Comecei o dia como de costume. O Sol já espia pelas frestas das cortinas, fazendo-me piscar e espreguiçar na cama. A vila de Kirigakure está repleta de vida lá fora, e o barulho das atividades diárias ecoa pelas ruas estreitas. Levantei-me e, como parte de minha rotina, realizei algumas tarefas domésticas básicas: Arrumei minha modesta casa, cuidei das plantas do meu jardim e preparei um café da manhã rápido. Enquanto desfruto de meu desjejum solitário, não consegui tirar da cabeça a missão anterior que me levou a enfrentar uma organização de assassinos. Os eventos que ocorreram ainda ecoam em meus pensamentos. Eu me pergunto se há mais informações a serem descobertas sobre essa misteriosa organização e se eu posso me aprimorar ainda mais para futuros desafios.

Após o café da manhã, rapidamente me prepararia para sair, sem mais delongas, com a sensação de que algo diferente está prestes a acontecer. Um chamado inesperado de Ayumi, minha colega de profissão, indica que algo importante estava à vista. Minha mente está alerta, pronto para qualquer revelação ou desafio que aguardasse. A incerteza da situação me mantém vigilante enquanto avanço em direção ao local indicado por Ayumi, curioso sobre o que ela havia descoberto.

De qualquer forma, à medida que caminho pelas ruas tranquilas da vila, não pude deixar de relembrar a conversa que tive com ela no dia anterior. Ela parecia preocupada, mas não havia dado muitos detalhes sobre o que havia descoberto. Sua expressão séria deixou uma marca em minha memória, e agora, enquanto me dirijo ao nosso encontro, eu me questiono sobre o que possa ter motivado esse chamado tão inesperado. O que ela teria encontrado? Minha mente divagou por um momento enquanto eu continuo meu trajeto, tentando antecipar o que está prestes a ser revelado. — Me preocupo... — Murmuraria no meio do caminho.

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Quando cheguei ao laboratório de Ayumi, notei que ela está claramente tensa e preocupada. O ambiente, sem muitas surpresas, está repleto de frascos, livros e equipamentos científicos, um contraste notável em relação ao resto da vila. A expressão de Ayumi reflete o peso da descoberta que ela está prestes a compartilhar comigo. — Me mandou o comunicado bem tarde ontem. E pela sua cara, parece ser algo bem importante. — Balbuciaria, coçando a cabeça. — Então, né... Vou tentar te explicar. — Seria respondido por ela, mesmo que gaguejando um pouco. Com cautela, ela explicou sobre o pergaminho que encontrara na sala do chefe da Divisão de Inteligência de Kirigakure. Sua voz tremia ligeiramente, denunciando o receio que sentia. Ela detalhou como o pergaminho estava bem escondido e que, embora ainda não o tivesse decifrado completamente, havia indícios de informações críticas sobre atividades suspeitas na vila.

Ouvir as palavras de Ayumi só aumentou minha intriga. Toda a atmosfera está, agora, impregnada de mistério e tensão, como uma peça em um jogo complexo que será desvendada. Nesse momento, nossas mentes se uniram em um objetivo claro: Decifrar o conteúdo do pergaminho e revelar qualquer ameaça oculta que possa pairar sobre Kirigakure. Os olhos de Ayumi fixaram-se nos meus, carregando uma seriedade incontestável. Ela compartilhou que havia conseguido decifrar parte do conteúdo do pergaminho, e o que ela encontrara era profundamente intrigante. Sua voz continha um toque de ansiedade enquanto relatava a presença de um termo chamado "Shikujutsu". Ela explicou que o Shikujutsu parecia ser uma habilidade ou método relacionado à criação e transmissão de doenças.

Minha mente absorveu a informação com um senso de inquietação. A ideia de um jutsu que envolvia a criação e propagação de doenças é perturbadora, e suas implicações poderiam ser profundamente preocupantes para Kirigakure e seus habitantes. Nossa busca por respostas e descobertas está apenas começando, mas o que quer que fosse revelado a partir deste ponto, se vê claro que enfrentaremos uma missão que envolve segredos sombrios e perigos imprevisíveis. O caminho à frente está repleto de incertezas, mas minha determinação cresceu ainda mais, pois eu estou disposto a proteger a vila e todos os que nela vivem. — O que será que nosso chefe quer com isso, afinal? — Indagaria, bastante curioso. — É uma ótima pergunta a se fazer, Chifrudo. — Diria Ayumi, brincando com meus chifres.

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Após a descoberta do Shikujutsu e sua possível utilização como arma, sinto que tenho a responsabilidade de aprender essa técnica. Como ninja de Kirigakure, meu dever é garantir a segurança da vila e de seus habitantes, e isso inclui enfrentar qualquer ameaça que possa surgir. O Shikujutsu é uma habilidade poderosa que pode ser usada tanto para o bem quanto para o mal, e quero estar preparado para detectar, combater e, se necessário, neutralizar aqueles que possam tentar usá-lo contra nós. Acredito que aprender essa técnica é uma extensão natural do meu compromisso de proteger Kirigakure. Não é apenas por curiosidade, mas por um profundo senso de responsabilidade e dever para com minha vila e meus companheiros ninjas. Portanto, estou disposto a me dedicar a aprender o Shikujutsu como parte de minha busca contínua para me aprimorar como shinobi e garantir a segurança de nossa comunidade. — Quero aprender essa técnica. — Tomaria uma decisão com semblante sério, sendo respondido com um olhar surpreso de Ayumi para comigo. — Ué, por quê? Não vai virar um cientista louco criador de doenças assassino não é? — Indagou ela, levemente assustada.

— Que nada, relaxe. É só que as informações sobre essa técnica misteriosa me provocam uma mistura de curiosidade e preocupação. O potencial de criar e transmitir doenças através do Chakra medicinal é uma habilidade única e que eu nunca vi embora seja óbvio que existiria. Sinto-me tentado a aprender mais, a compreender os segredos por trás dessa técnica. Não é apenas um desejo de poder, mas sim uma necessidade de proteger minha vila e meus companheiros, sabe? Se eu conseguir aprender como essas doenças são criadas, posso criar maneiras de neutralizá-las igualmente. — Elucidei para minha colega, que entenderia tudo com seu indicador sob o queixo. — Você tem um ótimo ponto. Vamos começar! — Seriam as palavras saídas da sua boca.

No fim das contas, é uma busca por conhecimento. E nessa minha busca, não posso deixar de relembrar o encontro com Jova Ōtsutsuki. A figura enigmática e seus avisos sobre o Kāma continuam a ecoar em minha mente. Agora, à medida que buscarei entender o Shikujutsu, questiono se essa técnica pode ser mais uma peça no quebra-cabeça das habilidades misteriosas que envolvem o clã Ōtsutsuki. Se o Kāma representa o poder dos deuses, o Shikujutsu pode ser a contrapartida sombria, uma ferramenta destrutiva nas mãos erradas. Agora, devo começar meu treinamento para aprender o Shikujutsu com ajuda da minha companheira. A primeira coisa que se torna evidente é que esta é uma arte proibida, guardada a sete chaves e mantida sob rigoroso sigilo — Talvez nem tanto, até porque ela conseguiu o pergaminho secreto disso... —. Tudo que eu possuo são as informações contidas nesse misterioso pergaminho e a memória do que Ayumi relatou. Não é um começo fácil, e as incertezas pairam sobre mim.

— "Energia Reversa" parece ser o conceito por trás do Shikujutsu. Você controla bem seu Chakra, acho que vai conseguir. — Murmuraria Ayumi, lendo o pergaminho e me contando o que acharia interessante contar conforme a leitura. — Caso eu consiga, fique um pouco afastada. Acho difícil, mas apenas para evitar que eu te infecte por acidente. — Finalizaria, comendo um chocolate e sendo assentido positivamente por Ayumi.

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O processo de aprender a controlar o fluxo de Chakra medicinal de forma inversa é como navegar em um território desconhecido. Eu já me vejo familiarizado com o conceito pelo meu conhecimento avançado em controle de Chakra além das explicações dadas por Ayumi, mas aplicá-lo é uma história completamente diferente. O Chakra medicinal normalmente flui suavemente para curar, nutrir e manter o corpo saudável. Agora, meu desafio é fazer com que ele fluísse de forma contrária, para causar doenças e infecções, de forma agressiva. Conceitos símiles, mas com finalidades diferentes. — Eu realmente tenho dúvida sobre o que o chefe quer estudando essa técnica... mas vamos focar no treino, é melhor. — Diria minha colega, com seu indicador no queixo, um gesto bem comum da parte dela.

Comecei com exercícios simples, tentando alterar a direção do Chakra em pequenos pontos. A prática constante é essencial. Controlar esse fluxo de Chakra é como fazer malabarismo com facas; um deslize e tudo pode sair terrivelmente errado. Minha compreensão detalhada da anatomia do corpo humano e da rede de Chakra tornou-se um recurso inestimável. Com o tempo, eu comecei a descobrir os pontos-chave onde eu posso interferir no fluxo de Chakra e começar a perturbá-lo. É como tocar uma sinfonia estranha e perturbadora. Eu tenho que ser um maestro habilidoso, dirigindo o Chakra em direção aos órgãos e sistemas certos para desencadear a resposta que eu quero. Entender como o chakra normalmente flui pelo corpo para manter nossa saúde e vitalidade foi um passo essencial. Entendi que, para manipular o Chakra de forma inversa, eu preciso perturbar esse fluxo saudável. Isso significa que eu tenho que usar meus conhecimentos sobre anatomia, tanto física quanto espiritual. Com o tempo, comecei a compreender os princípios de como o Chakra mantém nossos órgãos funcionando, nutre nossas células e mantém o equilíbrio. — Acho que estou começando a entender agora. — Balbuciaria, conforme Ayumi vai me explicando os conteúdos do pergaminho e eu tento os executar aos poucos.

Mas a verdadeira dificuldade reside na ética. Praticando o Shikujutsu, sei que estou entrando em um território moralmente ambíguo. Usar meu conhecimento para criar doenças e infecções é um ato que pesa em minha consciência. No entanto, a motivação para entender como se fazem as doenças e a capacidade de pará-las sabendo sua fonte para proteger minha vila me empurram adiante. Ao internalizar o conceito da manipulação de Chakra medicinal de forma inversa, percebi que estou entrando em um mundo de responsabilidade. A arte proibida do Shikujutsu pode ser uma arma poderosa, mas sua aplicação requer um código estrito de ética. Eu estou disposto a aceitar esse desafio, determinado a aprender e usar essa técnica de maneira responsável e cuidadosa. — Quase lá... — Murmuraria enquanto mantenho um fluxo de Chakra constante em minhas palmas.

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À medida que progrido em meu treinamento, a aura amarelo-escura do Chakra medicinal inverso tornou-se algo com o qual eu estou extremamente familiarizado. Ela pode ser conjurada com um simples movimento de mão, envolvendo meus dedos como uma luva sombria. Meus esforços incansáveis estão começando a dar frutos. Eu me vejo mais em sintonia com o Shikujutsu, como se fosse uma extensão natural de mim mesmo. As habilidades que uma vez me pareceram tão obscuras e distantes começaram a se tornar mais acessíveis. Agora, sou capaz de controlar o Shikujutsu com facilidade e precisão. Após dominá-la e cessar o fluxo na minha palma, Ayumi se aproximou mais. Estamos cientes da responsabilidade que vem com esse poder, e há muitos questionamentos em nossas mentes.

— Aí Chifrudo, essa técnica é poderosa e perigosa. Seu potencial é inegável, mas pra que o chefe planeja usá-la? Por que ele estava estudando uma técnica proibida desse tipo? Talvez explique o motivo dele estar tão ausente ultimamente... — Ela faria algumas indagações, seus olhar expressando a seriedade do assunto. — Precisamos ser cuidadosos. Talvez devêssemos procurar mais informações antes de usá-la. E como você deve estar ocupado treinando por aí, eu irei focar em investigar mais o nosso chefe. — Murmuraria ela, pensativa. — Vou tentar entender o processo de criação de doenças para já ficar ciente a respeito do assunto. Vou apostar nisso para compreender doenças já existentes, como sua composição, efeitos e por aí vai. Assim podemos tentar neutralizá-las quando formos confrontadas por tais. É uma boa. — Elucidaria, olhando para minhas mãos.

— Faça isso! Te chamarei quando for necessário. Até lá, se cuida, Chifrudo! — Finalizaria ela, agora com uma expressão de empolgação, provavelmente pela vontade de investigar mais sobre a possível conspiração que se passa. Em seguida, ela simplesmente tocaria fogo no pergaminho. — Acho que é melhor assim. — Diria ela, vendo o tecido sendo carbonizado. Após isso, conversaríamos mais um pouco, comigo tentando mais algumas vezes para ter a certeza de que aprendi perfeitamente o Shikujutsu.

Finalizado o treinamento e com a noite já caindo, retornaria a minha moradia, satisfeito com a nova técnica obtida, mesmo que a maior dificuldade para usá-la seja a ética.

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