Nezuko estava seguindo um passo tranquilo pelas sinuosas ruas da vila. O crepúsculo tingia o céu com tons de laranja e rosa, anunciando o fim de mais um longo dia de trabalho em seu gabinete. Com os olhos cansados, ela podia finalmente sentir o alívio de retornar para o aconchego de sua casa.

Seus passos eram lentos e calculados, ecoando suavemente no chão da vila oculta da névoa. O esforço físico e mental de seu dia de trabalho começava a se dissipar enquanto a brisa noturna acariciava seu rosto, trazendo consigo o aroma característico da vila ninja. Os sons das atividades noturnas da vila, como o murmúrio das fontes e o ocasional murmúrio de conversas, preenchiam o ambiente, criando uma atmosfera reconfortante.

Em uma reviravolta do caminho, Nezuko foi repentinamente cativada por uma cena encantadora. Em uma pitoresca esquina, uma atmosfera lúdica e efervescente se desdobrava diante de seus olhos. Ali, um homem de semblante amistoso e roupas coloridas estava debruçado em sua própria versão de magia: a arte de criar bolhas de sabão.

As crianças, com seus olhos brilhantes e sorrisos radiantes, formavam um círculo em volta do homem. Seus rostos demonstravam uma mistura de encantamento e entusiasmo, como se estivessem presenciando um espetáculo único. O homem manuseava um fino aro de metal, mergulhando-o em um recipiente de sabão com um líquido brilhante e translúcido. Com movimentos habilidosos, ele soprava cuidadosamente pelo aro, dando vida às bolhas.

Algumas das bolhas, ao serem liberadas no ar, produziam pequenas explosões, soltando fragmentos de cores iridescentes que se dispersavam no crepúsculo. Era uma demonstração de destreza e criatividade, mas também de segurança, pois todas as crianças ao redor estavam em completa segurança, mesmo quando as bolhas explodiam, o que as fazia rir com empolgação e surpresa.

O homem, notando o olhar firme e perspicaz da Hyuuga que o observava, tomou um momento para refletir antes de se mover. Após trocar algumas palavras animadas com as crianças, seu rosto se suavizou, e ele dirigiu seu caminho em direção à figura imponente da Mizukage.

Enquanto se aproximava, ele fez uma reverência educada, curvando-se ligeiramente para mostrar sua deferência à líder da vila. Seus movimentos eram graciosos e sinceros, um gesto que demonstrava sua disposição para dialogar ou oferecer informações relevantes, caso a Mizukage desejasse.

– Vejo que se interessou pela minha habilidade, Mizukage-sama – ele falou respeitosamente – é um prazer, me chamo Masato.

– A achei bem interessante na verdade… – a Hyuuga respondeu e logo sorriu – prazer, Masato.

– Hoje eu a uso como distração para as crianças, mas meu pai sempre me dizia que ela era usada por alguns shinobis – ele explicava – se quiser eu te ensino sobre essa arte e quem sabe ela não pode ser útil a você em algum momento?

– Bolhas de sabão sendo usadas como arma? – ela perguntou curiosa e surpresa.

– Elas são bem úteis, na verdade – o homem respondeu.

– Vem, me acompanhe até minha casa - Nezuko conduziu Masato pelas tranquilas ruas da vila oculta da névoa até sua casa. Enquanto caminhavam, a Mizukage e o artista das bolhas de sabão continuaram a conversar de maneira descontraída. A lua já estava no céu, banhando a paisagem em uma luz prateada suave, proporcionando uma atmosfera serena.

Nezuko conduziu Masato até o jardim, onde pequenas lanternas de papel estavam espalhadas, iluminando o caminho. No centro do jardim, havia um espaço amplo e aberto, perfeito para a demonstração e a prática do Shabondama no Ninjutsu.

Masato pegou seu equipamento, o aro de metal e o recipiente de sabão, enquanto Nezuko observava com curiosidade. Ele explicou os princípios básicos da técnica, enfatizando a importância do controle da respiração e da concentração.

A noite estava calma, e o ar fresco da vila da névoa envolvia-os enquanto Masato demonstrava com graça e habilidade a criação de bolhas de sabão. Ele mergulhou o aro de metal no recipiente de sabão e, com uma inspiração profunda, soprou com precisão e delicadeza através do aro. As bolhas começaram a surgir, flutuando no ar e capturando a luz da lua.

Nezuko observou com admiração e concentração, tentando absorver o processo e a técnica de Masato. Ele demonstrou como variar o tamanho das bolhas, sua densidade e até mesmo como adicionar cor a elas usando técnicas avançadas. As bolhas criavam um espetáculo etéreo, refletindo as cores da noite e trazendo um senso de magia ao jardim.

Depois da demonstração, Masato gentilmente convidou Nezuko a tentar criar suas próprias bolhas de sabão. Com paciência e orientação, ele a ajudou a mergulhar o aro no sabão e soprá-lo com precisão. No início, Nezuko teve algumas dificuldades, mas com a orientação de Masato, ela começou a aprimorar sua técnica.

O jardim se encheu de risadas e de bolhas de sabão à medida que Nezuko e Masato continuavam a praticar juntos. Foi um momento de aprendizado e diversão, com a lua brilhando como uma testemunha silenciosa da amizade que estava florescendo entre a Mizukage e o artista das bolhas de sabão.

Após completarem o treinamento, Masato expressou seu apreço por ter tido a oportunidade de compartilhar seu conhecimento com a Mizukage. Nezuko, por sua vez, estava profundamente grata por ter aprendido as nuances do Shabondama no Ninjutsu com um instrutor tão habilidoso. Ela admirava a paciência e a habilidade de Masato em ensiná-la.

Com um gesto gracioso e uma expressão calorosa, Masato pegou um pequeno tubo de bolha, uma ferramenta essencial para a técnica. Ele o entregou a Nezuko como um presente simbólico, um lembrete de sua noite memorável de treinamento e amizade. O tubo de bolha brilhava suavemente sob a luz da lua, e Nezuko o aceitou com gratidão.

Após a troca simbólica, Masato fez uma reverência respeitosa e desejou a Nezuko o melhor em suas futuras aventuras ninja. Com um último olhar de apreço, ele se virou e começou a se afastar, pronto para continuar sua jornada. Seu passo tranquilo e sua figura colorida gradualmente se tornaram menos visíveis na distância, deixando Nezuko com as memórias da noite memorável que compartilharam.

Nezuko segurou o tubo de bolha com cuidado, apreciando a sensação do presente nas mãos. Ela sabia que esse pequeno objeto agora representava não apenas uma técnica ninja, mas também uma amizade especial que havia se formado sob a lua prateada da vila da névoa. Com um sorriso de gratidão, ela retornou à sua casa, determinada a aprimorar suas habilidades e a honrar a memória daquela noite única.

informações: