O sucesso em seus últimos treinos, o crescimento experimentado em um intervalo tão curto de tempo. Tudo agradava a Hakuryuu. Principalmente porque sabia que não seria mais tão indefeso diante de ameaças como as que Soramaru representara há um tempo. Entretanto, tudo isso parecia estar em um campo um tanto… Prático demais. Ainda havia outros aspectos nos quais Hakuryuu se sentia, de certa forma, pouco estimulado. E este campo era o intelectual. Não tinha ideia de como podia continuar progredindo com seus conhecimentos de ninjutsu. Tinha alcançado um bom nível de poder, mas não sabia como aplicá-lo. Não era tão criativo ou experiente quanto os demais ninjas nos quais se espelhava.

Sem ideia do que fazer para sanar essa necessidade, Hakuryuu decidiu fazer a única coisa que lhe restava: pesquisar.

Após semanas de pesquisa na biblioteca da vila, por acaso acabou encontrando um certo relato que chamou muito sua atenção. Na realidade, era bastante óbvio se Hakuryuu parasse para pensar. Era uma profissão bem conhecida e muito abordada nas ficções. O próximo ex-kazekage era um desses. Só que Haku nunca tinha parado para se imaginar fazendo aquele tipo de tarefa. Mas, vendo agora, batia realmente com a esmagadora parte de seus gostos: analisar problemas, desvendar mistérios e descobrir coisas novas.

Palavras: 210

Legenda:
Falas: — Texto — descrições. | Pensamentos: "Texto" — descrições.

Resumo:

Observações [7]:

Jutsus:

Equipamentos:

Aparência:

Particularidades e Regras:

Analisar, desvendar e, no fim, descobrir. Tudo isso era algo que um investigador fazia, e recorrentemente.

Sendo assim, Hakuryuu partiu imediatamente para o prédio da polícia. Claro, não antes de organizar todos os livros que havia caoticamente espalhado por aquela mesa no canto da biblioteca.

A organização demorou um tanto e a caminhada — também por conta da busca — até o Departamento de Polícia, outro. No entanto, já até mesmo se preparando para os desafios do cargo, acabou sendo um exercício interessante descobrir onde a tal sede ficava. Afinal, a localização do departamento não era nada tão amplamente divulgado quanto as delegacias. Muito menos ainda o local do Departamento de Inteligência — o alvo-mor de Kin. A resposta, na realidade, estava bem na cara. Sendo Tokubetsu Jounin, não precisou de muito para que os atendentes da delegacia o indicassem onde ficava a sede da polícia. Já quanto ao Departamento de Inteligência, não fez perguntas. Imaginava que era algo secreto até mesmo para shinobis e, se fosse bem no departamento, um encaminhamento para o departamento a pedido seu não deveria ser difícil. Bom, deveria ser uma questão de escolha de carreira, não é?

Por muita sorte, a chefe de polícia estava por lá. Por outro lado, Haku logo percebeu que ela não estava em um dos seus dias mais crédulos.

Palavras: 217

Legenda:
Falas: — Texto — descrições. | Pensamentos: "Texto" — descrições.

Resumo:

Observações [7]:

Jutsus:

Equipamentos:

Aparência:

Particularidades e Regras:

Ele demorou a ser convencido de que Kinsetsu queria aquilo seriamente. No entanto, havia um certo caso — há um bom tempo sem resolução, diga-se de passagem — em que um usuário de ninjutsu talvez pudesse calhar, tipo de pessoa que não era tão comum na força policial.

Sendo assim, em alguns poucos minutos, Hakuryuu se viu do lado de fora, com o olhar fixado em um pergaminho e a memória sem explicação alguma.

Aquilo definitivamente devia ser um teste. E seu primeiro passo era um tanto óbvio: consultar o pergaminho.

Pergaminho-dossiê escreveu:Crianças de Sunagakure vem desaparecendo sem deixar rastros. A única pista é um relato sobre a lenda de uma caverna proibida nos arredores da vila na qual nenhum adulto ousava entrar

Abaixo da descrição também havia uma lista com nomes e endereços dos pais das crianças envolvidas no caso. O próximo passo também era óbvio.

Boa parte das visitas não renderam muitos frutos. Não era a maioria que achava a lenda uma possibilidade relevante o suficiente para se lembrar dela. Porém, bastou que um avô lembrasse da localização do lugar para que Hakuryuu cumprisse a próxima condição para resolução daquele problema.

Na frente da caverna, Hakuryuu começou a observar cuidadosamente os detalhes.

Palavras: 201

Legenda:
Falas: — Texto — descrições. | Pensamentos: "Texto" — descrições.

Resumo:

Observações [7]:

Jutsus:

Equipamentos:

Aparência:

Particularidades e Regras:

Naturalmente, não encontrou nada que fosse óbvio como pegadas. Algo do tipo teria facilmente sido notado por pais ou policiais que tivessem investigado o local. Hakuryuu, se quisesse se tornar um grande investigador — e não qualquer tipo de investigador civil, mas um investigador shinobi, com outras perícias especiais — tinha que aprender a ver além do senso comum.

Claro, a ideia de que talvez alguma outra criança acabasse desaparecendo e aparecesse por ali, sendo transportada pelo que quer que fosse, passou por sua cabeça. Porém, não durou muito. Esse era um luxo ao qual não poderia se dar. Ainda que não considerasse os problemas éticos de usar alguém como isca, quanto mais tempo demorasse, menores as chances das outras crianças. Sendo assim, sua investigação tinha que ser mais profunda.

Sendo assim, tentou se aproximar da caverna. Entretanto, uma estranhíssima aversão o impediu de fazê-lo. Haku havia entendido na pele o porquê dos adultos não ousarem entrar naquele lugar. Porém, diferente de um civil, sabia que um local causar aquele tipo estranho de sensação não era nada de origem fantástica ou mítica. Tinha que haver algum jutsu envolvido. Por isso, olhou mais atentamente para a entrada, até que encontrou uma série de fórmulas gravadas na própria pedra.

Era algum tipo de fuuinjutsu especial, um tanto incompreensível, mas que definitivamente selava a entrada da caverna para indivíduos acima de certa idade. A aversão não passava de um sintoma causado pela técnica, similar ao mal-estar provocado em Karma para manter sua boca calada.

Alguém colocara aquilo ali. E, pior, poderia estar observando. Por isso, deixou imediatamente o local.

Longe da caverna, aplicou um Fuuinjutsu: Kai em si e utilizou um henge, transformando-se em criança. O selo não tivera tempo de agir em seu corpo, já que recuou antes que o sentimento de aversão se instaurasse. Portanto, ao que se aproximasse com um Kai, a técnica seria anulada ao que tentasse completar seu efeito e Haku poderia passar. Entretanto, isso não eliminava o problema de estar possivelmente vigiado. Para isso, a falcatrua envolvendo o henge deveria bastar. Este era justamente o tipo que alvo que o dono do fuuin mirava, afinal.

Conforme o esperado, o kai rapidamente entrou em ação logo que cruzou entrada da caverna. Sua estratégia foi certeira, porém, conforme adentrava o corredor escuro, outras sensações estranhas tomavam o seu corpo.

Sentia uma profunda curiosidade de ir adiante. Algo absurdamente inconsequente. No entanto, Haku não era burro. Sabia que aquilo era algo que não lhe pertencia. Talvez fosse muito eficaz com crianças, que pouco conheciam do mundo e adoravam explorá-lo. Shinobi como era, não era ingênuo naquele ponto, por mais que curiosidade fosse um dos seus motores mais potentes. Como bem sabia, precisava estar vivo se quisesse continuar aprendendo. E disso, jamais abdicaria.

Sem selos, efetuou um Genjutsu: Kai. No entanto, porque deveria estar sendo vigiado, visou fazê-lo sem parar de andar. E, ao que obteve sucesso, continuou comportando-se como um zumbi escravizado.

Palavras: 490

Legenda:
Falas: — Texto — descrições. | Pensamentos: "Texto" — descrições.

Resumo:

Observações [7]:

Jutsus:

Equipamentos:

Aparência:

Particularidades e Regras:

Ao fim de longos minutos de caminhada, um grande salão se revelou. Nele, parte da explicação também se fez presente. Unidos em um enorme selo, havia uma série de corpos de baixa estatura enrolados em panos cobertos de fórmulas. Todos estavam alinhados em duas longas filas. Os números batiam com a quantidade de crianças desaparecidas.

Porém, ao que Hakuryuu fez menção de mudar o trajeto para auxiliar as vítimas, o dono das armadilhas percebeu as maquinações do tokujou.

Ao fim de ambas as filas, mais fundo na sala, uma grande sede de sangue emanou de um antiquíssimo altar.

— Você não tem a permissão de entrar! Adulto impuro! — uma voz fantasmagórica ecoou por todo o salão.

Paralisado pelo medo, o henge imediatamente se desfez.

Agora que não era mais benquisto ali, as técnicas já não buscavam atraí-lo, mas sim destruí-lo. Luzes começaram a surgir do altar, como se algum ataque estivesse sendo concentrado. Entretanto, Hakuryuu momentaneamente se viu absolutamente confuso — e, consequentemente, incapaz de quebrar o medo do desconhecido. Não estava entendendo nada do que acontecia ali. Coisas místicas desse tipo não deveriam ser reais.

Entretanto, no último segundo, um clique aconteceu em seu cérebro. Lembrou-se do mesmo tipo de raciocínio que tinha o feito perceber o motivo do terror sentido ao tentar entrar na caverna. Aquilo tinha que ter uma explicação contida em algum tipo de jutsu!

De volta ao controle de seu corpo por puro esforço físico, Hakuryuu convocou o pó de ouro do ambiente e ergueu Escudo de Pó de Ouro, moldando-o para que se dobrasse adiante de seu corpo e protegesse toda sua fronte. A rajada de chakra concentrado do inimigo era feroz. Porém, em nada se comparava com aquelas de Soramaru.

Ao cair da barreira, um homem translúcido emergiu do altar, pairando no ar de forma absolutamente fantasmagórica.

— Maldito! Você não irá impedir o meu retorno e o renascer de meu clã! — o fantasma bradou, novamente carregando um ataque.

Sem pensar, Hakuryuu arremessou um Martelo Gigante contra o espírito. No entanto, por conta de seu corpo imaterial, em nada isso adiantou. O paralelepípedo de ouro simplesmente atravessou seu corpo enquanto a alma penada ria.

Dessa vez, ele estava concentrando um ataque muito mais poderoso que o anterior. E, aproveitando-se do fato que a sakin de Hakuryuu era inofensiva contra seu corpo, ele debochadamente se deu ao luxo de gastar muito mais tempo acumulando ainda mais energia na esfera aberrante de chakra.

Haku novamente se viu sem explicações. Porém, vacinado contra esse tipo de desesperança, ele prontamente vasculhou sua memória.

Ao que se lembrou da técnica que vira anos atrás, o Edo Tensei, finalmente tudo pareceu fazer sentido. Da mesma forma que Orochimaru havia prendido as almas de antigos heróis em corpos falsos para abusar de seus poderes, no passado aquele sujeito deveria ter selado seu espírito no altar, na esperança de um dia ressuscitar. E bem, se havia alguém cheio de energia vital para sugar, esse alguém seriam as crianças. Então, aproveitando-se do momento de arrogância inimiga, Hakuryuu disparou na direção do altar, procurando a mesma fraqueza que conhecia do Edo Tensei: um núcleo que, ao ser destruído, anulava a técnica.

O fantasma, claro, imediatamente se desesperou a perceber o que Kin tentava fazer. Então, precocemente lançou sua rajada de Chakra. Esperando por aquilo, sem quaisquer selos, Hakuryuu ergueu mais 2 Escudos de Pó de Ouro. Cada um surgido em uma das duas diagonais traseiras em eu corpo, ele moldou para que novamente ambos os escudos protegessem a sua fronte com uma parede de dupla camada. O ataque era mais forte, afinal.

No entanto, o inimigo havia desferido o ataque tarde demais. Àquela altura, Haku já havia contornado o altar e encontrado a convergência de todas as fórmulas: o núcleo da técnica daquela alma penada.

O cair da ponta da Lança Gigante contra a estrutura de pedra foi inevitável.

— Como!? Como um tolo conseguiu quebrar minha técnica de imortalidade!? — o espirito persistiu, ecoando seus gritos incrédulos por um bom tempo.

No entanto, seu corpo astral eventualmente fora puxado à força para fora dali.

— Elementar, meu caro senhor fantasma… — sorrindo de canto, Kinsetsu assistiu ao morto tolo desaparecer com o corpo astral brilhando.

Remanescendo apenas o selo das crianças, Hakuryuu seguiu as fórmulas que envolviam as bandagens que mumificavam os pequenos e, eventualmente, encontrou uma tarja vermelha onde todo o selo convergia.

Puxando mais um pouco da areia de seu reservatório, criou um fio de areia de ouro comprimida, adornado por esferas de ouro comprimida de forma periódica e regular. Não tinha um rosário para aquela técnica. Porém, não custava tentar. Ouro, afinal, era um dos materiais possíveis para fazer correntes e adornos daquele tipo. Ainda mais considerando a conotação especial do material. O valor monetário investido, afinal, desde que não fosse razão de obsessão terrena, ainda poderia significar respeito ao espiritual.

Levando o rosário de ouro em contato à tarja vermelha no centro de tudo, Hakuryuu ativou seu Sealing Release Technique. Entoando os cantos e efetuando os movimentos de mãos conforme os ritos da técnica, gradativamente Kinsetsu viu o selo se desfazer.

Logo, todos os pequeninos estavam despertos e, apesar de assustados, concordaram em seguir Haku ao que mostrou sua bandana de suna.

Entregues no Departamento de Polícia, Kin não estaria sendo exagerado se dissesse que a chefe de polícia parecia bem satisfeita diante de todos aqueles encontros de pais e filhos.

Com o sucesso da missão, claro, Hakuryuu Kinsetsu fora integrado ao quadro de investigadores do Departamento de Inteligência. Exatamente como havia pedido à mulher após o sucesso inesperado.

Voltou para casa satisfeito e bastante ansioso para o que os próximos dias lhe guardavam.

Palavras: 939

Legenda:
Falas: — Texto — descrições. | Pensamentos: "Texto" — descrições.

Resumo:

Observações [7]:

Jutsus:

Equipamentos:

Aparência:

Particularidades e Regras: