Nathaniel tinha passado por grandes aventuras em Kirigakure no Sato, e até tinha descoberto mais sobre si mesmo, além de ter feito coisas que poderiam mudar a sua vida dali para frente. Mas na sua cabeça, ele já tinha passado por aventuras o suficiente por um bom tempo, então estava decidido voltar para Konoha, e assim ter o seu devido descanso. Ele fechou a conta no hotel onde estava hospedado e rumou para a entrada da vila, onde procuraria por um barco que estivesse indo para o País do Fogo. No meio do caminho, porém, Nate viu alguns cartazes espalhados em postes e nas paredes de algumas casas. Por um acaso, ele ficou curioso em dar uma olhada em um deles, descolando o cartaz do poste e dando uma olhada. Hyuuga Angell estava contratando pessoas para um serviço em Eichenwalde, um lugar que Nate não conhecia e tampouco ouvia falar, mas o objetivo era bem importante, apesar de estar um pouco cansado e ignorante demais para saber dos detalhes.

A questão é que já tinha muita coisa na cabeça: primeiro, precisava encontrar Kiyoshi antes que ele pudesse retornar aos seus planos maléficos, assim como Ryuuzaki tinha planejado, e estava empenhado também em unir os Greys da Luz e das Trevas, conforme as instruções de Erasmus. Porém, aquele cartaz colocava uma coisa na mente de Nathaniel, de que ele estava começando a gostar de todas aquelas viagens, de conhecer novos lugares, ver novos rostos e descobrir novas culturas. Talvez, no fundo, esse era o motivo pelo qual Ryuuzaki o fez se tornar carteiro: para que ele pudesse desbravar o mundo entre uma missão e outra. Aquela expedição era a oportunidade de Nathaniel conhecer um lugar novo, e ter muitas histórias para contar.


[...] Foi difícil encontrar um barqueiro que conhecesse o caminho para Eichenwalde, afinal tinha gente que não sabia nem pronunciar o tal nome. Mas um grupo de barqueiros estava justamente indo na direção que levava ao país desconhecido, convidando Nathaniel para pegar carona com eles ao descobrirem que ele era um Jounin de Konoha. Não cobraram nenhum Ryou, mas fez ele prometer que contaria todas as histórias que tinha vivido. Entrou no barco e então esperou que ele saísse do lado de dentro, dando uns vinte minutos até ele ir para a área externa do barco, podendo ver como o céu estava estrelado naquela noite, com o astro lunar brilhando tão forte que parecia o próprio Sol. Ao contemplar o oceano sob uma nova perspectiva, Nathaniel respirou aquele ar puro, sentindo uma brisa fria tomar conta do seu corpo.

Era uma sensação estranha, mas ao mesmo tempo maravilhosa. Era como se todos os problemas do mundo desaparecessem, e ele fosse um com aquele lindo universo. Não haviam decepções, traumas, guerras, nem ódio, nem rejeições. Ele se tornava a mais bela fênix, voando livre por aquele mundo. Nathaniel fechou os olhos por alguns segundos, inspirando e expirando o ar pelo nariz, sentindo a cabeça balançar um pouco de um lado para o outro lentamente, e a sua mente ia entrando em transe por alguns segundos. Moveu as suas mãos para cima lentamente, como numa dança espiritual, o mesmo movimento que usava para invocar o Altaris. Depois disso, o Grey das Trevas abriu os olhos, fitando o astro-lunar com um brilho no olhar.

De repente, ele olhou para trás e ouviu o som de cordas de violão sendo dedilhadas, formando melodias belíssimas. A curiosidade o fez entrar no interior do barco para saber o que aqueles homens tocavam, e quem sabe, cantar algumas belas canções de outras terras estrangeiras com eles.