[CENA] Herança Senju

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[CENA] Herança Senju
[CENA] Herança Senju

Convidado

Dom 21 maio 2023, 08:36

HP: 925 | 925 - CH: 725 | 725 - ST: 0 | 6

Era uma manhã quente, ensolarada e fresca, nas condições de clima padrão de Suna durante a primavera. Kohina arrumou-se, ainda sem decidir direito o que faria naquele dia. Um tempinho já tinha passado desde a conclusão do seu exame chunin, então deveria tentar não ser um peso morto para a Vila Oculta da Areia e sair em alguma missão. Depois de alguns dias focando no seu solitário treinamento, realizar uma missão não parecia uma má ideia. A questão é que ultimamente a kunoichi estava bem curiosa a respeito do seu clã, questionando o lado Senju da sua família (também conhecido como sua mãe) se não havia nada para aprender ou dominar que fosse específico do clã. Durante o café da manhã, encontrou sua mãe sentada à mesa, e aproveitou a oportunidade para questioná-la sobre isso.

– Hmm… Acho que tem alguma habilidade específica do Clã Senju, mas eu nem me lembro qual é. Como nunca demonstrei aptidão para ela, nem me preocupei em me aprofundar – sua mãe respondeu, pensativa. – Não sei se você vai achar alguma coisa na biblioteca… No fim, a fonte mais confiável é a velha Hama que viaja com as caravanas comerciantes.

– Essa velhota aí não é minha avó não, ou é? É parenta? – Kohina perguntou, arqueando uma das sobrancelhas, verificando se iria descobrir algum desentendimento familiar oculto entre sua mãe e a desconhecida.

– Claro que não! Meus pais morreram antes de você nascer. Provavelmente deve estar em algum galho próximo, isso se a gente for fazer a árvore genealógica da família… Enfim, Senju aqui em Suna não é exatamente algo comum de se achar. O tataravô de Hama pode ser primo distante da minha bisavó, ou algo assim.

– Onde eu acho essa véia Hama aí? – a chunin perguntou, descaradamente interessada. Técnica exclusiva dos Senju? Viciada como estava em aprender novos jutsus, ela queria muito saber sobre essa habilidade.

– Provavelmente deve passar na pequena vila ao leste daqui no meio do dia. Mas não vá ficar muito frustrada se não conseguir dominar também – conhecendo bem a filha que tinha, sabia que a menina iria atrás dessa mulher para desvendar os segredos do clã Senju. O problema é se ela não tivesse herdado essa aptidão em específico. Talvez ficasse mal-humorada pelo resto do mês.

– Pode deixar – respondeu.

Kohina já tinha decidido o que fazer naquele dia e, pelo visto, as missões ficariam para outra oportunidade.

Palavras: 396 | Post: 1/5

LEGENDA:
Fala de Kohina: – Texto | Pensamento de Kohina: 「Texto」 | Fala da mãe de Kohina: – Texto

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Convidado

Dom 21 maio 2023, 09:38

HP: 925 | 925 - CH: 725 | 725 - ST: 0 | 6

Como ainda estava muito cedo para ir procurar a velhota Hama, Kohina decidiu ir tirar a prova dos nove sobre as informações que encontraria na biblioteca a respeito do Clã Senju. Andando bem rapidinho, ela cruzou a vila e em pouco tempo estava entrando na estrutura lotada de livros e estantes, já tão comumente conhecida por ela.

– Mais um dia aqui, Kohina? – o responsável pela biblioteca perguntou, desconfiado. Estava vendo a garota mais do que deveria, considerando que ela era uma ninja. Na cabeça dele, ela parecia bem desocupada por esses dias, ou priorizando demais algumas atividades em relação a outras.

– Pois é... Hoje eu tenho uma pesquisa bem rápida para fazer – ela respondeu, um pouquinho envergonhada. Pelo visto, já estava sendo julgada por gastar tanto tempo estudando. Esperava compensar em breve.

Procurou algum material a respeito dos clãs naquela imensa quantidade de pergaminhos e livros. Felizmente acabou encontrando um livro que, pela capa, prometia oferecer esse tipo de informação. Folheou até achar a página que falava sobre o clã Senju. Tirando as informações básicas de maior vitalidade e reservas de chakra, encontrou apenas uma menção não muito informativa: alguns membros são capazes de demonstrar uma natureza avançada de chakra.

「Natureza avançada?」 Kohina tentou encontrar mais a respeito do que isso significava para o clã Senju, mas não achou. Ao menos tinha uma pista: a natureza avançada se referia ao uso combinado de dois elementos. Apesar de não fazer a mínima ideia do que aquilo significava na prática, podia considerar que estava relacionado ao ninjutsu.

Com o fim de sua pesquisa, o melhor a se fazer era encontrar Hama Senju. Ela passaria na vila ao leste, como sua mãe havia informado, então Kohina se dirigiu até a saída ao leste da vila, correndo pelo deserto até o lugar próximo.

Palavras: 300 | Post: 2/5

LEGENDA:
Fala de Kohina: – Texto | Pensamento de Kohina: 「Texto」 | Fala do Bibliotecário: – Texto

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Convidado

Dom 21 maio 2023, 10:41

HP: 925 | 925 - CH: 725 | 725 - ST: 0 | 6

Acabou chegando bem mais cedo do que o “meio do dia” informado por sua mãe, então precisou perambular um pouco por ali para passar o tempo. Perdida em pensamentos, a Senju não conseguia imaginar o que seria a habilidade rara dos Senjus. Fora que, se ela tivesse herdado a inabilidade da sua mãe, só ficaria revoltada em saber que existia uma habilidade no seu clã que ela não teria como dominar. Era melhor nem saber, para início de conversa.

– Kohina Senju, se você sabe o que é bom para você mesma, é melhor ter aptidão pra isso! – A garota falava baixinho para si mesma, um sinal óbvio de que ela não era a pessoa mais normal do mundo.

Após perambular de um lado a outro pelo lugar, ela viu ao longe alguns viajantes se aproximarem com camelos e carroças. Ou seriam dromedários e carroças? Ela não saberia diferenciar, mas tava aí mais uma coisa pra ver na biblioteca depois: como diferenciar os animais com bolotas nas costas. Kohina tentava pegar alguns trechos de conversas enquanto o grupo de comerciantes entrava pela vila. Virando o rosto rapidamente para onde parecia ter ouvido algo com Hama pelo meio, se enfiou no meio do grupo para tentar encontrar a Senju velha. Procurando com os olhos e ouvidos sobre a origem da conversa que chamou sua atenção, acabou se deparando com uma senhora pra lá de 60 anos, com a pele enrugada, cabelos curtos e grisalhos, coberta do pescoço aos pés com um kimono tradicional marrom de mangas longas.

– Hama Senju? – a mulher mais velha pareceu perceber a garota, encarando-a nos olhos. – Eu sou Kohina Senju! Queria saber sobre o clã…

– Sou eu sim. Tá, e daí? – a senhorinha perguntou.

– Como assim e daí? Praticamente só você desse país inteiro parece saber coisas avançadas do clã! – Kohina respondeu, fechando a cara e quase alterando a voz.

A velha deu uma boa e longa gargalhada com sua boca levemente destentada. Aparentemente, ela era do tipo que gostava de zoar com as pessoas. Ela entregou as rédeas do seu bicho para algum parceiro carregar, já que segurar o animal ali estava criando um obstáculo para quem vinha atrás. Dando mais uma olhada para Kohina, ela continuou a sua conversa.

– É o seguinte, acabei de chegar de viagem e to morrendo de fome. Não vou perder tempo batendo papo com uma fedelha enquanto deveria estar enchendo o bucho. Você sendo uma Senju, sei bem o que quer perguntar e já sei que vai ser uma conversa demorada. Se você tiver paciência pra aguardar, vejo você daqui a pouco – a idosa deu as costas e entrou em um estabelecimento que parecia um restaurante.

– Tá! – respondeu Kohina, revirando os olhos.

Palavras: 451 | Post: 3/5

LEGENDA:
Fala de Kohina: – Texto | Pensamento de Kohina: 「Texto」 | Fala de Hama Senju: – Texto

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Convidado

Dom 21 maio 2023, 11:47

HP: 925 | 925 - CH: 725 | 725 - ST: 0 | 6

Sem opções, a kunoichi aguardou impacientemente pelo retorno da anciã, o que, para ela, pareceu uma eternidade. A idosa saboreava sua refeição com bastante calma, além de conversar e rir bastante. Após um bom tempo, a garota viu a velha saindo pela entrada do local, indo para o lado oposto de onde ela estava. Mal-humorada, Kohina seguiu até onde a velha estava. Hama percebeu que estava sendo seguida, e virou-se para ver quem a espreitava.

– Você é quem mesmo? – a Senju mais velha perguntou para a garota, encarando-a desconfiada enquanto palitava os dentes.

– COMO ASSIM QUEM SOU EU? Sou Kohina Senju, quero saber mais sobre… – a chunin respondeu, com uma perceptível veia saltando da testa, tamanha era a sua impaciência.

– Aaa é mesmo, já tinha esquecido. Então você é uma Senju novata querendo saber mais sobre o Mokuton! – A velha deu um pequeno tapinha na cabeça, como se tentasse colocar os parafusos soltos com mais de 70 anos de experiência no lugar.

「Mokuton?」 Kohina pensou. O que viria a ser isso? Era de comer? Havia viajado e aguardado aquela idosa por um longo tempo só pra descobrir algum truque de culinária? Não era possível.

– Pela sua cara de surpresa, você não deve saber do que eu tô falando. Sempre um Senju novinho enchendo o saco com isso e se frustrando por não conseguir dominar… – a velha soltou um suspiro. – Os Senjus possuem uma kekkei genkai rara até mesmo entre seus membros. Unindo duas naturezas de chakra, o Suiton e o Doton, é possível usar o Mokuton, a Liberação de Madeira.

– Liberação de Madeira? – a garota repetiu como um papagaio, fazendo eco para a fala da idosa e sem conseguir acompanhar direito o que ela estava falando.

– Estou enferrujada, mas vamos para um lugar mais tranquilo que eu te mostro – Hama começou a andar bem devagarzinho em direção à saída do lugar.

A Senju anciã caminhou até ficar em um campo aberto e longe de olhares curiosos, aguardando Kohina se aproximar o suficiente. Ela realizou alguns selos e terminou colocando a mão no chão. Um dos selos iniciais, cobra, foi reconhecido pelo olhar atento da kunoichi jovem. Próximo à mão da mulher, uma árvore começou a se erguer, estendendo sua fina sombra sobre as duas. Era uma palmeira.

– Como você fez isso? – a chunin perguntou perplexa. Nunca tinha visto nada parecido com aquilo.

– Você escutou alguma coisa que eu falei? – a anciã perguntou, suspirando. – Vou repetir pela última vez. Alguns poucos Senjus podem usar o Mokuton usando o Suiton e o Doton ao mesmo tempo, são raros os casos. Quais naturezas elementais você domina?

– Suiton e Doton. Suiton é minha afinidade… – respondeu, insegura.

– Bem, Doton é a minha. Suiton foi a segunda natureza que eu dominei. Mas não sei se isso faz tanta diferença assim… Meus irmãos tinham as mesmas naturezas que eu, mas eram inaptos a usar o Mokuton. Não fique muito frustrada se não conseguir.

Palavras: 487 | Post: 4/5

LEGENDA:
Fala de Kohina: – Texto | Pensamento de Kohina: 「Texto」 | Fala de Hama Senju: – Texto

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Dom 21 maio 2023, 13:35

HP: 925 | 925 - CH: 725 | 725 - ST: 0 | 6

Aquele papo de frustração já estava deixando Kohina suficientemente frustrada, pra falar a verdade. Por que tanto aquela velha quanto sua mãe estavam falando isso? Quantos Senjus elas conheciam que não conseguiram usar aquela habilidade? Kohina estava sentindo a ansiedade se acumular para descobrir a sua aptidão. Teria algum jeito fácil de saber?

– Utilizar a natureza primária ou secundária é uma coisa. Usar as duas ao mesmo tempo é bem mais difícil. É raridade, como eu falei. Mas só conheço um jeito de saber se você está apta ou não: tentando. Se for apta, conseguirá eventualmente.

A dificuldade começou quando Kohina precisou concentrar as duas naturezas em ambos os braços. Da forma que Hama falava, parecia mais simples. A aprendiz precisou de diversas tentativas para conseguir manter as duas naturezas diferentes, uma em cada braço, e fazer o chakra fluir. Mas nada parecia acontecer. Achando que tinha deixado algo passar, ela pediu por mais uma demonstração, vendo a idosa fazer brotar outra palmeira do chão com facilidade.

– É isso, garota. Acho que já entendemos que você também não deve ser capaz de realizar. Mas não tem problema, é só você seguir com o que já tem… – a velha, acostumada com tantos que fracassaram antes, não estava muito disposta a gastar mais tempo vendo as diversas tentativas infrutíferas de Kohina pelo resto do dia. Sentada na sombra da palmeira recém-criada, ela parecia querer seguir com seus afazeres.

– Não, calma! – na última tentativa, a garota tinha certeza que tinha sentido alguma coisa diferente, a curiosidade pra saber o que era acabou tomando o lugar da sua concentração. Respirando calmamente e testando outras vezes, ela obteve um resultado quase imperceptível: um pequeno palitinho de madeira no chão. Minúsculo. – Acho que…?

– Olha só! – a velha se levantou, percebendo a mudança de tom da aluna temporária. Olhou surpresa para o chão, pegando o palito e colocando próximo ao rosto. – Bem, minha visão já não é a mesma de antigamente. É só um pouquinho, mas tenho quase certeza que é Liberação de Madeira. O Mokuton está atrelado a criação e maturação da vida. Portadores dessa kekkei genkai possuem uma regeneração melhorada, que chamamos de Saisei Noryoku, mas você deve descobrir depois. Bem, é só continuar treinando e deixar de ser burrinha pra melhorar o que você já tem. Antes de morrer, pode ser que você consiga evoluir de palitos de dente para um cabo de vassoura! – Hama voltou a dar a sua gargalhada alta, descarada e desdentada.

Mesmo com aquela piada de mal gosto, sem saber se xingava Hama ou continuava se concentrando, Kohina revirou os olhos e continuou nas suas diversas tentativas até o céu escurecer por completo, tendo sucesso em repetir o feito de criar os palitinhos de madeira. A anciã já havia se despedido há bastante tempo, repetindo que tinha mais o que fazer do que ficar vendo alguém fazer um campo de espinhos, mas não sem antes receber um agradecimento da chunin e dar um jeito de desfazer as palmeiras que não deveriam existir ali. Confiante, a Senju novata retornou para casa tarde da noite, com uma excelente novidade para compartilhar. Será que futuramente poderia encher o saco daquela velha pra aprender algum jutsu avançado do Mokuton? Esperava que sim.

Palavras: 538 | Post: 5/5

LEGENDA:
Fala de Kohina: – Texto | Pensamento de Kohina: 「Texto」 | Fala de Hama Senju: – Texto

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Shu

Moderador

Dom 21 maio 2023, 14:14

doneAprovado

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