As ruas de Konoha estavam vazias naquela hora da madrugada, ou pelo menos a grande maioria. No meio da área mais boêmia da vila, onde os bares e as tavernas ficavam abertos até o Sol nascer, Nathaniel caminhava com Kiara em passos apressados, enquanto fumava o seu cigarro. Podia perceber que passava por vários locais lotados, com músicas altas e conversas animadas, mas ignorou todas elas.

Só que alguns bêbados estendiam as suas garrafas para o elfo, que não usava o chapéu naquele momento, brindando o seu mandato. Também haviam as moças que se insinuavam para o Hokage, mas a kumorineko logo rugia ferozmente para elas, afastando-as e as fazendo gritar de susto, permitindo que o Grey seguisse em frente sem dizer uma única palavra.

Não tinha tempo para bebedeiras ou relações carnais naquela noite. Informações que comprometiam a segurança não só de uma das colônias de Konoha, como também da própria vila, chegavam ao gabinete, relacionado a uma organização que estava se tornando mais ativa em Takumi no Sato, buscando a independência da vila por meios extremistas.

No pergaminho, Nathaniel era convocado para uma convocação para uma reunião secreta em um templo longe da vila, durante a madrugada, dessa vez sem guardas, seguranças ou algo do tipo, em um pergaminho que tinha o selo do País do Fogo, o que tornava toda a situação um pouco mais urgente - e incomoda. Seu contato era um homem chamado Gouken, e ele lhe passaria instruções da Missão Rank S. Isso o fazia sair no meio da madrugada, sem dizer absolutamente nada a ninguém de sua família ou amigos, e seguir para a reunião.

Em poucos minutos, o elfo chegou a entrada norte de Konoha com o rosto fechado, ordenando que os portões fossem abertos com um único aceno da mão, sendo obedecido imediatamente. Assim que teve a passagem livre, o elfo saiu junto com Kiara, podendo ouvir o barulho dos portões se fechando enquanto eles se embrenhavam na floresta.

Assim que entrou no templo, percebeu que o lugar parecia estar bem vazio, exceto por três figuras que estavam de pé no centro do salão principal, esperando por sua presença. Um deles era um homem loiro que usava um terno e gravata preto com blusa branca. Na frente dele, a uns três metros de distância, também tinha uma mulher de óculos e cabelo amarrado num rabo de cavalo, usando uma blusa branca e uma saia longa preta, segurando uma pasta preta, e ao lado dela um homem alto, de máscara branca e azul, com roupas pretas.

── E eu achando que quem chegaria atrasada pra reunião seria ela. ── zombou o rapaz loiro, rindo dele, fazendo a moça revirar os olhos sutilmente, sendo notada pelo elfo.

Ao chegar no local, Nathaniel e Kiara foram notados imediatamente, aproximando-se deles até ficarem a uma distância de cinco metros um do outro. O Grey rapidamente colocou as duas mãos para trás, um hábito que tinha em certos momentos, demonstrando uma certa calmaria e imponência. Resolveu então devolver a brincadeira feita contra si por parte daquele homem loiro, que deveria ser o tal Gouken, por isso se dirigiu a mulher, notando que ela não usava aliança.

── Senhorita, por favor, diga ao seu empregado que esta é uma reunião séria, e que devemos tratar estritamente sobre assuntos relacionados a vila. ── disse apontando para ele, vendo o seu rosto ficar vermelho imediatamente. Havia acabado por ofender não só a sua liderança, mas também a sua masculinidade.
── Com quem acha que está falando? Eu sou o encarregado dessa operação! ── avisou, revelando ser o tal Gouken.
── Você é? Então deveríamos estar falando sobre a missão, não é? Me digam, porque eu estou aqui, longe de Konoha, a essa hora da madrugada. ── olhou para o rapaz engravatado, esperando por sua reação.
── É engraçado ver você tentando parecer mais importante do que você realmente é. Esse é o mal dos ninjas, principalmente dos Kages. ── ele acendeu um cigarro. ── Você está aqui porque nós decidimos que a reunião seria a essa hora, longe dos olhos do mundo. E você veio, Nathaniel, porque essa é a sua função como shinobi. A minha função e a da Rinka é representarmos os homens e mulheres que realmente exercem algum efeito sobre esse mundo. Eles são a mente, e vocês são a mão de obra. ── disse exalando arrogância, deixando Nate em silêncio, olhando para ele.

Kiara fez uma menção em atacar, mas o elfo fez um sinal com a mão para ela ficar onde estava, colocando um sorriso no rosto de Gouken, que riu novamente. Nathaniel olhou novamente para a mulher que se chamava Rinka, mas daquela vez ela permanecia ao lado do loiro.

── Agora que cada um entendeu a sua posição, vamos a missão. Rinka, poderia por gentileza entregar os arquivos para o nosso operador? ── pediu, olhando para a moça, que calmamente se aproximou do Hokage e lhe entregou uma pasta preta. Ele a abriu devagar e viu fotos de um grupo de pessoas usando uniformes semelhantes, além de chapéu de palha. ── Aparentemente, depois que Kumogakure foi tomada, agora todos acham que podem fazer a mesma coisa. Esse grupo na foto se chama Liga dos Artesãos Unidos, em referência ao nome da vila. O objetivo deles é a independência de Takumi no Sato e a criação de um novo governo. O atual líder deles é Toushirou, filho do criador da organização.
── Esse grupo existe desde o dia em que a vila foi colonizada, mas eles nunca tiveram tanto poder e influência até alguns anos atrás. Hoje eles são organizados militar e politicamente, possuindo membros influentes na oposição do governo do País dos Rios. Muitos não aceitam serem comandados por nós, e encontraram apoiadores entre empresários tanto do país quanto de Konoha, que enxergam vantagens financeiras num novo modelo de governo e podem estar financiando a organização. ── Rinka explicou, enquanto Nathaniel pegava um cigarro do bolso e o acendia, fumando um pouco.
── Está vendo onde queremos chegar? ── Gouken o fitou soltar a fumaça da boca e aspirar pelo nariz. ── Você deve estar pensando nesse momento: deixem eles conquistarem a independência, mas no fundo, sabe que Takumi no Sato e todo o país está destinado a ser colônia de outro. É assim que funciona nesse mundo selvagem, existe os colonizadores e as colônias.
── Sua missão é encontrar os simpatizantes e financiadores desta Liga e descobrir os seus planos e membros. Para essa missão, você terá permissão de prosseguir da forma como achar melhor, podendo eliminar todos os alvos, e somente eles. ── a mulher terminou, enquanto Nathaniel olhava para os dois.
── Pra quem vocês dois trabalham? ── apontou para os dois com o cigarro na mão. ── Vamos esclarecer uma coisa, eu não estou aqui porque estão preocupados com a segurança de Konoha, muito menos com Takumi no Sato. A única razão para eu estar aqui é porque, seja lá quem for essas pessoas, estão interferindo nos lucros dos seus chefes. ── acusou-os imediatamente.
── Fato. Meu chefe é um homem da nobreza do País do Fogo, da confiança do próprio Senhor Feudal. Rinka está aqui representando um empresário e investidor muito poderoso, que gera muitos empregos não só em Konoha, mas em todas as colônias da vila. Aliás, o seu discurso trouxe prejuízo para um dos seus investimentos, então contamos com você para resolver isso também. ── Gouken continuou com o seu discurso dissimulado.
── Meu compromisso é com o povo de Konoha, não com empresas. ── ele deixou bem claro.
── O seu compromisso é com o País do Fogo, e com os seus representantes. Não pense que você agirá da forma como bem entender. Você não é um político, nem um revolucionário, você é um ninja, e como líder de Konoha, você é um senhor da guerra. ── seu tom de voz saiu mais ríspido, gesticulando com a mão direita, com o Grey em silêncio o tempo todo. ── Essa reunião está encerrada. Encontre os traidores e termine com essa Liga. ── ordenou, saindo com Rinka e o seu guarda-costas.

Nathaniel esperou que todos fossem embora, ficando ali parado, guardando todo aquela raiva que sentia naquele momento para si. Ele então saiu por onde tinha entrado, pegando uma lata de lixo de alumínio que tinha ali e jogando-a para longe, gritando de ódio e jogando toda a sua raiva para fora. Sabia que não podia fazer nada contra aquelas pessoas que poderiam destruir Konoha inteira pelo seus atos ou pela ausência deles.

No dia seguinte, após um período de descanso em sua casa, Nathaniel rumou para o Gabinete do Hokage, onde pediu a assistente temporária por informações sobre Takumi no Sato. Queria saber mais um pouco sobre a Liga dos Artesãos Unidos e os seus associados, por isso também analisou a pasta que recebeu da mulher que era conhecida como Rinka, enquanto tomava um gole de whisky. Viu algumas fotos de membros se encontrando em bares do País dos Rios, revelando alguns rostos de políticos da vila.

── Com licença, Hokage-sama, mas acho que tem uma coisa que poderia lhe interessar. ── a assistente retornou. ── Algumas pessoas importantes de Takumi no Sato requisitaram escoltas de ninjas da vila para irem a um evento essa noite. ── revelou, deixando o elfo curioso.
── Evento? E onde será esse evento? ── ele virou-se para a moça, perguntando aquilo.
── Templo da Primavera, Hokage-sama. O senhor também foi convidado. É um evento para arrecadar fundos para um orfanato no País do Fogo. ── ela apontou para o pergaminho em cima da mesa, fazendo com que o elfo o abrisse, revelando o convite com o local e o horário do evento.
── Trajes formais, hm? ── perguntou, olhando para a assistente. ── Por favor, solicite uma carruagem para mim e peça para que eles estejam prontos as 22:30. Parece que eu vou a uma festa. ── pediu para a moça.
── Mas o evento começa as 22:00, Hokage-sama. ── informou a assistente.
── Eu não pretendo ficar lá muito tempo. ── sussurrou.

[...] Quando era 23 horas, uma carruagem luxuosa com o símbolo de Konoha parou no Templo da Primavera, longe de Konoha. Um homem correu para abrir a porta dela, permitindo que Nathaniel Grey saisse lá de dentro, caminhando em direção ao interior do templo. Enquanto passava, podia ver muitos jornalistas do lado de fora, fotografando quem passava pelo tapete vermelho. Na sua frente, os seguranças e mordomos se curvaram diante da autoridade de Konoha, enquanto ele passava e acenando para todos eles.

Assim que entrou, pode ver os vários homens e mulheres que estavam ali em seus ternos e vestidos caros, com os seus colares de ouro e as suas acompanhantes, lhe fitando com olhares de menosprezo, como se uma criatura inferior estivesse diante deles. Alguns deles poderiam lhe reconhecer de outros eventos, onde ele demonstrou total desprezo pela classe que acumulava fortunas. Nathaniel apenas olhou de volta para os que lhe fitavam, continuando a caminhar. Havia furado a bolha da alta sociedade do País do Fogo.

── Você parece nervoso, hm? Dá para sentir a sua agonia daqui. ── Matatabi conversou telepaticamente.
── Faz muito tempo que eu criticava todas essas pessoas, agora eu estou aqui, em um evento com eles. ── conversou com ela através da conexão mental, pegando uma taça de champanhe que uma garçonete trazia em uma bandeja.
── Você está aqu em missão, e é isso o que importa, não é? ── ela tentou convencê-lo a se acalmar.
── Não vai ser isso o que as pessoas vão pensar quando verem a minha cara estampada no jornal de amanhã, acompanhado dessa gente. ── bebeu o champanhe, vendo alguns homens reunidos numa mesa. ── É ele, o Tomoroni, um dos parlamentares de Takumi.

No momento em que percebeu que estava sendo observado, o homem de cabelo cortado e grisalho e barba grande olhou diretamente para o Grey, e os dois ficaram se olhando alguns segundos, enquanto o elfo se aproximava da mesa deles, vendo que os outros ali percebiam a sua presença. Todos ali ficaram em silêncio por alguns segundos, até que um homem barbudo irrompeu o silêncio.

── Sente-se, garoto, e jogue conosco. ── ele mostrou uma cadeira vazia para ele.
── Byakuya, você tem certeza disso? ── perguntou um homem calvo, de óculos.
── Está tudo bem, Soren. Somos todos convidados aqui e o evento hoje será pacífico, não é? ── ele se manifestou, olhando para o elfo.

Nathaniel imediatamente olhou para todos os homens que estavam sentados ali, fumando e bebendo, todos com postura arrogante, olhando o homem de cima a baixo, até que o mesmo resolveu se sentar na cadeira que estava vazia, cruzando os braços e olhando para a mesa e para os que estavam em volta, vendo que os homens estavam jogando algo parecido com poker, apostando as suas fichas e conversando entre si, enquanto ele esperava a sua vez.

── Nos diga, Hokage, por um acaso você sabe jogar Poker? ── o homem chamado Byakuya olhou diretamente para o elfo, referindo ao seu cargo sempre em tom de desprezo, enquanto segurava cinco cartas em sua mão e colocando umas fichas no centro da mês.
── Eu não gosto muito, nem aprendi a jogar. A única coisa que sei jogar é dama. ── comentou, ouvindo o homem chamado Soren segurar o riso, mas ao olhar para os seus olhos, o homem fechou a cara, o fitando com as sobrancelhas inclinadas.
── Esse homem no qual você está encarando é Takahashi Soren, CEO da empresa que você incitou os funcionários a tomarem a fábrica de assalto. ── apresentou-o, então mostrou os outros homens. ── Esse é Tomoroni-sama, um dos conselheiros do Daimyou de Takumi no Sato. Também temos Matsumoto Satoshi, dono de várias terras não só em Konoha, mas em outras colônias, tendo milhares de cabeça de gado e o homem ruivo é Hiroshi, dono da maior mineradora do país. ── exaltou todos os homens ali, enquanto o elfo acendia um cigarro e fumava.

Nathaniel ficou observando eles jogarem e fazendo as suas apostas, sem lhes responder. Eles mostravam as suas cartas, e então Byakuya recolhia as fichas que tinham sido apostadas, o que significava que ele tinha ganhado. Algumas moças logo vinham ficar de pé ao lado deles, cada um com a sua companhia, todas mulheres jovens, bem-vestidas e com diamantes no pescoço ou no pulso, nenhuma delas com perfil de esposa.

── O mercado está agitado com a sua nomeação e com as atitudes que anda tomando, Hokage. Você precisa entender que, como Hokage, deve manter as ideologias somente nos seus discursos. Não vai querer que o mercado reaja negativamente logo no começo do seu mandato. ── o homem chamado Hiroshi disse para o elfo, que olhava para todos os cantos, vendo as pessoas passando de um lado para o outro, além de garçons.
── Eu acho que o mercado está bem calmo essa noite, não é? O mercado se veste muito bem, com roupas com tecidos dos mais raros, as jóias brilhantes… Me digam, senhores, algum dos seus trabalhadores estão presentes nessa festa? ── perguntou, olhando para todos ali.
── Você está aqui, não é? ── o homem chamado Satoshi falou baixinho, mas audível para todos, gerando algumas risadas. O elfo apenas ficou olhando para ele.
── É até uma surpresa que tenha vindo, e acho que está muito elegante nesse terno preto, se me permite dizer. ── Hiroshi comentou.
── É alugado, tenho que devolvê-lo assim que terminar esse evento. Shinobis devem sempre andar uniformizados, não importa o cargo. ── afirmou, fazendo os homens ali rirem mais.
── Você é visto quase como uma criatura exótica aqui, Hokage. Você vem sozinho, num terno alugado simples, sem jóias, sem roupa de marca… Sem uma mulher. ── Hiroshi olhou ao seu redor, mostrando o quão solitário ele estava, fazendo os homens prenderem o riso. ── O que você quer aqui, afinal de contas? ── questionou-o, fazendo todos na mesa olharem para ele.

O Grey pôs os braços na mesa, pigarreando. Ele alcançou o baralho que estava em cima da mesa e começou a embaralhar o monte de cartas, atraindo os olhares de todos os que estavam ao redor, principalmente das moças, colocando-as juntas novamente onde ela estava.

── Jogue comigo e eu conto. ── pediu para o ruivo, que olhou para os colegas na mesa e resolveu entrar no jogo, dividindo o baralho de cartas em dois. Nate então formou um monte novamente, mudando a ordem delas, colocando duas cartas na mesa, 4 de Copas e 10 de Paus. ── Meu irmão costumava jogar isso com os amigos dele. Dizem que isso é jogo de malandro e de bandido, por isso eu nunca joguei. Qual número acha que vou tirar aqui? ── olhou para Hiroshi, que riu e apontou para o 10 de paus. Nathaniel começou a colocar as cartas rapidamente em cima da mesa, até encontrar um 10 de reis, dando o número que o empresário tinha escolhido, gerando muitas risadas. ── Eu estou aqui, senhores, porque estou em missão. ── os sorrisos dos seus rostos desapareceram. ── Nessa madrugada, eu fui informado de que existem pessoas conspirando por trás dos bastidores para a realização de um golpe militar em uma das colônias de Konoha, resultando na ruptura do nosso domínio sobre ela, não visando a independência do povo, mas a tomada desse para o benefício de poucos. Eu estou aqui para encontrar o ou os traidores e levá-los para a justiça, mas para a minha justiça. ── olhou para o ruivo, levantando-se ao pouco. ── Senhores, eu devo deixá-los agora para continuar a minha missão, pois o suspeito não encontra-se aqui. Quando retornarem aos seus lares, mandem minhas lembranças para as suas esposas, e por fim… Digam ao mercado que as coisas irão mudar daqui para frente. ── avisou, se retirando do recinto rapidamente.

Nathaniel passou por todo o salão, sendo ignorado pela maioria das pessoas. Não era dono de grandes terras e não tinha uma fortuna como a deles. Muitos deles poderiam até vê-lo como um herói de guerra, mas para eles, o Hokage era somente um militar, alguém que serve a eles, pelo menos era assim que o Grey pensava. Minutos depois, ele parou em um local onde pudesse observa Tomoroni caminhando para perto de um homem alto e cabelo grisalho, lendo os lábios dos dois nesse instante.

“Precisamos mudar o local da reunião, Meiji. O Hokage está aqui em missão, e segundo o que ele próprio disse sobre ela, ele está nos caçando.”
“Você nos colocou em uma posição comprometedora, Tomoroni. Diga ao seu garoto que não terá o nosso apoio se não demonstrar boa-fé para conosco.”
“As coisas estão mais complicadas do que esperávamos, mas podemos reverter isso. Só precisamos daquele carregamento para realizarmos uma ofensiva.”
“Mantenha a discrição, idiota! Não se esqueça onde está.”
“Me perdoe. Com licença.”

── Um shinobi de fama como você deveria saber manter a discrição e a postura em missão, e não revelar detalhes sobre ela quando em campo. ── Byakuya apareceu de repente ao lado do Grey, segurando uma taça de champanhe. ── Uma operação desse nível requer um alto nível de precisão, e você não está oferecendo isso agora, Hokage. ── avisou, olhando para o mesmo. O homem era apenas uns cinco centímetros mais alto que o elfo.
── Qual dos dois estava representando você na reunião? O idiota piadista ou a secretária? Se fosse apostar, ficaria com a… Rinka. ── viu o rosto dele mudar de feição.
── Ela me conhece bem, e sabe muito bem que eu não admito erros nos serviços que eu contrato. ── afirmou, olhando para frente.
── Nesse momento, eu acabei de descobrir um aliado do Tomoroni. Aquele homem alto, de cabelo grisalho e terno cinza, quem seria? ── apontou para o homem com a cabeça.
── Meiji, de uma família dona de algumas oficinas de armas e equipamentos raros ao redor do mundo. ── respondeu.
── Tomoroni negocia algum carregamento com ele, um tipo de carregamento que pode mudar os rumos da batalha entre a LAU e o governo de Takumi. ── ele revelou, conseguindo surpreender o homem. ── Se você me conhecesse bem, saberia que eu sei muito bem como agir nas sombras, mas também sei como agir na luz. Eu sou um Grey, eu tenho a luz e a escuridão dentro de mim. Outra coisa que deveria saber sobre mim é que eu não gosto de ser controlado, então me deixe fazer o meu trabalho, e terá o resultado que almeja. ── disse baixo, dando alguns passos para se afastar do homem. ── Se encontrar com o seu amigo Hiroshi, diga a ele que eu vim para cá sozinho, mas sairei daqui acompanhado. Mas talvez não possamos dizer isso sobre ele. ── afirmou, pronto para se misturar na multidão novamente.

Algumas horas se passaram, e após um discurso entediante do anfitrião da festa, Nathaniel pode olhar de longe Hiroshi e alguns homens conversando entre eles, e pela leitura labial que fazia, não era nada de muito relevante, a não ser homens tentando inflar os seus próprios egos. Por um momento, viu que o homem chamado de Meiji falava no ouvido de Hiroshi, e o mesmo também lhe respondeu da mesma forma, terminando com um aceno de mãos. Notando aquilo, o elfo ficou desconfiado do que poderia estar por trás daquilo.

Ele então mudou a sua abordagem, identificando a mulher ruiva que estava com o homem que lhe insultava e fazia perguntas afim de desmoralizá-lo. Percebeu que a moça estava do lado de fora, esperando por sua carruagem, então se aproximou dela, percebendo que ela aquecia os braços. Podia não entender de normas sociais, mas aprendia com a mãe um truque simples para agradar as moças.

── Uma dama como você não deveria ir embora sozinha a essa hora da noite. ── disse ao lado dela, tirando o seu terno.
── Uma dama? Você chamou a mim e as outras moças de vagabundas na frente de todos, e agora vem me chamar desse jeito? ── ela disse de maneira ríspida.
── Nem sempre eu consigo me fazer entender, e acabo ofendendo as pessoas, mas dessa vez, parece que eu ofendi as pessoas erradas. ── ele a cobriu com o seu terno, um gesto que ela aceitou, pois estava muito frio.
── Eu não sou uma prostituta, ok? Só uma tola que acreditou nas palavras do homem errado. ── falou num tom de voz que só ele poderia ouvir.
── Quando eu disse aquelas palavras sobre as esposas deles, não estava buscando inferiorizá-las, mas apenas realçar a infidelidade deles. Um homem que mente para alguém com quem dorme todos os dias não pode ser um homem de caráter, não é? ── olhou para a moça, e os seus olhares se cruzaram rapidamente. ── Você não é tola por isso. Você se sente presa a ele, eu entendo, acho… Para onde está indo? ── questionou-a.
── Castelo Takahashi, não fica muito longe daqui. Todos os convidados que moram longe de suas residências estão se hospedando lá. ── avisou, olhando para o elfo.
── Onde está o seu acompanhante?
── Se gabando para os outros ricaços idiotas como ele. ── bufou, vendo a sua carruagem chegando.
── Se eu estivesse com uma mulher com você ao meu lado, sendo minha esposa ou minha namorada, eu não ficaria a noite toda conversando com outros homens. Eu estaria aproveitando essa noite fria junto a ela aquecendo-a, mas não com o meu terno. ── encarou-a mais uma vez, vendo a moça desviar o olhar, até que a carruagem apareceu na sua frente, sendo aberta para ela. Antes dela entrar, a moça caminhou até ele, lhe entregando o terno, falando bem baixinho para ele.
── Quarto 405. Você tem três horas. ── sussurrou, entrando na carruagem e indo embora.
── Eu não acredito que vai atrás de mulher enquanto está investigando os traidores da sua vila. ── a bijuu de duas caudas esbravejou em sua mente.
── Tudo pela missão, Matatabi! Tudo pela missão… ── ele respondeu mentalmente.

[...] Depois de entrar na carruagem, sair daquele local, vestir os seus trajes shinobis e pegar as suas armas, Nathaniel foi em direção ao Castelo Takahashi, que não ficava muito longe dali. O local ficava em uma montanha cercada por uma grande floresta, paisagem característica do País do Fogo. Quando finalmente conseguiu avistar a floresta, ouviu sons estranhos de folhas sendo remexidas, parando em seu caminho imediatamente em um local mais aberto, ainda assim, envolto por árvores. De repente, um grupo de shinobis vestindo roupas e faixas pretas, cobrindo os seus rostos com máscaras do mesmo tecido, cercaram-no.

── Quem enviou vocês aqui? ── questionou-os, mas não obteve nenhuma resposta, somente um deles vindo em sua direção com toda a velocidade com uma adaga na mão.

Nate rapidamente puxou o seu martelo e rebateu o seu ataque, vendo ele pular para trás, dando espaço para o seu companheiro pular para atacar o elfo com um golpe de espada, vindo de cima para baixo, obrigando-o a dar um pulo de dois metros para trás, escapando da morte, mas levando um chute nas costas, cambaleando para frente e tomando cruzado de esquerda de um dos ninjas ali, caindo no chão, tomando um chute na barriga que o fez deslizar no chão por uns cinco metros, até que olhou para cima e viu que um dos shinobis descia com a intenção de pisar em sua cabeça, mas ele se levantou e se afastou rapidamente. Assim que se levantou, Nathaniel e este mesmo adversário usaram as suas armas para atacarem um ao outro, ricocheteando as suas armas. Em um momento ele deu um pulo e deu um chute no peito do homem, o afastando.

Segundos depois, o Grey das Trevas ativou o Byakugan, podendo ver tudo ao seu redor num raio de 359º. Nesse momento, pode ver quantos inimigos tinha ao seu redor, então rapidamente girou o seu martelo e deixou que eles viessem, golpeando a cabeça do que estava mais próximo dele, a sua esquerda, usando de um movimento veloz para chegar perto o suficiente para executar o movimento, girando o corpo e flexionando as pernas, batendo nas pernas do que vinha correndo e o fazendo dar um mortal para trás. Notou que um dos inimigos pulava de árvore em árvore, pulando na sua direção fazendo selos de mão, enquanto um outro se aproximava com uma adaga, então deu um giro no ar e jogou o martelo na sua direção, o acertando em plena queda, ao mesmo tempo em que chutava a cabeça do que estava próximo.

Assim que os seus pés tocaram o chão, ele tirou oito shurikens do bolso e as lançou contra dois ninjas que vinham contra ele, tombando-os. Sacou sua Chakura Tô, empunhando-a com a mão esquerda, usando da sua velocidade para avançar contra três deles, cortando cada um deles em pontos vitais, chegando perto o bastante do martelo, empunhando-o novamente, agora com a mão direita, guardando a lâmina de chakra. Ao ver que um grupo de oito shinobis se formava na sua frente, sem usar armas ou qualquer ferramenta, Nate embainhou o seu martelo, se colocando em posição de combate e fechando as suas mãos, abrindo a esquerda rapidamente, chamando eles pra briga.

Eles vieram em fila, e Nathaniel foi andando em direção a eles, socando a cara do primeiro com um cruzado de esquerda, usando o mesmo braço para dar uma cotovelada na têmpora do segundo. Usou a mão direita para bloquear o soco do inimigo, repetindo a dose com as duas mãos, desviando o rosto em movimentos necessários, acertando um chute na sua costela e o jogando para longe, gingando o corpo e desviando de um cruzado que quase acertava a sua cabeça, esticando o braço direito a acertando o queixo do homem, o deixando atordoado tempo o suficiente para dar um giro no ar, abrindo a perna esquerda e usando o calcanhar para acertar a sua cabeça, o jogando no chão. De repente, viu um braço passando perto do seu rosto, o agarrando e o quebrando rapidamente, segurando no pescoço do inimigo que gritava desesperado e o torcendo. Os outros três assistiram a tudo, temerosos e fugindo quase que imediatamente, deixando um único companheiro desacordado.

── Vamos bater um papo? ── perguntou Nate para o homem.

[...] Duas horas depois, Nathaniel estava sentado na cama cujo quarto pertencia ao empresário Hiroshi, enquanto a sua acompanhante descansava após o encontro deles, encarando as roupas que tinha deixado em cima da poltrona que tinha ali, depois olhando para a fogueira que tinham acendido. Esperava pelo dono do quarto, quando ouviu o som da chave sendo colocada sobre a fechadura, catando a sua lâmina de chakra no estojo de equipamentos em cima da mesa, saindo da cama só de calça, esperando o homem abrir a porta. Antes que o mesmo exclamasse algo após o flagra, Nathaniel colocou a lâmina de chakra em seu pescoço, tapando a sua boca.

── Fala a baixo, tá maluco? ── olhou nos seus olhos. ── Se você não quer que a alta sociedade na qual você pertence saiba que você está mancomunado com golpistas, eu sugiro que saia e me espere do lado de fora. ── intimidou-o não com o Sakki, pois naquele momento, não era necessário, mas com a verdade. Era um ninja com muitas capacidades, e naquele momento ele só era um homem rico.

Contrariado, o homem saiu pela porta, sem acordar a sua acompanhante, até que Nathaniel a fechou para que pudesse se vestir. Em poucos minutos, estava totalmente equipado e vestido, saindo do quarto e se encaminhando com o homem ruivo para o terraço do local, onde poderiam conversar de forma privada.

── Você não sabe com quem mexeu nessa noite, seu desgraçado. Você pode ser um ninja, mas eu tenho muito mais recurso do que pode imaginar. ── falou com firmeza.
── Qualquer coisa que você possa achar que tem contra mim pode desaparecer em questão de segundas. Sua família tem terras e mineradora? Meu clã pode desconstruir a realidade, entre outras coisas. Suas ameaças não me intimidam. ── olhou sério para o homem, que entendeu o recado naquele momento. ── Agora, eu tive que lidar com os soldados do tal Tomoroni. Sim, um dos soldados confessou que eles foram enviados para me matar, para que a investigação não fosse adiante. Mas não foi muito difícil descobrir os nomes daqueles que, de alguma forma, tinham se cruzado pelo meio do caminho. Eu imagino o que o conselheiro de Takumi no Sato envolvido com uma facção subversiva, um dono de uma mineradora e um fabricante de armas possam ter em comum. E você, o que tem a me dizer?
── Eu não tenho que te dizer nada sobre os meus negócios. ── respondeu de maneira ríspida, fazendo o elfo sacar a sua Blue Sword e colocar na direção da garganta do homem, o conduzindo para a borda do terraço.
── Normalmente eu xingaria você ou tomaria mais do seu tempo, mas eu não estou com paciência hoje, então ou você diz o que eu quero saber ou eu faço você cair lá embaixo! ── viu as pernas tremerem de medo.
── Você não faria isso! Você não conhece a minha família! ── ele tentou responder a altura.
── É engraçado como você acha que pode me intimidar com o seu dinheiro, com o seu sobrenome. Eu já acabei com famílias como a sua antes. Você tem alguma ideia de com quem você está falando? ── ele ativou o seu Sakki rapidamente, revelando a imagem da Matatabi nas suas costas, o fazendo soluçar e quase chorar.
── Eu não tive escolha! As ações da empresa cairam nos últimos meses, nossos investidores estavam agitados, e você entra na porra do comando de Konoha. A gente precisava se reerguer, e o dinheiro que ganharíamos investindo nos territórios de Takumi no Sato fariam nossos lucros triplicarem. ── falou entre lágrimas, caindo no chão, até olhar o elfo com raiva. ── ISSO TUDO É CULPA SUA, SEU COMUNISTA DESGRAÇADO! SE CONTINUAR AMEAÇANDO A GENTE ASSIM, VAI ACABAR QUEBRANDO AS EMPRESAS!
── Eu não estou ameaçando vocês, apenas prometendo uma vida melhor para as pessoas. Aparentemente as máscaras estão caindo… ── o encarou, guardando a espada. ── Me conte sobre essa operação de vocês.
── Minha empresa venderia ferro e metais raros para o Meiji, que fabricaria armas de vários tipos, das básicas as mais poderosas, para a Liga dos Artesãos Unidos.
── E com essas armas, eles tomariam Takumi no Sato.
── Claro que não! Mesmo com armas, eles não tem um exército forte o bastante para tomar um vilarejo e mantê-lo por muito tempo, ainda mais contra o País do Fogo. O objetivo deles é primeiro se fortalecer economicamente, conseguindo se manter financeiramente através de várias atividades, e aí sim, com dinheiro e influência o suficiente, obter o poder da vila. ── revelou, um pouco mais calmo.
── Você parece saber demais sobre isso. ── cruzou os braços.
── Pelo que sei, eles receberam conselhos de estrategistas importantes de Konoha, mas eu juro que não sei o nome.
── Tudo bem… Agora você retornará lá para baixo, irá para um outro quarto, e quando for amanhã, irá embora sem dizer um pio, e não fará nada com a Ayumi. Você entendeu? Que bom. ── saiu dali sem dizer absolutamente nada, virando as costas para ele. Voltaria para o quarto de Hiroshi e descansaria, deixando para fazer planos no dia seguinte.

Depois de ter o seu devido descanso e acordar no quarto do inimigo, Nathaniel se despediu da moça com quem passou a noite, lhe prometendo que nada de ruim aconteceria, e então retornou para a sua missão. Sabia que Tomoroni estaria por ali, então espionou todo o seu caminho para fora do castelo e se dirigindo para uma estrada longa, até chegar próximo da fronteira entre o País do Fogo e o País dos Artesãos. Quando ele chegou em um ponto com os seus capangas, alguns homens em cavalos se aproximaram deles, usando roupas cinzas e panos vermelhos, combinando com o chapéu de palha. Somente um deles estava usando chapéu. Em cima de uma árvore, Nate ouvia tudo o que eles conversavam.

── Você está atrasado, Tomoroni. Eu não espero menos do que boas notícias. ── o jovem manteve-se no cavalo, encarando o mais velho.
── Eles se mantém irredutíveis em querer que façam o que foi combinado, em troca de nosso apoio. Eles não sentem confiança em nós, Toushirou-sama. ── revelou o conselheiro, até que um dos membros aproximou-se com o seu cavalo, cochichando algo no ouvido do líder, o fazendo ficar pensativo por alguns segundos.
── O que esses homens pedem é insustentável. Matar o Daimyo do País do Fogo seria colocar um alvo permanente em todos nós. Um Lorde Feudal pode fazer o que quiser, e não será deposto pela população, então querendo ou não, ele sempre terá suporte.
── Eles permanecem irredutíveis nessa questão, e só enviarão ajuda caso façamos isso.
── Um homem em tamanha posição e poder não pode ser morto por qualquer um. Porém… Podemos oferecer algo que eles possam querer tanto quanto isso. Meu soldado sentiu uma presença monstruosa entre nós, escondida… Ali. ── apontou para onde o elfo estava, e antes que ele pudesse escapar, alguém apareceu do lado dele, usando chapéu e máscara.
── Surpresa. ── falou baixinho perto de Nate, fazendo o Hokage saltar da árvore e cair de pé no meio dos dois grupos, ficando cercado por um bando de homens que se preparavam para lutar.
── Ora ora, o grande Hokage. Você veio de tão longe, após construir um grande legado, para morrer aqui, pela mão da Liga dos Artesãos Unidos. Olhando pelo lado bom, sua morte finalmente trará a revolução que esse mundo realmente precisa. ── olhou firme para o Arauto da Fênix. ── Matar um Hokage recém empossado que cada dia mais tem mais inimigos é mais fácil, e mais honrado do que lutar contra alguém que não sabe se defender.
── Eu não estou aqui para morrer para um bando de terroristas. Qualquer coisa que tenham planejado termina aqui, nesse momento, e quaisquer ajuda que acharam que receberiam, está acabado. ── dissertou, se preparando para lutar.
── Nós já temos tudo o precisamos, e em breve, teremos você. ── avisou Toushirou, fazendo um sinal, e cinco ninjas fizeram selos manuais, lançando ataques de Katon, Raiton e Suiton contra o elfo, todos de uma só vez.

Nathaniel deu vários saltos de cinco metros cada um, sempre pulando para os lados para não ficar em linha reta, observando as duas bolas de fogo, os três dragões de água e as cinco esferas elétricas explodindo ao seu redor. Quando parou de pular, pode ver um muro de pedra se formando atrás dele, e um homem correndo em sua direção, buscando lhe acertar com uma versão azulada do Shiden, mas acertando a parede e ficando com o braço preso, arrancando-o bruscamente. Enquanto estava com a guarda aberta, Nate conseguiu girar o corpo e acertar um chute em seu queixo com o pé direito, o jogando longe.

── É só isso que vocês tem nessa porra!? ── perguntou, vendo tanto os Artesãos Unidos quanto os shinobis de vestes pretas se unirem em um só exército, até que dois deles fizeram selos manuais, batendo no chão e cada um invocando um animal gigante, sendo um tigre gigante e uma cobra. ── Eita…

A cobra abriu um grande buraco no solo, fazendo com que a terra ao redor tremesse, enquanto cinco shinobis, três da Liga dos Artesãos e dois mercenários de Tomoroni, vinham em sua direção simultaneamente. Com extrema agilidade e velocidade, o elfo conseguiu bloquear todos os seus golpes, um a um, enquanto os nocauteava com socos e chutes sempre mirando em suas têmporas, queixos ou nariz, jogando-os no chão. De repente, sentiu a terra abaixo dele estremecer, o obrigando a dar um salto para trás, enquanto uma cobra saia de dentro dele com a boca aberta, pronta para abocanhá-lo.

── Porra de cobra do caralho! ── ele ativou o Byakugan, e um segundo depois, uniu as suas duas mãos, fazendo com que o seu corpo fosse coberto por uma camada bordô, com uma fênix surgindo em suas costas. Sua velocidade aumentou exponencialmente, assim como a sua força, e quando a cobra veio em sua direção, ele brandiu o seu martelo, dando um salto e acertando um golpe em sua cabeça, fazendo o seu corpo ser jogado para a sua direita, caindo ferida no chão. ── Matatabi, está pronta? ── questionou-a.
── Achei que nunca fosse perguntar! ── disse em seu consciente, então o elfo fez um único selo de mão com a destra, libertando uma parcela do chakra da bijuu de duas caudas, enquanto oferecia uma parte sua em troca. Uma explosão de chakra acontecia ao redor do seu corpo, criando um manto de chakra azulado. ── Esses caras parecem mais perigosos do que os outros. ── ela apontou.
── É, nem me fale. Pelo menos estou sozinho, então não preciso me conter tanto. ── ele realizou selos com a mão direita, e então sete esferas violetas se formaram ao seu redor, que se uniram e então uma rajada de energia era lançada ao redor, destruindo todo o cenário ao redor e o transformando em terra morta, enquanto os inimigos que estavam a um raio de 30 metros simplesmente desapareciam.

O tigre então veio correndo em sua direção, rodeando o Grey, que mantinha-se atento a tudo o que acontecia. Porém, ele não atacava diretamente, ao invés disso, ele servia de distração para Toushirou, que aprecia na sua frente rapidamente, chutando o seu peito e o fazendo rolar no chão. O tigre então veio correndo buscando lhe abocanhar, mas ainda no chão, Nathaniel fez selos manuais, espalhando cinzas flamejantes ao redor de dez metros, lhe permitindo não somente escapar do seu destino, como também incinerar o animal.

── Impressionante. Então é esse o poder do Arauto da Fênix? ── perguntou Toushirou, ficando a dez metros de Nathaniel, que reaparecia rapidamente. Ele então uniu as suas mãos, e uma explosão de vento aconteceu. Suas veias pareciam saltar no pescoço, enquanto seu corpo enrijecia. ── Parece que eu vou ter que pegar mais pesado. ── ele desapareceu da vista da maioria das pessoas ali, enquanto o Hokage conseguia ver o seu borrão.

Nathaniel moveu-se de forma a não ser pego desprevenido, enquanto podia ver o inimigo sacando sua espada, sendo assim eles batalhavam com as suas armas ao mesmo tempo que corriam, até pularem um contra o outro e batendo as suas armas um no outro, pegando impulso para saltarem para trás. De repente, duas cobras gigantes eram invocadas por dois membros da LAU e desciam violentamente contra Nathaniel, que era obrigado a dar dois saltos para trás, até cair no solo, podendo ver o seu inimigo se movendo na sua direção, pronto para lhe dar o golpe final.

No meio daquele embate feroz, Nathaniel teve menos de um segundo para fazer selos manuais rapidamente, tocando o seu peito com uma ponta de chakra violeta que lhe cobria o corpo inteiro, lhe permitindo a intangibilidade, não sendo cortado pela lâmina do inimigo, que ficou boquiaberto quando este fato ocorreu. O movimento durou apenas alguns segundos, o suficiente também para aumentar a força e a velocidade do elfo, usando toda a sua força para acertar a coluna de Toushirou com o seu martelo, que soltou um berro de dor conforme seus ossos que eram quebrados.

Observando os inimigos se amontoando e vindo na sua direção para eliminá-lo, Nathaniel realizou selos com a mão direita, e então soltou um grande rugido de sua boca, expulsando uma grande quantidade de chakra de sua boca, que se tornava uma onda de pressão tão poderosa que jogava todo mundo que estava na sua frente para longe e destruía toda a paisagem ao redor. O impacto era tão poderoso que matava a maioria dos inimigos imediatamente, enquanto outros ficavam tão feridos que a morte era inevitável. Nem mesmo Tomoroni escapava da morte inevitável.

Com aquele golpe poderoso, Nathaniel havia eliminado a Liga dos Artesãos Unidos, ou uma boa parte deles, assim como o seu intermediador. Enquanto observava a destruição do ambiente ao redor, retornando a forma normal, Nathaniel pode ouvir as risadas de Toushirou, caído no chão, sem se mover dali, mesmo diante do inimigo que estava distraído. Se o Grey pudesse adivinhar, ele havia perdido o movimento do seu corpo após o seu golpe. O Hokage caminhou na direção do homem, vendo o rapaz rendido abaixo dele.

── Do que você está rindo? Seu exército foi derrotado, o seu colaborador está morto, e você não sai daí. ── apontou o seu fim.
── A morte é o destino inevitável de todos nós, mas pelo menos não terei que viver para uma causa tão lamentável. Já você, por outro lado, viverá a vida toda cercado de inimigos, cada vez mais paranóico, até ser engolido por todos eles. Você não tem ideia, não é? Muitas pessoas poderosas não enxergam você sentado na cadeira de Hokage.
── Aí que você se engana. Eu sei muito bem disso… Mas no fim, eles terão que aceitar isso, ou então serão eliminados. ── avisou, olhando ao seu redor, percebendo que teria que reportar isso para o seu contratante.

[...] Depois de finalizar a missão com muita dificuldade, Nathaniel acabou por receber uma convocação para uma reunião no mesmo local onde havia se reunido para recebê-la. Lá, encontrou Gouken e Rinka, além do ninja que fazia a sua escolta, ambos com a postura analítica com a sua chegada iminente, enquanto tratavam de receber Nathaniel e Kiara muito bem, com sorrisos em seus rostos. Já o Grey não estava nenhum pouco feliz de estar na presença deles novamente, parando a um metro de distância com um pergaminho na mão.

── Nosso Senhor da Guerra conseguiu! ── celebrou Gouken, esticando os braços.
── Gouken, pare já com isso. ── Rinka o fitou sério.
── Ah, qual é, eu só estava brincando. Ou o nosso Hokage é do tipo politicamente correto? ── perguntou rindo.
── Acho que devemos considerar que estamos em um ambiente sério, e nos atermos ao assunto que viemos tratar aqui. ── ele entregou o pergaminho para Rinka, informando sobre alguns detalhes da missão. ── A Liga dos Artesãos Unidos foram eliminados, e o seu intermediador, tal como o seu líder, estão mortos. Nesse pergaminho também informam quem são os dois homens que estavam conspirando junto com ele. Espero que eles sejam presos imediatamente.
── Você matou o Tomoroni!? ── Gouken perguntou em tom de perplexidade. ── Como pode atacar um membro do conselho de Takumi no Sato?
── Eu não o ataquei diretamente, ele só estava no caminho dos homens que vocês pediram para eu matar. ── ele acendeu um cigarro enquanto explicava, observando Rinka lendo o relatório. ── Quando Meiji e Hiroshi serão presos? Por mim, eles seriam mortos hoje mesmo.
── Não é tão simples assim como imagina. ── Rinka disse de olho no pergaminho.
── Hiroshi confessou para mim, e eu tenho evidências do tal Meiji conversando com o Tomoroni. Isso tudo conta como evidências, não é? Qualquer interrogador que vasculhar minha mente vai encontrar as respostas necessárias. ── respondeu imediatamente. ─ Por isso eu pergunto novamente: quando Meiji e Hiroshi serão presos?
── Não se preocupe quanto a isso. Você já cumpriu com a sua parte. Nós assumiremos daqui. ── Gouken bateu duas vezes no ombro do elfo, que olhou para ele.
── Eles serão investigados, e se a denúncia for autorizada, eles serão interrogados e a sentença será dada em breve. Talvez você seja chamado para depor, mas não será tão breve assim. ── Rinka avisou, enrolando o pergaminho. O silêncio tornava-se soberano no local, enquanto Nate olhava para os dois.
── Eu matei muitos homens nesses dias, sendo mercenários ou revolucionários, eram homens que tinham famílias para sustentar. Eles eram os agentes da revolução, mas não eram os seus mentores, nem os articuladores. Vocês mandam matar aqueles que executam as ordens, mas não aqueles que ordenam. Isso é ruim. ── ele jogou o cigarro no chão, apagando com o pé.
── Essa é a ordem natural das coisas, a lei da selva! ── o homem loiro disse como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo.
── Então alguma coisa tem que mudar, não é? ── olhou nos olhos dos dois, virando as costas e saindo sem dar qualquer justificativa. ── Diga aos seus empregadores que eu não sou nenhum lacaio deles, e que se eles não julgarem devidamente esses homens, eu o farei. Reunião encerrada. ── avisou, se retirando junto com Kiara do templo.