Hakuryuu estava em sua casa, aproveitando um pouco sua primeira pausa em dias. Ele estava sentado em uma cadeira confortável, pensando em assuntos diversos, quando ouviu uma batida na porta. Seu interior formigou: seria aquela a notificação que há anos esperava?

Ao abrir a porta, deparou-se com um jounin da vila, vestindo o tradicional colete e lenço que trazia o símbolo da vila. Hakuryuu assentiu com um aceno de cabeça, um tanto curioso sobre a visita do jounin. O homem estendeu um pergaminho de convocação para Hakuryuu.

Hakuryuu pegou o pergaminho, sentindo uma onda de surpresa e expectativa. Ele abriu o pergaminho e leu o conteúdo, seus olhos percorrendo as palavras enquanto as informações sobre o processo para tornar-se um tokubetsu jounin eram absorvidas. Ele mal conseguia acreditar. No entanto, era fato e estava bem diante de seus olhos.

Após terminar a leitura, ele ergueu o olhar para o jounin, seu rosto expressando um misto de choque e alegria. Ele não conseguiu evitar um leve sorriso de empolgação ao perceber a importância dessa oportunidade.

— Certo, quando começo? — buscando controlar as emoções, Kinsetsu indagou o superior em tom mais sério.

Não sabia ao certo o que esperar daquela graduação. Diferente do Exame Chuunin, aquela etapa não era tão famosa assim. Pelo menos, não do que conseguia se lembrar agora.

Enquanto o jounin não respondia, Hakuryuu não conseguiu deixar a mente simplesmente parada. Ele começou a imaginar mil coisas e mil possibilidades sobre como os desafios poderiam ser. Dessa forma, ele começou a tentar se preparar para o que se seguiria.

Palavras: 259

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Enquanto lia o conteúdo do pergaminho, sentia-se genuinamente surpreso. Não pela presteza com que o exame ocorreu, já que nos últimos cinco anos não tinha antecipado outra coisa senão aquilo. No entanto, tamanha a espera, parecia surreal que aquilo estivesse acontecendo. Inclusive, tamanho o pessimismo desenvolvido naqueles últimos 5 anos, que o rapaz até começava a sentir que a convocação talvez tivesse acontecimento bem cedo.

De qualquer forma, não pode deixar de escapar um sorriso quanto à situação. Não querendo perder o decoro na frente do superior, porém, buscou indagá-lo seriamente.

Apesar de inesperada, a resposta não foi desconsertante. Assim como no Exame Chuunin, Hakuryuu meio que já esperava que não teria possibilidade de se preparar. Claro, não esperava que o exame fosse começar imediatamente, mas ficar sabendo da prova de última hora — como da última vez, em que ficara em sigilo — já era algo calculado.

— Certo — respondeu, firme, ao jounin e prontamente se despediu.

Naturalmente, não estava com as roupas de shinobi àquela altura, mas também não demoraria a se aprontar. Pegou suas vestes especiais, sua bandana e sua bolsa com o arsenal ninja.

Estando pronto, imediatamente se dirigiu para o lado de fora. Seguiu o mais rápido que pode até o local combinado. A julgar pelo número de outros ninjas que parecia se concentrar em direção àquela região, o exame talvez fosse estar bastante cheio. Porém, ainda que isso pudesse significar mais competição, Hakuryuu procurou respirar fundo. Adentraria o local enquanto tentava manter-se calmo e atento.

Palavras: 248

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Ansioso como sempre, Hakuryuu procurou prontamente se posicionar no local designado, próximo dos demais. Permaneceria silencioso, com uma postura ereta e firme. Buscou se comportar com a seriedade e respeito com que aquela oportunidade de graduação merecia.

No entanto, apesar do ar blasé, não pode deixar de sentir um nervoso e um frio subir pela espinha quando um dos organizadores se manifestou. Buscou disfarçar, claro, mas não pode deixar de sentir na pele como o colega chuunin devia estar se sentindo. Por mais que a situação proposta na bronca fosse hipotética, a sensação de chegar atrasado e ser repreendido não era nada boa. Inclusive, Haku suou frio ao perceber que a diferença de tempo entre ambos era de apenas 2 minutos. Discretamente inspirou e, então, expirou, buscando se acalmar.

O foco agora era a fase 1 do teste. Escutou atentamente à descrição do teste e tomou notas mentais: passaria por uma série de testes, não apenas de força, mas de versatilidade e trabalho em equipe. A princípio, Hakuryuu acreditou que aquilo provavelmente seria uma competição. Algo que, eventualmente, ainda poderia acontecer. No entanto, pelo menos na fase 1, não parecia ser o caso. Ademais, também se atentou ao fato de que tinha que demonstrar seu leque de habilidades, controle de chakra e os elementos que sabia usar. Aparentemente, o teste seria uma simulação, porém Haku sabia que não devia subestimar a situação só por conta disso. Como bem falaram, estaria atento para utilizar seus recursos com inteligência, estratégia e rapidez.

Então, Kin passou os olhos por todos os colegas. Não era dos mais sociáveis, então não fazia a mínima ideia de como quebrar o gelo. No entanto, queria pelo menos guardar a face de cada um para poder trabalhar melhor em equipe.

Tenso, o chuunin voltou sua atenção para as novas falas do jounin encarregado. Novamente fez mais notas mentais: força não se resume ao físico, mas também adaptação, superação e colaboração. Como dito, estava definitivamente motivado a mostrar o que sabia fazer. Sendo assim, preparou-se para o cronômetro e a luz verde.

Ao que um labirinto começou a tomar forma, Hakuryuu voltou-se aos aliados:

— Alguém de vocês possui doujutsu ou algum tipo de sensor? — iniciaria, buscando ser discreto e breve. — Se tiver, peço que ajude no mapeamento. Tenho como enviar um terceiro olho para ver a situação de cima e nos guiar, mas seria bom alguém para detectar chakra e evitar surpresas — prosseguiria, com semblante pensativo. — Aposto que o labirinto vai estar cheio de armadilhas… — finalizaria, preparando-se para quando fossem liberados.

Assim que o cronometro zerasse a luz verde acedesse, Hakuryuu utilizaria seu Daisan no Me (Rank-D). Elevaria o olho até uma altura em que conseguisse ver o labirinto de cima. Não só tentaria determinar qual o melhor caminho dentro dele, como também tentar identificar possíveis ameaças. Paralelamente, repassaria todas as informações adquiridas para os demais colegas do time e, junto deles, começaria a avançar labirinto adentro.

Além do seu terceiro olho vendo do alto, elevaria seus demais sentidos ao máximo. Audição, olfato e o olho restante estariam atentos a qualquer sinal de perigo. Buscava estar pronto para atacar ou defender, dependendo da situação.

Palavras: 520

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A falta de retorno dos demais colegas foi um pouco preocupante. Ainda não sabia nada sobre eles. Acreditava que, ainda assim, conseguiria se virar no teste, nem que fosse sozinho. No entanto, esse era exatamente o problema: o teste não era para se fazer sozinho. Claro, não era folgado de esperar que os outros tivessem que resolver tudo. No entanto, daquele jeito as coisas ficavam complicadas. Não podia se dar ao luxo de esperar os outros resolverem as coisas, mas também não podia sequer dar sugestões para coordenar o grupo. Afinal, tinham escolhido lhe deixar no escuro. Se, ao menos, tivessem dado informações sobre algo simples de seu leque de habilidades, já poderiam estar trabalhando em grupo.

— Certo… — sem graça, Hakuryū voltou-se para o desafio que surgia adiante.

Como ninguém tinha dito absolutamente nada, Hakuryū focou em pelo menos fazer a sua parte. Com o olho nos céus, começou a descrever o que via para os demais. Se estavam sequer prestando atenção, não sabia dizer. Todavia, mesmo assim permaneceria determinado em fazer sua parte naquela tarefa de cooperação. Se a boa vontade não fosse mútua, pelo menos, os avaliadores definitivamente não poderiam dizer que a má vontade vinha de sua parte.

Estava incomodado com a ausência de elementos suspeitos no labirinto. Inclusive, comentaria exatamente isso para os demais. No entanto, sem a ajuda de eventuais outros tipos de sensoriamento por parte da equipe, estava de mãos atadas. Não teve outra escolhe senão avançar desafio adentro.

Quanto mais avançavam dentro do labirinto, mais temeroso Kinsetsu ficava. As coisas pareciam muito calmas. Por isso, quando foi surpreendido com o passo em falso do chūnin de cabelos brancos, não ficou tão desconsertado assim. O susto e o frio na barriga da queda, naturalmente, foram certos. No entanto, de certa forma, sendo aquele o tipo de coisa que já esperava do teste, não ficou tão perdido assim.

O mais rápido possível após perceber que estavam caindo, Hakuryū executou os selos para sua técnica de vôo, Taiyō Fune (Rank-B). Sabia que sua plataforma era uma oval, mais comprida do que larga. Todavia, considerando que todos estavam o seguindo labirinto adentro, antes de cair, todos deviam estar andando numa fila. Sendo assim, o aspecto mais comprido do barco deveria ser capaz de captar todos da queda.

Com a execução dos selos, a areia fluiria de suas vestes, formando uma nuvem ovalada abaixo de Hakuryū e o máximo de aliados atrás dele. Sua ideia era criar um anteparo mais fofo para frear a queda de todos de forma mais gentil e, em seguida, dar ao jutsu sua forma definitiva de barco.

Caso não conseguisse pegar todos os aliados só com o barco, prosseguiria criando de um a quatro braços de sakin com sua manipulação (1~2x Rank-C).

— Agarre aqui! — gritaria em meio à adrenalina da situação, estendendo os braços de areia na direção dos aliados.

Esticaria os membros de areia até que pudesse agarrar cada um dos ninjas de fora do barco — ou até que estes agarrassem a mão com firmeza. Voaria com o barco um pouco para baixo, caso isso fosse necessário para alcançar todos. Assim que tivesse todos presos às mãos de areia com segurança, os traria para o barco e, então, voaria com todos para fora do buraco.

Após pousarem no solo adiante do buraco, perguntaria se todos estavam bem. Caso todos respondessem positivamente, Kinsetsu continuaria usando seu Daisan no Me de antes para guiá-los pelo labirinto do alto.

Palavras: 575

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Aos poucos, a adrenalina proveniente do susto da queda foi passando. Suas técnicas foram efetivas para salvar os aliados e ficou satisfeito com isso. Logo estavam de volta ao chão e prontos para continuar seguindo. Apesar do alívio, Hakuryuu podia sentir uma tensão no ar: o labirinto parecia diferente, mais ameaçador.

No entanto, não se deixou abalar. Voltou a focar-se em seu terceiro olho, analisando e memorizando os arredores.

Não demorou a encontrar o que visivelmente eram diversas armadilhas. Imediatamente, avisou seus aliados sobre os fios finos e as placas de pressão. Não apenas isso, como também descreveu suas posições, alertando-os para que tomassem cuidado quando estivessem chegando perto. Ao que todos estivessem bem informados de todas as armadilhas, Hakuryuu sugeriria que voltassem a avançar pelo labirinto, mas com cautela.

Kinsetsu avançaria pelos corredores de forma bastante atenta. Aliando seu olho normal ao seu Daisan no Me, usaria o diferencial de ponto de vista para identificar com antecedência se havia mais armadilhas no caminho dele e dos colegas. Além de alertar os aliados imediatamente após a descoberta de novas armadilhas não vistas antes, sempre que estivessem se aproximando de uma os alertaria também. Para ficar mais fácil deles visualizarem, sugeriria que eles repetissem seus movimentos. Então, com as informações visuais que tinha, seguiria à frente do grupo. Fosse saltando por cima, passando por baixo dos fios ou desviando das placas de pressão, Hakuryuu buscaria servir de exemplo para os seus colegas, tentando sempre mostrar como superar cada armadilha sem dispará-la.

Ao que obtivessem sucesso, no próximo corredor, um repleto de tochas, um chuunin de cabelos roxos tomaria a dianteira. Hakuryuu, naturalmente querendo cooperar, não se oporia às sugestões e ações do colega. Totalmente de acordo com a ideia de utilizar suiton para ultrapassar os obstáculos de katon, dessa vez Hakuryuu buscaria seguir os aliados, não guiar. Quer dizer, ainda faria pontuações informando eventuais surpresas identificadas com o Daisan no Me. Porém, como não sabia usar suiton, era sua vez de obedecer às sugestões alheias. Saber o momento de falar, mas também saber o momento de ouvir, afinal, eram cruciais para um trabalho em equipe que quisesse ser eficaz.

Refrescado e protegido pela água do aliado, Hakuryuu eventualmente se viu em um novo corredor junto de seus colegas.

Enquanto o grupo de chunins avançava com determinação pelo labirinto, eles se viram diante de um corredor diferente de tudo o que já tinham visto. Espelhos distorcidos preenchiam as paredes, projetando imagens que pareciam mudar e se alterar a cada piscar de olhos. O cenário era confuso e perturbador, provocando uma sensação de desorientação.

No meio do corredor, emergiu uma figura sombria, sua presença imponente quase se misturando à penumbra. A voz enigmática da figura ressoou, desafiando os chunins a superar o labirinto das ilusões. Hakuryuu, guiado por suas capacidades cognitivas e sua habilidade Daisan no Me, começou a investigar a situação com maior foco e profundidade. Ele não demorou a perceber um padrão: mesmo entre as imagens distorcidas e caóticas, certos detalhes permaneciam consistentes.

Esses detalhes eram como âncoras de realidade em meio ao turbilhão de ilusões. Certos reflexos nos espelhos pareciam não mudar, independentemente de quão enganadoras fossem as imagens que os cercavam. Compreendendo que esses elementos constantes poderiam ser pistas vitais, Hakuryuu se concentrou em memorizá-los.

Claro, ele poderia sugerir que todos utilizassem um Genjutsu: Kai. No entanto, considerando que a ilusão ali funcionava com base em espelhos, já calculava que, mesmo que se liberassem da ilusão, no momento que pusessem os olhos nas imagens dos espelhos, voltariam a cair nas técnicas ilusórias. Sendo assim, era mais eficiente focar em driblar a ilusão de outras formas.

Ele compartilhou os resultados de sua investigação com o Daisan no Me com o grupo. E, junto deles, tentou trabalhar em equipe para identificar os elementos consistentes em meio às distorções. Buscaria fazer o máximo de contribuições que pudesse com a sua percepção privilegiada pelo olho flutuante no alto. Junto das observações de cada um dos integrantes do grupo, Hakuryuu tentaria traçar um padrão que, quando seguido pelo grupo, levaria-os para fora daquele caos ilusório.

Mantendo-se sempre atento a armadilhas com seu olho no solo e seu olho nos céus, Hakuryuu avançaria junto de seus colegas. Buscaria ficar também sempre atento aos colegas: caso um sequer desse sinais de que estava confuso ou prestes a se perder, aproximaria-se dele para ajudar e guiá-lo naquela situação complexa.

Palavras: 732

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Hakuryuu ficou surpreso com a chegada do ninja loiro, mas logo se acostumou à ideia. Apresentou-se em resposta à apresentação dele, já que não parecia ser um elemento hostil. Sentiu alívio ao ver que as correntes de ar batiam com os padrões encontrados por seu daisan no me anteriormente. Tendo isso em vista, percebeu que o outro chuunin estava falando a verdade e que poderia seguir ele sem grandes problemas. Ademais, estaria preparado para relatar problemas caso encontrasse divergências entre o que seu terceiro olho flutuante percebia e o que os sentidos do novo aliado captavam.

Conforme avançavam, Hayato se mostrou um líder competente. Kinsetsu não era de querer aparecer e, ainda estando empenhado em passar no teste, buscou ajudar o máximo que pode. As informações visuais do seu olho e as informações táteis fornecidas pelo fuuton do aliado pareceram corresponder com excelente confiabilidade. Não demorou até que o grupo se deparasse com uma abertura que parecia levar para a saída do labirinto.

Após seguir as palavras do guia, Hakuryuu finalmente se viu num espaço aberto. A etapa parecia finalizada, mas Kin só foi se tranquilizar mesmo quando de fato anunciaram que ele havia passado. No fundo, sabia que tinha dado o seu melhor. No entanto, era meio fatalista e neurótico, por isso estava sempre ansioso quando o assunto era eliminação. Temia sempre acabar sendo o próximo.

Já livre da ansiedade devido ao fim de etapa e a possibilidade de acabar tendo falhado naquela, buscou limpar a mente. A próxima etapa era uma avaliação escrita. Tinha que manter o foco e a calma se quisesse passar mais uma vez de fase. Buscou filtrar o máximo de informações sobre o tipo de habilidade que estavam querendo avaliar com aquela etapa. Daquela vez, iriam testar não só conhecimento teórico, como raciocínio estratégico. Por isso, reconheceu ainda mais o valor em manter a mente calma. Tinha que estar com os pensamentos claros se quisesse responder tudo satisfatoriamente.

Sem delongas, seguiu o jounin para o caminho indicado. Apesar de ser algo esperado, observou bem o ambiente e os elementos da sala em que adentraram. Pergaminhos, tinta e pincéis eram exatamente o que se esperava ver em uma prova escrita. Tudo parecia normal até então. Porém, não abaixaria a guarda. Permaneceria sempre atento, pois sabia que às vezes nem tudo era o que aparentava ser.

Assim que liberassem — ou parecesse adequado e seguro, caso não falassem nada — Hakuryuu procuraria uma das carteiras para se sentar. Manter-se-ia calmo e em silêncio até que novas instruções fossem dadas.

Palavras: 421

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Àquela altura, já sentado à mesa, mesmo Hakuryuu não pode deixar de se sentir um pouco ansioso. Aquele tipo de atividade mais teórica estava mais consoante com seu tipo de personalidade, por isso, geralmente encarava provas com bastante calma. No entanto, com superiores olhando e com tanta coisa em jogo, até mesmo ele fraquejava.

Procurou se controlar. Tinha que prestar atenção na fala dos jounins, afinal. Sendo assim, novamente voltou a tomar notas mentais: analisariam não apenas habilidades práticas, mas também capacidade de análise, planejamento e tomada de decisões estratégicas. O teste seria escrito, como bem podia ver. Inspirando e expirando com calma, Hakuryuu procurou se acalmar mais uma vez.

Conforme indicado, Hakuryuu iniciou o processo de abertura de ambos os pergaminhos, o que já estava na mesa e daquele recém-entregue. Aparentemente, não era o único ansioso com a prova, por isso acabou se sentindo um pouco mais à vontade com a situação. O estranhamento pelo fato do pergaminho estar branco, porém, acabou o distraindo bastante. Curioso como era, indagou-se como exatamente se daria aquele teste. Logo em seguida, foi surpreendido com os selos de mão e a inscrição se movendo no papel. Perdeu-se no fascínio por alguns instantes, mas logo tratou de voltar seu foco para a prova. Não podia falhar ali, afinal.

Lendo com cuidado ambos os enunciados, começou a pensar e formular suas respostas. Usaria o rascunho para fazer o esboço inicial do texto e, então, passaria a limpo para o pergaminho principal.

Após algum tempo raciocinando, finalmente chegaria às respostas desejáveis. Prontamente começaria a passar a limpo no campo definitivo da prova:

Resposta da Questão 1: Para a estratégia de ofensiva à base inimiga, nossa equipe será organizada em três grupos distintos, cada um com funções específicas. Inicialmente, o Grupo de Infiltração e Neutralização será responsável por desativar armadilhas e sabotar as defesas inimigas, permitindo a abertura de uma rota segura. O Grupo de Suporte, composto por médicos e especialistas em genjutsu, irá fornecer suporte médico e criar ilusões para distrair os inimigos. Por fim, o Grupo de Ataque Frontal liderará a investida, composto por ninjas especializados em taijutsu e ninjutsu ofensivo, trabalhando em conjunto com um manipulador de elementos para criar barreiras e restringir o movimento inimigo. Eu pessoalmente integraria o papel do manipulador de elementos, criando barreiras defensivas e restrições na movimentação inimiga, já que minha sakin possui um grande foco defensivo. O colega chuunin usuário de fuuton poderia integrar um papel mais focado em ataque, enquanto o colega usuário de suiton poderia integrar um papel mais hibrido. Seu suiton é útil em defesas, mas melhor em defender ataques da natureza katon. Sendo assim, ele poderia alternar entre atacar — já que o elemento suiton também é bom em ataque — e defender junto de mim caso o inimigo use katon.

Resposta da Questão 2: Para proteger nossa base contra a equipe inimiga de infiltração e emboscada, organizaremos nossa defesa em três camadas. A primeira camada consistirá em sentinelas posicionados em pontos estratégicos para detectar a aproximação inimiga e alertar as equipes subsequentes. A segunda camada será composta por equipes de emboscada disfarçadas, prontas para atacar os invasores assim que eles entrarem na área defensiva. A terceira camada será a equipe de reforço, posicionada mais próxima à base, pronta para proteger áreas críticas e realizar uma investida direta em caso de rompimento das defesas. Utilizaremos armadilhas explosivas e ilusões para desorientar os inimigos, e manteremos uma comunicação constante entre as camadas para uma resposta coordenada caso a equipe inimiga tente romper nossas defesas. Eu pessoalmente integraria um papel hibrido: com meu Daisan no Me ajudaria o grupo de sentinelas, posicionando o olho no alto, ampliaria meu campo visual para melhorar nossa capacidade de detecção de aproximação. Por outro lado, apesar do olho no céu, meu corpo estaria na terceira camada, pronto para proteger áreas críticas e repor defesas rompidas com minha sakin, cujo foco é altamente defensivo. O colega chuunin usuário de fuuton poderia integrar a equipe de emboscada, já que fuuton é um elemento mais rápido e furtivo em seus ataques. Já o colega usuário de suiton também integraria a terceira camada, novamente com um papel hibrido: defensivo quando os inimigos utilizassem katon e ofensivo quando não.

Terminada a escrita, buscaria averiguar se o tempo mínimo de prova já havia passado. Se sim, prontamente guardaria seus materiais e entregaria sua resposta definitiva da prova. Se não, esperaria o tempo mínimo de prova decorrer. Ao fim deste, guardaria os materiais e entregaria a resposta definitiva aos jounins da organização. Naturalmente, em ambos os casos levantaria a mão para saber se tinha a permissão de ir até eles ou eles que viriam até sua mesa.

Durante a elaboração das suas respostas, claro, tomaria cuidado com o tempo de prova. Buscaria fazer tudo com pressa, mas não tanta a ponto de prejudicar a qualidade de sua escrita. Buscaria um equilíbrio entre presteza e capricho.

Ao fim do processo, ficaria atento a novas instruções que poderiam vir dos jounins.

Palavras: 836

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Hakuryuu até que encontrou alguma calma no decorrer da prova escrita. Bem, aquele era o tipo de atividade que mais se adequava à sua personalidade. O sons das respostas sendo escritas no papel era praticamente relaxante para o rapaz. Por isso, por alguns instantes, pode esquecer do nervosismo de estar no exame que mais antecipou nos últimos cinco anos.

Quando o jounin anunciou o fim da prova, Kinsetsu já não estava mais tão ansioso assim. Deixou a caneta de lado, recolheu seu pergaminho e entregou conforme o indicado. Podia não ser o ideal, mas estava satisfeito com o que tinha conseguido fazer.

Observou os jounins reunirem-se atentamente. Queria saber qual era o resultado, porém, dessa vez não estava sentindo-se mal pela ansiedade. Pelo menos naquele aspecto já tinha construído uma certa segurança quanto às suas capacidades. Adoraria uma nota perfeita, claro. Porém, também não estava esperando que seria isso que iria tirar. Sempre haveria correções a se fazer, ainda mais considerando uma questão tão aberta quanto aquela.

Assim que os resultados ficaram prontos, Hakuryuu procurou lê-los o mais rápido possível. Imediatamente percebeu os detalhes que faltaram em sua resposta, mas nem por isso se abateu. Buscou tomar nota mental de tudo que estava escrito. Pretendia levar aqueles ensinamentos consigo dali em diante.

Com a aparente conclusão daquela etapa, os jounins se reuniram mais uma vez. Nessa ocasião, porém, Hakuryuu pode sentir a ansiedade renascer aos poucos dentro de si. Sabia que a próxima prova se aproximava e, como dificilmente seria outra prova escrita, já tinha que se preparar emocionalmente para não deixar nada passar.

De qualquer forma, buscaria se manter controlado em seu lugar. Ficaria atento às próximas instruções dos jounins. Assim que eles as delegassem, seguiria as ordens a risca. Enquanto isso, ficaria atento para eventuais pronunciamentos: esses sempre podiam carregar dicas valiosas. Também buscaria não se desligar dos arredores, já que surpresas não eram incomuns naqueles tipos de teste.

Palavras: 321

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Após alguma preparação com seu respectivo jounin líder, Hakuryuu buscou novamente relaxar. Ficar nervoso e preocupado não apenas fazia parte da coisa, como também, do seu ponto de vista, era praticamente um pré-requisito. Tinha que estar atento aos detalhes, afinal. Tendo respirado fundo, Hakuryuu buscou dirigir-se ao local onde o jounin responsável pela fase 3 queria reunir a todos.

Mais uma vez, tomou suas notas mentais: o teste era de liderança e ética, qualidades essenciais a um ninja de alto escalão, que serão testadas por meio de simulações de missões complexas, onde terão que tomar decisões éticas sob pressão.

Imaginou já ter captado o geral da intenção dos avaliadores e, inclusive, acreditava até ter uma noção do que deveria estar para acontecer. Provavelmente seriam impostas situações semelhantes a problemas de ética como o dilema do bonde e afins. Além disso, também buscou se atentar às dicas seguintes dadas pelo organizador: liderar não é apenas dar ordens, mas também ouvir e considerar a opinião do time; a ética na tomada de decisões é fundamental, as decisões devem ser tomadas com princípios morais sólidos; para tanto, situações com dilemas morais, situações perigosas e desafios serão impostas para testar suas capacidades de liderança e tomada de decisões.

Ademais, Hakuryuu também se atentou que, apesar de mostrar suas habilidades não ser o foco, também não poderia pecar nesse aspecto. O foco era ser prudente em liderança e tomada de decisões em meio a dilemas éticos e morais, mas nem por isso podia ser totalmente dependente do time. Buscaria perguntar o nome dos integrantes de seu time e o que cada um sabia fazer. Assim, poderia coordená-los melhor.

Após seguir os jounins até o local da prova, Hakuryuu depara-se com o local da prova e fica fascinado. O ambiente era complexo, talvez o teste mais elaborado que já tinha experimentado na vida até então. No entanto, buscou não perder o foco. Manteve-se atento para ir junto do grupo até o local que lhes seria especificamente designado. Os testes para cada equipe pareciam variar, afinal.

Diante da última explicação do organizador, as coisas pareceram finalmente se encaixar. Os jounins não estavam ali para serem peças que garantiriam o funcionamento da missão, desde que as decisões corretas fossem tomadas. Pelo contrário, estavam ali para simular situações futuras que enfrentaria como Tokubetsu Jounin. Dentre elas, casos em que coordenaria times menos experientes que si. Não poderia dizer que isso era exatamente calmante, mas também visou não focar demais nisso. Adicionou a nota de cuidar do desempenho dos seus subordinados à sua lista mental prévia e respirou fundo para se concentrar.

Tentando meditar de olhos abertos, Hakuryuu tentaria focar mais a mente. Assim que a largada fosse dada, queria estar pronto para avaliar a situação em sua totalidade. Ao que o alarme finalmente soasse, iniciaria a prova com cautela. Ficaria atento aos seus colegas e os arredores com todos os seus sentidos.

Palavras: 483

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Com o grande volume de pensamentos que costumava ter, já era de se esperar que fosse um tanto neurótico. Sendo assim, a tensão diante da floresta — e da prova — já era algo que Hakuryuu não estranhava passar. Talvez fosse até possível dizer que, nesse assunto, tinha uma certa vantagem em relação aos demais: estava acostumado a lidar com aquele tipo de estado mental.

Quando os jounins atores — e examinadores da prova — voltaram-se para ele com o dilema a ser enfrentado, Hakuryū já tinha iniciado o processo de autocontrole. Respirando fundo uma última vez, traçou um plano:

— Certo, o primeiro passo é fazer o reconhecimento da área. Por razões de logística na vigilância para impedir a fuga dos reféns, estes devem estar agrupados em algum lugar, cercado por inimigos — iniciou, já fazendo um selo para sua próxima técnica — Pode haver batedores inimigos espalhados pela floresta, por isso precisamos averiguar os arredores em busca de aglomerações de pessoas e de presenças isoladas. Aqueles de vocês que tiverem à disposição algum método de rastreamento, sensoriamento, ou doujutsu, peço que ajudem na varredura do ambiente. Reportem imediatamente o que virem ou sentirem — a essa altura, sua areia começaria a fluir das vestes e se acumular no ar.

Criando um Daisan no Me, Hakuryū começaria a averiguar os arredores. Se algum dos aliados tivesse algum método de detectar chakra, Hakuryū. Salvo pelo fato de que os reféns dificilmente estariam espalhados pela floresta, sozinhos, mas sim aglomerados em algum lugar para facilitar a vigia dos criminosos, Haku supunha que só ver chakra não ajudaria a distinguir culpado de inocente. Por isso, a depender das informações fornecidas, Kinsetsu levaria seu olho até o local, aproveitando-se das folhas das árvores como ocultação, para averiguar as eventuais assinaturas que chakra que seus aliados encontrassem. Fosse o caso de não terem qualquer técnica de rastreio ou sensoriamento, ou fosse o caso de não encontrarem nada dentro dos alcances de seus métodos, Hakuryū aconselharia que avançassem com cautela e paciência. Com seu daisan no me oculto pelas copas das árvores, o chūnin buscaria vistoriar o caminho à frente e os arredores. Assim que alguém detectasse algo, levaria seu olho cautelosamente até o local denunciado, tomando cuidado para que esse não fosse visto por entre as folhas, mas pudesse ver os inimigos, em contrapartida.

No entanto, não ordenaria que atacassem logo de cara. Pelo contrário, diria para os seus subordinados tomarem cuidado e não se aproximarem demais. Assim, teria tempo para distinguir melhor se o(s) alvo(s) era(m) criminoso(s) ou inocente(s).

Além da varredura dos arredores com um de seus olhos no ar, o olho restante ficaria atento ao perímetro mais próximo do chamado time delta. Com seu olho restante, Hakuryuu também estaria atento a pegadas, sinais de luta, vegetação quebrada ou esmagada. Enfim, qualquer coisa que pudesse indicar que lutas aconteceram no local ou que alguém havia passado por ali.

Palavras: 483

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Hakuryuu estava em uma posição delicada. Seus olhos treinados vasculhavam os arredores, focando-se no arbusto onde a criança fictícia chorava e tremia. Ao mesmo tempo, ele sabia que o tempo era essencial para o resgate dos reféns fictícios que estavam em perigo iminente nas mãos dos inimigos fictícios.

A tensão dentro de Hakuryuu era palpável. Ele sentia a pressão dos olhares de seus companheiros “chuunin”, esperando por sua liderança. Com sua habilidade Daisan no Me ativada, ele tinha a capacidade de avaliar a situação de maneira rápida e precisa. No entanto, a decisão não era simples.

Ele ponderou a situação. A criança parecia estar em perigo, sozinha e assustada. Talvez fosse uma armadilha dos inimigos fictícios para atraí-los para longe dos reféns principais. Por outro lado, Hakuryuu não podia ignorar o apelo do dever moral de proteger uma criança em perigo, mesmo que fosse fictícia.

Com calma e determinação, Hakuryuu fez um gesto discreto para sua equipe. Ele instruiu alguns de seus companheiros a continuarem a busca pelos reféns principais, seguindo as pistas que tinham. Contudo, lembraria-os de não se aproximarem demais dos inimigos. Diria que se acabassem chamando a atenção deles ou atacando sozinhos, as vidas dos reféns poderia ser em muito arriscadas. Por isso, estariam ordenados a aguardarem à certa distância, caso conseguissem detectar o local onde os reféns estavam sendo mantidos.

Para garantir que os dois grupos se encontrariam posteriormente, Hakuryuu enviaria seu Daisan no Me junto deles. Mantendo-se atento às informações visuais fornecidas pelo olho flutuante, focaria em memorizar o caminho tomado pelo outro grupo. Enquanto isso, ele e outro subordinado se aproximaram da criança com cautela.

Considerando que a criança deveria estar extremamente assustada, Hakuryuu se ajoelhou diante dela e tentou transmitir confiança. Ele tentou falar com uma voz gentil e tranquilizadora, perguntando se ela estava bem e se ela sabia onde estavam os outros adultos. A partir daí, Hakuryuu tentaria utilizar a informação dada por ela como vantagem. Assim, além de não abandonar o dever moral de ajudar um indefeso, ainda pelo menos tinha chances de acelerar a busca e compensar o tempo necessário para ir até a criança.

Em termos de um dilema ético como o do bonde, salvar o maior número de pessoas parecia ser a resposta certa. No entanto, esse tipo de dilema definitivamente era uma visão muito reducionista. Afinal, dificilmente uma situação possuiria apenas duas únicas opções, como esquerda ou direita. No mundo real, múltiplas outras opções sempre estavam disponíveis, como destruir o bonde, desamarrar as pessoas em alta velocidade, etc. Além disso, olhando pelo aspecto moral, ele sabia que não podia deixar uma criança em perigo, mesmo que isso atrasasse temporariamente o resgate dos reféns principais. Ele instruiria seu companheiro a cuidar da criança junto dele, garantindo sua segurança e deixando-a em um local seguro antes de se apressarem para se reunir com o restante da equipe.

Após se reunirem, Hakuryuu pediria por atualizações quanto ao que tinham rastreado/sentido até ali. Novamente com seu Daisan no Me, seguiria utilizando da cobertura das copas das árvores para avaliar a situação antes de tentarem lidar com os sequestradores.
Palavras: 518

Legenda:
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Observações:

Resumo:

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Particularidades e Regras:

Equipamento:

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