Era um começo de madrugada em Silvermoon, quando Nathaniel finalmente encontrou Ravenna na Praça de Konoha, junto com uma moça e dois rapazes, todos vestindo roupas negras.. A garota viu o Grey de Konoha junto com os seus amigos, saindo do banco onde estava sentada e rapidamente ficando na frente do rapaz. O resto do grupo ficou olhando a cena sem dizer nada, apenas com sorrisinhos maliciosos em seus rostos.

    ── Parece que a moda gótica pegou firme aqui em Silvermoon. ── sussurrou Ryuuzaki para B.A, num tom irônico.
    ── Você veio. Finalmente... ── disse Ravenna com os olhos brilhando.
    ── Erasmus disse que eu deveria vir quando chegasse a hora. ── Nate acenou com a cabeça.
    ── Sigam-me. ── chamou o grupo com um sorriso alegre, segurando a mão do rapaz.

    Ravenna chamou o grupo para segui-la, enquanto entravam na parte Norte da vila. Depois de alguns minutos e subirem um pequeno morro, eles estavam diante de um grande templo escuro, com as tochas acesas indicando o caminho que eles deveriam seguir. O grupo ficou se olhando, e Nathaniel acabou indo na frente, subindo as escadas, que só eram menores do que a da sua própria mansão. Logo que entrou no lugar, percebeu que haviam algumas pessoas ali, a maioria usando tunicas negros expondo apenas os seus rostos. Ravenna e os outros Greys entraram e logo se vestiram com as mesmas tunicas. Todos ficaram olhando para Nathaniel, formando um grande circulo. De repente, eles abriram caminho para Erasmus Grey, que usava um traje diferente.

    ── Nathaniel Grey... Chegou a hora do seu despertar. ── falou de forma séria. Ryuuzaki estava pronto para fazer uma piada, mas B.A o segurou, balançando a cabeça num sinal para que ele não dissesse nada. River e Kimiko se olhavam, apreensivos e intimidados pelo ambiente que lembrava muito a de uma seita. ── Por muito tempo, nós assistimos, impotentes, algumas das nossas crianças sendo forçadas a renegarem a própria existência, suprimindo a força que existe dentro deles. A batalha entre a Luz e as Trevas nos conduziu a uma guerra fria que perpetua por gerações. Meninos como Nathaniel Grey foram forçados a assumirem uma identidade que não era a dele... Mas isso termina hoje, de uma vez por todas. ── avisou.
    ── Eu... Eu não entendo. ── disse o Grey.
    ── Dê alguns passos a frente, garoto. ── o chamou.

    Nathaniel olhou para Ryuuzaki e os outros, que acenaram para ele. Em seguida, ele se virou e caminhou para perto de Erasmus, que olhou atentamente para o Jounin de Konoha. O silêncio naquele ambiente era sombrio, mal dando para ouvir a respiração das pessoas ali dentro.

    ── Eu não vou mentir, garoto. As pessoas que trabalham para você na mansão... Eu conheço todas elas. Todas foram batizadas aqui. Elas contaram tudo o que aconteceu com você nos últimos tempos. É por isso que eu sei que você está pronto para obter as respostas que muitos passaram anos almejando. Em 24 horas, você será o primeiro da sua geração a realizar o Ritual do Caminho Grey. ── avisou.
    ── Por que eu? Eu sou o Escolhido, por acaso? ── questionou Nathaniel.
    ── Você não é o Escolhido, Nathaniel, você é aquele que escolheu ser o que é. Logo você descobrirá o sentido dessas palavras. ── disse. ── Agora precisamos completar a primeira parte do ritual. Por favor, fique de joelhos. ── pediu.

    Nathaniel se ajoelhou diante de um grande circulo, então Erasmus se abaixou e sussurrou algumas palavras em seu ouvido, lhe entregando um pequeno rolo de pergaminho bem antigo, deixando que ele lesse por alguns segundos. Assim que memorizou tudo, ele entregou o pergaminho para Erasmus, ficando de joelhos e com a cabeça baixa. Um circulo de óleo foi feito na sua frente, e então uma mulher chegou com uma tocha e tacou fogo no círculo de óleo com Nate dentro dele, formando uma chama roxa ao seu redor.

    ── Nathaniel, recite o código secreto dos Greys das Trevas. ── falou Erasmus.


    Disse aquelas palavras com profunda paixão, apesar de não entender ainda o significado da última frase. Ele abriu os olhos e então a chama se apagou. Foi convidado a se levantar, olhando para os cantos e vendo Ravenna com um sorriso radiante em seu rosto, os olhos brilhando. Erasmus se aproximou novamente, o fitando.

    ── A sua iniciação começou. Porém, você veio aqui por uma razão diferente. Diga qual é. ── sussurrou.
    ── Eu estou sendo caçado, e posso ser pego a qualquer momento. Existe um grupo que se autodenomina os Quatro Cavaleiros... Eles querem a minha cabeça. Tem muita coisa acontecendo, e eu preciso de ajuda para lidar com as coisas que estão por vir. ── respondeu.
    ── Eu entendo. Eu estou inclinado a ajudar você, mas você sabe que nada vem sem um acordo. A partir do momento em que eu aceitar te ajudar, você estará em dívida comigo, Nathaniel. Você está pronto para fazer coisas difíceis? ── quis saber o monge.
    ── A minha vida inteira. ── disse. ── Mas antes eu preciso de uma garantia. ── avisou, fazendo Erasmus erguer a sobrancelha direita, semicerrando os olhos. ── Eu preciso saber se posso confiar que irão aceitar o meu pedido. ── cruzou os braços.
    ── O que você quer, Nathaniel? Diga em voz alta e você terá. ── questionou Erasmus.
    ── Eu quero ser aceito dentro do circulo! Eu vou precisar de ajuda pra derrotar meus inimigos. ── respondeu Nathaniel.

    [...] No dia seguinte ao ritual de aceitação de Nathaniel, o grupo se dirigiu para um templo abandonado que ficava no topo de uma montanha, diferente do Sanctum do dia anterior. Nathaniel tinha passado o dia em jejum, isolado do mundom, enquanto Ryuuzaki contava tudo para Erasmus sobre os seus inimigos para o Grey. Erasmus ia na frente junto com alguns monges que seguravam tochas, enquanto Nate andava ao lado de Ravenna, contando a ela tudo o que tinha lhe acontecido depois do encontro deles em Iwagakure.

    ── Então, os Quatro Cavaleiros. ── Ravenna falou em voz baixa, caminhando ao lado de Nathaniel.
    ── É... Os filhos da puta querem me levar pro mestre deles. ── comentou com as mãos no bolso.
    ── Você não tem medo do que eles podem fazer com você? ── perguntou preocupada.
    ── O meu problema é não saber exatamente o que eles querem. ── disse o jovem de Konoha. ── O mestre do Abraham é igual ao seu... Um poço de mistérios. ── olhou para Erasmus.
    ── O mestre só revela as coisas no momento certo, para algumas pessoas. ── avisou. ── Você vai ser o primeiro em anos a entrar nesse templo. O último foi o próprio Erasmus. ── respondeu.

    O mancebo de madeixa negra ficou surpreso quando ouviu tal revelação. Chegando perto de uma estrada de terra, Erasmus fez um sinal para que todos ali parassem. A ansiedade tomava conta de Nathaniel, que foi chamado com a mão pelo mestre para se aproximar dele. Estava um pouco mais fraco do que antes, afinal tinha passado quase vinte e quatro horas sem comer.

    ── Como você está se sentindo? ── questionou o mestre.
    ── Ansioso. ── avisou.
    ── A partir daqui, seguiremos somente eu e Nathaniel. Vocês dois iluminarão o caminho até o templo. ── disse, e assim Eramus e Nathaniel foram subindo, enquanto todos ali assistiam em silêncio. Os monges iam na frente com as tochas, enquanto Nate e Erasmus seguiam a uma distância de dois metros. ── Em pouco tempo, você terá acesso ao poder mais secreto dos Greys. Ele se chama a Energia do Caos, ou somente Caos. É o poder mais sagrado do nosso clã, passado somente uma vez a cada geração. Para isso, você terá que entender completamente como funciona a nossa Kekkei Genkai, junto com a história do nosso clã. ── sussurrou o mestre. ── Quando você despertar esse novo poder, você irá imediatamente fazer coisas que outras pessoas não fazem, como isso. ── ele levou uma mão até uma pedra grande, fazendo com que ela saísse do chão e ficasse na altura de seus rostos.
    ── O-O que? Eu estou vendo coisas. ── questionou.
    ── Ainda não. ── eles chegaram perto do portão do templo abandonado, quando as portas se abriram sozinhas. ── Chegou a hora. ── ele apontou o caminho para Nathaniel com a mão, que caminhou em direção a ela. ── Nathaniel. ── o chamou pela última vez.     ── Encontre a sua chama e ilumine esse mundo. ── disse, e assim Nate entrou no portal.

    Ele caminhou até o centro do templo que estava abandonado, ouvindo o barulho de trovões no céu, cujos relâmpagos iluminavam o céu pelos buracos que tinham nas paredes e alguns no teto. De repente, ele percebeu que haviam seis monges ali, todos com tunicas cinzas que lhe cobriam o rosto todo, não o permitindo que ele visse as suas faces. Um sétimo surgiu das sombras em passos lentos com um cálice nas duas mãos, se aproximando de Nate, entregando o cálice e se juntando aos outros no circulo. Nada disse, apenas um leve sinal para o Grey tomar do líquido ali dentro, e ele assim o fez, afinal não tinha bebido nada nos últimos dias.

    ── E agora? ── questionou, sentindo o corpo amolecer, tanto que deixou o cálice cair, caindo desmaiado no chão.

    Uma vez, quando Nathaniel conheceu Erasmus Grey, o mesmo disse que ele tinha todas as respostas que ele procurava, e que a única coisa que ele deveria fazer era olhar para dentro de si. A bebida dada a Nathaniel tinha propriedades alucinógenas, que o fazia entrar em estado de transe, potencializado pela sua falta de alimentação nas horas anteriores. Enquanto isso, os sete monges entoavam um manta sombrio, ao som da tempestade que caia do lado de fora. Quando abriu os olhos, já não estava mais no templo abandonado de Silvermoon, mas em um lugar diferente.



    ── Nathaniel Grey, você ainda não se arrumou? Vai chegar atrasado no seu primeiro dia da Academia. ── avisou Elleanor Grey para o garoto. Nate abriu os olhos e se viu sentado na mesa de jantar da família adotiva. Abraham e Rachel, bem mais novos, comiam o café da manhã.
    ── Ele estava fazendo hora pra acordar, mãe. O quarto dele está um caos. ── dedurou Abraham, sorrindo maliciosamente para o irmão adotivo, querendo ver o circo pegar fogo.
    ── Você é muito mole com esse moleque, Elleanor. ── alertou Solomon. ── É melhor você entrar na linha, está me ouvindo? E sem aprontar na Academia, ou então você vai ver. ── ameaçou.



    [...] De repente, ele estava na Academia Ninja, na sala do diretor. Mesmo na sua forma adulta, sentia-se como uma criança que tinha cometido um delito. Lembrou-se do dia em que os colegas de turma fizeram chacota com ele no banheiro por causa de suas orelhas pontudas, ao ponto de começarem a bater nele. Só não contavam com o que ia acontecer depois.

    ── Sra. Grey, nós precisamos dizer que o que vimos hoje foi algo fora do normal. A Academia Ninja já teve muitos alunos problemáticos, mas o que houve aqui... Seu filho causou o caos aqui no colégio atacou cinco alunos no banheiro. Muitos estão bem feridos. ── disse o professor da turma de Nate, enquanto o rapaz observava tudo. ── Vamos ter que suspendê-lo por uma semana. ── avisou.
    ── Por que você fez isso com os seus amigos, Nate? ── perguntou a sua mãe, olhando para o seu filho adotivo. ── Estou decepcionada com você. ── sussurrou, fazendo uma lágrima sair do olho de Nathaniel.



    [...] Nathaniel abriu os olhos e estava sentado no canto do porão, podendo ouvir gritos vindos de Solomon e Elleanor, até que começou a ouvir tapas e gritos de dor da sua mãe adotiva. A reação de Nate foi tampar os ouvidos, tentando não ouvir tal coisa. Lembrar das agressões cometidas por Solomon era uma lembrança dolorosa e mostrava o quanto ele acreditava que os Greys da Luz eram um bando de hipócritas. De repente, Solomon chegou com um cinto na mão, descendo as escadas do porão, ficando na frente do homem.

    ── Você tem noção do problema que me causou, seu bostinha? Cada dia que você fica nessa casa, é um problema para essa família, a família que te acolheu sem nenhuma obrigação. ── disse. ── E você ainda desperta o lado nojento e caótico da sua laia. Você precisa ser controlado. ── avisou, então começou a chicotear Nathaniel com duros golpes.



    [...] Ele abriu os olhos novamente, e estava no velho quarto de seu antigo apartamento, enquanto Naomi estava na sua frente, tentando encontrar as palavras certas para dizer a ele que não queria ter mais nenhum vínculo com o garoto. Nate se lembrava muito daquele momento, dando passos para trás.

    ── Eu sinto muito, mas eu não estou pronta... Eu não estou pronta para ter um relacionamento, não agora. Eu sei o que eu disse antes, mas eu não posso mais continuar mantendo isso, nem mesmo te enganando. ── ela disse com lágrimas nos olhos. ── Eu sei que você tentou, mas não deu! Você é um cara incrível, mas tem uma mente muito caótica. ── ela justificou-se, pedindo para ele ficar bem e saindo do seu apartamento.



    E ele viu todas as suas lembranças ruins novamente. Todas as vezes em que ele se sentiu fraco, impotente, inútil, asqueroso. Todos os momentos em que ser um Grey das Trevas parecia ser um fardo, e não o seu destino. Deitado no chão daquele tempo, ele ficava em posição fetal, chorando ao se lembrar de todos aqueles momentos, soluçando bem alto e sentindo o corpo tremendo de frio. Podia ouvir aquela voz sombria falando no seu ouvido, transportando sua mente para onde ela queria. Nathaniel podia não entender naquele momento, mas tudo aquilo fazia parte do seu processo de evolução.
    Mal podia ver as horas passando naquele templo. Logo sentou-se no chão, abraçando as suas próprias pernas na tentativa de se aquecer, algo que não era muito eficaz. Continuava chorando bastante enquanto revisitava as memórias de dor que carregava em seu coração. Estava com medo, e com o coração apertado, tanto que até mesmo os trovões lhe assustava. Queria fazer aquilo parar, ele queria muito, mas não tinha forças nem ao menos para se manter de pé, ou para clamar por socorro. A voz em sua cabeça era muito alta, e o desafiava a se manter naquele estado de gnose até que encontrasse as respostas que precisava.

    A voa, que antes julgava o Grey, passou a instruí-lo na medida em que Pouco a pouco, Nathaniel foi entendendo que aquele poder que estava em seu interior não se adquiria através de um longo treinamento, mas de um grande despertar. Mas isso não deveria ser traduzido em palavras codificadas, mas em sentimentos e ações. O poder que ele tanto procurava estava dentro dele, assim tinha dito Erasmus em Silvermoon. Por isso ele se colocou em posição de meditação, com as pernas flexionadas e os braços abertos, como se correntes segurassem os seus pulsos, revisitando todas aquelas memórias de dor.

    E foi assim que ele percebeu o óbvio: sua natureza elemental sempre despertava, ainda que somente uma fração do poder, em momentos de extrema necessidade. Lembrou-se então quando foi agredido na Academia Ninja e, em razão da emergência que se formava, ele conseguiu manipular o Plasma para lançar feixes de energia contra os seus colegas de classe. Ele também lançou um raio de plasma contra o peito de seu pai adotivo e abusitvo num momento em que o medo e a dor das suas cintadas foram substituídos pela fúria que dominava o seu coração, o fazendo bater contra a parede. Lembrou-se quando esbravejou contra sua ira contra Naomi, e os seus olhos se tornaram roxos, enquanto sua energia elemental emanava do seu corpo, lhe causando pânico.

    Mas ele também se lembrou das vezes em que usou a sua natureza elemental para salvar a sua irmã de um viciado que queria drogá-la. Também usou para cortar ao meio um homem mau, que praticaria diversos crimes contra Konoha se continuasse vivo. Lembrou-se de um momento marcante da sua vida, onde usou uma das técnicas supremas dos Greys das Trevas contra Abraham, vencendo-o pela primeira vez em um combate mano a mano, assim como também impediu que uma invasão de monstros deformados acontecesse em Konoha, caso que nem ao menos foi divulgado na imprensa. No final das contas, pouco se importava com a glória, tudo o que ele queria era cumprir com o seu dever como um ninja, vingar-se daqueles que lhe fizeram mal destruindo os seus opressores um por um.

    No final, seu corpo, sua mente e o seu espirito finalmente entendiam o que realmente era a união entre a Luz e a Escuridão, o poder primordial que todos os membros do Clã Grey carregam em seu interior, mas que por conta de uma venda ideológica colocada nos olhos de todos, eles acabaram acreditando que deveriam aceitar um lado e renegar o outro. Nathaniel juntou as mãos com uma palma da mão em cima da outra, respirando lentamente, inspirando por sete, prendendo o ar por sete, e expirando por sete. Fez isso por um longo tempo, até que entrou em um novo estado de gnose, onde finalmente conectou-se com a união entre a Luz e as Trevas.

    Nathaniel podia ouvir o barulho da tempestade estremecendo as paredes daquele templo abandonado, enquanto sentia o poder supremo dos Greys transbordando pelo seu corpo. Espremeu levemente os olhos, manifestando o poder sombrio do Plasma, gerando um chakra roxo que ficava rodeando o seu corpo, fazendo o local inteiro tremer. A representação da sua escuridão, aquilo que fizeram ele renegar a vida toda, estava se manifestando, o poder dos Greys das Trevas que o acompanhou por muito tempo.

    De repente, uma luz dourada brilhou em seu coração, quando ele começou a se lembrar de todas as coisas boas que fez e de todos os momentos felizes que passou com as pessoas que ele admirava, mesmo aquelas pessoas que tinham saído da sua vida. Essa energia dourada foi se fundindo a energia roxa, e naquele instante, Luz e Escuridão se tornaram uma só. Aos poucos, Nathaniel começou a despertar aquele poder tão oculto, que somente Erasmus Grey tinha despertado em quase 30 anos.

    Quando menos os monges esperaram, a energia em volta de si ficou avermelhada, algo que Nathaniel não podia ver de primeira com os seus olhos fechados. Mas aquele poder... Aquela forma de poder era extremamente absurda e, como a própria descrição dizia, caótica. De repente, viu-se em um local parecido com um deserto, onde uma esfera de energia gigante e pulsante estava na sua frente, como um mini-Sol. Podia sentir o seu corpo inteiro ser acalorado por aquela força, que não dizia nada, mas vibrava intensamente, lhe transmitindo confiança e coragem para enfrentar todos aqueles que ousassem entrar em seu caminho.

    Os monges, com os seus papéis muito bem executados, se levantaram e deixaram o rapaz sozinho. Ele continuava meditando na mesma posição de antes, sentindo aquela energia caótica que pulsava em seu corpo. Não havia mais pensamentos sombrios ou lembranças dolorosas que pudessem prejudica-lo naquele momento. Finalmente havia paz, depois de muito tempo de solidão. Mais do que isso, havia um propósito maior em sua vida a partir daquele momento, muito além de vingar seu amigo e destruir os seus inimigos. Agora compreendia a verdade sobre o seu clã e sobre a sua Kekkei Genkai como nunca tinha entendido antes. Por mais que conhecesse as histórias por alto, não sabia o verdadeiro significado delas. Mas agora ele sabia, por isso Nate sabia o que fazer:

    Iria acabar com a ideologia sombria dos Greys... E matar todos aqueles que se opusessem a sua verdade.