A casa de Asa era um verdadeiro labirinto de objetos e móveis, cada um disposto exatamente onde ela queria e organizado de acordo com as suas regras. Ela era uma pessoa extremamente possessiva e controladora, que precisava ter tudo sob seu domínio. Tudo naquela casa era escolhido e disposto por ela, desde o sofá da sala até os quadros na parede. Ela não suportava a ideia de que algo pudesse sair do seu lugar, ou que alguém pudesse mudar algo sem a sua autorização.

Assim que chegava em casa, a garota fazia uma vistoria completa em todos os cômodos, verificando se tudo estava no lugar. Ela olhava para cada objeto, cada quadro, cada almofada, como se fossem filhos seus que precisavam de atenção e cuidado. Qualquer desvio era motivo de irritação e mau humor.
Ela se sentia no controle da sua vida quando estava em casa, afinal, ali ela podia garantir que tudo estivesse perfeito e sob sua tutela. Era um ambiente em que ela podia ser quem realmente era, sem se preocupar com as opiniões ou críticas alheias.

Para Asa, sua casa era uma extensão de si mesma, um reflexo do seu mundo interior. Ela precisava mantê-la perfeita e intocada, para que pudesse manter o controle sobre si mesma e sobre tudo o que acontecia ao seu redor. Era uma maneira de se proteger.

Ainda assim, era um local tranquilo e silencioso, com o som suave da chuva que caía do lado de fora. Ela estava sentada em sua poltrona favorita, com uma xícara de café na mão, enquanto observava a paisagem da janela. Os pingos deslizavam pela vidraça, criando uma atmosfera relaxante.

A garota estava usando um kimono longo e simples, da cor vermelha, que combinava com seus cabelos. Ela se levantou e caminhou até a cozinha, abrindo a geladeira em busca de algo para comer. Logo encontrou um pote de kimchi, sua comida apimentada favorita.
Enquanto comia, Asa pensava em como ela poderia alcançar seu objetivo de unificar as Cinco Grandes Nações. Ela sabia que seria um longo caminho, mas estava determinada a fazê-lo. Com um suspiro, ela se levantou e caminhou em direção à sua mesa, onde havia um mapa posicionado.

Ela começou a traçar rotas e planos, estudando cada detalhe cuidadosamente. Asa era uma pessoa perfeccionista e sabia que qualquer erro poderia ser fatal. Ela queria ter certeza de que tudo estava planejado e pensado da melhor maneira possível.
De repente, ela ouviu um trovão e percebeu que a tempestade estava ficando mais forte.

Com o som da chuva no exterior, continuou a traçar seus planos, revisar ideias primárias, a mente inundada por lembranças, enquanto os trovões continuavam a rugir do lado de fora. Ela sabia que tinha muito trabalho pela frente, mas estava confiante de que alcançaria seus objetivos.

Depois de algumas horas, Asa finalmente se deu por satisfeita e decidiu que era hora de dormir. Ela sabia que precisava descansar para estar pronta para o próximo dia, quando voltaria para a Força Militar de Iwa, após um longo período de recuperação. Antes de se deitar, ela tomou um copo d'água e se olhou no espelho.
"Você é forte e capaz, Asa", ela sussurrou para si mesma. Com essa mensagem em mente, se deitou na cama e fechou os olhos, esperando pelo amanhecer e pelas oportunidades que o novo dia traria.

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