Após a batalha que culminou em seu último movimento engenhoso, Marū encontrou-se imersa em uma semana repleta de acontecimentos singulares, cuja estranheza a menina optou por não se ater em excesso. Afinal, o triunfo obtido contra o Trio Fantasma e seus aliados provocara uma onda de mudanças que se estenderam além dos limites da muralha recém-construída. No calor do sol poente, as fazendas ao redor da imponente barreira de pedra se tornaram um abrigo provisório para os cansados guerreiros que haviam se empenhado na edificação. Marū, entre contemplar os pomares verdejantes e os celeiros abastecidos, encontrava-se imersa em seus próprios pensamentos e sentimentos feridos pelas perdas sofridas durante aquele confronto épico. Enquanto as atividades cotidianas nas fazendas seguiam seu ritmo lento e tranquilo, a jovem shinobi tomou a decisão de trilhar o caminho de retorno à aldeia, seguindo os passos silenciosos de Marsh. Uma atmosfera densa permeava o ar, carregada de um misto de melancolia e reflexão. O céu, pintado em tonalidades douradas e acinzentadas, parecia refletir o estado de espírito de Marū. Cada passo que ela dava era envolto por uma sensação de nostalgia, enquanto a paisagem se desenrolava diante de seus olhos como um tapete de memórias.

As colinas pontiagudas, cobertas por formações rochosas que vibravam com a vida, eram um lembrete constante daquilo que fora conquistado e do preço que fora pago. O tilintar suave dos sinos dos rebanhos e o canto dos pássaros ecoavam em seus ouvidos, um acalento para sua alma inquieta. Em seu íntimo, Marū buscava compreender as marcas deixadas pela batalha, tanto físicas quanto emocionais. Cada ferida, cada cicatriz era uma lembrança viva da efemeridade da vida e da fragilidade do destino. A morte tinha dançado em seus arredores, roubando vidas inocentes e despertando uma sensação de impotência que a atormentava. Enquanto caminhava em silêncio, as lembranças invadiam sua mente como flashes vívidos. O rosto sorridente de um jovem construtor, agora ausente. O olhar determinado de Reiko em meio ao caos da batalha. A bravura de Marsh, cuja presença silenciosa e firme havia sido uma constante em sua jornada. Cada imagem, cada momento, era um elo que se entrelaçava em sua narrativa pessoal. As paisagens que se desdobravam diante dela eram como páginas de um livro aberto, repletas de histórias ainda não contadas. A brisa suave acariciava seu rosto, enquanto os raios de sol dançavam entre os picos das rochas, criando um jogo de luz e sombras que fazia seu coração bater em compasso com a natureza.


Marū; 375/375; 900/900; 2/6;

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