[CENA] MISSÕES DE KANA, 1

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[CENA] MISSÕES DE KANA, 1 - 3 RANK C
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Kanodean

Chūnin

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Seg 13 Mar 2023 - 10:32

Meruem sensei - 1 de 9.

Faz pouco tempo que consegui essa bandana de Genin, será mesmo que eu deveria colocar? Bem, deixarei na minha bolsa por enquanto, quero ver a cara do Sensei ao me ver na Academia sem usar a bandana na testa. Vê-lo irritado era uma das únicas coisas que me divertiam naquele local, pois fazia tempo que aulas teóricas não me divertiam mais, e as práticas nunca foram agradáveis. Segui meu caminho pelas ruas do vilarejo, andando em direção a Academia Ninja, ainda estava acostumada a fazer esse trajeto, pois era como se eu ainda fosse apenas uma estudante. Fui recebida por um ninja de cabelo espetado e um sorriso imbecil no rosto, fechei os olhos para não ficar ainda mais aborrecida com o garoto.

— Você é a Kana Uzumaki, certo? Meruem Sensei pediu que eu a levasse até a sala de reuniões, você já possui algumas missões ninjas, isso é demais, né? Demorou quase três meses para eu conseguir ir em uma Missão de Rank C, acho que o Sensei acredita bastante no seu potencial. — dizia o garoto, falando mais do que a própria língua.

— Claro que ele vê, sempre fui sua aluna favorita, mas não precisa ficar preocupado, não são todos os ninjas que nasceram com o dom de serem tão poderosos quanto eu. Por que você não faz algo útil por essa vila e me mostre me leve logo ao Sensei? — menti, é claro. Meruem sempre me detestou e deixava isso muito mais do que visível. Também nunca fui uma aluna exemplar, tampouco uma ninja poderosa. Era óbvio de o jovem a minha frente era mais preparado que eu, no entanto, seria divertido provocar alguém logo de manhã.

O jovem Chunin ficou sem palavras, talvez não esperasse alguém tão tóxica quanto a mim logo de manhã, chato. Não vou poder brincar com esse, é melhor gastar meu veneno com Meruem. Aposto que será mais divertido. Seguimos pelos corredores até chegar uma sala que estava ocupada por um casal de velhos e o próprio diabo, Meruem Sensei. Havia algo de errado, essa era a primeira vez que o via sorrindo ao mesmo tempo que olhava para mim. Senti um calafrio, esse desgraçado com certeza está aprontando algo. Entrei na sala quando o Chunin foi dispensado.

— Como eu estava dizendo, não há nada em que se preocupar, meus queridos anciões. Kana é forte e adora lutar na floresta, ela será uma adição perfeita ao grupo de busca e os protegerá de qualquer perigo. Não é mesmo, Kana Uzumaki? — dizia Meruem, encarando o casal de idoso preocupado em sua frente.

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Kanodean

Chūnin

Seg 13 Mar 2023 - 11:47

Perigo nos arbustos - 2 de 9.

A reunião demorou alguns longos minutos, Meruem e eu trocávamos comentários ácidos de falsos elogios um para o outro, na verdade, era apenas uma forma de mostrarmos nossa inimizade da maneira mais tóxica e divertida possível. Compreendi a intenção daquele safado apenas no final da reunião, me colocando em uma longa série de missões Rank C ao lado de velhos que não serão nada úteis em uma possível complicação nas matas. Sua maneira sádica de tentar me matar era uma forma brilhante de me deixar irritada, para a sorte dele, não deixarei que isso me afete. Estava feliz, afinal, essas missões poderiam me colocar em destaque entre os ninjas recém-formados. Com isso, posso até mesmo sonhar em uma promoção em tempo recorde, adoraria ver a cara daqueles irritáveis aspirantes a heróis da academia.

Seguimos em direção a floresta do País do Fogo, além dos portões da vila. Era a primeira vez que caminhava tão distante, principalmente a mandado de uma missão ninja. Isso por si só já era uma situação tensa o suficiente para me deixar assustada com o mais simples ranger de galhos e mover de folhas das árvores, mas me concentrei em realizar o trabalho de maneira impecável, sem mostrar medo ou fraqueza. Faltavam algumas horas para anoitecer e ainda não estávamos tão distantes da vila, a qualquer sinal de perigo real, poderia apenas voltar correndo e deixar que os velhos se virem.

A caminhada era silenciosa e nada dos anciões comentarem algo, pareciam preocupados com possíveis ataques, ao mesmo tempo que tentavam se recordar do caminho que deveriam seguir até encontrar a tal planta medicinal rara. Fui pega de surpresa ao ouvir o som de movimento nos arbustos a minha direita, rapidamente saquei três shurikens com a mão direita, envolvendo-as entre meus dedos e pronta para disparar no sinal de qualquer movimento do inimigo, no entanto, não passava de um esquilo marrom correndo com uma noz na boca.

Senti um calafrio correr por minha espinha, era apenas um animalzinho silvestre, nada de inimigo. Embora houvesse algo de estranho naquele bichinho, parecia fugir de algum lugar, talvez um pouco mais para o fundo da mata. De qualquer forma, achei melhor apenas ignorar esse lado da floresta e não comentar meu susto àqueles velhinhos, afinal, não quero deixá-los ainda mais preocupados. Ou será que eu deveria? Deixei escapar um sorriso traquinas.

— Minha nossa! Achei que seriamos atacados por um urso agora a pouco! Não sei o que faríamos se isso acontecesse. — disse, fazendo um pouco mais de drama que o necessário.

Isso por si só foi o suficiente para deixar ambos ainda mais nervosos e ansiosos, uma pequena recompensa para essa longa viagem.

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Chūnin

Seg 13 Mar 2023 - 13:58

Acampamento suspeito - 3 de 9.

Continuamos andando um pouco mais, no entanto, o casal continuava desconfiado e ainda havia dúvidas sobre a normalidade daquele esquilo saltando dos arbustos. Achei que não faria mal dar uma volta e investigar a origem do que pode ter assustado ele, na velocidade que ambos os velhinhos andavam, daria tempo de ir até a vila e voltar, que ainda estariam no mesmo lugar.

— Muito bem, irei investigar a floresta a procura do urso selvagem, assim poderemos avançar um pouco mais tranquilos, não é mesmo? Se eu não voltar em meia hora, podem correr por suas vidas, pois eu já estarei dentro da barriga de um enorme monstro da floresta. — me virei para a floresta, rindo sozinha ao imaginar a expressão de medo que deveria ter causado no casal.

Muito bem, se eu fosse um esquilo que morasse na floresta, o que seria capaz de me fazer fugir com medo sem me preocupar com humanos. Será que o que ele viu era ainda mais assustador do que eu e dois idosos? Espero que não seja mesmo um urso ou qualquer criatura esquisita na floresta. Ainda assim, era melhor investigar, ou não seria capaz de ficar sossegada. Aos poucos caminhei seguindo o mesmo caminho, levando em consideração a rota que os idosos estavam seguindo, não foi difícil de imaginar uma rota de retorno que me levasse diretamente aos dois.

Havia uma espécie de trilha e sinais de humanos pelo caminho, resolvi agir de forma furtiva e me aproximar para analisar as pistas. Não demorou muito para encontrar um acampamento de homens descansando ao redor de uma fogueira. Poderiam ser caçadores ou bandidos de estrada. Se fossem apenas caçadores não seria problema algum, mas com certeza seriam um problema se fossem bandidos. De qualquer forma, não iria enfrenta-los sozinha ou me infiltrar no acampamento. Isso com certeza seria uma forma muito idiota de morrer ou fazer esforços desnecessários. Voltei seguindo a rota calculada, encontrando-me com os idosos que ainda caminhavam a procura da planta.

— Fiquem calmos! Não há nenhum urso selvagem por aqui, apenas fantasmas ou espíritos. Mas o que poderiam fazer os mortos, não é mesmo? — deixei escapar mais uma vez um sorrisinho traquinas.

Achei melhor não avisa-los sobre o acampamento, afinal, isso poderia deixar a viagem ainda mais lenta e cansativa. Deixá-los com medo e ansiosos era minha diversão, principalmente por serem coisas inventadas por mim. Não seria nada engraçado se eles ficassem preocupados com razão.

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Chūnin

Seg 13 Mar 2023 - 16:24

Picadas dolorosas - 4 de 9.

A expedição finalmente começou a fazer algum sentido, era tarde e o casal demonstrou ter encontrado alguma pista da planta medicinal rara. Seguimos por fora da trilha, entrando cada vez mais em uma mata virgem e alta, era incrivelmente desagradável sentir as folhas pinicando minha pele à medida que avançávamos. Só havia uma coisa para deixar aquela viagem ao inferno menos detestável, provocar o casal.

— Vocês não acham que há cobras venenosas nessas matas? — perguntei enquanto empurrava uma grande quantidade de folhas em frente ao meu rosto.

— Não só achamos, como temos certeza, menina. Andar nas matas requer alguns riscos. Tenho a solução para qualquer tipo de situação que a natureza pode nos colocar, exceto os humanos. — respondeu, tentando me tranquilizar, embora o efeito fosse completamente o contrário.

Excelente! Não bastava estar coberta por mata até o cérebro, era certo que havia cobras e outros tipos de bichos peçonhentos por aí. Fiquei um pouco desanimada por não conseguir amedrontar o velhote, era mais durão do que eu imaginava. Senti que estava fazendo papel de boba, então é melhor ficar calada um pouco e focar na missão.

— Veja! Estamos pertos!

O velho apontou por cima do mato, precisei dar um pequeno salto para conseguir enxergar, embora a única coisa que consegui ver foi um ponto de luz em um pequeno bosque a frente. Está certo que minha visão não é lá muito boa, mas não devia ser tão pior quanto a de um casal de idosos.

— Estamos pertos? — perguntei, animada. Achei melhor acelerar o passo, assim estaríamos logo no bosque e coletaríamos a planta.

— Cuidado, garota! Não avance dessa maneira! — advertiu o velho, tarde demais.

Diversos pontinhos minúsculos dançavam em minha frente, eram pouco brilhantes e moviam feitos borrões, mas o som era perfeitamente compreensível. Estava próximo a um grupo de abelhas, tentei agir rapidamente, pensando em qualquer situação possível que pudesse me fazer livre do ataque desses insetos. Senti a primeira e a segunda picada nos braços, deixando escapar um leve grito de dor.

— Volte para o mato alto garota! Role no chão e proteja seu rosto!

Não dei ouvidos ao velhote, estava extremamente assustada e meus instintos de sobrevivência eram tão lentos que chegava a ser humilhante. Sempre tirei notas excelente na academia sem o menor esforço, sabia quase tudo sobre os possíveis perigos que um ninja poderia se meter em uma missão como essas, mas em pratica era tudo mais difícil, mais assustador. Então foi quando decidi tomar uma ação.

— Kakuremino no Jutsu!

Removi um pano grosso da bolsa, um jutsu muito útil para se ocultar na floresta, mas usei para afastar as abelhas e proteger o meu rosto de mais agulhadas. Então corri, fugindo depressa para sair do local que estava repleto por abelhas. Foi um pequeno momento assustador e doloroso. Demorou alguns minutos para o casal se encontrar comigo alguns metros distantes da árvore onde estavam os insetos. Sentia meu corpo doendo, meus braços coçavam bastante, dando início as primeiras feridas das ferroadas.

— Pobrezinha...

— Não está tão ruim, está? — perguntei, mas tinha alguma coisa diferente na minha voz.

— Não se mexa muito, aqui, tome esse xarope inteiro. Ao amanhecer te darei outro. Você provavelmente vai sentir muita dor de cabeça essa noite e um pouco de náuseas, mas logo vai passar.

Estava com o corpo dolorido, mas não poderia ser muita coisa, poderia? Movi-me até o pequeno riacho de água fresca da floresta, onde pude enxergar o meu reflexo na água. Meu lábio estava inchado, havia dois manchas avermelhadas nas minhas bochechas e diversas marcas nos braços. Deveria ter levado ao menos umas sete ferroadas. Para minha sorte, consegui um bom antídoto para diminuir os efeitos colaterais. O velhote não estava mentindo sobre estar preparado, infelizmente agora, devia um favor a ele.

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Kanodean

Chūnin

Seg 13 Mar 2023 - 19:07

Salva por uma mentirinha - 5 de 9.

A dor de cabeça amenizou, assim como a tontura e a vontade de vomitar. O remédio fez seu efeito e poucas horas depois eu já estava mais ou menos recuperada para continuar a missão. Na verdade, meu corpo já estava bem, no entanto, se eu pudesse tirar qualquer vantagem em parecer cansada para evitar esforço físico, essa era a oportunidade perfeita. Notei que o casal realmente havia encontrado a tal planta medicinal rara, embora não houvesse nada de especial em sua aparência. Senti a vontade de perguntar quais tipos de propriedades ou usos essa planta teria para fazer necessário uma excursão tão desagradável na mata.

Não teve jeito, por mais que eu quisesse ficar à toa, o tempo não passava e o casal estava trabalhando duro para continuar colhendo as plantas. Levantei e fui até as mochilas, onde peguei os equipamentos para levantar o acampamento. Decidi que passaríamos a noite naquele bosque, não fossem as abelhas, parecia um lugar razoavelmente seguro. Agradeci o manual de instruções na mochila, o que tornou tudo aquilo uma tarefa simples, me sentindo muito mais útil depois de ver as duas barracas armadas. Então coloquei os galhos secos para acendermos a fogueira. A velha jogou uma poeira que retirou do frasco e jogou no fogo, tinha um cheiro forte e desagradável.

— Isso vai espantar os insetos e as cobras. — explicou o velho.

— Sendo assim, pode tacar mais desse negócio fedido ai! — sorri. Estava começando a achar tudo aquilo divertido, mesmo com as adversidades, havia algumas coisas a se aprender com o casal.

Meus olhos começaram a pesar, depois de alguns minutos ao lado da barraca, senti a vontade de dormir. Mas havia algo me incomodando, e não eram as feridas em formas de bolha em meus braços. O acampamento que vi mais cedo não parecia muito distante, será que eles conseguiriam sentir o cheiro da fumaça? Isso por si só foi o suficiente para me tirar o sono, então levantei e fiquei acordada em frente à barraca. Uma noite acordada não seria o fim do mundo.

— É melhor descansar, garota! Amanhã teremos uma longa jornada de volta para a vila. — explicou o velho alguns, alguns segundos antes de fechar sua barraca para dormir.

Ele estava certo, então achei melhor deixar a vigília de lado e ir me deixar, mas foi nesse momento em que ouvi as vozes do grupo que se aproximava, deviam ser dois a três homens, mas ainda assim o papo era inaudível. Peguei minhas shurikens o mais rápido possível e me escondi atrás de uma árvore, ficaria ali até o momento em que o grupo aparecesse.

Três homens saíram da mata, andando de fininho sem fazer barulho, o homem da frente colocava o dedo no rosto, sinalizando para os demais enquanto caminhavam com facões na mão em direção das barracas. Meu corpo ficou paralisado, sabia o que tinha que fazer, mas ainda assim queria saber do que eles seriam capazes. Será que teriam o interesse em matar as pessoas dormindo? Queriam nos roubar? Que tipo de bandidos poderiam ser? Enquanto minha mente fazia cerca de dez perguntas por segundo, meu corpo acabou se movendo sozinho. Quando notei, três shurikens haviam sido arremessadas na direção do inimigo, duas acertaram a coxa inferior do homem que estava na frente e a terceira pegou no ombro do homem atrás. Senti meu corpo inteiro suar, era a primeira vez que entrava em um combate de verdade e não sabia como aquilo poderia se suceder. Então achei melhor blefar, assim como nos jogos de estratégia, eu precisava fingir que estava na vantagem até realmente ficar.

— Esse acampamento está sob a proteção de uma ninja, seus imbecis! É melhor darem um fora ou não poderão ver o sol brilhar amanhã. — minhas mãos tremiam violentamente, sentia à vontade de chorar, mas por algum motivo, minha voz parecia firme e convincente.

— Tudo bem! Estamos saindo, apenas não ataque a gente, ok? — disse o homem na frente, era o líder. Tomou uma decisão rápida, afinal, sua perna estava ferida, mas ainda não dava para saber o quanto.

O grupo voltou para as matas, conforme ordenado. Então passei o restante da noite em choque, temendo a possível volta daqueles malditos enquanto o casal dormia sossegado em sua barraca.

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Kanodean

Chūnin

Ter 14 Mar 2023 - 9:24

Armadilhas previsíveis - 6 de 9.

O dia seguinte chegou mais depressa do que imaginei, pensei que fosse capaz de ficar acordada a noite inteira depois do evento passado, mas acabei cochilando no galho de uma árvore e encostada em seu tronco. Jamais pensei que dormiria em um local tão diferente de uma cama, mas não dá para ficar esperando certos tipos de confortos em uma floresta. Desci da árvore enquanto o casal me observava com certo julgamento ou dúvida, aqueles dois dormiram feito bebês e não faziam ideia do inferno psicológico que passei para protege-los, com isso, estamos quites.

— O oque foi? Não sabiam que ninjas preferem dormir em árvores? Deviam tentar de vez em quando. É ótimo para a coluna! — estiquei os braços para fazer um alongamento antes de guardar as coisas do acampamento.

— Que seja, ainda prefiro uma boa e tradicional barraca. Nós encontramos um rastro interessante que pode nos levar a mais plantas raras. Seguiremos esse caminho antes de voltarmos. — explicou o velho.

— Sério? Pensei que já tínhamos o suficiente. Para que tantas plantas? Estão tentando fazer uma floresta dentro do laboratório, é? — perguntei, estava estressada por não querer mais passar um dia na floresta, ou talvez fosse fome ou vontade de tomar um banho.

— Conseguimos uma boa quantia, mas só isso não paga nem mesmo os seus honorários. Se você quiser voltar para casa com as mãos abanando...

Velho maldito, agora você tocou na ferida. Quem faria uma missão dessas para não ganhar um tostão? Reconhecimento não pagam as contas. Terei que continuar mais um pouco.

— Muito bem! Me fale mais sobre esse caminho enquanto guardamos as barracas. — ordenei.

O plano não era ruim, mas tudo indicava que o caminho que seguiríamos era um pouco perigoso. Entraríamos em uma área de caça, o que poderia nos levar a armadilhas ou animais predadores. Pareciam confiar um pouco mais nas minhas habilidades do que eu mesma fosse capaz, mas não era mais hora de recuar. Avançamos assim que o acampamento foi retirado, fui na frente, observando atentamente cada possível armadilha que fora feito para os animais silvestres. Alguns eram tão óbvios que fiquei com pena da capacidade intelectual de um urso, evitamos cerca de quatro armadilhas de urso, e duas engenhocas que deu trabalho de desarmar, tentei imaginar qual tipo de animal era o objetivo daquele troço, mas só pensei em humanos. Para o azar do caçador, não sou um humano estúpido.

— Estamos indo bem! Se continuarmos assim, logo chegaremos ao local e poderemos almoçar antes mesmo de coletarmos as plantas. — explicou o velho.

A ideia de comer foi um pouco animadora, estava morrendo de fome e ainda sentia o gosto do antídoto que precisei tomar pela manhã. Os vermelhões em meus braços já estavam muito melhores, e não sentia mais nenhum efeito do ataque das abelhas. Acho que uma boa refeição poderia ser o suficiente para melhorar meu humor, ou chegar próximo a isso.

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Kanodean

Chūnin

Ter 14 Mar 2023 - 10:24

Um urso esperto - 7 de 9.

Encontramos um bosque ainda maior, mas nada de abelhas nesse. O casal iniciou a coleta das plantas raras sem dificuldade, precisei acompanhar o processo, pois devido a quantidade, mais uma mochila seria necessária para carregar tudo. Fizemos uma pequena pausa para comer algumas frutas e cereais de viagem. Os cereais não eram tão ruins se comparados a comida de minha tia, mas que comida não fica boa quando estamos fome.

Passados alguns minutos depois da refeição, voltamos ao trabalho de coleta, seguindo um caminho aberto e pegando cada vez mais. O local era espaçoso para uma floresta fechada, o que tornava um espaço bonito.

— Essa não! — lamentou o velho.

Olhei imediatamente para ele, tentando entender seu lamento, mas o motivo estava na nossa cara, tinha pouco mais de dois metros de altura, pele barda e dentes enormes. É claro que teria um urso selvagem aqui, não é mesmo?

— É melhor recuarmos, não? — perguntei.

— Ele já nos viu, estamos em seu território então não é bom darmos as costas a ele.

— Fazemos o que então? Podemos jogar o meu braço para ele mastigar enquanto corremos, essa é uma boa ideia, senhor espertão? — disse, irritada. Mas quem não estaria ao ver um urso na floresta que poderia te devorar em segundos?

— Temos o suficiente para voltar, mas vamos precisar que distraia o urso.

— Só pode estar de sacanagem mesmo! Muito bem! Eu me viro com o grandão, sigam a trilha do Norte que alcançarei vocês em alguns minutos.

O casal não pensou duas vezes em se retirar do local, deixando meia tonelada de músculo mortal para eu lidar. Pelo menos esse era mais fácil de lidar do que abelhas, assim eu esperava. Não pareceu gostar quando viu o casal indo embora, então precisei chamar sua atenção, batendo as mãos no peito como um gorila. Infelizmente consegui provoca-lo, as coisas seriam muito mais simples se ele devorasse o casal e eu voltasse para casa como uma sobrevivente sagaz.

Corri depressa para as árvores, contornando as trilhas realizadas antes até passar pelas armadilhas de urso, infelizmente ele já conhecia o terreno e também evitou as armadilhas, provando serem mais inteligentes do que eu pensava, mas isso por si só me deu tempo o suficiente para ganhar terreno, me afastando o suficiente para sair do território dele e deixa-lo satisfeito sua vitória por dominação.

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Chūnin

Ter 14 Mar 2023 - 11:24

Um urso esperto - 8 de 9.

No terceiro dia, Kana e os cientistas são atacados por um grupo de bandidos que tenta roubar a planta medicinal. Kana tem que lutar para proteger os cientistas e a carga.

A floresta era grande, com muita mata fechada e árvores exatamente iguais, seria extremamente fácil qualquer um se perder, mas era tudo uma questão de lógica matemática. Qualquer um que estudasse o mínimo poderia saberia ligar dois pontos para traçar uma linha e chegar até o seu destino, no entanto, o casal não parecia interessado em seguir o plano. Passei horas desesperadoras pela floresta a procura deles, temi o pior, voltaria para a casa com as mãos abanando e os velhos teriam morrido por conta própria.

Estava começando a ficar mais escura e os pequenos espaços de céu que era possível de enxergar entre as folhas das árvores já estava alaranjado.

— Droga, já vai anoitecer! — murmurei.

Se eu fosse um casal de velhinhos estúpidos na mata, onde eu iria? Caminhei a procura de qualquer pista que indicasse o caminho deles, até que finalmente pensei em algo. Será que eles foram pegos pelos bandidos? Isso seria ruim, mas provavelmente estariam vivos se entregassem as plantas. Mudei a procura, traçando uma rota diferente ao julgar ser capaz de encontrar o primeiro acampamento de bandidos que encontrei no primeiro dia. Estava de noite quando finalmente cheguei, e lá estavam os dois velhinhos sentados em frente a fogueira dos inimigos. Seus braços estavam amarrados enquanto um homem fuçava nas mochilas jogadas no chão.

Observei atentamente ao redor, gostaria de realizar qualquer tipo de ação que não me colocasse muito em risco, felizmente parecia estar sozinho, sobrando apenas uma ação extremamente burra e idiota para fazer, atacar o homem. Senti raiva de mim mesma ao me pensar como uma heroína entrando em batalha para salvar a vida de dois velhinhos inocentes, mas não fosse isso meu trabalho inteiro seria desperdiçado. Parti em velocidade na direção do criminoso, peguei duas shurikens na bolsa, colocando-as entre meus dedos em cada mão para usar como garras improvisadas. Saltei por suas costas, fincando ambas as shurikens no pescoço do bandido e as movimentando para rasga-lo e mata-lo cruelmente. Senti a carne se abrir facilmente por causa da lâmina afiada, o líquido morno e avermelhado jorrou nas minhas mãos enquanto o homem caia se debatendo. Pensei que seria uma cena pior, mas no fim, não foi nada ruim.

Tive uma pequena pontada de emoção por saber que era capaz de fazer aquilo com um homem adulto, talvez eu fosse uma ninja poderosa afinal. Removi as amarras do casal e pegamos as mochilas para dar um fora antes que mais criminosos aparecessem.

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Kanodean

Chūnin

Ter 14 Mar 2023 - 12:24

Brinquedo quebrado - 9 de 9.

Não havia mais tempo para descansar, pensar em pegar plantas ou qualquer outra tarefa menos importante do que a sobrevivência. Nesse momento, ambos os velhos e eu avançamos depressa, ignorando certas cautelas para chegarmos vivos na Vila da Folha o quanto antes. Foi uma surpresa para mim encontrar o Meruem Sensei na entrada da vila, mas eu parecia tê-lo surpreendido a mesma medida, uma vez que deveria achar que já estava morta a essa altura.

Dei o meu melhor para ajeitar minha postura, tentando parecer mais tranquila e bem-sucedida possível, apenas para provocar algum tipo de sentimento de derrota no professor, mas não parecia estar chateado ou com raiva. Seria possível que aquele maldito estava preocupado comigo? Se isso for verdade, temo que não posso mais levar Meruem como um adversário à altura. Uma pena, acabou de cair dez pontos na minha lista Sensei.

— Que alívio! Ficamos sabendo dos bandidos na floresta e estávamos preparando um time de resgate. É muito bom saber que vocês estão todos bem. — admitiu Meruem.

— Foi um passeio no parque, seria impossível ser mais entediante do que isso. Quem sabe na próxima eu levo seu cãozinho para passear por lá, Meruem. — disse, fazendo pouco caso da missão.

O professor estava estranho, detestava ser chamado apenas pelo nome, sempre nos lembrando de incluir seu cargo ou pronomes de adequação, mas nem isso funcionava mais. Já era, meu brinquedo estava quebrado. Terminei de relatar a missão e fui diretamente para casa, onde teria um descanso e um banho merecido.

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Kaguya

Mestre de RPG

[CENA] MISSÕES DE KANA, 1 - 3 RANK C OxxAo3l

Ter 14 Mar 2023 - 13:44

@Aprovado. 3xMissões C e suas recompensas máximas, belo plot e organização, ao não se limitar as palavras para desenvolver seu plot.

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[CENA] MISSÕES DE KANA, 1 - 3 RANK C Scre1755

[CENA] MISSÕES DE KANA, 1 - 3 RANK C GTG2M5m

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