar com nenhuma ameaça concreta, tal circunstância não lhe causou desconforto; todavia, ele não teria objeções em confrontar algum palerma desavisado. Persistiu em sua vigilância por mais algumas horas, zelando com rigor pelo monumento. Por fim, julgando que a ameaça era inexistente, decidiu retirar-se do local. Sua saída foi marcada por um sentimento de dever cumprido e a certeza de que havia contribuído para a proteção e preservação de um símbolo valioso de sua vila.