— Vinha das florestas. Estava silencioso, noturno. O luar estrelado esbanjava seus raios prateados além das árvores dormentes do País do Fogo. Com passos lentos, fazia a minha caminhada longínqua até os portões de Konohagakure no Sato. Meu objetivo era levar a palavra de Jashin, mas não por bem: E sim através do sangue herético. Desde a minha infância eu  vivo entre a vida e a morte, o inferno e o céu. Mas posso afirmar que Konoha é meu centro pessoal de ódio. Eram nojentos. E foram contra as palavras de Jashin. Tal pecado não poderia e perdoado. Todas as mortes jashinistas causadas pelas suas mãos. Quantos irmãos perdi? Quantos seguidores? Estava na hora de retribuir. A minha caçada, a minha inquisição estava prestes a começar. Cessei os passos imediato à aproximação dos portões, guardados por nada além do que três guardas de baixo nível ( genin ). Eram jovens, e talvez houvessem sido colocados ali por Konoha ser um lugar pacífico. Não haviam palavras a serem trocadas: Brandindo a Hirakemarei, avancei com extrema velocidade, deixando que a pressão dos tornozelos soltassem os pesos de treinamento presos nas pernas, aumentando a minha velocidade. Com facilidade, uma sequência de ataques com a espada lendária foi desferido: Golpes singulares já eram capazes de ceifar as vidas dos guardas de Konoha.

Adentrei na vila. Não haviam vigilantes próximos, mas sim uma grande quantidade de civis transeuntes que mal faziam ideia do demônios que se aproximava. Foi rápido: Um, dois, três, quatro, cinco caíram. Assassinei tantos deles com uso da Hirakemarei que sequer prestei atenção na contagem. Seus gritos de agonia e dor soavam como música, e ver o sangue era mais do que o suficiente para me deixar hipnotizado pelo massacre. Pilhas se corpos se amontoavam, trilhas de sangue se formavam. A espada lendária havia mudado de cor. Estava consumida pelo sangue coagulado daqueles que caíram diante minha justiça. O suficiente para chamar a atenção das forças defensivas de Konohagakure, lideradas por três homens de aparência avançada, possivelmente de nível Jounin, enquanto  seus subordinados eram mais jovens. Ordenado o ataque, os 5 guardas de infantaria ( chuunins ) cercaram a minha posição. Eles eram adolescentes e jovens adultos, e com certeza estavam abaixo da hierarquia. Eles sincronizavam seus ataques ao deixar que três lançassem técnicas elementais do tipo fogo em minha direção, criando uma torrente flamejante poderosa o suficiente para incinerar as construções próximas, enquanto outros dois estariam encarregados de interceptar qualquer tentativa de fuga. Porém, esquivei-me para o lado, sendo bem mais veloz do que eles esperavam, e facilmente evitando não apenas as técnicas como os interceptadores, abrindo uma brecha para um ataque letal. Assim foi feito: Sem hesitar, ergui a lâmina e decepei o que estava mais próximo, desferindo, na sequência, uma rasteira no segundo portador de espada, e finalizando-o ao perfurar o seu peito com a lâmina da névoa. Neste meio tempo, um shinobi de nível superior pareceu avançar, mas o deixei para trás ao utilizar o corpo de um dos guardas derrotados como impulso para me deslocar até a formação tripla que tentara me incinerar com suas torrente ígneas. Um deles foi capaz de desviar, enquanto os outros dois levaram em cheio o ataque giratório desferido através da lâmina. O sobrevivente tentou me atacar ao lançar três kunais e saltar pro cima de mim, mas fora inútil. Bloqueando as kunais com a Hirakemarei,  finquei a ponta da lâmina no chão e me impulsionei através dela, me jogando para o lado contrário, logo antes de ser atingido. Agora, retornava para a posição original, sacando a Kokuto e perfurando a nuca do agressor, levando-o a óbito de imediato.

O outro, que havia tentando interferir, subira ao telhado e desferiu um chute que me enviou para cerca de cinco metros. Porém, fui capaz de me defender do golpe e aparar os danos sem muitas dificuldades. Ele então agarrou a Hirakemarei, que estava fincada, e avançou, a utilizando em combate. Ele a brandia com certa dificuldade, mas foi capaz de utilizar os seus moldes, transferindo seu chakra para criar lâmina espectrais de chakra que tentariam me mutilar. Porém, eu a conhecia mais do que ninguém. Simplesmente esquivei-me conforme o necessário e ao invés de recuar, me aproximei, lançando a Kokuto de longe, e finalizando o homem quando a ponta negra da espada perfurou o seu crânio, despedaçando o cérebro. Avancei e tomei a Hirakemarei em mãos, enquanto os cinco guardas restantes se aproximavam ( Tokujo & Jounin ). Ao que tudo aparentava, eram muito mais poderosos que os anteriores, e não perderam tempo. Dois deles imediatamente lançaram uma sequências de técnicas elétricas que cobriram uma grande área a minha frente. Saltei para evitar os danos, mas fui seguido pelos três restantes ao ar, onde uma breve sequência de golpes se iniciou. Ao fim da troca, os afastei ao utilizar a parte corporal da Hirakemarei par afastá-los brevemente, e acabamos por pousar a apenas três metros uns dos outros. Ajoelhei, recostando a perna esquerda no chão, antes de transferir meu chakra para o solo. Quando os guardas ( 2 ) presentes no telhado saltaram de suas posições para me alcançar, diversos espinhos de terra endurecida deixaram o chão, perfurando seus corpos de imediato, tão rápido que fora o suficiente par assassiná-los com somente um único esforço. Na sequência, os três restantes parecem querer tomar mais distância, mas seria inútil. Ativei o senninka parcial do lado direito do corpo, somente para garantir a vitória.

O que aparentava ser o mais forte entre eles sacou um par de Tokens cobrindo-a com seu chakra Nagashi do tipo água, e avançou. Enquanto isso, os dois outros que pareciam ter o mesmo nível que o primeiro ficaram em lados opostos, sobre os telhados das casas. Pretendiam me distrair com o velho que estava jogando sua vida fora? Erro. grave. A Hirakemarei foi mirada para perfurar o peito do idoso,  e realmente aconteceu. Porém, seu corpo se desfez em fumaça e tudo o que restou foi um tronco de madeira. Virei-me com velocidade e pus a Hirakemarei em posição defensiva, mas fui desarmado com um ataque ascendente desferido pelo shinobi idoso. Forçado a recuar, saquei a Kokuto, e aguardei o próximo golpe. Não o ocorreu. Então, tomei a ofensiva - Mas quando me aproximava, ao invés de seguir o ataque, desvie o curso. Finquei o pé direito no solo, me impulsionando para a direita, saltando sobre o telhado em que estava um dos vigilantes, imediatamente cortando o seu corpo com a lâmina negra. Porém, ele foi capaz de se esquivar com extrema dificuldade, ainda que houvesse recebido o corte parcialmente. Mas já estava acabado: Ao contato com o sangue, o homem ficou paralisado. Mas um dos companheiros seguiu a minha ofensiva e me impediu de continuar, gerando uma torrente elétrica ao meu redor que me forçaria  utilizar alguma coisa além de terra. Por conta disso, encostei o dedo indicador esquerdo no telhado, fazendo com que uma área de cinco metros radiais explodisse ao meu redor com lava, enviando o líquido corrosivo de altíssimo grau para todos os lados. Consumindo o corpo do que estava paralisado, a torrente de lava também obscureceu a visão dos dois sobreviventes restantes. Aproveitei disso para rodeá-los, me misturando às sombras. Então, apareceria de surpresa por trás do mais velho, arremessando a Kokuto. Porém, não seguiria o arremesso. Continuaria a rodeá-lo, e quando o mesmo se virasse para defender, atacaria. A espada estava próxima, e o velho ao invés de se defender, apenas pôs a cabeça para o lado, deixando que a lâmina passasse. Porém, neste momento, agarrei o cabo da Kokuto alado e empalei o shinobi na lateral de seu crânio, punindo-o pelo seu erro grotesco. Caiu morto ao chão, com os olhos revirados e a boca repleta de sangue.

Só faltava um. Ele reduziu o peso do corpo para poder flutuar, e assim, lançava rochedos de tamanhos variados até mim, esmagando casas no processo. Esquivei-me com facilidade de suas empreitadas, mas não quando ele utilizou o Shunshin no Jutsu, me atingindo em cheio no rosto e me enviando para dez metros de distância. Ainda assim ,e mantive de pé. Outro golpe. Agora, pude me defender, e fui enviado para o ar com a força do homem, que ainda não parecia estar satisfeito. Pulando na mesma altura em que fui enviado, ele concentrava o  vento em sua boca, e disparou uma lâmina de vento comprimido contra mim. A pressão era poderosa o suficiente para cortar a carne, então, sem opções, apontei ambos os dedos indicador e médio da destra em direção ao homem, fazendo com que o solo abaixo de mim se formasse como uma mandíbula consumindo não apenas a técnica como também o corpo do sujeito, que foi destroçado. Porém, mais um pouco e eu teria sido morto. Suspirei ao alcançar o solo. Havia sido uma batalha difícil, mas saí quase ileso. Ainda que isso não fosse um bom sinal.

Continuaria meu caminho, recuperando a Hirakemarei e seguindo, até que mais alguém ousasse interferir. Caso não, seguiria até o gabinete do Hokage. Talvez lá houvessem tesouros e desafios dignos.

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