Sota Yoshida às vezes se pega pensando sobre sua família que não vê há muito tempo. Em meio a sua natureza cruel e perturbadora, surge uma pontada de curiosidade sobre suas raízes e sobre como estaria sua família naquele momento. Movido por essa inquietação, Sota toma a decisão de visitar a periferia de Kumogakure, a vila oculta das Nuvens, na esperança de encontrar a antiga casa onde costumava morar com sua mãe e seus irmãos. Essa é uma escolha surpreendente, considerando a personalidade isolada e antissocial de Sota.

Após uma longa procura, Sota finalmente encontra a casa que costumava ser o lar de sua família. A estrutura está em péssimas condições, mostrando os sinais evidentes do tempo e do abandono. As paredes desbotadas e rachadas testemunham anos de negligência, enquanto o telhado parcialmente danificado mal consegue proteger a casa dos elementos.

As janelas estão quebradas, deixando o vento frio e a umidade penetrarem no interior deteriorado. Algumas tábuas soltas do assoalho revelam o esqueleto da casa, uma recordação decadente de tempos melhores. O jardim que antes florescia com cores vivas e plantas exuberantes está agora repleto de ervas daninhas e arbustos espinhosos, refletindo a ausência de cuidado e amor que permeia a residência.

Enquanto Sota observa a casa, ele é tomado por uma sensação de desolação e desamparo. A visão decadente desencadeia uma enxurrada de lembranças dolorosas de sua infância, das dificuldades e dos momentos em que se sentiu abandonado. Embora haja uma parte dele que anseia por reconectar-se com suas origens, a tristeza e o ressentimento o dominam, lembrando-o de tudo o que ele sofreu e dos motivos que o levaram a se tornar o vilão sombrio que é hoje. Essa casa desgastada é um lembrete constante de sua trajetória e um impulso para seus objetivos sombrios.

Enquanto olha para a casa, ele se pergunta como seria sua vida se tivesse ficado com sua família. Seria diferente? Teria sido capaz de encontrar um caminho menos obscuro? Esses pensamentos trazem uma pitada de vulnerabilidade e reflexão para o coração frio de Sota.

No entanto, esses momentos de contemplação são fugazes, pois Sota rapidamente reprime essas emoções, voltando ao seu comportamento habitual e cruel. Ele prefere afastar qualquer sinal de fraqueza e continuar sua jornada de busca por poder e domínio, usando seu passado doloroso como combustível para suas ambições sombrias. Sota, superando seu receio e atraído por uma mistura de curiosidade e nostalgia, decide entrar na casa que um dia foi seu lar. Ele empurra a porta rangente, revelando um interior igualmente precário e desgastado.

Ao adentrar a residência, Sota é recebido por um ambiente sombrio e opressivo. O ar empoeirado e carregado de um cheiro de mofo traz à tona lembranças de um tempo perdido. A sala principal está praticamente vazia, exceto por alguns móveis desgastados e cobertos por lençóis empoeirados. Um sofá rasgado e afundado no meio do cômodo indica décadas de negligência.

As paredes, uma vez pintadas de branco, estão agora manchadas e descascadas. Quadros desbotados pendem tortos, representando lembranças que foram esquecidas ou abandonadas. O piso de madeira range sob os passos de Sota, revelando tábuas soltas e danificadas. O eco de sua presença solitária parece ressoar pelas paredes, ampliando a sensação de abandono e solidão.

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A cozinha, que um dia foi o coração da casa, está repleta de armários empoeirados e utensílios quebrados. A pia enferrujada e entupida é um reflexo da deterioração ao longo dos anos. O antigo fogão, enferrujado e sem gás, permanece como uma lembrança das refeições em família que já não existem mais.

Os quartos, agora vazios e sombrios, são adornados com paredes desbotadas e móveis decrépitos. Os lençóis das camas, que um dia foram macios e acolhedores, estão manchados e desgastados. O silêncio pesado permeia cada canto da casa, lembrando a Sota que este foi um lugar onde ele uma vez deveria ter encontrado amor e pertencimento.

Sota se move lentamente pelos cômodos, relembrando fragmentos de suas memórias passadas. No entanto, a frieza de sua expressão e o peso do ressentimento o impedem de se deixar envolver por qualquer sentimento de saudade ou tristeza. Ele sabe que não há nada para ser encontrado aqui além da confirmação de um passado doloroso.

Enquanto Sota explora os cômodos desgastados da antiga casa, seus olhos são atraídos para um canto escuro e empoeirado. Entre os escombros e fragmentos de lembranças esquecidas, ele encontra um pergaminho cuidadosamente enrolado. Seus olhos fixam-se na inscrição no pergaminho, que diz: "Técnicas do clã Uzumaki".

Com uma mistura de surpresa e intriga, Sota desenrola o pergaminho, revelando símbolos e instruções antigas. Ele percebe que está diante de conhecimentos ancestrais e técnicas poderosas que pertencem ao lendário clã Uzumaki. Um brilho momentâneo de curiosidade e excitação invade sua expressão fria.

No entanto, é o bilhete que acompanha o pergaminho que chama ainda mais sua atenção. Nele, há uma mensagem direta e enigmática: "Dê a ele quando estiver pronto." Sota lê a frase repetidamente, tentando entender o significado subjacente. Quem seria "ele"? E o que significa estar "pronto"?

Essas palavras provocam uma mistura de expectativa e desafio dentro de Sota. Ele se pergunta se esse pergaminho e a mensagem são um teste, um chamado para alcançar um novo nível de poder e controle sobre seu destino. Uma centelha de ambição e desejo de crescimento se acende em seu coração sombrio.

Com uma mistura de antecipação e emoção, Sota desenrola cuidadosamente o pergaminho do clã Uzumaki, ansiando pelo conhecimento que o espera. À medida que as páginas amareladas se revelam, sua atenção é imediatamente capturada pelas informações sobre a habilidade Kongō Fūsa.

O pergaminho detalha minuciosamente a técnica, descrevendo-a como um poderoso método de selamento que utiliza correntes de chakra para restringir e controlar o poder de seus oponentes. Sota lê com intensidade cada palavra escrita, absorvendo cada detalhe sobre a execução precisa e os efeitos da técnica.

Enquanto mergulha nas informações, Sota também encontra referências a um homem chamado Kentaro Uzumaki. De acordo com o pergaminho, Kentaro era um membro lendário do clã Uzumaki, conhecido por seu domínio supremo da técnica Kongō Fūsa. Era dito que ele possuía um conhecimento profundo dos segredos dessa arte e que sua habilidade era inigualável.

Para a surpresa de Sota, o pergaminho também revela a localização atual de Kentaro Uzumaki. Ele descobre que Kentaro reside em uma região isolada nas montanhas distantes, onde se mantém recluso em busca de sabedoria e aprimoramento constante de suas habilidades.

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Sota guarda o pergaminho em sua bolsa e parte em sua jornada em direção às montanhas distantes, onde espera encontrar Kentaro Uzumaki. Ele ainda não sabia que de fato faz parte do clã Uzumaki, mas estava determinado em conseguir aprender aquela técnica tão poderosa. Kentaro observa atentamente Sota enquanto este se mantém firme, mesmo diante da aura intimidadora do pai. Apesar de reconhecer seu filho, Kentaro mantém suas intenções ocultas, decidido a testar a determinação e a ambição de Sota antes de revelar a verdade.

-Você tem coragem para buscar o poder e seguir um caminho sombrio? - questiona Kentaro com uma voz grave e penetrante.

-Eu vim aqui para aprender as técnicas do Kongō Fūsa. Estou disposto a fazer o que for preciso para adquirir esse poder - Sota, sem vacilar, responde com uma determinação palpável em sua voz.

Kentaro assente brevemente, concedendo a Sota a permissão para entrar. A casa de Kentaro é um ambiente simples, mas impregnado de uma aura misteriosa. Pergaminhos antigos, armas e artefatos estão dispostos ao redor da sala, testemunhas silenciosas do conhecimento e experiência de Kentaro.

A primeira lição começa imediatamente. Kentaro instrui Sota a se posicionar em uma área aberta do quintal, cercada por árvores altas. A técnica do Kongō Fūsa requer concentração, controle de chakra e uma conexão com as sombras. Kentaro explica os princípios básicos e os movimentos fundamentais para realizar o jutsu.

Sota observa atentamente cada gesto e palavra de Kentaro. Ele absorve o conhecimento como uma esponja, comprometendo-se a dominar a técnica e canalizar seu poder sombrio. Ele treina incessantemente, repetindo os movimentos uma e outra vez, até que sua mente e seu corpo estejam sincronizados.

Enquanto Sota pratica, Kentaro observa, analisando cada movimento com olhos afiados e críticos. Ele corrige os erros de Sota com uma severidade implacável, buscando a perfeição em cada detalhe. Embora mantenha uma postura distante e impessoal, Kentaro reconhece internamente o potencial inegável de seu filho e vislumbra uma possível peça valiosa para seus próprios planos.

O treinamento prossegue dia após dia, com Sota enfrentando desafios cada vez mais difíceis. Ele mergulha nas sombras, aprendendo a manipulá-las, a entrelaçar o chakra com a escuridão ao seu redor. Aos poucos, ele começa a dominar o Kongō Fūsa, envolvendo seus inimigos em correntes de sombra implacáveis e usando-as para subjugar e controlar.

Enquanto Sota aprimora suas habilidades, o mistério da relação entre pai e filho continua a pairar no ar. Kentaro observa em silêncio, mantendo suas verdadeiras intenções em segredo, permitindo que Sota descubra seu próprio caminho na escuridão. Ele vê em seu filho a possibilidade de continuar seu legado sombrio e moldá-lo em um aliado poderoso.

O treinamento prossegue incansavelmente, com Kentaro guiando Sota por uma jornada árdua em busca do domínio completo da técnica do Kongō Fūsa. Sob a tutela implacável de seu pai, Sota enfrenta desafios cada vez mais intensos e complexos.

Kentaro exige disciplina e dedicação absolutas de seu filho, empurrando-o ao limite de suas habilidades físicas e mentais. Ele o coloca em situações desafiadoras, testando sua coragem, resistência e capacidade de manter o controle sobre o seu poder. Sota se vê obrigado a enfrentar adversários poderosos e aprender a usar as correntes de chakra para subjugar e controlar seus inimigos. Cada confronto é uma batalha intensa, uma oportunidade para Sota aprimorar suas técnicas e descobrir novas estratégias.

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À medida que o treinamento avança, Sota começa a dominar a técnica do Kongō Fūsa. Ele desenvolve a habilidade de criar correntes de sombra que se estendem com agilidade e precisão, aprisionando seus oponentes e restringindo seus movimentos. Sua destreza e poder crescem a cada dia, deixando claro que ele está se tornando um usuário formidável dessa técnica sombria.

No entanto, Kentaro não se contenta com o progresso alcançado até agora. Ele empurra Sota ainda mais, desafiando-o a explorar as fronteiras de sua própria escuridão interior. Kentaro acredita que o verdadeiro poder só pode ser alcançado quando se enfrenta e se abraça o próprio lado obscuro

Após intensas horas de treinamento, Sota finalmente consegue dominar as correntes de chakra, manifestando seu controle sobre as sombras com destreza e precisão. As correntes se estendem a partir de seus braços, envolvendo-o em uma aura sombria que reflete seu progresso notável.

Kentaro observa com satisfação o sucesso de seu filho. Seus olhos brilham com orgulho, mas também carregam uma tristeza oculta. Ele decide revelar a verdade que até então mantivera em segredo.

-Sota, você dominou as correntes de chakra de uma forma que apenas os membros do clã Uzumaki são capazes - diz Kentaro, sua voz carregada de emoção contida - Chegou a hora de eu lhe contar a verdade: você é um Uzumaki, parte de uma linhagem antiga e poderosa - enfim revela.

Sota fica momentaneamente surpreso, seus olhos fixos em Kentaro em busca de mais informações. Ele sente uma mistura de emoções - surpresa, curiosidade e uma pitada de ressentimento por não ter conhecido sua verdadeira origem antes.

-Os Uzumaki são conhecidos por sua força e resistência excepcionais, além de serem mestres em técnicas de selamento e manipulação de chakra. Você tem em seu sangue um potencial inexplorado, uma herança que precisa ser compreendida e desenvolvida - Kentaru continua.

Sota absorve cada palavra de seu sensei, uma sensação de identidade e propósito começando a florescer em seu interior. Ele percebe que seu destino está entrelaçado com o legado do clã Uzumaki e que seu poder não é apenas uma coincidência.

-Eu irei te guiar, Sota - diz Kentaro com um tom solene - ensinarei tudo o que sei e lhe darei acesso ao conhecimento e às técnicas do clã Uzumaki. É hora de você abraçar sua verdadeira natureza e se tornar o guerreiro poderoso que está destinado a ser.

Sota, impulsionado pela revelação de sua verdadeira linhagem, sente-se compelido a questionar Kentaro sobre o motivo de seu pai se importar tanto em guiá-lo em sua jornada pelo poder. Com uma mistura de curiosidade e desconfiança, ele decide abordar o assunto com cuidado.

-Kentaro-sensei, por que você se importa tanto em me guiar nesse caminho pelo poder? - pergunta Sota, seu olhar fixo em seu mentor - eu entendo que sou um Uzumaki e que possuo um potencial incrível, mas o que te motiva a me ajudar de forma tão intensa?

Kentaro desvia o olhar por um breve momento, como se ponderasse sobre a melhor resposta a dar. Ele retorna seu olhar para Sota, uma expressão séria adornando seu rosto.

-Sota, meu interesse em guiá-lo não é baseado apenas no fato de você ser um Uzumaki - responde Kentaro, com sua voz carregada de uma falsa sinceridade - Como um shinobi experiente, acredito no valor de transmitir meu conhecimento e habilidades para as gerações futuras. É meu dever como um membro do clã Uzumaki assegurar que nosso legado seja preservado.

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Sota examina o rosto de Kentaro, buscando algum indício de sua verdadeira motivação. Ele sente uma pontada de desconfiança, mas decide continuar ouvindo.

-Além disso, Sota, você possui um potencial impressionante e uma sede de poder que eu raramente encontro em outros. Eu vejo em você a oportunidade de elevar o nome dos Uzumaki a novos patamares de glória - acrescenta Kentaro, mascarando suas verdadeiras intenções.

Sota absorve as palavras de Kentaro, sentindo-se ao mesmo tempo lisonjeado e inquieto. Ele percebe que há algo que seu mentor não está revelando completamente, mas decide não pressionar o assunto no momento.

-Entendo, Kentaro-sensei - responde Sota com uma expressão séria - realmente precisarei de alguém para me guiar nessa minha jornada de poder.

Kentaro assente, ocultando um vislumbre de desconforto em seus olhos. Ele está ciente de que está omitindo a verdade sobre sua relação com Sota, mas acredita que é a melhor decisão para o momento.

-Você tem o potencial de se tornar um dos guerreiros mais poderosos que já vimos, Sota - diz Kentaro com uma mistura de orgulho e engano em sua voz - continue com seu treinamento e logo estará preparado para enfrentar qualquer desafio que se apresente.

Após um intenso período de treinamento e revelações obscuras, Kentaro finalmente decide liberar Sota para retornar a Kumogakure. Ele percebe que chegou o momento de seu filho assimilar e praticar tudo o que aprendeu até agora.

-Você fez um progresso notável, Sota - diz Kentaro, com um olhar orgulhoso e um toque de preocupação em seus olhos - acredito que é hora de você voltar à sua vila e aplicar o que aprendeu. Aprimore suas habilidades e fortaleça-se ainda mais. Ainda há muito a descobrir sobre o poder do clã Uzumaki.

Sota, embora grato pelas lições recebidas, não consegue deixar de sentir um misto de emoções contraditórias. Ele se pergunta sobre a verdade por trás das intenções de Kentaro e o motivo pelo qual seu pai disfarçado o está guiando nessa jornada.

-Entendo, Kentaro-sensei - responde Sota, sua voz carregada de cautela - vou voltar para Kumogakure e aprimorar meu treinamento. Mas antes de partir, gostaria de lhe fazer uma pergunta. Por que você está me ensinando essas técnicas e compartilhando os conhecimentos do clã Uzumaki? Qual é o verdadeiro motivo por trás de tudo isso?

Kentaro suspira suavemente, seu semblante revelando um traço de tristeza. Ele olha para Sota com uma mistura de afeto e preocupação.

-Sota, há muitas coisas que você ainda precisa descobrir e compreender - responde Kentaro com uma voz suave - eu tenho meus motivos para agir como agi até agora, mas o mais importante é que você continue a crescer como um shinobi poderoso e descubra a verdade por si mesmo. Quando sentir que está pronto, você poderá voltar aqui para que eu possa compartilhar mais conhecimentos e ensinamentos do clã Uzumaki.

Sota franze o cenho, mas decide confiar em seu pai disfarçado. Ele entende que há mistérios a serem desvendados e que seu verdadeiro potencial ainda precisa ser alcançado.

-Compreendo, Kentaro-sensei - responde Sota, com uma expressão decidida - vou voltar a Kumogakure e continuar a me fortalecer. Quando chegar a hora, retornarei para aprender mais sobre o clã Uzumaki e desvendar a verdade por trás de tudo isso.

Kentaro assente, seu semblante sério, mas com um brilho de orgulho em seus olhos. Ele sabe que o destino de Sota está em suas próprias mãos, e o encoraja a seguir seu caminho.

-Que o poder dos Uzumaki o guie, Sota - diz Kentaro, com uma voz cheia de emoção contida - nunca se esqueça de que você tem o potencial para alcançar grandeza. Retorne quando estiver pronto.

Sota absorve as palavras de Kentaro, ciente de que seu caminho ainda está repleto de mistérios e desafios. Ele se despede do mais velho com um aceno respeitoso e parte em direção a Kumogakure, carregando consigo o fardo de sua verdadeira identidade e a promessa de voltar para desvendar os segredos que ainda o envolvem.

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