Assim que entro nas instalações do hospital de Iwagakure, sinto o peso da responsabilidade a recair sobre os meus ombros. A azáfama é constante, com médicos e enfermeiros a percorrerem os corredores apressadamente, enquanto transportam pergaminhos de informação e medicamentos essenciais. Sou recebido por um médico sênior, cuja expressão séria e postura resoluta me transmitem a importância do meu papel aqui.

"Vais começar com tarefas simples," diz-me ele, entregando-me uma lista de medicamentos para organizar e distribuir pelas enfermarias. "É fundamental que te familiarizes com os nossos procedimentos e recursos. Cada medicamento, cada pomada ou pílula que manuseias pode salvar uma vida. Não subestimes a importância da tua função."

Acolho as suas instruções com seriedade, dirigindo-me de imediato à farmácia do hospital. Observo as prateleiras alinhadas com frascos e caixas etiquetadas meticulosamente. O meu primeiro desafio é organizar os medicamentos por categoria e potência, um trabalho meticuloso que exige atenção ao detalhe e conhecimentos básicos.

Após concluir a tarefa de organização, sou chamado para assistir a um médico na cura de ferimentos leves. Observo atentamente enquanto ele aplica uma técnica de cura sobre um corte superficial num braço de um ninja. O chakra verde emanando das suas mãos encerra uma beleza quase mística, e a pele do paciente regenera-se diante dos meus olhos.

"Experimenta," diz-me o médico, incentivando-me a aplicar a mesma técnica num ferimento semelhante. Concentro-me, tentando recordar cada passo e cada palavra do manual de Iryo Ninjutsu que estudei. Quando o meu chakra toca a pele do paciente, sinto uma conexão intensa, uma fusão de energia vital que flui de mim para ele. O corte começa a fechar-se lentamente, e uma sensação de realização invade-me.

"Não está perfeito, mas é um bom começo," avalia o médico, com um aceno de aprovação. "Com prática e dedicação, vais aperfeiçoar a tua técnica."

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A minha adaptação ao ambiente hospitalar começa a ganhar forma quando sou confrontado com uma situação que exige mais de mim. Hoje, um grupo de ninjas regressa de uma missão, trazendo consigo mais do que simples relatórios: vêm feridos, alguns seriamente, outros com mazelas menos graves, mas todos necessitando de atenção médica imediata.

"É hora de pôr à prova o que aprendeste," diz-me o médico sênior, confiando-me a tarefa de triagem. O meu coração acelera, consciente do peso da responsabilidade. Devo avaliar rapidamente a gravidade dos ferimentos e determinar a ordem pela qual os pacientes serão tratados. A minha decisão pode significar a diferença entre uma recuperação rápida e complicações indesejadas.

Aproximo-me do primeiro paciente, um jovem ninja com cortes profundos no braço. Recordo-me das lições aprendidas: analisar, decidir e agir. Classifico o seu estado como prioritário e procedo à aplicação de técnicas de cura que me foram ensinadas. O meu chakra, agora mais controlado, flui com maior facilidade, fechando as feridas à medida que me movo com determinação.

Em seguida, atendo a um ninja com queimaduras leves. Lembro-me dos ungüentos e pomadas que organizei no meu primeiro dia, selecionando a mais adequada para aliviar a dor e promover a cura. Aplico o tratamento meticulosamente, sentindo uma certa satisfação ao ver o alívio no rosto do paciente.

À medida que a situação se desenrola, sinto-me cada vez mais envolvido na dinâmica do hospital. Cada paciente é um novo desafio, cada ferimento é uma lição. Observo, aprendo e aplico, absorvendo cada momento como uma oportunidade de crescimento.

No final do dia, o médico sênior avalia o meu desempenho. "Fizeste um bom trabalho hoje," diz ele, e essas palavras ecoam dentro de mim como um reconhecimento dos meus esforços e da minha evolução. Agradeço, sabendo que ainda tenho um longo caminho a percorrer, mas sinto-me encorajado a continuar.

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A minha rotina no hospital de Iwagakure tinha-se tornado numa fusão de aprendizagem constante e responsabilidades acrescidas. Assim, fui encarregado de uma tarefa distinta e, por certo modo, mais exigente: apoiar um médico conceituado no desenvolvimento de um tratamento para uma patologia misteriosa que começara a afetar alguns dos nossos ninjas.

"Este projeto é de extrema importância para nós," elucidou-me, evidenciando um olhar determinado. "A tua colaboração será decisiva para o êxito deste desafio." Embora não fosse o protagonista nesta ocasião, nutria um intenso orgulho por participar num empreendimento de tal envergadura e relevância.

O laboratório estava abarrotado de recipientes, pergaminhos e utensílios médicos, um ambiente já familiar para mim, que, contudo, adquiria um novo significado naquele contexto específico. O médico operava com uma precisão e sapiência que transcendiam a minha experiência vigente, manipulando componentes e chakra com habilidade que aspirava atingir no futuro.

Era incumbido de ser um observador diligente, registando procedimentos, preparando soluções e, pontualmente, executando técnicas sob orientação, para avaliar a eficácia de certos compostos. "Atenta bem," aconselhava o médico, "cada ação, cada escolha tem a sua razão e intuito. A medicina ninja é tão intrincada e diversa quanto as enfermidades que visa erradicar."

Com o passar dos dias, absorvia cada ensinamento, cada revés e cada êxito. O empenho do médico era inspirador, e eu envolvia-me progressivamente no processo.

Após várias correções e melhorias, a nossa pesquisa resultou na formulação de um tratamento pioneiro. A fase de testar a cura em pacientes, observando os efeitos benéficos a restaurar-lhes a saúde, foi extraordinariamente gratificante.

No término desta fase, enquanto o médico renomado recebia as justas loas, eu percebia-me um passo mais próximo do patamar de excelência que presenciara. O apreço do médico pelo meu apoio, ainda que modesto, preencheu-me de motivação.

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Com a experiência acumulada e o sucesso no auxílio ao desenvolvimento da nova cura, a minha confiança solidificava-se. No entanto, situações mais desafiantes ainda estavam por vir: fui selecionado para participar num treinamento intensivo, desenhado para simular condições extremas de campo de batalha, onde as habilidades aprendidas seriam postas à prova sob pressão.

"O verdadeiro teste de um médico ninja ocorre sob o calor da batalha," explicou-me o instrutor, um médico com vasta experiência em combate. "Hoje, vais aprender a manter a calma e a eficácia quando cada segundo conta."

O cenário era caótico: explosões controladas ecoavam pelo campo de treino, fumo enchia o ar e gritos de "feridos" ressoavam, criando um ambiente assustadoramente realista. A minha tarefa era navegar por este caos, identificar os "feridos" — colegas e manequins preparados para simular diversas lesões — e prestar-lhes os cuidados necessários.

Com o coração acelerado, lancei-me na tarefa. A cada "paciente" que alcançava, era crucial avaliar rapidamente a situação, priorizar as ações e aplicar as técnicas de cura mais adequadas.

Houve momentos de dúvida, situações em que a gravidade das "lesões" testou os limites do meu conhecimento e habilidade. No entanto, cada erro era uma lição, cada acerto, uma confirmação da minha evolução. O instrutor observava atentamente, oferecendo críticas construtivas e encorajamento.

À medida que o treino avançava, sentia uma mudança no ambiente. A ansiedade inicial deu lugar a um foco sereno, a compreensão de que, no caos de uma batalha real, a minha capacidade de manter a clareza e a determinação poderia fazer a diferença entre a vida e a morte.

Quando o exercício terminou, e o campo de treino silenciou-se, o peso da simulação dissipou-se, mas a gravidade do que tinha sido ensaiado permaneceu comigo. O instrutor aproximou-se, um aceno de aprovação no olhar. "Hoje, provaste a ti mesmo que tens o que é necessário para ser um médico ninja sob qualquer circunstância," disse ele.

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"Foste convocado de emergência," anunciou-me o médico sênior numa manhã carregada de tensão. Uma catástrofe natural havia assolado uma região próxima à nossa vila, deixando um rastro de destruição e inúmeros feridos. "É a tua oportunidade de fazer a diferença, de aplicar tudo o que aprendeste em benefício daqueles que mais necessitam."

Com um misto de determinação e ansiedade, preparei-me para partir. O cenário que encontrei ao chegar ao local do desastre era desolador: edifícios em ruínas, civis em pânico e ninjas feridos, alguns gravemente. O caos era palpável, mas a formação que recebera nas semanas anteriores forneceu-me a clareza e o foco necessários para agir.

A minha atuação foi imediata. Avaliei as condições dos feridos, priorizei os casos mais críticos e apliquei todas as técnicas e conhecimentos que havia aprendido, salvando vidas e aliviando o sofrimento. O campo de catástrofe transformou-se no meu teatro de operações, onde cada movimento meu era cuidadosamente planejado.

Durante aquelas horas, senti a verdadeira essência do que significa ser um médico ninja. O meu papel ia além de simples intervenções médicas; era um farol de esperança em meio ao desespero, um agente de cura num cenário de dor.

Ao final do dia, exausto mas realizado, retornei a Iwagakure. O reconhecimento pelo meu desempenho não tardou. O médico sênior, juntamente com outros membros do hospital e da liderança da vila, elogiaram a minha coragem e eficácia. "Hoje, provaste ser um verdadeiro médico ninja, um orgulho para Iwagakure," disse-me o médico sênior, num tom de aprovação que ficou gravado na minha memória.

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