Uma noticia começava a se espalhar rapido, na fabrica de ferramentas ninjas um acidente ocorrera, e a filha do fundador da empresa tinha sua perna triturada em uma maquina de triturar metais, a vila inteira comentava sobre o caso, fato que iria marcar a vida da pequena de 7 anos para o resto de sua vida.
Violet lentamente começava a acordar da anestesia, seus olhos sonolentos se abriam e piscavam com dificuldade enquanto sua mente recobrava a consiencia, ela ouvia apitos e ao olhar para o lado ela vê um aparelho que media seus batimentos cardiacos, ela não lembrava de nada do que aconteceu, era como se sua mente tivesse apagado o que aconteceu, o susto, a dor ela não lembrava de ter sentido nada, então ela da um pulo e senta na cama, e pra sua supresa sua perna esquerda não reagia ao movimento, ao olhar um espaço vazio ocupava onde estava sua perna e ao tirar o lençol da cama ela seu coração acelera e seu rosto se enche de lagrimas, sua perna havia sido amputada, ela respira ofegante e solta um grito estridente, que se podia ouvir pelos corredores do hospital.
Nisso entram ninjas medicas correndo, diziam para ela se acalmar, mas eram pessoas estranhas, cade seu pai, sua mãe, ela não conhecia ninguem, ela começa a se debater e gritar, por seu pai e mãe, e depois de algum tempo sua mãe entra correndo e vai em direção a Violet, que pula nos braços de sua mãe que lhe abraça de volta forte emocionada.
-Pequena Vi, se acalma ta, mamãe ta aqui.
-Cade o papai. Violet questiona baixinho. Sua mãe então sai do abraço, se afasta e segura o rosto de Violet, olhando a pequena menina no fundo dos olhos.
-Vi, você é uma menina muito forta ta? Você vai aguentar tudo isso, eu vou estar sempre aqui com você está bem?
Violet sem entender sentia um aperto no coração, e via uma lagrima rolar do rosto de sua mãe.
-Vi, seu pai... ele... ele não pode vim agora ta,descança, dorme um pouquinho que a mamãe vai te contar tudo mais tarde.
Então sua mãe a ajeitava na cama, a cobrindo e uma das medica aproxima uma seringa de seu braço, e sua mãe se afastava e saia do quarto onde ela abraçava um amigo do pai de Violet, e ela só ouve que sua mãe diz.
-Eu não consegui contar pra ela, não ainda...
Então tudo escurece e Violet cai em um sono profundo.
Algumas horas se passam, e Violet acorda, agora sua mãe estava do seu lado segurando sua mão.
-Ola pequena, mais calma?
Ela dizia enquanto acariciava o rosto de Violet e ajeitava seu cabalo atrás da orelha, e Vi apenas acentia com a cabeça.
-Onde está o papai?
Sua mãe então pega as dua mãos de Vi e aperta forte.
-Vi, aconteceu uma coisa com o seu pai, eu não sei como te falar isso, mas ele ficou muito triste com o que aconteceu contigo, e ele se culpou tanto que ele não aguentou.
Violet não entendeu muito bem o que sua mãe quis dizer, o pai dela não tinha culpa de nada, ela fica paralizada olhando fixamente para o nada tentanto absorver tudo...
Alguns dias se passam e Violet recebe alta do hospital para ir para casa, eles colocam ela em uma cadeira de rodas e sua mãe a empura saindo do hospital, na saida do hospital muitos passavam por ela e a comprimentavam e lhe desejavam tudo de bom e melhoras, Violet se sentia mal, mas olhava sua mãe e via que ela sorria e comprimentava a todos, mas Violet iria demorar um pouco pra voltar a sorrir.
Violet e sua mãe chegavam em casa e sua mãe a levava para o seu quarto, e durante alguns dias Violet ficava ali sentada, sem esboçar muita reação, sua mãe tentava lhe animar mas ela não conseguia ainda, mas agora Violet não chorava mais, um certo dia um dos socios da empresa de seu pai veio e conversou com sua mãe por horas, naquela noite durante o jantar sua mãe conversou com ela, depois umas pessoas vieram e começaram a tirar medidas de Violet, a garota deixou sem entender nada.
-Hoje um dos socios da empresa vieram conversar comigo e fizeram uma proposta eles vão vender a empresa, ela não está muito bem, e fiz as contas e o dinheiro que a gente ganharia seria bem alto, nos poderiamos ter uma vida boa por um bom tempo, e eles disseram que vão bancar os gastos para voce voltar a ter uma vida normal, por isso eles estavam tirando suas medidas, eles vão fazer uma protese para você, isso não é legal? Você vai poder voltar a andar.
Violet nao pensara sobre isso, apenas asentia com a cabeça, a falta do seu pai era tanta que ela nem se importava com a sua condição. Se passara uma semanas, Violet e sua mãe haviam se mudado, para uma casa menor e mais adaptada para Violet, a menina olhava pela janela quando algumas pessoas chegavam e traziam consigo uma maleta, sua mãe a colocava no meio da sala e aquelas pessoas a rodeavam e mediam, e lhes davam instruções de como proceder, e retiravam da maleta uma perna mecanica, eles colocavam em Violet, e pediam para ela se apoiar e tentar ficar de pé.... Violet ficava de pé porém não conseguia se manter sozinha, tinha que se apoiar em alguem, então uma das ninjas medicas lhe entregava um andador, onde ela se apoiava.
-Agora tente dar um passo.
A mulher dizia, e violet com muita dificuldade da um passo, a protese era pesada, e pouco flexivel, nem se comparava a uma perna de verdade, eles ficavam ali por um tempo fazendo exercicios e varios testes, faziam anotações e conversavam entre si sobre o que podiam melhorar.
-Bom como Violet está em fase de crescimento, a protese terá que ser trocada esporadicamente então a cada troca vamos fazendo melhorias e ajustes, até que que quando ela for adulta, podemos pensar em algo mais avançado para a pequena, você pode ficar tranquila, vamos fazer de tudo para que você tenha uma vida normal, e fazer tudo que quiser até mesmo se tornar uma ninja. A medica falava enquanto sorria para Violet.
Aquelas pessoas iam embora, e naquele dia ao deitar em sua cama, algo ficava em sua mente... "uma Ninja", então ela se ajeitava na cama fechava seus olhos, e um leve sorriso se formava ao sonhar com aquilo.  

Leia as considerações:

Violet enfrentou a perda do pai em meio a uma tempestade de emoções e desafios. A morte súbita e inesperada do pai deixou um vazio profundo em seu coração, um vazio que parecia insuperável. Nos dias que se seguiram ao trágico acontecimento, ela se viu envolta em um turbilhão de dor e confusão, lutando para compreender a realidade que agora se desenrolava diante dela.
A ausência do pai era como uma sombra constante, uma presença palpável que ecoava em cada canto da casa e em cada pensamento de Violet. Ela se sentia perdida, desamparada, sem o suporte emocional que seu pai sempre lhe oferecera. Cada lembrança, cada objeto que remetia à sua presença, tornava a dor ainda mais aguda, como se um pedaço de sua própria identidade tivesse sido arrancado brutalmente.
Sua mãe, enfrentando sua própria dor e tentando ser forte para Violet, buscou consolo na família e em amigos próximos
Ela tentou, com todo o amor e cuidado, preencher o vazio deixado pelo pai, mas nada poderia substituir a figura paterna que Violet tanto amava e admirava.
Nos momentos de solidão, quando a noite caía e os pensamentos se tornavam mais sombrios, Violet se permitia mergulhar nas lembranças de seu pai. Ela recordava os momentos felizes que compartilharam, as histórias contadas ao pé do ouvido, os sorrisos cúmplices que trocavam. Cada lembrança era como um raio de luz em meio à escuridão, uma lembrança do amor incondicional que seu pai lhe dedicava.
No entanto, o luto não se dissipava facilmente. Violet enfrentava uma batalha interna, lutando para encontrar um sentido na perda, uma razão para continuar seguindo em frente. Ela se questionava sobre o porquê da tragédia, sobre as injustiças da vida, mas as respostas pareciam escapar-lhe como areia entre os dedos.
A garota tão jovem tinha que tentar descobrir respostas que nem mesmo os adultos tinham. Então em um dia ela estava passando na frente da academia ninja com sua mãe, e parou repentinamente na frente e viu a cerimonia de formação de ninjas, onde os alunos da academia ganhavam suas bandanas e se tornavam genins, aquelas crianças pareciam tão felizes, sua mãe então da alguns passos e percebe que Violet havia parado e encarava a academia, ela volta e diz.
-Seu pai queria ser um ninja quando tinha sua idade. Violet olhava para sua mãe.
-E por que ele não tentou virar um?
Sua mãe então se abaixava e acariciava seu rosto, seu pai era o primogenito da familia, tinha que assumir os negocios da familia era o dever dele, mas ele sempre sentiu por não ter seguido o seu sonho, não quero que aconteça o mesmo com você Vi, você vai fazer o que você quiser fazer, seu pai te deixou dinheiro o suficiente para que todos os seus sonhos se tornem realidade, pense nisso ta bom.
Então sua mãe a pega pela sua mão e as duas retornam para casa.
Naquela noite sua mãe fez sua comida favorita, lagosta. Sua mãe era uma otima cozinheira, e Violet ficara muito satisfeita com a comida, depois daquilo, Violet vai para seu quarto e deitada na cama ela começa a pensar...
'Seu pai não pode realizar o seu sonho de se tornar um ninja, fazer missões, conhecer pessoas novas, ajudar as pessoas, será que posso me tornar uma kunoichi, com sua deficiencia, então ela lembrava da medica que colocou sua protese na perna esquerda, que dissera que ela poderia se tornar até mesmo uma ninja, então ela decide, que amanhã decidiria o rumo que tomaria de sua vida ela era apenas uma criança, mas precisava de respostas, ela iria atrás daquela medica" .
Na manhã seguinte, Violet acordou com um novo senso de determinação. A conversa com sua mãe na noite anterior ecoava em sua mente, reafirmando sua decisão de buscar seus próprios sonhos, independentemente das limitações que pudesse enfrentar.
Com um misto de ansiedade e esperança, Violet se preparou para o dia que prometia ser marcante. Ela sabia que a jornada rumo à realização de seu desejo seria repleta de desafios, mas a imagem de seu pai, o brilho de seus olhos ao falar sobre sua paixão pelo mundo ninja, impulsionava-a a seguir em frente.
Determinada, Violet partiu em busca da médica que lhe havia proporcionado uma nova perspectiva de vida ao implantar sua prótese na perna esquerda. Enquanto caminhava pelas ruas conhecidas de sua cidade, ela sentia uma mistura de nervosismo e excitação borbulhando dentro de si.
Finalmente, após algumas horas de busca, Violet encontrou a clínica onde a médica trabalhava. Com passos firmes, ela adentrou o prédio, determinada a iniciar sua jornada rumo ao desconhecido.
Ao ser recebida pela médica, Violet sentiu uma onda de calor e conforto. A doutora sorriu gentilmente para ela, reconhecendo-a da última vez em que se encontraram.
-Violet, que prazer vê-la novamente! Como tem passado? A médica perguntou, seu tom carregado de empatia.
Violet respirou fundo, reunindo coragem para expressar seus pensamentos mais profundos. Com determinação e uma pitada de vulnerabilidade, ela compartilhou sua aspiração de se tornar uma kunoichi, uma ninja, apesar de sua deficiência.
A médica ouviu atentamente, seus olhos transmitindo uma mistura de admiração e encorajamento. Ela explicou a Violet que, embora o caminho possa ser desafiador, não era impossível. Ela destacou a importância da determinação, da resiliência e do treinamento adequado.
Com o coração pulsando de emoção, Violet absorveu cada palavra da médica. Ela sentiu-se revigorada, alimentada pela possibilidade de transformar seus sonhos em realidade.
Ao despedir-se da médica, Violet saiu da clínica com um novo senso de propósito. Ela estava pronta para enfrentar os desafios que viriam pela frente, confiante de que, com trabalho árduo e perseverança, ela poderia superar qualquer obstáculo em seu caminho.
O sol brilhava forte no céu, iluminando o caminho de Violet com uma luz radiante. Ela sabia que a jornada seria longa e difícil, mas estava determinada a seguir adiante, honrando a memória de seu pai e buscando o que verdadeiramente a fazia feliz.
Após sair da clínica, Violet estava repleta de determinação para seguir seu sonho de se tornar uma kunoichi. Ela sabia que a próxima etapa seria comunicar sua decisão à sua mãe, uma conversa que poderia despertar uma mistura de emoções.
Ao chegar em casa, Violet encontrou sua mãe na cozinha, preparando o jantar. O aroma de especiarias e ervas encheu o ar, criando uma atmosfera acolhedora e reconfortante. Ela se aproximou lentamente, sentindo um nó se formar em sua garganta enquanto tentava reunir coragem para compartilhar sua decisão.
-Mãe, começou Violet, sua voz tremendo ligeiramente com a emoção contida, preciso te contar algo importante.
Sua mãe virou-se para ela, os olhos expressando curiosidade e ternura. "Claro, querida. O que está acontecendo?"
Violet respirou fundo, sentindo o peso de suas palavras. Com sinceridade e determinação, ela explicou à sua mãe sua intenção de se matricular na academia ninja e seguir o caminho que sempre sonhara.
-Eu sei que pode parecer loucura, mas desde que vi aquelas crianças se formando na academia hoje de manhã, algo dentro de mim mudou. Eu quero honrar o desejo do papai, seguir meus próprios sonhos. Eu quero me tornar uma kunoichi, mamãe. É isso que eu quero mais do que qualquer outra coisa, confessou Violet, os olhos brilhando com determinação.
O silêncio pairou sobre a cozinha por um momento, enquanto as palavras de Violet ecoavam no ar. Sua mãe olhou para ela com uma mistura de surpresa e admiração, processando a revelação de sua filha.
Depois de um instante, um sorriso gentil se formou nos lábios de sua mãe. Ela se aproximou de Violet e a abraçou ternamente, envolvendo-a em um calor reconfortante.
-Querida, eu sempre quis que você seguisse seus próprios sonhos, mesmo que isso signifique seguir por caminhos diferentes dos que eu imaginei para você. Se é isso que você realmente deseja, então estarei ao seu lado, apoiando você em cada passo do caminho, disse sua mãe, sua voz carregada de amor e orgulho.
As lágrimas de gratidão e alívio brilharam nos olhos de Violet enquanto ela abraçava sua mãe com força, sentindo-se amada e apoiada em sua jornada.
Com a bênção de sua mãe e o coração cheio de determinação, Violet sabia que estava pronta para enfrentar os desafios que a aguardavam na academia ninja. Juntas, mãe e filha enfrentariam o desconhecido, unidas pelo vínculo inquebrável do amor e da confiança mútua.

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